You are on page 1of 15

1

OPORTUNIDADES RECREATIVAS
ESTUDO DE CASO: PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA

Edilaine Albertino de Moraes1

RESUMO:
O presente trabalho, apresentado como monografia para conclusão do Curso de
Turismo, consiste na identificação das oportunidades recreativas dos atrativos que
localizam-se na zona de uso intensivo da parte baixa do Parque Nacional do Itatiaia,
RJ, bem como o perfil, a motivação, o comportamento e as necessidades de seus
visitantes, a fim de propor a dinamização recreativa nestas áreas para melhorar a
satisfação do visitante. De acordo com os resultados e as análises realizadas percebe-
se que as oportunidades recreativas oferecidas pelas Unidades de Conservação, bem
como pelo Parque Nacional do Itatiaia influenciam positivamente na satisfação do
visitante durante a visita. No entanto, os visitantes do Parque Nacional do Itatiaia
demandam outras atividades recreativas, bem como uma infra-estrutura necessária
para realização destas e outras fundamentais para a recepção do visitante.

PALAVRAS-CHAVE: Lazer, Recreação, Turismo, Unidades de Conservação, Uso


Público, Parque Nacional do Itatiaia.

INTRODUÇÃO

Nadar, correr, voar. Desfrutar o vazio em uma corda, dormir sob as estrelas, ou
mesmo, saudar um dourado amanhecer em novas paragens. Nada se compara ao
prazer de certas experiências ao ar livre.
Infelizmente, a demanda de visitantes às áreas naturais é bem maior que a infra-
estrutura necessária para recebê-la. Também, pouco se fala em educação sócio-
ambiental de base em nosso país, capaz de educar o cidadão quanto à importância de
preservar seus recursos naturais. A triste conseqüência disso? Enormes danos
causados ao ambientes naturais diariamente, muitos irremediáveis e que afetam
diretamente nosso bem estar. A popularização das atividades ao ar livre e o grande
aumento do número de pessoas que visitam ambientes naturais causam significativos

1
Graduanda em Turismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora. E-mail:
edilainerumos@yahoo.com.br, telefone: (32)8801-1661.
Eixo Temático: O turismo e a recreação em áreas naturais.
2

impactos nestas áreas e na qualidade da experiência dos seus visitantes. Como


solução para minimizar os impactos negativos causados nestas áreas e para
maximizar a satisfação dos visitantes, vimos que o planejamento, a implementação e
gestão visitação nas áreas naturais protegidas são fatores fundamentais para o
equilíbrio entre a conservação da natureza e a visitação.
Nos últimos anos, o Parque Nacional do Itatiaia vem recebendo uma grande
quantidade de visitantes, devido à sua rica diversidade biológica e seu sistema
orológico. Seus visitantes buscam este local por diferentes objetivos e expectativas.
Dentre as atividades mais desenvolvidas pelos visitantes podemos citar as
caminhadas, banho de rio e cachoeira, fotografia e contemplação da natureza.
Por se tratar do primeiro Parque Nacional brasileiro é dado a responsabilidade em
cumprir seus objetivos de recreação e educar as pessoas que o visitam, assim
captando mais adeptos da conservação da natureza. Assim, surge uma preocupação
com relação à visitação no Parque Nacional do Itatiaia (PNI), se está condizente com
seus objetivos de uso público, sendo que cada vez mais as pessoas procuram estar
em contato com a natureza. Diante disso, este trabalho vem apresentar dados que
confirmam a necessidade de informações sobre o perfil, a percepção e as expectativas
dos visitantes para o manejo das áreas protegidas. Antes do início deste trabalho, no
decorrer do ano de 2005 foram realizadas visitas ao PNI, principalmente na alta
temporada de visitação turística, o que possibilitou perceber através do contato com os
visitantes e funcionários, a necessidade de dinamizar as atividades recreativas, a fim
de satisfazer as expectativas dos visitantes.

OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho é identificar as oportunidades recreativas na Parte


Baixa do Parque Nacional do Itatiaia que sejam compatíveis com a conservação da
área. Sendo os objetivos específicos: analisar a infra-estrutura e atividades
desenvolvidas pelos visitantes, identificar e avaliar o perfil, motivação e percepção do
visitante e propor a dinamização recreativa para melhorar a satisfação do visitante.

