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Estudo básico das derivadas


Anderson Josias dos Santos www.cursodefisica.com.br

Versão Preliminar
Derivadas
f ( x + ∆x ) − f ( x )
Conceito de Derivada: seja uma função f (x ) → f ' (x ) = lim ; em que f (x ) é contínua num
∆x
∆x →0

intervalo ao qual pertence x. f ' (x ) é o coeficiente angular da reta tangente à curva f (x ) no ponto x.

Não existência da Derivada: sendo f ' (x ) um coeficiente angular, se a reta tangente à curva for vertical em
P(x0 , y0 ) , não existe a derivada de f (x ) .

Derivada das funções elementares

f ( x + ∆x ) − f ( x ) c − c
Derivada da função constante: f (x ) = c ⇒ f ' ( x ) = 0 ; c ∈ R f ' (x ) = lim = =0
∆x →0 ∆x ∆x

Derivada de um múltiplo
d c. f (x + ∆x ) − c. f ( x ) f ( x + ∆x ) − f ( x ) f ( x + ∆x ) − f ( x )
constante: [cf (x )] = lim = lim c = c lim = c. f ' (x )
dx ∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x

f (x + ∆x ) − f (x ) (x + ∆x )n − x n =
Derivada da função potência: f (x ) = x n ⇒ f ' ( x ) = n.x n −1 ; f ' (x ) = lim = lim
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
n n 0 n  n  n −1 1 n
  x ∆x + ... +   x 0 ∆x n − x x   x ∆x + ... +   x 0 ∆x n
0 n 1 n
lim   = lim   =
∆x → 0 ∆x ∆ x → 0 ∆x

 n n n n


lim   x n −1 +   x n − 2 ∆x 2 −1 + ... +  ∆x n −1 = f ' (x ) = lim   x n −1
∆x →0 
1  2 n ∆ x → 01 

f (x + ∆x ) − f ( x ) sen ( x + ∆x ) − sen ( x )
Derivada da função seno: f (x ) = sen x ⇒ f ' (x ) = cos x ; f ' (x ) = lim = lim =
∆x → 0 ∆x ∆x →0 ∆x
 x + ∆x + x   x + ∆x − x   ∆x  ∆x  ∆x ∆x  ∆x
2 sen . cos  2 sen x + . cos  2 sen x. cos + 2 cos x. sen . cos
lim  2   2  = lim  2  2
= lim  2 2  2
=
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
 ∆x ∆x 
 2 sen x. cos sen 
lim  2 + 2 cos x. 2 . cos ∆x = (0 + cos x ).1 = cos x
∆x →0 ∆x 2.∆x 2 
 
 

Derivada da função cosseno: f (x ) = cos x ⇒ f ' (x ) = − sen x

Derivada da função exponencial: f (x ) = a x ⇒ f ' ( x ) = a x ln a ;


f (x + ∆x ) − f ( x ) a x + ∆x − a x a ∆x − 1
f ' (x ) = lim = lim = lim a x . lim = a x ln a
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x →0 ∆x
Obs: A justificativa deste limite encontra-se mais adiante.
a x + ∆x − a x a ∆x − 1
Definição do número e: Em geral f (x ) = a x e f ' (x ) = lim = lim a x
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
possuem uma grande semelhança no que diz respeito à repre sen tação gráfica
a ∆x − 1
Se x = 0 ⇒ f (0 ) = lim a x = a 0 .k ; k = f ' (0 )
∆x →0 ∆x
k não depende do valor de x, sendo constante para qualquer valor de a determinado

