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EXCELENTÍSSIMO SENHOR
DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO PODER JUDICIÁRIO DO
ESTADO DO CEARÁ.
MM. JUIZ, é bom frisar (...)inclusive o Conselho Estadual de Educação têm sido omisso nas suas funções
fiscalizatórias – pois por coincidência o Reitor da UVA é Conselheiro Educacional – do CEE, licenciado, e o
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atual Presidente do Conselho de Educação do Ceará é irmão de um ilustre ex-reitor da UVA que deu início a
privatização da universidade pública, fora de Sobral.
Assim, a universitária decidiu buscar assistência na sua associação universitária DCEUVARMF, que têm
o
legitimidade(LEI N 9.870, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999. - Dispõe sobre o valor total das
anuidades escolares e dá outras providências. Conversão da MPv nº 1.890-67, de 1999).
Art. 7o São legitimados à propositura das ações previstas na Lei no 8.078, de 1990, para a
defesa dos direitos assegurados por esta Lei e pela legislação vigente, as associações de
alunos, de pais de alunos e responsáveis, sendo indispensável, em qualquer caso, o apoio
de, pelo menos, vinte por cento dos pais de alunos do estabelecimento de ensino ou dos
alunos, no caso de ensino superior.
impetrante (e dos alunos isentos e que estão no processo da ISENÇÃO) foi determinada pelo Reitor da UVA e,
a ele, como representante legal da administração da UVA, competia cumprir a determinação do Magnifico
Reitor.
Observe que o parceiro da UVA, nos documentos de fls____/____ANEXO, deixa claro em resposta ao
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA no Ceará que “não tem
autorização do Ministério da Educação – MEC, para ministrar curso(s) superior(es); NÃO OFERECE
CURSOS EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, Essa Universidade
é que oferece os cursos, cabendo ao...(INSTITUTOS) a sua gestão, CONFORME CONVÊNIOS E
EDITAIS...”
Embora não seja pertinente, é bom frisar... “A UVA - subordinada a administração da SECRETARIA DE
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ,
Fundação Universitária de direito público, mantenedora da Universidade Pública – UVA, ao firmar os
supostos CONVÊNIOS para os institutos administrarem seus cursos universitários, QUE SÃO CURSOS
PÚBLICOS, teria que obedecer os princípios da legalidade, ou seja: LICITAÇÃO NOS TERMOS DA LEI
FEDERAL ... Senhor Juiz, sendo o processo licitatório “ato administrativo formal”... os convênios entre a
UVA e os Institutos, supostos parceiros, não existem legalmente, logo a ORDEM DA REITORIA DA UVA
PARA O INSTITUTO DOM JOSÉ, se transforma em ilegalidade, o ato do Reitor da UVA - Universidade em...
CANCELAR A MATRÍCULA DA IMPETRANTE:
Seção III - Dos Crimes e das Penas - Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei,
ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: Pena - detenção, de 3 (três) a 5
(cinco) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para
a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder
Público. Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter
competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da
adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 91. Patrocinar, direta
ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração
de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa. Seção IV - Do Processo e do Procedimento Judicial Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são
de ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la. Art. 101. Qualquer pessoa poderá
provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre
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o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência. Parágrafo único. Quando a
comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas.
Art. 102. Quando em autos ou documentos de que conhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou
Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes
verificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos
necessários ao oferecimento da denúncia. Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta
não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de Processo
Penal.
MM. Juiz, o comportamento da UVA é indicio de irregularidades gravíssimas, pois a UVA abre vestibular, o
aluno ingressa na UVA e empós é constrangido de forma ilegal a pagar mensalidades para terceiros, e não a
UNIVERSIDADE LEGALIZADA PARA MINISTRAR O ENSINO SUPERIOR. MM. Juiz... Universidades
Públicas não podem condicionar renovação de matrícula a pagamento de atrasados(Pagamentos de taxas ou
mensalidades ?).
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“Estudantes não podem ser privados da continuação de estudos por causa de condicionamento da renovação de
matrículas ao pagamento das mensalidades atrasadas. A consideração é da Primeira Turma do Superior Tribunal de
Justiça, ao negar pedido da Universidade Potiguar para tornar nula a renovação e respectiva freqüência de aluna em
razão do pagamento atrasado da taxa de renovação de matrícula. Uma Universitária de uma UNIVERSIDADE
PARTICULAR(Veja só, particular... Imagina uma Universidade Pública) entrou na Justiça com um mandado de
segurança para garantir a participação no curso de Educação Artística, após o protesto da Universidade. Em
30/01/2001, o juiz de primeira instância concedeu uma liminar. Posteriormente, a segurança foi concedida,
confirmando-se a liminar, FIRMOU-SE: "Não se deve privar a aluna de continuar seus estudos, condicionando a
renovação de matrícula ao pagamento das mensalidades atrasadas. O pagamento em atraso foi realizado e
comprovado nos autos, à exceção da antecipação da primeira parcela exigida, do novo semestre", afirmou o acórdão,
em 19/12/02, ao confirmar a liminar. Veja conteúdo na íntegra:
http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/detalhe.asp?numreg=200302108309
https://ww2.stj.gov.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=200302108309&dt_publicacao=
31/05/2004
Inconformada, a Universidade recorreu ao STJ, alegando ofensa aos artigos 5º e 6º, § 1º, da Lei n. 9.870/99.