METODOLOGIA

Para alcançar o objetivo proposto foi realizada uma revisão bibliográfica que inclui
literaturas sobre o tema, bases legais e documentos principais de gestão de UCs,
como o Plano de Manejo e o Plano de Uso Público do PNI. Também realizou-se
pesquisa de campo, através dos instrumentos metodológicos: formulário, entrevista
3

semi-estruturada, observação participante e registros fotográficos. A pesquisa de


campo demandou visitas periódicas para aplicação dos formulários aos visitantes,
para realização das entrevistas e coleta de dados em relação ao Uso Público no PNI.
Para a elaboração da versão final do formulário, foi aplicado um formulário-teste.
Foram abordadas dezenove questões entre abertas, semi-abertas e fechadas. Optou-
se pela aplicação do formulário em três locais: Centro de Visitantes, Ponte do
Maromba e Cantina do Lago Azul, por serem pontos estratégicos, onde a maioria dos
visitantes dava uma parada ou descanso antes ou depois da caminhada. O método
escolhido para determinação do processo de delineamento da amostra é a não-
probabilística por conveniência, ou seja, foram entrevistados visitantes disponíveis no
momento, aqueles que visitaram o local nos dias de coleta de dados. Desta maneira, é
importante ressaltar que a pesquisa possui caráter descritivo e exploratório. Os
formulários foram aplicados ao longo de doze meses, através de visitas mensais ao
PNI, pois a intenção foi a de alcançar os tipos mais variados possíveis de visitantes,
alternando-se a época da coleta de dados (inverno e verão) entre feriado, férias, fim
de semana normal e dias úteis, conseguindo aplicar 204 formulários no total. Assim,
foram abordadas questões que pretendiam identificar características sócio-
demográficas dos visitantes como sexo, idade, cidade de origem, estado civil, grau de
escolaridade, renda pessoal, tipo de transporte utilizado para chegar ao PNI, número
de dias de permanência no PNI e com quem está viajando. Também foram abordadas
questões de ordem motivacional, comportamental e de satisfação e para identificar as
informações, tais como: principais objetivos da visita ao PNI, se houve busca de
informações sobre o PNI antes de visitá-lo e caso seja positivo, quais as principais
fontes utilizadas. Além disso, foram identificados os atrativos mais visitados e as
principais dificuldades durante a visita e foram avaliados vários aspectos relacionados
a infra-estrutura e serviços oferecidos pelo PNI aos visitantes e as condições de
conservação da área estudada. A questão central ao tema desta monografia buscou
identificar quais atividades recreativas o visitante gostaria de praticar, bem como que
as atividades oferecessem uma infra-estrutura adequada para sua realização. Os
dados foram digitados para facilitar a análise, a qual foi feita com a aplicação do
Software Estatístico SPSS – Statistical Package for the Social - Versin 8.0 for
Windows. A metodologia adotada para identificar locais onde oportunidades estão
disponíveis para diferentes experiências de recreação é o método norte-americano
ROS (Recreational Opportunity Spectrum) que é uma forma de indicar locais onde
oportunidades estão disponíveis para diferentes experiências de recreação, buscando
a conservação e a satisfação das diferentes expectativas dos visitantes (GRAEFE, et
al., 1990). Para realização desta pesquisa levou-se em consideração tanto a análise
4

da infra-estrutura de recepção do visitante, quanto ao seu perfil e expectativa, uma vez


que a compreensão de suas motivações, comportamentos e preferências representam
um passo de extrema importância para melhor adequação e ordenamento da visitação
para um conseqüente aumento na satisfação da experiência no Parque Nacional do
Itatiaia e contribuir ainda para sua manutenção.

RESULTADOS/DISCUSSÃO

Muito pode ser dito da relação entre o perfil, a motivação, as expectativas e as


atividades recreativas desenvolvidas pelos visitantes do PNI. Embora a maioria dos
visitantes tenha gostado de realizar a visita no PNI pela sua beleza natural, os
aspectos mais questionados foram relacionados ao manejo da visitação,
principalmente à infra-estrutura e serviços oferecidos pelo PNI ao visitante. Desde a
precária estrada de acesso aos atrativos, falta de sinalização até à ausência de
informação, que são pautadas como fator imprescindível para atender a satisfação do
visitante.
No que se refere ao perfil dos visitantes, vários aspectos destacam-se para a análise
dos dados de uma maneira geral. A maioria dos visitantes é caracterizada por jovens
com até 30 anos. No entanto, o público entre 40 e 50 anos também é bastante
expressivo. O estado de origem dos visitantes, o Rio de Janeiro se sobressai perante
os demais, com a participação das cidades vizinhas como Volta Redonda e Resende,
o que mostra a atratividade do PNI para os municípios de entorno que abrangem a
Região das Agulhas Negras. Considerando o sexo dos visitantes percebe-se que tanto
o público masculino quanto o feminino visitam áreas naturais na mesma proporção. E
em relação à época de visitação, as férias escolares têm bastante freqüência de
visitantes em comparação com feriados, fins de semana e em menor escala em dias
úteis.
É significativo o número de visitantes que possuem nível de graduação com renda
mensal que ultrapassa três mil reais, bem como os que utilizam veículo particular,
viajam com a família e permanece um dia no Parque.
No que diz respeito ao número de vezes que os visitantes estiveram no PNI, é
relevante os visitantes que retornaram a esta UC. No entanto, a maioria dos visitantes
entrevistados estava pela primeira vez no PNI. Logo é necessário que os gestores
considerem as sugestões apresentadas na pesquisa para que consiga atender as
necessidades e expectativas desses visitantes e motivá-los para retornar ao PNI.
Os visitantes no geral não se informaram antes de visitar o PNI, porém os que
buscaram informações foram por meio da indicação de outras pessoas e em menor
5