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f ' (0) < 1 ⇒ f ' ( x ) < f (x )∴ gráfico de f ' ( x ) encontra-se abaixo do gráfico de f ( x )
f ' (0) > 1 ⇒ f ' (x ) > f (x )∴ gráfico de f ' (x ) encontra-se acima do gráfico de f (x )
a 0 + ∆x − a 0
Chamamos de e ao número a que faz com que f ' (x ) = f (x ) ,ou seja, f ' (0 ) = lim =1
∆x →0 ∆x
a ∆x − 1 a ∆x − 1
lim ; sen do ∆x suficientemente pequeno: ≈ 1 ⇒ a ∆x − 1 ≈ ∆x ∴ a ≈ (1 + ∆x )1 ∆x
∆x →0 ∆x ∆x
Para pequenos valores de ∆x : a ≈ 2,7182... Logo: f (x ) = e x ⇒ f ' ( x ) = e x ( os gráficos são coincidentes )
Ainda, podemos definir o número e como um número irracional cujo valor aproximado é 2,7182818284,
x x
 1  1
resultado do limite da função f (x ) = 1 +  ⇒ lim 1 +  = e {x ∈ R | x < −1 ou x > 0}
 x x → +∞ x

1
Ainda, lim (1 + x ) x = e , como vimos da primeira definição de e por aproximação.
x→0

a x −1
Demonstremos que lim = ln a , para a > 0
x→0 x
1x − 1
Para a = 1 ⇒ lim = lim 0 = 0
x →0 x x →0

Para 0 < a ≠ 1 , façamos a x −1 = w


ln(1 + w )
a x = 1 + w ⇒ ln a x = ln (1 + w) ⇒ x =
ln a
a x −1 w. ln a 1 ln a ln a
Portanto: lim = lim = ln a. lim = = = ln a
w→0 ln (1 + w)
ln(1 + w) ln . lim (1 + w) w 
x→0 x w→ 0 1 1 ln e
w  w→ 0 

Derivada da soma: f (x ) = u ( x ) + v(x ) ⇒ f ' (x ) = u ' ( x ) + v' (x )

Derivada do produto: f (x ) = u (x ).v(x ) ⇒ f ' (x ) = u ' ( x ).v( x ) + u ( x ).v' (x )


∆y = f ( x + ∆x ) − f (x ) = u ( x + ∆x ).v(x + ∆x ) + [− u (x ).v(x + ∆x ) + u ( x )v( x + ∆x )] − u ( x ).v( x ) =
∆y = v( x + ∆x )[u ( x + ∆x ) − u ( x )] + u (x )[v(x + ∆x ) − v(x )] = v( x + ∆x ).∆u + u (x ).∆v
∆y f ( x + ∆x ) − f (x )
f ' (x ) = lim = lim = u ' (x ).v(x ) + u (x ).v' (x )
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x

Podemos estender esta fórmula para um produto de n fatores iguais:


u ' ( x ).u ( x ).....u (x ) = u ( x ).u ' (x ).u (x ).....u ( x ) = ... = u ( x ).u (x ).....u ( x ).u ' (x ) = n[u (x )]n −1.u ' (x )
Logo, temos: f (x ) = [u (x )]n ⇒ f ' (x ) = n[u ( x )]n −1.u ' ( x )

u(x ) u ' ( x ).v( x ) − u ( x )v' ( x )


Derivada do quociente: f (x ) = ⇒ f ' (x ) = ;
v(x ) [v(x )]2
u (x + ∆x ) u (x ) u (x + ∆x ).v(x ) + [− u (x ).v(x ) + u (x ).v( x )] − u ( x ).v( x + ∆x )
∆y = − = ;
v( x + ∆x ) v(x ) v(x + ∆x ).v(x )
∆y f (x + ∆x ) − f ( x ) u ' ( x ).v( x ) − u ( x ).v' ( x )
f ' (x ) = lim = lim =
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x [v(x )]2

Derivada da função tangente: f (x ) = tgx ⇒ f ' (x ) = sec 2 x

Derivada da função f (x ) = [u (x )]− n ⇒ f ' (x ) = −n[u ( x )]−(n +1) .u ' (x )

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Derivada da função composta ( Regra da Cadeia ): F (x ) = g ( f (x )) ⇒ F ' (x ) = g ' ( f ( x )). f ' (x )