"Não é possível a renovação de matrícula de aluno inadimplente", argumentou. A Primeira Turma negou provimento
ao recurso. O ministro José Delgado, relator do processo, observou que a liminar determinando a transferência
pleiteada foi concedida há mais de três anos, sem nunca ter sido cassada. "Pelo decorrer normal do tempo, a
recorrida já deve ter concluído o curso de Educação Artística (Licenciatura) ou está em vias de, o que implica o
reconhecimento da ocorrência da teoria do fato consumado". Segundo o relator, as pessoas que vão à Justiça não
podem sofrer com as decisões levadas à apreciação do Poder Judiciário, em se tratando de uma situação fática
consolidada pelo lapso temporal, devido à morosidade dos trâmites processuais. "Em se reformando o acórdão
recorrido, neste momento, (...) a impetrante estaria perdendo anos de sua vida freqüentando um curso que nada lhe
valia no âmbito universitário e profissional, visto que cassada tal freqüência". O ministro ressaltou que a manutenção
da decisão anterior não resultaria em qualquer prejuízo a terceiros. "Cabe ao juiz analisar e julgar a lide conforme os
acontecimentos passados e futuros. Não deve ele ficar adstrito aos fatos técnicos dos autos, e sim aos fatos sociais que
possam advir de sua decisão (...) É evidente a existência da teoria do fato consumado, aplicável ao caso em apreço",
concluiu José Delgado.
(...) É evidente a existência da teoria do fato consumado, aplicável ao caso em apreço... (...)"... Apartir das
negociações do DCEUVARMF com a Reitoria da Universidade, UVA, através do MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL e MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, começamos a garantir “na marra” o direito de estudar
por parte dos alunos “hipossuficientes de recursos financeiros:
Por tudo que se encontra exposto e, do mais que dos autos constam, PRINCIPALMENTE AS PROVAS PRÉ
CONSTITUÍDAS, anexas aos autos retidos nos MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E ESTADUAL(nas
pessoas do Procurador da República Dr. Alessander e Promotora de Justiça Dra. Elizabeth)... (...) e visando a
proteção de direito líquido e certo da impetrantes à educação, contra ato abusivo e omissivo de autoridade
pública, em particular o Magnífico Reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú, bem como a omissão
do SECRETÁRIO DE ESTADO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, requeremos a Vossa Excelência, uma
decisão liminar... com PEDIDO DE LIMINAR URGENTE.
Senhor Juiz da Fazenda Pública, entende a defesa da discente citada nessa peça exordial, que estão presentes
neste pedido de liminar os pressupostos do DO PERICULUM IN MORA...:
(...) a aluna citada na exordial já está freqüentando o seu curso, desde do nascedouro de
um procedimento administrativo n.o. 0.15.000.001517.2005.14 iniciado no Ministério
Público Federal em 17 de agosto do ano de 2005, que com a intervenção do MPF -
Ministério Público Federal junto a Reitoria da UVA, todos os semestres foram enviados
através do DCEUVARMF, pedido de rematrícula por conta do discurso da ISENÇÃO
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Assim, MM. Juiz, existe receio da constituição de uma situação de facto consumado em prejuízo da
requerente, caso a LIMINAR SEJA INDEFERIDA. Pois os fatos concretos indicam que, caso a providência
solicitada seja indeferida, será impossível ou praticamente impossível em caso de procedência do processo
principal, promover o tempo perdido pela requerente que correm o risco de não continuar cursando suas
disciplinas que integralizarão o currículo de seu curso universitário. O comportamento da Universidade
Pública, UVA – UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, que autoriza uma instituição privada,
que não é credenciada para ministrar educação superior, além do mais sem PROCESSO LICITATÓRIO,
cobrar mensalidades em nome do ensino público, REQUER QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
seja de ofício, NOTIFICADO dessa ocorrência, para apurar às responsabilidades daí derivadas.
POR TUDO... assim, fica evidenciada a existência de ATO ADMINISTRATIVO DO REITOR(por parte da
UVA)LESIVO AO INTERESSE DA REQUERENTE, e da economia-finanças públicas(do ESTADO DO
CEARÁ)bem como a existência de terceiros que não são partes legalmente no processo EDUCACIONAL DA
UVA, e que, como tal, não podem...
MM. Juiz da Fazenda Pública, presentes O PERICULUM IN MORA e o FUMUS BONUS IURIS requer-se
que Vossa Excelência, que defira... A MEDIDA LIMINAR que têm como fins específicos...
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TRF da 5.a. Região remete o processo da UVA para o STF - RE/592696 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Número do
Protocolo: 2008/118282 - Data de Entrada no STF: 26/08/2008.
PROCEDÊNCIA
Número: EIAC/200281000136522
Orgão de Origem: TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Origem: CEARÁ
Volume: 4 Apensos:0 Folhas:962 Qtd.juntada linha: 0
Ramo do Direito
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | Serviços | Ensino Superior | Matrícula
Assunto DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | Serviços | Ensino Superior | Mensalidades
DIREITO TRIBUTÁRIO | Taxas
Folhas 962
Data de Autuação 09/09/2008
Categoria Nome
RECTE.(S) MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RECDO.(A/S) FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA
ADV.(A/S) CÂNDIDO BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
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Douto Juiz, a UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ é uma instituição pública, mantida pelo
Governo do Estado, com sede localizada na cidade de Sobral/Ceará, porém com autorização do Magnifico
Reitor, a entidade tem representação em diversos estados da República, e no Ceará, em diversos municípios, e
em Fortaleza, tem vários representantes, que segundo o Reitor são legalmente constituídos, entre essas
representações se encontra o Instituto Dom José(IDJ/FORTALEZA)...