escala, através da internet, no que condiz da satisfação de outros visitantes perante a


visita realizada no PNI. O objetivo maior que levou o visitante ao PNI foi a
contemplação da natureza, seguido da busca pelo descanso e relaxamento, caminhar
e fotografar, como mostra os dados da pesquisa. Também foram citados de forma
expressiva os objetivos, conhecer o PNI, o que torna a percepção dos seus visitantes
um indicador de extrema importância para determinar se o seu papel está sendo
cumprido; bem como a busca pelo lazer, escalar, namorar e encontrar os amigos.
Camargo salienta que em todas as atividades de lazer pode existir um forte conteúdo
de sociabilidade, expresso no contato com amigos, parentes, “(...)”. Fala-se, contudo,
em atividades associativas de lazer, para exprimir o interesse cultural centrado no
contato com as pessoas (1986:25).
Em relação aos atrativos abertos à visitação, o Centro de Visitantes (CV) é o terceiro
atrativo mais visitado do PNI. Sendo a principal estrutura destinada ao suprimento de
informações, o CV ainda encontra entraves ao cumprimento de seu objetivo primário.
Através da observação foi possível verificar a escassez de materiais audiovisuais e
recursos humanos, inexistência de um programa interpretativo, bem como a falta de
informações que identifiquem o local e sua função. Por isso, torna-se necessário que o
PNI atue com informações que estejam de acordo com essa característica e seja
capaz de atender às necessidades e expectativas desses visitantes, principalmente
pelo fato da maioria dos visitantes estarem pela primeira vez no PNI. A ausência da
sinalização no CV compromete a orientação do visitante, que não consegue distinguir
a entrada do Museu Regional da Flora e Fauna do estacionamento. A falta de
programação das atividades que são oferecidas aos visitantes, implica no
desconhecimento da disponibilidade de vídeo da parte baixa (PB) do PNI.
A escassez de recursos humanos para o atendimento ao público interfere
negativamente na satisfação da visita, visto que os funcionários são os principais
canais de informação, principalmente no CV e no Portão de Entrada do PNI.
Quanto às sugestões dos entrevistados para a melhoria da visita, comentários sobre o
CV foram bastante mencionados, o fornecimento de informação regional e do PNI, a
revitalização do Museu, colocação de placas interpretativas, mostra de filmes
educacionais, realização de eventos que abordem questões de conservação da
natureza; melhorar a exposição das rochas, bem como todo o acervo do Museu;
desenvolver a educação ambiental, passeio com profissional especializado da fauna e
flora e proporcionar um ambiente aromático para acabar com o forte odor de mofo.
Ceballos-Lascuráin (2002) recomenda para ter um cuidado especial em relação às
instalações, que estas sejam acolhedoras, pedagogicamente apropriadas, e fáceis de
operar e manter, sempre de acordo com a realidade socioeconômica local.
6

Portanto, o CV deve ser um local em que o visitante sinta grande satisfação em utilizar
seus serviços, para isso o “ambiente deve ser planejado em função de diversos fatores
como iluminação, cores, temperatura, adaptações para portadores de deficiência
física, sinalização interna, paisagismo, entre outras” (IBAMA, 2001).
Os apontamentos descritos acima se tornam proeminentes para a satisfação do
visitante. A pesquisa apontou que o Museu e o CV como um todo, foram considerado
os aspectos mais satisfatórios durante a visita, mesmo que em uma pequena
porcentagem, isso mostra a valorização do atrativo pelo visitante.
Segundo avaliações realizadas em 1998 e 1999 por Magro (et al., 1999), o CV foi o
atrativo da PB classificado em segundo lugar, depois da Cachoeira Véu da Noiva
quanto ao fluxo de visitantes, onde as atividades mais realizadas foram: visita às salas
de exposição (permanecendo pouco tempo em cada uma); lazer (jogos, brincadeiras)
e alimentação nos gramados; contemplação e observação de fauna (sobretudo
caxinguelê). O maior problema decorrente destas atividades foi a deposição
inadequada de lixo ao redor da edificação.
Os visitantes têm a oportunidade de visualizar com freqüência os caxinguelês ao redor
do CV, oferecendo alimentos como meio de aproximá-los. Esta atitude deve ser
melhor orientada por parte da administração, pois relatos de moradores indicam que
os caxinguelês têm se habituado a roubar alimentos das casas, influenciados por
estas iniciativas que descaracterizam o comportamento da fauna local.
Grande parte das informações é fornecida pelo IBAMA, através do Núcleo de
Educação Ambiental. Os demais grupos são orientados por agências de turismo,
funcionários dos hotéis ou ainda visitam o CV por conta própria. A falta de informações
apontada como fator negativo pelos entrevistados está diretamente relacionada a
diversas características do uso público no PNI, entre elas o fluxo de visitantes
observado em cada um dos atrativos.
Segundo os dados apresentados, os Três Picos possui a menor taxa de visitação,
cerca de 13%, podendo ser justificada pela falta de informação da existência deste
atrativo e sua localização, e também por ser atrelado à parte alta (PA) do PNI. O início
da trilha para os Três Picos se dá no Hotel Simon e a placa de indicação se encontra
em péssimas condições de visualização pela má conservação e falta de manutenção
com muitos arbustos que impossibilitam ver a placa. A placa só tem escrito o nome da
trilha “Três Picos”, apresentando deficiência nas informações referentes às condições
em que a mesma se encontra, distância a ser percorrida e os cuidados a serem
tomados, sendo consideradas fundamentais para o visitante. A trilha dos Três Picos
não se encontra em condições de receber um tráfego intenso de visitantes pela sua
má condição de acesso, apesar de estar inserida na zona de uso intensivo.
7