Admitamos f : A → B definida por y = f (x ) e, g : B → C tal que z = g ( y ) . Existe a composta F : A → C
definida por z = F ( x ) = g ( f (x )) . Sendo y = f (x ) derivável e, conseqüentemente contínua em x, quando
∆x → 0 , ∆y → 0 .
∆z ∆z ∆y ∆z ∆z ∆y ∆z ∆y
= . ⇒ lim = lim . lim = lim . lim
∆x ∆y ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆y ∆x →0 ∆x ∆y →0 ∆y ∆x →0 ∆x

-Aplicando a Regra da derivada da função composta:


1 1
.2
f (x ) = x 2 ⇒ [ f ( x )]2 = x 2 ⇒
d
dx dx 2 f (x ) 2 x
( )
[ f (x )]2 = d (x ) ⇒ 2 f (x ). f ' (x ) = 1 ⇒ f ' (x ) = 1 = 11 2 ⇒ d x1 2 = 1 x −1 2
dx 2
d
dx dx
( )
(ln x ) ⇒ d e ln x =
d
dx
(x ) ⇒ e ln x . d (ln x ) = 1 ⇒ d (ln x ) = ln1 x = 1
dx dx e x

dx
( )
d x
( ) d 1
a ⇒ ln a x = x. ln a ; (ln x ) = ⇒
dx x
d
dx
( )
1 d x
ln a x = x .
a dx
a = ln a ( )
Portanto, temos:
d x
dx
( )
a = (ln a )a x

'
( )
Derivada da função inversa: x = f −1 ( y ) ⇒ f −1 ( y ) =
1
f ' (x )
∆x 1
Sendo f bijetora e derivável, temos que ∆x ≠ 0 ⇒ ∆y ≠ 0 ; logo, podemos escrever =
∆y ∆y ∆x
f derivável ⇒ contínua ⇒ ∆x → 0 ⇒ ∆y → 0
' ∆x
( )
f −1 ( y ) = lim
∆y →0 ∆y
= lim
1
∆x →0 ∆y ∆x
=
1
∆y
=
f
1
' (x )
lim
∆x →0 ∆x
Função Bijetora: simultaneamente sobrejetora e injetora:
f : A → B; f : sobrejetora ⇔ ∀y, y ∈ B, ∃x, x ∈ A f ( x ) = y f : A → B; f : sobrejetora ⇔ Im( f ) = B

f : A → B; f : injetora ⇔ (∀x1 , x1 ∈ A, ∀x2 , x2 ∈ A)(x1 ≠ x2 ⇒ f ( x1 ) ≠ f (x 2 ))


f : A → B; f : injetora ⇔ (∀x1 , x1 ∈ A, ∀x2 , x2 ∈ A)( f (x1 ) = f ( x2 ) ⇒ x1 = x2 )

1
Derivada da função logarítmica: y = log a x ⇒ y ' =
x. ln a
1 1 1 1
x = a y ; sabemos que: x' = a y . ln a ; sendo y ' = → y' = y = log x =
x´ a ln a a a
. ln a x ln a

Derivada da função potência com expoente real: y = x a ⇒ y ' = a.x a −1

α
( )α , em que α ∈ R e x > 0 ⇒ y' = eα
y = xα = e ln x . ln x 1
α . = xα .
x x
= α .xα −1

1  π π
Derivada da função arc sen: y = arcsen x ⇒ y ' = ; definida em I = [− 1,1] com imagens em − , 
1− x2  2 2
1 1 1 1
y = arcsen x ⇔ x = sen y ; x = sen y → x' = cos y ; y ' = = = =
x' cos y 1 − sen 2 y 1− x2

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1
Derivada da função arc cos: y = arccos x ⇒ y ' = − ; definida em I = [− 1,1] com imagens em [0, π ]
1− x2

1  π π
Derivada da função arc tg: y = arctgx ⇒ y ' = ; definida de IR em  − , 
2
1+ x  2 2
 u ' (x )
Derivada da função do tipo f (x ) = [u (x )]v ( x ) ⇒ f ' ( x ) = [u ( x )]v ( x ) v ' ( x ). ln u (x ) + v(x ). 
 u(x ) 
Máximos e Mínimos
Vizinhança
Admitamos uma função f : D → R e seja x0 ∈ D . Por definição, chamamos vizinhança de x0 um intervalo
V ]x0 − δ , x0 + δ [ , em que δ é um número real positivo.