Considerando que o STF decidiu: “Na sessão plenária de quarta-feira (13 de agosto de 2008), durante a aprovação
da 11ª Súmula Vinculante, que limitou o uso de algemas a casos excepcionais, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu, também, conferir a todas as demais Súmulas Vinculantes caráter impeditivo de recursos. Isto significa que
as decisões tomadas com base no entendimento do STF não serão passíveis de recurso... Assim, “o efeito
impeditivo de recurso permite aos tribunais negar admissibilidade a Recursos Extraordinários e Agravos de
Instrumento que tratem de tema estabelecido nas Súmulas Vinculantes, de modo que esses recursos nem sejam
encaminhados à instância superior, isto é, não cheguem ao Supremo. Dessa forma, os tribunais poderão inadmitir,
já na origem, os agravos contrários às decisões que negarem a subida dos recursos extraordinários” - Notícias STF
data de Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008 - Plenário do STF entende que Súmula Vinculante tem caráter
impeditivo de recurso -
(http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=94536&caixaBusca=N)
REQUER-SE A APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE 12 nesse processo ora impetrado. Por ser
diretamente vinculado ao mesmo desiderato. Diz à Súmula Vinculante 12 do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL: Súmula Vinculante nº 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades Públicas viola o
disposto no artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal.
DO PRESENTE PROCESSO NA VARA DA FAZENDA PÚBLICA.
DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL..
Primus, mister se faz esclarecer que o presente writ é tempestivo e atende a todos os pressupostos da
Constituição Federal, art. 5.º, inciso LXIX e da Lei n.º 1.533, de 31 de dezembro de 1951 e dos arts. 158 e 159
do Código de Processo Civil e CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ.
Assim, e no caso, o Ensino Superior na UVA desenvolve-se por faculdades públicas originárias daquela
universidade pública(ENTENDIMENTO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ),
sendo tão-somente por delegação desse poder originário e sob a fiscalização do Ministério da Educação, e se
tratando de uma universidade mantida pelo ESTADO DO CEARÁ, fica sob a fiscalização do CONSELHO
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ(Conselho de Educação do Ceará; composição e
competências: art. 230, §§ 1º ao 3º da Constituição do Estado do Ceará).
1968 - Por iniciativa do Cônego Francisco Sadoc de Araújo e, através da Lei Municipal Nº 214 de
23/10/1968, sancionada pelo Prefeito de Sobral, Jerônimo de Medeiros Prado, é criada a Universidade
Vale do Acaraú. 1984 O Poder Executivo Estadual através da Lei Nº 10.933 de 10/10/1984 cria sob a
forma de Autarquia, a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, vinculada a Secretaria de Educação,
dotada de personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, financeira, patrimonial,
didática e disciplinar, com sede no Município de Sobral e jurisdição em todo o Estado do Ceará.
1993 - A Universidade Estadual Vale do Acaraú é transformada em Fundação Universidade Estadual Vale
do Acaraú, vinculada à então Secretaria da Ciência e Tecnologia ( SECITECE ), através da Lei Nº
12.077-A de 01/03/1993, publicada no Diário Oficial do Estado - DOE de 22/04/1993.
“ Art. 222. As instituições educacionais de nível superior, criadas e mantidas pelo Poder Público
estadual, adotarão a natureza jurídica de fundação( UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ)
de direito público” – CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ. - “IN VERBIS”
Art. 211. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada semestre, relatório
resumido da execução orçamentária, bem como apresentará trimestralmente ao Poder Legislativo a
caracterização sobre o Estado e suas finanças públicas, devendo constar do demonstrativo:
I - as receitas e despesas da administração direta, indireta e fundações do Poder Público Estadual,
constantes do orçamento em seus valores mensais;
Art. 222. As instituições educacionais de nível superior, criadas e mantidas pelo Poder Público estadual,
adotarão a natureza jurídica de fundação de direito público.
Art. 224. O Governo Estadual aplicará, mensalmente, nunca menos de um quinto da parcela a que se
refere o art. 212 da Constituição Federal para despesas de capital do sistema de ensino superior público
do Estado do Ceará, respeitada a proporcionalidade dos recursos repassados às universidades públicas
estaduais nos últimos dois anos anteriores à promulgação desta Constituição. Parágrafo único. Ficam as
universidades públicas estaduais autorizadas, para fins de assegurar a autonomia da gestão financeira, a
transferir e utilizar, na medida de suas necessidades, os recursos estabelecidos neste artigo, para despesas
com material de consumo, serviços de terceiros e encargos, remuneração de serviços pessoais, outros
serviços e encargos, diversas despesas de custeio, despesas de exercícios anteriores e vice-versa.
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - Art. 10. Dentro de noventa dias, a
contar da data de promulgação desta Constituição, o Governador enviará à Assembléia Legislativa a
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estrutura organizacional do Poder Executivo, na qual constarão todos os órgãos do Poder Público, das
empresas estatais e de economia mista e fundações.