A observação durante o percurso permitiu verificar que a trilha é utilizada geralmente


por grupos acompanhados por um guia de turismo, ou com uma pessoa que já
conhece o local e sua especificidade. Também há freqüência de observadores de
aves. A partir de conversas informais com os grupos encontrados ao decorrer da trilha,
notou-se que têm como principal motivação o contato com a natureza por si só, sem a
presença de edificações, com uma infra-estrutura suficiente para sua orientação. As
expectativas e necessidades dos visitantes deste atrativo baseiam-se na conservação
das áreas naturais para contemplação da natureza. No topo da trilha tem espaço de
descanso e assim pode realizar o lanche que tenha levado. O espaço permite
acampamento para duas pessoas, porém isso não é um ato legal de acordo com as
normas que regem o PNI. Torna-se apropriado ficar neste local durante duas horas,
pois o retorno sugere que seja próximo às quatorze horas devido à ausência de luz no
percurso da trilha, por ser em mata fechada. Se bem sinalizada e com alguns trechos
reestruturados, a trilha terá o potencial desejado, tornando-se um atrativo mais
freqüentado pelos visitantes. No cume de um dos Três Picos, por ser um ótimo ponto
de observação, torna-se indispensável a presença de placas interpretativas indicando
os nomes das serras e cidades da região a serem avistadas.
A visita neste atrativo não é recomendada para os visitantes que passam somente um
dia no PNI, por ser muito íngreme e longa. A caminhada tem duração de quatro horas
de subida e três horas e meia de descida, com um alto grau de dificuldade. Por isso
recomenda-se que inicie a trilha pela manhã, pois se o dia estiver ensolarado, torna-se
cansativo devido ao longo percurso até aos cursos d' água. O visitante alcançando o
topo da trilha por volta do meio dia tem a oportunidade de visualizar a PB do PNI, bem
como as cidades vizinhas, pois neste momento geralmente o nevoeiro já se dissipou.
Em relação à segurança da trilha, tem pontos que oferecem perigo ao visitante,
apresentando pirambeiras, o que mostra a necessidade de monitoramento de
impactos de visitação e de manutenção com uma infra-estrutura de apoio.
A trilha dos Três Picos possui cerca de 5.600 metros de extensão, a caminhada é
considerada pesada, em comparação aos demais percursos da PB. A trilha inicia-se
na área do Hotel Simon. Atualmente é a única opção de caminhada de longa distância
na PB do PNI. A caminhada exige que o visitante tenha uma habilidade física
resistente. Fazer o percurso em mais tempo, permite ao usuário apreciar as vistas
panorâmicas ao longo do caminho, por exemplo, uma área de plantação de palmitos.
Há necessidade de instalar uma sinalização que indique o percurso, pois durante a
caminhada encontram-se diversas bifurcações que confundem o visitante. O que
ocasiona a trilha ser feita com o acompanhamento de um guia especializado para
fornecer informações sobre a fauna e flora local.
8