Quando existir uma vizinhança de x0 tal que (∀x )(x ∈ V ⇒ f (x ) ≤ f ( x0 )) , x0 será chamado ponto de máximo
local de f e f (x0 ) será o máximo local de f .

Quando existir uma vizinhança de x0 tal que (∀x )(x ∈V ⇒ f (x ) ≥ f (x0 )) , x0 será chamado ponto de
mínimo local de f e f (x0 ) será o mínimo local de f .

Ainda podemos definir, admitindo p<q<r:


-Se f for crescente ( f '> 0 ) em ] p, q ] e decrescente ( f '< 0 ) em [q, r [ então q será ponto de máximo
local de f
-Se f for decrescente ( f '< 0 ) em ] p, q ] e crescente ( f '> 0 ) em [q, r [ então q será ponto de máximo
local de f

Entre dois pontos críticos a derivada permanece com o mesmo sinal.

Teoremas básicos sobre comportamento de funções

I- Teorema de Fermat: Se f : D → R é uma função derivável no ponto x0 ∈ D e x0 é ponto extremo local


interior de f , então f ' (x0 ) = 0 . Trata-se de uma condição necessária, mas não suficiente, para a existência
de ponto crítico.
Interpretação geométrica: o teorema garante que num ponto extremo local interior de f , a reta tangente
ao gráfico de f é paralela ao eixo dos x. O recíproco deste teorema é falso, assim como também podem
ocorrer funções em cujo ponto extremo não exista a derivada.

II- Teorema de Rolle: Se f é uma função contínua em [a, b ] , derivável em ]a, b[ e f (a ) = f (b ) , deve existir
ao menos um ponto x0 ∈ ]a, b[ tal que f ' (x0 ) = 0
Interpretação geométrica: O teorema afirma que, resguardadas as condições mencionadas, em algum
ponto pertencente a ]a, b[ a tangente ao gráfico de f é paralela ao eixo dos x.

III- Teorema de Lagrange ou do valor médio: Se f é uma função contínua em [a, b ] e derivável em ]a, b[ ,
f (b ) − f (a )
então existe ao menos um ponto x0 ∈ ]a, b[ tal que = f ´(x0 ) .
b−a
Interpretação geométrica: resguardadas as condições impostas no teorema, existe um ponto x0 tal que a
tangente ao gráfico no ponto P( x0 , f (x0 )) é paralela à reta determinada pelos pontos A(a, f (a )) e B (b , f (b )) .

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Derivada - Crescimento e decréscimo

Se uma função f contínua em [a, b ] e derivável em ]a, b[ . Podemos afirmar que:


I- f ' (x ) ≥ 0 em ]a, b[ ⇔ f é crescente em [a, b ]
II- f ' (x ) ≤ 0 em ]a, b[ ⇔ f é decrescente em [a, b ]

Quanto maior a inclinação de f num determinado ponto, mais distante do eixo dos x está o gráfico da
derivada neste ponto e vice versa.
O intervalo em que f é crescente, em f ' localiza-se abaixo do eixo dos x.
O intervalo em que f é crescente, em f ' localiza-se acima do eixo dos x.

f ' é crescente ⇒ f ' ' > 0 ⇒ gráfico de f é convexo (∪ )


f ' é decrescente ⇒ f ' ' < 0 ⇒ gráfico de f é côncavo (∩ )

Reta tangente e reta normal

Retas tangente e normal ao gráfico num ponto (a, f (a ))


Reta Tangente: y − f (a ) = f ' (a )( x − a )
1
Reta Normal: y − f (a ) = − (x − a )
f ' (a )

