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1º Horário
COMPETÊNCIA (continuação):
2º Horário
COMPETÊNCIA (continuação):
1º HORÁRIO
COMPETÊNCIA (continuação)
2) Incompetência Absoluta: pode ser alegada de qualquer forma (escrita, oral, preliminar de
contestação, recurso, peça avulsa etc.).
Obs: mas e se for alegada por meio de exceção de incompetência? Há um ato viciado que o juiz
receberá como mera petição: autuação nos próprios autos e não haverá suspensão do processo.
MOMENTO DE ALEGAÇÃO
Observações
- No procedimento sumário há obrigatoriedade de se alegar na audiência de conciliação (não há
um prazo máximo).
- Fazenda Pública tem o prazo em quádruplo (art. 189, CPC – aplica-se para todos os tipos de
respostas).
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- Não se pode entrar com a contestação e depois com a exceção, pois uma nulidade relativa se
convalida se não for argüida na primeira oportunidade.
Observações
- a parte pode alegar incompetência absoluta originariamente em RESP ou REXT? Até o
esgotamento dos recursos ordinários, é pacífico que pode. Para os recursos extraordinários: 1)
STF – não pode, pois tem que ter havido pré-questionamento (matéria decidida
anteriormente). 2) STJ – pode ser alegada em termos, pois tem que se alegar a incompetência
absoluta e mais outra matéria que tenha sido objeto de pré-questionamento (sem pré-
questionamento o STJ não pode reconhecer do recurso).
- transitada em julgado a decisão, ainda há o prazo de dois anos para alegar a incompetência
absoluta por meio de Ação Rescisória.
- se o réu não alegar na preliminar de contestação, ele será obrigado a pagar as custas do
retardamento.
Relativa: é considerada uma resposta dilatória do réu. Quando acolhida ela não gera extinção do
processo, mas apenas aumenta seu tempo de duração, remetendo-se o processo ao juízo
competência.
Observações
- há um caso em ela será peremptória, gerando a extinção do processo – art. 51, III, Lei 9.099.
- os atos já praticados pelo juízo incompetente são válidos (STJ).
Observações
- cumulação de dois pedidos de diferentes competências absolutas, perante um juízo
absolutamente incompetente para ambos: o juiz deve extinguir o processo.
Obs.: atos já praticados (art. 113, § 2º, CPC) – são nulos de pleno direito. Pleno direito significa
independentemente de declaração expressa. STJ – não são todos atos decisórios que serão
nulos, mas apenas os atos decisórios de mérito (decisão de liminar, de tutela antecipada,
sentença e acórdão).
ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA
1) Absolutas
a) Funcional
Existem três situações em que ela existirá:
- Competência Funcional Interna: o juízo que exerce determinada função no processo se torna
absolutamente competente para exercer outra função. Ex.: juízo que profere a sentença
genérica (que é aquela que não indica o quantum debeatur, o valor da obrigação) é
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absolutamente competente para a liquidação de sentença. Obs.: a competência absoluta não
se divide entre o juiz que forma o título e o que executa (art. 475-P, CPC).
Obs.: Chiovenda criou uma quarta espécie, a local. Nesse local, o exercício da função é mais fácil
e mais eficaz. Fux/Nery: é uma competência funcional. Dinamarco/Barbosa Moreira: é uma
competência territorial. Mas o que importa saber é que, para ambas as correntes, trata-se de uma
competência absoluta (seria uma competência territorial excepcionalmente absoluta).
Ex.: art. 95, CPC – competência absoluta do local do imóvel para ações reais imobiliárias:
a) Ação de Adjudicação compulsória (contrato de promessa de compra e venda não precisa estar
registrado, mas o seu registro é que determina a aplicação do art. 95 do CPC em virtude do art.
1.417, CC, que criou um direito real à aquisição do imóvel. Se o direito é real, aplica-se o art. 95.
Sem registro, há apenas uma obrigação de fazer, ou seja, passar a escritura, que é um direito
pessoal).
b) Rescisão contratual (direito pessoal) c/c reintegração de posse (direito real imobiliário) – para o
STJ não se aplica o art. 95, CPC, pois a rescisão contratual é o que interessa, sendo a
reintegração uma mera conseqüência natural.
Ex.: Ação coletiva (art. 2º, LACP) – competência absoluta do local do dano. Quando envolver
idoso (art. 80, Estatuto do Idoso), a competência será do domicílio do idoso protegido na
demanda. Se envolver criança e adolescente (art. 209, ECA) será competente o local do ato ou
omissão.
b) Em razão da matéria
Justiça Especializada (Justiça do Trabalho, art. 114; Justiça Eleitoral, art. 121 e Justiça Militar, art.
125 − todos da CF) vs. Justiça Comum (art. 109, CF, competência da Justiça Federal;
competência da Justiça Estadual é residual).
Inciso V-A – ações de violação extrema aos direitos humanos (pode ser deslocado para a Justiça
Federal).
Ler inciso X.
Inciso XI – demandas que tratam de direitos indígenas. STF − direito indígena é diferente de
direito do índio: mera presença de indígena na demanda não é suficiente para a fixação de
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competência da Justiça Federal (a competência não é em razão da pessoa e sim em razão da
matéria), mas só as ações relativas à coletividade indígena (art. 231, CF – ex.: terras indígenas).
Obs.: Varas Especializadas pela Matéria – onde existirem, terão competência absoluta para as
ações (são criadas pelas leis de Organização Judiciária).
c) Em razão da pessoa
Art. 109, I da CF: União, Empresa Pública ou Autarquia Federal. Mas também incluem-se a
Fundação Federal, os Conselhos Federais de Fiscalização Profissional, as Agências Reguladoras
e o MPF (a mera atuação como fiscal da lei desloca a competência para a Justiça Federal, pois,
para o STJ, o MPF é um órgão da União, não tem personalidade jurídica própria).