O atrativo Cachoeira Véu de Noiva possui um alto fluxo de visitação que pode ser
explicado por esta representar o atrativo mais conhecido e, portanto, mais divulgado
por canais indiretos como outros visitantes, pois a escassez de informação direta se
dá igualmente aos outros atrativos que compõem este estudo. A Cachoeira é
considerada entre as belezas naturais do PNI de forma expressiva o elemento que
tornou a visita mais satisfatória. A Cachoeira Véu da Noiva tem acesso por uma trilha
que possui cerca de 340 metros de extensão, passando por áreas de floresta, com
muitas bromélias e orquídeas. A Cachoeira encontra-se a 1.150 metros de altitude
com uma queda d’água de aproximadamente 40 metros de altura, sendo considerada
pelos visitantes um dos cartões postais do Parque. O tempo médio de percurso é de
20 minutos, sendo a caminhada considerada de dificuldade.
A trilha de acesso a essa Cachoeira é íngreme, parcialmente cimentada e com
corrimão em parte do seu percurso. Possui uma grande quantidade de raízes expostas
e trechos com pedras lisas e escorregadias. Existe problema de drenagem em
praticamente metade do trajeto, causando muitos problemas de erosão. Há vários
caminhos não oficiais que visam chegar à água. Há placas indicativas no início e na
bifurcação da trilha. O início da trilha está bem mantido, estimulando pessoas de idade
e, ou com pouca aptidão a percorrerem a trilha. No entanto, após cerca de 100 metros
o caminho se torna difícil, podendo causar acidentes com pessoas com pouca
habilidade para caminhar entre pedras. Apresenta riscos de escorregamento em vários
trechos. Ocorrem danos na vegetação, uma vez que os visitantes se apóiam nos
galhos e desviam das áreas com poças, provocando pisoteamento de áreas fora do
leito da trilha. A falta de fiscalização e o grande número de visitantes fazem com que
esta seja a trilha com maior índice de vandalismo, como inscrições em rochas e
árvores.
A Piscina do Maromba foi visitada por 61% dos entrevistados. A área é muito
procurada para a realização de banhos. Junto com o Lago Azul é o local mais
adequado para esta atividade, uma vez que o poço é relativamente protegido da
correnteza do rio Campo Belo. Fica rodeado pela floresta, e por muitas pedras que
formam um paredão coberto de samambaias, begônias e epífitas. A trilha de acesso à
Piscina possui cerca de 120 metros de extensão, podendo ser percorrida em 5 a 10
minutos. O atrativo localiza-se a 1.100 metros de altitude.
Para se chegar à Piscina do Maromba o visitante encontra uma escadaria de cimento
com corrimão, que se apresenta escorregadia em dias úmidos. O espaço entre os
degraus é alto e tem sido motivo de reclamação por parte dos visitantes. O corrimão
de cano metálico é sustentado por postes de cimento, não estando em harmonia com
9

meio, principalmente no momento de contemplação da piscina, quando eles são


visualizados, mesmo que em segundo plano.
A Cachoeira Itaporani é alcançada pela trilha que é considerada de maior beleza
paisagística. A vegetação é muito exuberante, com árvores grandes que testemunham
o primitivismo do local. Entretanto, o atrativo foi visitado por 39% dos entrevistados. A
trilha possui cerca de 500 metros de extensão (119 metros em um trecho comum com
a trilha do Véu da Noiva e 370 metros até a cachoeira), podendo ser percorrida
normalmente em aproximadamente 15 minutos. A caminhada é considerada de
dificuldade.
Geralmente é freqüentada por visitantes que preferem um local mais sossegado, com
poucas pessoas. O público é diferenciado daquele que permanece mais tempo na
Cachoeira Véu da Noiva.
O leito da trilha apresenta grande quantidade de raízes expostas. Nas encostas
existem ainda riscos de escorregamento em locais onde há estreitamento da trilha. Há
problemas de erosão e drenagem na maior parte do percurso. Para acessar a
cachoeira, existe uma escada de madeira em estado precário de conservação, que
precisa ser reformada, podendo ocasionar acidentes fatais.
A trilha Itaporani não é muito conhecida, uma vez que sua divulgação é feita apenas
através do folheto entregue na portaria. Possui uma pequena placa indicativa no local
quando a trilha se bifurca para a Cachoeira Véu da Noiva, mas muitos visitantes optam
somente pela cachoeira mais popular, por não saberem qual o grau de dificuldade e o
tamanho do percurso.
As características da trilha provocam danos na vegetação, uma vez que os visitantes
se apóiam nos galhos e desviam das áreas com poças, provocando pisoteamento de
áreas fora do percurso. A falta de sinalização provoca muitas trilhas não oficiais,
devido à duvida sobre o percurso a percorrer. Neste sentido, os impactos negativos
nas trilhas ocasionados pela visitação é fato preocupante para os gestores do PNI.
O estacionamento da Área de Desenvolvimento (AD) do Maromba que dá acesso
àqueles atrativos é considerado pelos entrevistados um espaço pequeno em
comparação ao número de pessoas que visitam o Parque, necessitando de uma
ampliação, ou um melhor planejamento do local. Através da observação foi possível
notar a média satisfação do visitante com a infra-estrutura oferecida nesta área,
vestiário com 4 duchas e 5 vasos sanitários, sendo um para deficientes.
A limpeza é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, sendo realizada duas
vezes por semana, ocasionando no acúmulo de lixo nos finais de semana e feriados,
onde há maior fluxo de pessoas. Uma área adequada para que os visitantes tenham
acesso à água potável se faz necessária, pois hoje bebem de uma mangueira atrás
10