(http://www.camara.gov.br/internet/interacao/constituicoes/constituicao_ceara.pdf).
Não são autorizadas pelo MEC para ministrar ensino superior, e detêm um convênio com a universidade sem
o devido e precedido processo licitatório – Violação em tese a Lei Federal n.º LEI Nº 8.666, DE 21 DE
JUNHO DE 1993: Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações
e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Assim, legalmente pode o autor, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, quando o litígio não recai sobre
direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova
(art. 95, CPC).
No caso do réu possuir mais de um domicílio, pelo que se verifica do art. 94,
§1º, CPC, o réu será demandado em qualquer um deles. Se o domicílio for
incerto, o réu será demandado no local em que for encontrado ou no
domicílio do autor (art. 94, §2º, CPC).
Assim, MM. JUIZ o representante judicial da requerente entende que sendo a Universidade Estadual Vale do
Acaraú, uma instituição pública, a competência é originária da JUSTIÇA ESTADUAL, ação a ser proposta
como proposta já está, é em uma das varas especializadas da Fazenda Pública, nos termos do CÓDIGO DE
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ.
JURISPRUDÊNCIA DO TJ/Ceará.
2006.0019.4881-4/0 CONFLITO DE COMPETÊNCIA CÍVEL
Relator: Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA
Orgão Julgador : 1ª CÂMARA CÍVEL
SUSCITANTE : JUIZ DE DIREITO DA 18ª UNIDADE DOS
JUIZADOS ESPECIAIS DE FORTALEZA. SUSCITADO : JUIZ DE
DIREITO DA 25ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA -
EMENTA: PROCESSSO CIVIL. - INCIDENTE DE CONFLITO
NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER COM TUTELA ESPECÍFICA C/C REPARAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS - COMPETÊNCIA DA VARA DA
FAZENDA PÚBLICA.-A Universidade do Vale do Acaraú é uma
Fundação vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, integrante da
estrutura do Poder Executivo do Estado do Ceará.-Por ser uma
Instituição de Ensino Superior, cuja categoria administrativa é pública
estadual, fica excluída a competência do Juizado Especial Estadual, em
razão dos arts. 3°, S 2° e. 8° da Lei n° 9.009/95, que excluem da
competência dos Juizados Especiais Estaduais as causas em que houver
interesse da Fazenda Pública.
-Ante o interesse do Poder Público Estatal, por ser tratar de Instituição de
Ensino Superior Estadual, criada e mantida pelo Estado do Ceará, fica
demonstrado ser a competência da Vara da Fazenda Pública, conforme
art. 109 do Código de Organização Judiciária do Estado do Ceará.
-Conflito conhecido, pan fixar a competência da Justiça Comum
Estadual, mas para declarar competente para julgar a causa uma das
Varas da Fazenda Pública de Fortaleza, e não a 25ª. Vara Cível de
Fortaleza, ora suscitada. - Unânime. Dispositivo: Do exposto, conheço
do presente incidente de conflito negativo de competência, votando por
sua PROCEDÊNCIA, declarando e firmando a competência da Justiça
Comum Estadual, mas em uma das Varas da Fazenda Pública, e não do
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juízo da 25ª Vara Cível de Fortaleza, juízo suscitado, por ser a Ação de
interesse do Estado do Ceará. Tudo nos termos do Art.109 do Código de
Organização Judiciária do Estado do Ceará. É como voto. Fortaleza, 07
de maio de 2007.
DO PEDIDO.
Finalmente.
Processos Administrativos GABINETE DO GOVERNADOR
1) Considerando que já exaurimos todas às fases administrativas:
SPU-SEAD-GABGOV n.o. 06246977.0; Processos Administrativos: 466/2006-2.a.PRDCEUVARMF; 536/2007-
3.a.PRDCEUVARMF; 537/2007-3.a.PRDCEUVARMF; 538/2007-3.a.PRDCEUVARMF e nas ATAS
REFERENTES ÀS SESSÕES 2,077a.REX - 2,078a.REX - 2,079a.REX - 2,080a.REX - 2.081a.REX - 2.189a.REX -
2.190a.REX - 2.191a.REX - 2.192a.REX - 2.193a.REX - REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS DA PRESIDÊNCIA DA
COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO INSTITUCIONAL DO DIRETÓRIO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA – DCE-
UVA-RMF). Processos Administrativos Públicos(SEAD – SPU - GABINETE DO GOVERNADOR):
n.o.s: 05.392.930.6 – SEAD-GABGOV;
05.120088.0 – SEAD-GABGOV;
05.120087.2 – SEAD-GABGOV;
05.371.698.1- SEAD-GABGOV;
05.120086.4 – SEAD-GABGOV;
05.120089.9 – SEAD-GABGOV;
05.231.820.6 – SEAD-GABGOV;
05.393.169.6- SEAD-GABGOV;
05.231.947.4 – SEAD-GABGOV;
05.393.215.3- SEAD-GABGOV;
06.07.2738.1. SECITECE - SEAD – CE;
05.393.212.9 – SEAD-GABGOV;
06.07.2740.3..........SECITECE – SEAD;
05.393.214.5 – SEAD-GABGOV;
0607.2739.0 - SECITECE - SEAD – CE;
05.393.213.7 – SEAD-GABGOV;
06.07.2737.3 – SECITECE.