Observações
- Sociedade de Economia Mista – a competência é da Justiça Estadual (súmulas 508 e 556 do
STF).
- pela CF, é só atuação como autor, réu, opoente ou assistente. Mas qualquer forma de
participação daqueles entes federais já determina a competência como sendo federal.
Exceções:
- demanda regularmente instaurada na Justiça Estadual até que um desses entes federais
requeira a intervenção – o juízo estadual não tem competência para conhecer desse pedido. O
mero pedido já desloca a competência para a Justiça Federal (juiz acata o pedido: aplica-se o
art. 109 da CF, que se desloca definitivamente para a Justiça Federal; se rejeitar o pedido,
deve devolvê-lo para a Justiça Estadual).
- Vara Especializada – pode ser criada em razão da pessoa. Ex.: Vara da Fazenda Pública
(presença do Estado ou do Município).
2º HORÁRIO
2) Relativas
a) Territorial
Determinar qual é o foro competente (Comarca na Justiça Estadual e Seção Judiciária na Justiça
Federal).
Art. 94 ao art. 100 do CPC + diversas leis extravagantes. Mas existem critérios:
2) Domicílio do Autor: art. 101, I, CDC (domicílio do consumidor) e art. 4º, III, Lei 9.099.
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3) Local do ato ou fato. Ex.: art. 100, V, CPC.
4) Local da coisa. Ex.: art. 95, CPC (local do imóvel) e todas as ações previstas na lei de Locação.
5) Local do cumprimento da obrigação (aplicado sempre que a demanda tiver como objeto o
cumprimento de uma obrigação).
Obs: art. 99, CPC – não deve ser utilizado, pois há norma constitucional aplicável ao caso: art.
109, §§ 1º e 2º, CF. União como ré tem foros concorrentes – é o próprio demandante que
escolhe o foro (domicílio do autor, DF, local do ato ou fato e o local da coisa).
Obs.: “competência por delegação” – demanda de competência da Justiça Federal, mas no local
competente para a demanda não há Vara Federal. Em regra tem que se deslocar para a comarca
mais próxima onde exista Vara Federal da respectiva Seção Judiciária. O art. 109, §§ 3º e 4º da
CF cria a regra excepcional da competência por delegação, que significa utilizar-se de Vara
Estadual para a demanda Federal. A competência é apenas delegada em primeiro grau. A
competência recursal continua sendo federal. Só pode existir com expressa previsão legal.
1. Ações contra o INSS – domicílio do autor. Aqui há foros concorrentes: pode-se escolher entre
a Vara Estadual do domicílio e a Vara Federal da respectiva seção judiciária.
2. Execução Fiscal.
3. Usucapião Constitucional.
Obs.: STF – ações coletivas: não se aplica a competência por delegação. Tem que ir até a Vara
Federal respectiva.
b) Valor da causa
Importa em duas situações:
1) JESP: Estadual (40 salários mínimos) e Federal (60 salários mínimos). Obs.: o JESP Estadual
é facultativo, mas para demanda superior a 40 salários mínimos há incompetência absoluta. O
JESP Federal é obrigatório (competência absoluta) – mesmo assim o CPC continua tratando
como incompetência relativa.
2) Foros Regionais ou Distritais. Obs.: sempre que esta competência for determinada em razão do
valor, ela será absoluta (apesar do CPC dizer que é relativa).
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
a) Conexão e continência
CONEXÃO: identidade de pedido (objeto) ou causa de pedir (art. 103, CPC). Para o STJ, conexão
é conceito mais amplo do isso. Ocorrerá sempre que a decisão de uma demanda tiver aptidão de
interferir em outra demanda – relação entre demandas.
CONTINÊNCIA: identidade de partes e da causa de pedir (art. 104, CPC) e o pedido de uma
demanda, por ser mais amplo, engloba, contém o pedido da outra.
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O art. 105 do CPC trata da reunião de demandas em um mesmo juízo – prorrogação de
competência. Para o STJ, essa reunião é um dever do juiz, desde que ela gere economia
processual (que evite a repetição de atos processuais) e harmonização dos julgados (que
evite decisões contraditórias).
A reunião deve ocorrer perante o mesmo juízo, que é o prevento. O CPC tem duas regras
diferentes:
1) art. 106, CPC – é prevento o juízo que proferir o primeiro despacho positivo (cite-se) – só se
aplica a demandas de mesma competência territorial.
2) art. 219, caput, CPC – é prevento o juízo que realizar a primeira citação válida – só se aplica
para diferentes competências territoriais.
Observações
- conexão e continência são matérias de ordem pública (harmonização de julgados e economia
processual) – não há preclusão e podem ser conhecidas de ofício.
- STJ – não há nulidade na não-reunião de demandas conexas (apesar de ser matéria de ordem
pública). É vício de matéria de ordem pública que se convalida em virtude da economia
processual.
Se o réu não excepcionar, haverá prorrogação automática, não interessando os motivos da não-
interposição da exceção.
É cláusula obrigatoriamente escrita (o contrato pode ser oral, mas a cláusula tem que ser escrita).
Tem que se referir a negócio jurídico determinado (não existe cláusula geral).
Observações
- não se pode fazer opção entre foro central e foros regionais, pois são competências absolutas
da lei de organização judiciária.
- não há escolha do juízo. A cláusula só elege o foro.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
PERPETUATIO JURISDICIONIS
Art. 87, CPC.
Quando estará proposta a demanda? Art. 263, CPC: comarca de vara única = primeiro despacho
do juiz; comarca com mais de uma vara = distribuição.
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Para o STJ, não é em nenhum dos dois momentos – a propositura da demanda ocorre no
momento do protocolo da petição inicial.