dos vestiários ou na pia dos mesmos. Na área de estacionamento existem lixeiras,


sendo necessário aumentar a freqüência de coleta nos períodos de grande visitação.
Seria importante também, a disponibilização de uma bóia salva-vidas para facilitar o
salvamento de afogados ou até mesmo a terceirização de serviços de salva-vidas na
época de maior incidência de acidentes por afogamento.
A guarita da vigilância está localizada ao lado do banheiro, com apenas um funcionário
permanente durante o horário de visitação. Porém em dias de maior fluxo de
visitantes, há presença de voluntários que monitoram a área.
O Lago Azul é o segundo atrativo mais visitado (76%). A caminhada na trilha é leve,
possuindo 460 metros de extensão em uma área de regeneração florestal, podendo
ser percorrida em 10 minutos. No seu percurso localiza-se a Lanchonete Caminho do
Lago. Por esta trilha pode-se ir até a piscina natural do Lago Azul e aos quiosques. O
Lago Azul se encontra a uma altitude de 750 metros.
A sinalização da trilha do Lago Azul na estrada principal está voltada na direção de
quem volta da AD do Maromba, e, portanto é nesse momento que as pessoas
geralmente a visitam.
Na trilha ainda falta sinalização interpretativa para atingir plenamente sua função para
os visitantes sem acompanhamento. Por ser de curta distância e localizada perto do
CV, esta trilha é a mais indicada para colocação de placas e painéis interpretativos em
um curto prazo. Possui um “mirante” improvisado que oferece um alto risco ao
visitante, não havendo nenhuma sinalização de proibição, além de não oferecer uma
vista panorâmica. Os sanitários não são sinalizados, assim como a potabilidade da
bica no caminho. Uma das áreas de descanso contém bancos com lixeiras entre os
mesmos. As lixeiras são super-dimensionadas para o uso, além de estarem em
posição inadequada, ou seja, muito próximas aos bancos. Também não possuem
indicação de seletividade para a coleta de lixo.
Em relação à lanchonete, único estabelecimento de alimentação oferecido pelo PNI,
observa-se que uma grande parte dos visitantes reclamam da qualidade dos alimentos
oferecidos, bem como da falta de variedade ofertada de lanches e outros tipos de
alimento. A lanchonete foi implantada visando utilizar a infra-estrutura de visitação
existente para aumentar a receita do PNI (Informação verbal cedida pela Presidente
da ASPANIT – Associação dos Servidores do PNI, a Sra. Maria Rita).
Esta estrutura tem 10 anos e merece tratamento no entorno, estruturação de suas
dependências (remoção de piso antigo, melhoramento do espaço) para melhor
aproveitamento por parte do visitante. São servidos refrigerantes e sucos
industrializados, além de bebidas alcoólicas. Oferece aos usuários produtos
alimentícios industrializados e lanches rápidos, com um custo elevado, segundo o
11

resultado da pesquisa. Os sanitários femininos e masculinos estão em boas condições


de uso. É proibido o acesso de veículos à lanchonete, sendo que a entrada desta
estrada, próxima ao estacionamento do CV, é interditada com postes de madeira e
corrente.
O lixo é um problema, pois o mesmo é retirado duas vezes por semana pela prefeitura,
mas deveria ser retirado mais frequentemente para evitar poluição e ingestão por parte
dos animais do Parque.
Cabe ressaltar o fechamento dos atrativos localizados ao longo do Rio Campo Belo,
que compreende as cachoeiras e as piscinas naturais, com exceção da Véu da Noiva.
Durante a estação chuvosa, devido ao risco de ocorrência do fenômeno cabeça
d’água, os atrativos são interditados para segurança dos visitantes. Os funcionários
responsáveis monitoram a área, o que permite a prevenção desse tipo de acidente, já
ocorrido algumas vezes no Parque.
No entanto, devido à falta de informação, o visitante não reconhece o fenômeno e se
frustra ao encontrar os atrativos fechados, e também por ter diminuída as opções de
visitação. Neste caso, informar o visitante sobre o fenômeno, suas causas e o motivo
pelo qual está sendo impedido de desfrutar o atrativo é um meio de mostrar a
preocupação do PNI com a segurança e o bem-estar do visitante, melhorando sua
imagem e a experiência no local.
O Mirante Último Adeus é um atrativo que se localiza estrategicamente, após o portão
de entrada, o que ocasiona a visita dos freqüentadores do PNI. Porém, apesar do
nome “Último Adeus”, entendido por alguns visitantes como a despedida da visita ao
PNI, muitas pessoas visitam-no assim que chegam ao local. O Mirante possui apenas
uma placa indicando o atrativo, de tal forma que somente as pessoas que estão
saindo do Parque conseguem percebê-la. Os funcionários da manutenção
recentemente retiraram resquícios de bambu que interferiam na clara visualização do
atrativo, isso facilitou a identificação do mesmo para a visitação no local. O melhor
horário para se ter uma vista panorâmica do Vale do rio Campo Belo, a cidade de
Itatiaia, a Usina de Furnas e a Serra do Mar é após as doze horas em casos de dias
ensolarados, pois ao contrário se torna inviável visualizar estas paisagens.
Em relação à avaliação de aspectos relacionados à infra-estrutura e serviços do PNI
oferecidos aos visitantes e à conservação das áreas visitadas, através da observação,
verificou-se que os visitantes não respondiam com atenção, não tendo um senso
crítico e avaliando todos os itens como “bom”, como se eles considerassem a visita no
geral boa. Essa avaliação muitas vezes se contradiz com outras questões
relacionadas ao que mais ou menos gostou e mesmo as sugestões para a melhoria da
visita.
12