2) Considerando que a impetrante atende aos critérios dentro dos princípios estabelecidos na sentença judicial - Acórdão, relator
Desembargador Federal PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, Julgamento ocorrido em 06 de abril de 2004, na cidade de Recife, Estado
Pernambuco, SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA QUINTA REGIÃO, por unanimidade...
“Manter a gratuidade (na Universidade Estadual Vale do Acaraú) apenas para os alunos, cujos
correspondentes grupos familiares sejam ISENTOS DO IMPOSTO DE RENDA..." O acórdão foi
publicado em 26.10.2004, às 00:00, através da Guia Judicial n.o. 2004.001429, M5373. Processo
n.o. 2002.81.00.013652.2.02 - Justiça Federal).
3) Considerando que nossa participação no Processo do MPF se exauriu, pois a Universidade decidiu não mais acatar às recomendações do
MPF, e mandou cancelar às matrículas por inadimplência. Assim, o nosso respaldo administrativo sustentando com base na
RECOMENDAÇÃO 30/2002, perdeu seu objeto. O MPF não pode interpor o MS no âmbito estadual.
RECOMENDAÇÃO nº 30, de 11 de julho de 2002 - (Art. 6º, XX, da Lei Complementar 75/93). O
Ministério Público Federal, pelo Procurador da República ao final assinado, nos termos do art. 127 da
Constituição Federal e do art. 6º, XIV e XX, da Lei Complementar nº 75/93, que autoriza o
Ministério Público a propor as ações necessárias ao exercício de suas funções institucionais e expedir
recomendações, visando a melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como ao
respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a
adoção das providências cabíveis e, Considerando os princípios norteadores do ensino insertos no
artigo 206 da Constituição da República, notadamente a igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola e a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Considerando
que a Universidade Vale do Acaraú – UVA vem realizando, com fundamento em Lei Estadual e no
seu Regimento Interno, a cobrança semestral de taxas de matrículas em seus cursos de graduação e
diversas outras taxas pelos serviços prestados na UVA; Considerando que o próprio Ministério da
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4) Considerando que O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL recomendou a presidência do DCEUVARMF e os demais interessados que
busquem uma segurança jurídica. O foro do M P F é federal. E a UVA é fundação universitária pública estadual, do GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ e é fiscalizada pelo Conselho Estadual de Educação do Ceará.
5) Considerandoprovas pré constituídas(Art. 283 - A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação - ,
do Código de Processo Civil - CPC – Lei Federal n.º 5.869-1973 - Livro I - Do Processo de Conhecimento - Título VIII - Do Procedimento
Ordinário - Capítulo I - Da Petição Inicial - Seção I - Dos Requisitos da Petição Inicial)
6) ConsiderandoConsiderando que no final do processo, posteriormente haverá a necessidade da confirmação da concessão da segurança
pleiteada. E que "Cabe ao juiz analisar e julgar a lide conforme os acontecimentos passados e futuros. Não deve ele ficar adstrito aos fatos
técnicos dos autos, e sim aos fatos sociais que possam advir de sua decisão” (....) Primeira Turma do STJ - Ministro José Delgado.
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as instituições próprias a desenvolver o ensino superior); Artigo 215, Incisos I e III da Constituição do Estado do Ceará (estabelece a igualdade
de condições de acesso e a gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais de ensino). Esse artigo é reforçado pelo Artigo 218, Inciso XVII;
Artigo 1º da Lei nº 8.958, de 20/12/1994 (regulamenta as relações entre as fundações privadas de apoio e as instituições federais de ensino
superior); Artigo 37, caput, da Constituição Federal, e Artigo 154 da Constituição do Estado Ceará (estabelece os princípios que devem nortear
a ação dos Poderes Estatais Federal, Estaduais e Municipais). Diante de tais pontos, eu entendo que os cursos de Graduação Tecnológica,
ofertados pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, e objeto do presente parecer, carecem de validade legal e não deveriam ser reconhecidos
por este Conselho. Por outro lado, eu considero que os alunos não têm, necessariamente, responsabilidade pela ilegalidade e pelos
descaminhos trilhados pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e, portanto, não devem ser prejudicados.
8) Considerando que a(o) impetrante é aluna(o, os) da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ(São titulares do direito
individual líquido e certo de estudarem em uma universidade pública, principalmente após a longa discussão do PROCESSO
ADMINISTRATIVO - MPF n.o. 1517.2005.14 - com ISENÇÃO, para o qual pede proteção pelo presente Mandado de Segurança - sendo
que seu ingresso se deu mediante concurso público seletivo, concurso público, vestibular).
9) Com base no Parecer n.o. 603/2006 do Conselho Estadual de Educação do Ceará, fls ____/____ do ANEXO______, vislumbra-se, desde
logo, flagrante inconstitucionalidade por parte da autoridade coatora que denegou o pleito dos impetrantes, alegando tão-somente que esta
não poderia realizar suas re-matrículas pela mera razão de não ESTAREM FINANCEIRAMENTE EM DIAS COM SEUS CURSOS
UNIVERSITÁRIOS, E OS VALORES DEVEM SER PAGOS ÀS INSTITUIÇÕES PRIVADAS E NÃO A UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ. Porquê ?