Concavidade

Seja S = f (a ) + f ' (a )( x − a ) a função que rege a reta tangente ao gráfico de f ( x ) no ponto (a, f (a )) ,
a∈I
Podemos afirmar, para x ≠ a , que:
-Concavidade para cima: f ( x ) > S ( x ), ∀x ∈ I
-Concavidade para baixo: f ( x ) < S ( x ), ∀x ∈ I

Dizemos que a é ponto de inflexão se existirem p e q com a ∈ ] p, q ] onde f tenha nomes contrários em
] p, a[ e em ]a, q[ .
Se f é uma função derivável até segunda ordem no intervalo I = [a, b ] , x0 interno a [a, b ] , f ´´( x0 ) ≠ 0 ,
podemos concluir que:
a- quando f ' ' ( x0 ) > 0 , o gráfico de f tem concavidade positiva neste ponto;
b- quando f ' ' ( x0 ) < 0 , o gráfico de f tem concavidade negativa neste ponto.

Pontos de Inflexão

Admitamos f contínua em I = [a, b ] e derivável em x0 ∈ [a, b] . Definimos P0 (x0 , f ( x0 )) como sendo ponto de
inflexão se, e somente se, existe uma vizinhança de x0 , tal que nos pontos do gráfico f para x pertencente
à vizinhança e x < x0 a concavidade tem sempre o mesmo sinal, sendo este contrário ao sinal da
concavidade nos pontos do gráfico para x > x0 . Logo, ponto de Inflexão é o ponto em que a concavidade
troca de sinal. Quando a reta tangente é paralela ao eixo dos x (ou coincidente com este), o ponto de
inflexão é dito ponto de inflexão horizontal.

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- Se f é uma função derivável até terceira ordem no intervalo I = ]a, b[ . Seja x0 ∈ ]a, b[ . Se f ´´( x0 ) = 0 e
f ´´´( x0 ) ≠ 0 , podemos concluir que x0 é abscissa de um ponto de inflexão.
Obs: se f ´´( x0 ) = f ´´´( x0 ) = 0 nada podemos concluir de acordo com o teorema apresentado.
- Se f é uma função derivável até segunda ordem em I = ]a, b[ e x0 ∈ ]a, b[ é ponto de inflexão do gráfico
de f , teremos f ´´( x0 ) = 0 .
Obs: nem todas as raízes de f ´´( x ) = 0 são abscissas de pontos de inflexão.

Determinação de Extremantes

Um ponto x0 tal que f ´(x0 ) = 0 é chamado de ponto crítico de f .


Pelo Teorema de Fermat, dada uma função f os valores de x que anulam f ´ , ou seja, as raízes de
f ´(x ) = 0 são possivelmente extremos de f . Qualquer valor que não seja raiz de f ´= 0 , não pode ser
extremante por não anular f ´ .
Logo, temos:

- x0 é ponto de máximo local de f se existir uma vizinhança de x0 tal que f ´(x ) é positiva à esquerda e
negativa à direita de x0 ;
- x0 é ponto de mínimo local de f se existir uma vizinhança de x0 tal que f ´(x ) é negativa à esquerda e
positiva à direita de x0 .

Extremantes e derivada segunda

Consideremos uma função f definida numa vizinhança de x0 , admitindo até a derivada de segunda ordem
( f ´´(x )) e tal que f ´(x0 ) = 0 . Podemos afirmar que:
- se f ´´( x0 ) > 0 , então x0 é ponto de mínimo local de f ;
- se f ´´(x0 ) < 0 , então x0 é ponto de máximo local de f .

Regra geral para verificação de extremantes

Seja f uma função derivável com derivadas sucessivas também deriváveis em I = ]a, b[ . Seja x0 ∈ I tal que:
f ´(x0 ) = f ´´( x0 ) = ... = f (n −1) ( x0 ) = 0 e f (n ) ( x0 ) ≠ 0
Temos três casos a considerar:

I- se n é par e f (n ) ( x0 ) < 0 , então x0 é ponto de máximo local de f .


II- se n é par e f (n ) ( x0 ) > 0 , então x0 é ponto de mínimo local de f .
III- se n é ímpar, então x0 não é ponto de máximo local nem de mínimo local de f .

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