Os aspectos de maior relevância que foram avaliados são os preços dos serviços do
Parque (a entrada, alimentação, uso de churrasqueiras e os souvenirs), as trilhas em
relação às condições de acesso e infra-estrutura de apoio, segurança, fiscalização,
limpeza em geral, material informativo, sinalização2, opções de passeio, qualidade
ambiental dos atrativos, atendimento e acesso aos atrativos.
A avaliação dos guias de turismo foi pouco efetuada pelo fato da maioria dos visitantes
não utilizarem guias de turismo ou mesmo condutores locais. Porém, os visitantes que
contrataram esse serviço o avaliaram como bom.
A avaliação do artesanato, do souvenir e da alimentação foi pouco expressiva, com
mais da metade dos entrevistados sem responder esses itens. A falta de informação e
a sinalização implicam neste resultado, pois os visitantes muitas vezes não sabem que
o PNI oferece esse tipo de serviço, provavelmente por isso são tão pouco utilizados.
Por sua vez, os visitantes que compram esses produtos reclamam do preço elevado
pela má qualidade e por não ter variedade dos mesmos.
Tratando-se das atividades recreativas desenvolvidas e as potenciais, verifica-se que
o passeio com veículo do Parque, a interpretação/educação ambiental, os eventos, o
mergulho/banho de cachoeira, a caminha noturna, o bangalô/quiosque, o arvorismo, a
tiroleza e o piquenique/churrasqueira são as atividades de maior relevância para os
visitantes realizarem.
Sendo que, a interpretação e educação ambiental, os eventos, o mergulho/banho de
cachoeira e o piquenique/churrasqueira são atividades de fácil desenvolvimento e
apoio pela equipe de funcionários por já existir uma infra-estrutura suficiente para a
realização das mesmas.
Exposta aos visitantes as propostas de melhoria da visita ao PNI, deixou-se claro que
essa melhoria tem como base as suas motivações e expectativas relatadas na
pesquisa. A partir de então, 99% dos entrevistados responderam que pretendiam
retornar ao PNI, com expectativas de melhoria da qualidade da visita. Este resultado é
bastante positivo para o PNI, tendo como efeito o cumprimento em partes de seus
objetivos.
Portanto, sugere-se que os atores envolvidos na gestão do PNI, atuem diretamente
em sanar os problemas enfrentados por esta UC. Diante do exposto, fica claro que a
dinamização das oportunidades recreativas adequadas à realidade do PNI influencia
às reais necessidades de seus visitantes.

2
No entanto, assim como na maioria dos Parques Nacionais brasileiros, o PNI não possui um
sistema de sinalização eficiente e condizente com as expectativas de seus visitantes
(GOUVEA, 2005:77).
13

CONCLUSÃO

A crescente procura pelos Parques Nacionais para fins recreativos tem gerado muitas
discussões a respeito da inserção do homem nessas áreas, delegando à atividade
turística por si só a responsabilidade pela degradação do ambiente natural. No
entanto, o turismo é a única atividade econômica permitida nessas áreas, sendo que a
visitação é o elemento constituinte da própria idéia de criação de um Parque Nacional,
o que justifica a necessidade de um planejamento da atividade e instrumentos de
manejo do uso público que sejam capazes de conciliar a conservação dos recursos
naturais e a satisfação dos seus visitantes.
O PNI dispõe de instrumentos legais para compatibilizar os interesses de conservação
e de visitação, apesar destes já estarem defasados, exceto o Plano de Uso Público
(2001) e não serem utilizados efetivamente. Para tanto, é necessário que tenha
envolvimento de todos os funcionários desta UC na implementação e gestão do
manejo, partindo principalmente de seus gestores. Considerando as necessidades e
percepções dos visitantes entrevistados, as condições de infra-estrutura turística do
PNI se apresentam de uma maneira geral boa, em comparação com a realidade de
outras UCs brasileiras, como Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Parque Nacional
da Serra da Canastra. Porém, os visitantes do PNI argumentam que há necessidade
de melhoria da infra-estrutura para maximizar a qualidade da visita.
Então, a partir dos resultados apresentados é colocada a questão: como melhorar a
infra-estrutura de recepção ao visitante, inclusive a dinamização de oportunidades
recreativas? Sendo que as UCs sofrem com orçamentos limitados e recursos
humanos insuficientes, além de ter que enfrentar desafios quanto aos administradores,
que em sua maioria, não possuem treinamento em gestão de turismo (BOO, 2001).
Com relação à visitação em Parques não há, na maior parte dos casos, um programa
efetivo de educação e conscientização ou mesmo envolvimento comunitário. Outro
grande problema enfrentado pelas UCs é o fato dos recursos financeiros por elas
arrecadados, serem depositados em uma conta única do governo, não retornando de
imediato à UC, o que não permite ao visitante identificar os benefícios proporcionados
pelo pagamento de taxas e serviços. Assim, a terceirização de serviços e atividades
nas UCs surge como uma alternativa, no sentido de que uma parcela dos recursos a
serem arrecadados venha a ser diretamente revertida para implantação da infra-
estrutura necessária para que as UCs possam atender aos visitantes
(ROCKTAESCHEL, 2006). Diante dessa realidade e da constatação de que é preciso
conciliar turismo e conservação da natureza, entende-se que as terceirizações de
atividades e serviços passam a ser uma alternativa para a implementação e gestão do
14