10) Considerando entretanto, não há laivos de dúvidas quanto ao direito líquido e certo dos impetrantes, porquanto preenche todos os
pressupostos requeridos dentro do REGIMENTO GERAL da Universidade. São alunos da UVA; E em decorrência de Pareceres dos institutos
particulares a Universidade, de forma oral e não escrita homologou o indeferimento, embora os impetrantes tenham pedido por escrito e a
Universidade se recusou a fornecer certidão que forme prova contra si; Mais para o MPF disse que não podia rematrícular os alunos porque seus
parceiros deram parecer contra.
11) Considerando, e advirta-se, na oportunidade, que a Universidade – foi criada para atender aos estudantes do ESTADO DO CEARÁ de
poder aquisitivo irrisório, como é o caso dos ora impetrantes, uma vez que quem estuda em universidade pública, como é in casu, não pode ser
considerado, taxativamente, rico.
12) Considerando, Ab initio, meritoriamente, é necessário ressaltar que a(os) impetrante(s) deseja(m) fazer(em) suas REMATRÍCULA PARA O
SEMESTRE 2008.2, assim deve ser, pois, o escopo final da Educação transcende a escola. Situa-se na esfera social, devendo ser definido em
termos de melhoria das condições EDUCACIONAIS e bem-estar da coletividade. A impossibilidade de não efetuar as re-matrículas dos
impetrantes é totalmente inconstitucional, haja vista que malfere uma série de Princípios Constitucionais Fundamentais, quais sejam: o Princípio
da Legalidade, Igualdade, da Dignidade da Pessoa Humana, dos Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa... Afora o reconhecimento por
parte do CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO que a Universidade está agindo ilegalmente em vários aspectos, e principalmente sendo
uma universidade pública subdelegando poderes do estado sem autorização legislativa.E SE ASSIM NÃO FOSSE, INSTITUCIONALIZADA
ESTARIA A AUTOTUTELA! Portanto, a Autoridade Coatora, ao não permitir aos Impetrantes que efetuem suas RE-MATRÍCULAS, ofende
DIREITOS FUNDAMENTAIS e, tal conduta, não compadece com um Estado Democrático de Direito, nos termos do Art. 1º da Carta Magna,
transformando-se numa situação degradante e vexatória e ainda dizem que “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou
degradante”, artigo 5º, inciso III da Carta Política vigente. É ilegal e abusivo o indeferimento de re-matrícula em curso superior público, ao
fundamento de que os alunos não “...podem fazer porque estão devendo mensalidades a Universidade Pública UVA através de institutos
(i)legais”. Os alunos estão na Universidade a quase três anos, estudando... como dizem na Universidade... “sem pagar e na marra”. Sempre, e
hoje, preenchem os requisitos indicados no Edital do Concurso Vestibular de origem, posto que o mérito da questão reside, aí sim, no fato de
ESTÁ DEVENDO MENSALIDADES EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. Em assim agindo, a autoridade coatora estará
COMETENDO ATO DE IMPROBIDADE A SER APURADO EM PROCESSO PRÓPRIO EM OUTRA ESFERA DE COMPATÊNCIA, alheia ao
MS... O Reitor está descriminando os impetrantes e, portanto, violando preceito constitucional basilar. Noutras palavras: está agindo
completamente ao arrepio da Lei Fundamental e das normas do Conselho Estadual de Educação do Estado do Ceará. Assevere-se, ainda, que a
proibição de re-matrículas dos impetrantes fere o Princípio da Continuidade, previsto no artigo 22 do CODECON. Ei-lo: Art. 22 - Os órgãos
públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados,
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. (grifou-se). Dessa forma, a Autoridade Coatora (concessionária de serviço público), e a EDUCAÇÃO É
UMA CONCESSÃO PÚBLICA, de natureza ESSENCIAL, não pode se desviar dessa função. Concessa vênia, Douto Julgador, a vedação da RE-MATRÍCULA dos
Impetrantes nos seus cursos para o qual foram aprovados a mais de anos, não merece prosperar porquanto eivado de ilegalidade, porque põe à deriva direito líquido e
certo albergado na Magna Carta em vigor. DA OFENSA AOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - Conforme já asseverado fartamente alhures, a conduta da
Autoridade Coatora viola a dignidade da pessoa humana que é Princípio Fundamental da Nação. Somado a isso, a Carta Constitucional, em seu artigo 6.º se
reconhece que a EDUCAÇÃO é um Direito Social assegurados a todos os cidadãos e que incumbem ao Estado, conforme se vê do art. 205 do Pergaminho
Constitucional, in verbis: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Destarte, se assim é, não pode a Impetrada,
UNIVERSIDADE UVA, como concessionária de serviço público, IMPEDIR que os impetrantes, façam as suas RE-MATRÍCULAS nos seus Curso de Origem, para
o qual foram aprovados, sob o argumento de que estes ESTÃO DEVENDO AOS INSTITUTO QUE FORAM AUTORIZADOS DE FORMA ILEGAL A
SUBDELEGAR A RESPONSABILIDADE PÚBLICA DA UVA. Desse modo, portanto, cerceando o direito dos impetrantes, está violando um dos direitos
