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Ex.

º Senhor Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de


Escolas de Ovar

Os professores abaixo assinados, analisando o actual contexto


criado pela publicação do Decreto Regulamentar 1-A/2009,
consideram que:

• A necessidade de alterações sucessivas do Modelo de


Avaliação sentida pelo Governo, na sequência das enormes
manifestações de descontentamento levadas a cabo pela
quase totalidade da classe docente, mais não é que um
reconhecimento inequívoco da inaplicabilidade desse Modelo
e da sua inadequação pedagógica.
• Apesar de designado por Modelo de Avaliação ele não o é
efectivamente. As alterações pontuais que foram introduzidas
não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão
subjacentes. Não tem cariz formativo, não promove a melhoria
das práticas, centrado que está na seriação dos professores
para efeitos de gestão de carreira.
• As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial
do anteriormente proposto, nomeadamente, alguns dos
aspectos mais contestados como a existência de quotas para
Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer
perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus
efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento
na Carreira.
• Outras alterações como as que têm a ver com as
classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente
conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam
posteriormente retomados para efeitos de avaliação.
• A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo
Governo significa a aceitação tácita do ECD, que promove a
divisão artificial da carreira em categorias e que a
esmagadora maioria dos docentes contesta.

Considerando os aspectos supracitados, os Professores e


Educadores do Agrupamento de Escolas de Ovar, reafirmam o
seu mais veemente protesto e desacordo perante o Modelo de
Avaliação de Desempenho introduzido pelo Decreto
Regulamentar n.º 2/2008 e simplificado pelo Decreto
Regulamentar 1-A/2009.
Assim, os professores, abaixo assinados, reafirmam a sua
vontade em manter a contestação e a “suspensão” deste
modelo de avaliação, no presente ano lectivo, para que o
Ministério possa dar resposta e corrigir todas as limitações,
arbitrariedades e injustiças. Não reconhecem nele qualquer
efeito positivo sobre a qualidade do ensino/aprendizagem, não
prestigiando, também, a escola pública.

Escola E.B. 2,3 António Dias Simões, 15 de Janeiro de


2009

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