turismo em UCs. Porém, não se procurou nesse trabalho fazer uma reflexão
aprofundada sobre as vantagens e desvantagens da terceirização de serviços.
Em relação às atividades recreativas supracitadas sugere-se que sejam planejados e
manejados com acompanhamento de guias de turismo, condutores locais e, ou
voluntários devidamente treinados, zelando pela segurança e conduta consciente do
visitante. Mesmo porque, para ser tratada como atividade de recreação, de acordo
com seu conceito já apresentado, a atividade tem que ser dirigida, assim
impulsionando a pessoa a realizá-la. Este fato, faz-se questionar o conceito de Parque
Nacional, bem como vários autores que abordam uso público em UCs. Pois se referem
à recreação como qualquer atividade que o visitante desenvolva na UC, sem
considerar seus preceitos. Assim, concluímos que as atividades consideradas
recreativas em UCs, principalmente em Parques Nacionais, como o PNI são formas de
lazer.
O que diz respeito à falta de informações ao visitante, o PNI tem tomado medidas
eficientes, que não dependem de investimentos elevados, sendo considerado uma
solução, o Programa de Voluntariado. Assim, a participação do voluntário é um
instrumento fundamental de interação com o PNI e de discussão do planejamento e
operação, que são considerados fatores primordiais para o desenvolvimento racional
da atividade (MORAES, et al., 2005).
Enfim, todas as sugestões apresentadas, tendo como base o perfil e a percepção do
visitante, geram benefícios ao PNI, dando visibilidade a suas potencialidades, em
especial com relação à beleza cênica. Mas é importante salientar que diante da
riqueza de dados e possibilidades de cruzamentos e relações entre as questões, fica
difícil colocar um ponto final neste trabalho, porém isto só foi possível considerando-se
que a totalidade dos dados coletados abre novas possibilidades de pesquisa dentro do
mesmo tema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOO, Elizabeth. O Planejamento Ecoturístico para Áreas Protegidas. IN: LINDBERG,


Kreg, HAWKINS, Donald. E. (Eds.). Ecoturismo: um guia para planejamento e
gestão. 4. ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2002, p. 31-57.
BRASIL. Guia do Chefe – Manual de Apoio ao gerenciamento de Unidades de
Conservação Federais. IBAMA/GTZ. Brasília, 2001.
CAMARGO, L. O. O que é lazer. São Paulo: Editora Brasiliense, 1ª edição, 1986.
CEBALLOS-LASCURÁIN, H. O ecoturismo como um fenômeno mundial. IN:
LINDBERG, Kreg, HAWKINS, Donald. E. (Eds.). Ecoturismo: um guia para
planejamento e gestão. 4. ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2002, p. 23-29.
15

GOUVÊA, Isabelly C. de. Informação e sinalização em áreas naturais protegidas: o


caso do Parque Nacional do Itatiaia. 2005. 110f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Turismo) – ICHL, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2005.
GRAEFE, A. R. et al. Visitor Impact Management. Washington: National Parks and
Conservation Association. Vol.2. 1990.
MAGRO, T. C. et al. Manejo do Uso Público – Relatório Final – Projeto Planejamento
Participativo no manejo do Parque Nacional do Itatiaia. ESALQ/USP. Piracicaba, 1999.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano de Uso Público do Parque Nacional do
Itatiaia. 2001.
______, IBDF, FBCN. Plano de Manejo do Parque Nacional do Itatiaia. Brasília,
1982.
______, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Diretoria de Áreas Protegidas.
Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação. Brasília: Ministério do
Meio Ambiente, 2006.
MORAES, E. A., et al. Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação.
In: IX Encontro Nacional de Turismo com base local, 2005, Recife. Anais... Recife:
UFPE, 2005 (CD ROM).
ROCKTAESCHEL, B. M. Terceirização em áreas protegidas: estímulo ao
ecoturismo no Brasil. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.
RUSCHMANN, Doris. O Planejamento do Turismo e a proteção do Meio Ambiente.
1994. 268 f. Tese. Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1994.
SISTEMA Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, SNUC: Lei n 9985, de
18 de julho de 2000. Decreto n 4340, de 22 de agosto de 2002. 5 ed. aum. Brasília:
MMA/SBF, 2004.

You might also like