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integrantes da CIDADANIA. Portanto, por tudo já exposto é plenamente possível a viabilidade jurídica da efetivação das RE-MATRÍCULAS em tela, vedando-se,
conseqüentemente, qualquer tipo de sanção didático-pedagógica, garantindo-se, inclusive, às RE-MATRÍCULAS futuras, nos exatos termos do art. 205 da Carta
Magna, ATÉ O FINAL DE TODO O CURSO UNIVERSITÁRIO, sem pagar a UNIVERSIDADE PÚBLICA. Em sendo assim, a matéria em discussão repousa na
prevalência de dois valores constitucionalmente assegurados: o direito à Educação, dever do Estado e da família e promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade (art. 205). Por conseguinte, tem os IMPETRANTES direito assegurado pelo acesso constitucional à Educação Superior na rede pública, porquanto é
DEVER do Estado promover o bem de todos, sem preconceitos de qualquer natureza e de quaisquer outras formas de discriminação, bem como também deve
franquear o ensino a todos os cidadãos, com base na igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, garantindo a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais. Se a lei tenta frustrar o acesso à Educação através de privilégios ao delegado de serviço público que acaba por inviabilizar o direito
constitucionalmente assegurado, deve ler-se a restrição com os olhos do constituinte, não do legislador. Somado a isso, o Supremo Tribunal Federal proclamou que a
Educação é o direito social constitucionalmente assegurado quando proclamou a legitimidade do Ministério Público para questionar em juízo os abusos na
cobrança de mensalidades escolares. Destarte, a educação é bem constitucionalmente protegido com o DEVER do Estado e obrigação de todos (CF, art. 205), por
isso que a retribuição pecuniária envolve "segmento de extrema delicadeza e de conteúdo social tal que, acima de tudo, recomenda-se o abrigo estatal", conforme
Recurso Extraordinário - 163231, rel. min. Maurício Corrêa, Plenário, DJ-29/6/2001. Concessa vênia, a atitude da Autoridade Coatora, conforme narrado supra, viola
Princípios de índole Constitucional, o que, por si só, é capaz de gerar a NULIDADE DA PRESENTE PROIBIÇÃO DE EFETIVAÇÃO DE REMATRÍCULA.
Pontifica CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO: “Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica
ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou de inconstitucionalidade,
conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a
seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustém e alui-se toda a estrutura neles esforçadas"- (in
Breves Anotações à CF/88, organização CEPAM, Ed. Atlas, 1990, pág. 20).
13) Das considerações neste contexto, IMPRESCINDÍVEL e CONCLUSIVA é a análise de José Souto Maior Borges, pois para ele no tocante aos princípios
fundamentais, a CF é rigidíssima. Não podem, a teor do art. 60, § 4º, ser abolidos senão por via revolucionária e, pois, extraconstitucional. Esse dispositivo
expressamente prescreve: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa dos Estados; II - o voto direito, secreto,
universal e periódico; III - a separação dos poderes; IV - os direitos e garantias individuais.” (grifos nossos). (Pró-dogmática: Por uma Hierarquização dos
Princípios Constitucionais, Revista Trimestral de Direito Público, vol. 1, 1993, Malheiros Editores, pág. 145). Aliás, como bem demonstra LUÍS BARROSO em
recente trabalho: “Somente há sentido em inscrever na Constituição princípios dotados de eficácia jurídica e aptos a se tornarem efetivos, isto é, "a operarem
concretamente no mundo dos fatos". (in Princípios Constitucionais Brasileiros, pág. 184). Logo, indubitavelmente, os princípios, ora ventilados, são auto-
executáveis, de eficácia plena, imediata, pois não têm seu alcance reduzido, por nenhuma lei infraconstitucional (e, portanto, não é de eficácia contida), bem como
Desta forma, a proibição dos acadêmicos
não é de eficácia limitada, pois não depende de lei ordinária integrativa para sua eficácia.
darem continuidade aos estudos, em virtude de tão-somente não preencherem os requisitos DE
IMPOSIÇÃO DE PAGAR MENSALIDADES EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA – QUE NÃO FOI
AUTORIZADA POR LEI, constitui-se em um comportamento indevido, já que os IMPETRANTES não
conseguem se re-matricular nos seus cursos para o quais foram aprovados nos vestibulares , quando da
data para tal fim. A situação da(os) impetrante(s) é similar a de muitos alunos que estão cursando,
atualmente, o Ensino Superior na Universidade Pública UVA.
dano se for concedida a liminar prima facie. Porque a UNIVERSIDADE é pública, vinculada a administração
do estado do Ceará. Alfim, diante da URGÊNCIA e excepcionalidade da situação em tela, haja vista a
irreparabilidade do dano iminente podendo causar um PREJUÍZO IRREPARÁVEL ao direito dos
Impetrantes. Assim, “Demonstrada a presença do periculum in mora na possibilidade da consumação de
prejuízos irreversíveis aqueles que, por tal ou qual motivo, não dispõem do valor exigido para o depósito.
Medida liminar deferida”. (Supremo Tribunal Federal – ADI 1.074 (MC) – DF – TP – Rel. Min. Francisco
Rezek – DJU 23.09.94). Ante ao exposto, não restam dúvidas de que o receio de dano irreparável é manifesto
no presente caso, sendo autorizada a concessão da liminar inaudita altera pars, impondo a liminar para que a
Douta Autoridade Coatora suspenda integralmente, os efeitos do Ato Impugnado. DO FUMUS BONI IURIS
- Conforme acima narrado, uma dos pressupostos básicos para a concessão da liminar é a relevância do
fundamento da demanda que corresponde ao fumus boni iuris. No caso do presente mandamus é indiscutível
a fumaça do bom direito, visto que, conforme ressaltado em toda a exordial, a presente ação mandamental foi
deflagrada com fulcro no Texto Constitucional. E, como se isto não bastasse para demonstrar a fumaça do
bom direito, os Impetrantes apontaram, ainda, lesão a diversos dispositivos constitucionais, o que espanca
qualquer dúvida a respeito do assunto. Principalmente porque o CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
considera ilegal o comportamento da UVA e administrativamente nada vem fazendo. Portanto, a relevância do
fundamento é INDISCUTÍVEL! De fato, o resultado da conduta dos Impetrados constituem um ato
totalmente irregular, ilegal e abusivo. A ATITUDE DA AUTORIDADE COATORA feriu inúmeros
dispositivos Constitucionais, afrontando a Dignidade de Justiça. Tais atitudes são manifestamente Ilegais e
não comungam com um VERDADEIRO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIRETO! Destarte, presentes os
requisitos ensejadores da liminar, REQUER QUE VOSSA EXCELÊNCIA OFICIE AS DIGNAS
IMPETRADAS(UNIVERSIDADE) E SEUS PARCEIROS, PARA QUE PROMOVAM A EFETIVAÇÃO DA
REMATRÍCULA DOS IMPETRANTES NA UNIVERSIDADE, NOS SEUS CURSOS RESPECTIVOS,
uma vez que, encontram-se presentes os pressupostos específicos da concessão do writ, haja vista que,
demonstrado de pleno, os relevantes fundamentos do periculum in mora e fumus boni iuris, tendo em vista
que os Impetrantes sofrerão um DANO DE DIFÍCIL REPARAÇÃO, posto que, os Impetrantes dependem de
suas RE-MATRÍCULAS para concluírem os respectivos currículos de seus cursos de graduação.
1) ... uma decisão liminar , inaudita altera pars, ordenando que a UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE
DO ACARAÚ, e ou a quem sua vezes fizer(INSTITUTO DOM JOSÉ, pessoa jurídica de direito
privado, que alega ser o representante administrativo da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ, em Fortaleza, situado à Av. Deputado Oswaldo Studart, nº 487 - CEP: 60.411-260 –
Fortaleza/CE) que, e na pessoa do REITOR DA UVA, determine imediatamente a inclusão da
impetrante, na relação ativa dos rematriculados, com inclusão de seus nomes nos diários de classe,
liberação de históricos escolares atualizados, e expedição de declaração de matrículas, bem como e
inclusão de imediato, na participação das atividades acadêmicas e pedagógicas de seus respectivos
cursos até o julgamento do presente MANDADO DE SEGURANÇA, sem pagar encargos TAXAS OU
MENSALIDADES NA UNIVERSIDADE PÚBLICA UVA.
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2) Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que se digne mandar notificar a
Autoridade Impetrada,a pessoa do REITOR DA UVA.
3) Requer-se ainda a NOTIFICAÇÃO do INSTITUTO DOM JOSÉ, pessoa jurídica de direito privado,
que alega ser o representante administrativo da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ, em Fortaleza, situado à Av. Deputado Oswaldo Studart, nº 487 - CEP: 60.411-260 –
Fortaleza/CE) como LITISCONSORTIANTES NECESSÁRIOS, para que, no decênio legal, preste as
informações que tiver, se assim lhe convier.
4) Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que seja fixada uma multa de R$
10.000,00(dez mil reais) dia, para cada evento de descumprimento da LIMINAR, ou seja, para cada
dia em que deixar de atender a liminar que favoreça a impetrante, e que se estenda a obrigação à
Universidade Estadual Vale do Acaraú e ao seu parceiro.
5) Prestadas às informações ou transcorrido, in albis, o prazo para prestá-las, sejam os autos remetidos
ao MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL para oferecimento de parecer, após o que seja julgado
procedente o presente writ of mandamus CONCEDENDO-SE AOS IMPETRANTES A SEGURANÇA
DEFINITIVA, reconhecendo seus direitos subjetivos de estudarem e serem rematriculados em todos
os semestres de seu respectivos cursos universitários, e concluído o CURRÍCULO ACADÊMICO de
seus respectivos cursos universitários, lhe sejam outorgados os graus correspondentes com a
respectiva outorga do diploma equivalente. sem pagar encargos TAXAS OU MENSALIDADES NA
UNIVERSIDADE PÚBLICA UVA, com base ainda na decisão da Súmula Vinculante 12.
7) Requer-se que seja decretada, incidentalmente, a NÃO APLICABILIDADE DA lEI fEDERAL N.O.
9870/1999, considerando que aquela norma legal só se aplica ÁS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
PRIVADAS, autorizadas nos termos dos princípios normativos vigentes na República Federativa do
Brasil.
DO VALOR DA CAUSA
Sendo a impetrantes estudante, requer de Vossa Excelência os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, inclusive
estendendo-se às despesas genéricas do processo, por serem pessoas juridicamente pobre, nos termos que
dispõe a Lei nº 1.060/50, com redação alterada pela Lei nº 7.510/86.
Nestes termos,
Pede-se e espera deferimento.
Fortaleza, 1 de outubro de 2008.
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