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Arte Digital

Silvio Ribeiro
Jornalismo
corporativo
é a especialidade
da Temática
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que desenvolve
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O Livro Silvio Ribeiro
(Silvio Eduardo Mello Ribeiro)
Coloquei neste livro ilustrações feitas inteiramente no Photoshop. Nenhum esboço prévio
Nasci e moro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
foi feito e nenhum outro software ou material foi utilizado. Cada página terá uma pequena
Brasil. Trabalho há 14 anos como Editor de Arte.
explicação, o que permitirá que qualquer pessoa que conheça um pouco de Photoshop Rabisco desde os 5 anos de idade.
possa criar seus próprios trabalhos.
Em 2005 publiquei um livro com mais de 40
ilustrações no método tradicional. Para adquirí-lo

Como Tudo Começou entre em contato pelo e-mail:

sribeiro@sribeiro.com.br
Quem me conhece sabe que gosto mesmo é de lápis e papel. Um dia estava sem
disposição para desenhar e resolvi entrar no Photoshop para passar tempo. Então tive a

www.sribeiro.com.br
ideia de baixar alguns pincéis na internet. Depois de baixar quase 200 arquivos mudei
de ideia e pensei: “Por que não criar meus próprios pincéis?”. Assim, comecei a fazer
arquivos com várias layers. Em cada layer desenhava uma forma, a qual iria transformar
em pincel posteriormente.

Quando comecei a definir os pincéis não obtive o resultado esperado e acabei percebendo
que seria melhor guardar estas imagens como se fossem um banco de layers.

O Método
Criei mais formas, conforme minha necessidade, e ainda continuo criando. O método é
simples: imagino a ilustração que quero fazer e vou buscando no meu banco de layers a
imagem que preciso. Quando quero um objeto diferente, como um robô ou disco voador,
eu faço separado, mas também com imagens do banco. Depois junto tudo no arquivo
principal, onde já criei a paisagem. Muitas formas do banco eu modifico conforme a
necessidade e para isso uso todas as ferramentas do Photoshop.

Geralmente, faço o desenho monocromático ou em preto e branco e deixo a preocupação


com as cores para o final. O resultado disso tudo é que, depois de ter a ideia, consigo
fazer uma ilustração em 4 ou 5 horas.

Arte Digital / Silvio Ribeiro
Banco de Layers
Para você entender melhor o que estou dizendo, coloquei na
página ao lado algumas formas que criei para o banco de layers.

Aqui está somente uma pequena parte. Na verdade, já devo ter


mais de 250 imagens, que vou copiando para o arquivo em que
estou trabalhando, de acordo com minha necessidade.

Crie um banco pra você. No início parece difícil, mas conforme


você vai imaginando as formas, muitas outras ideias vão surgindo.

Criatividade é um exercício.


Arte Digital / Silvio Ribeiro
Usando o Photoshop
Este livro não é um curso de Photoshop, mas para mostrar minha forma de
trabalhar resolvi capturar algumas telas e fazer alguns comentários.

Geralmente, uma ilustração é composta por várias layers e chega um ponto do


trabalho em que o arquivo fica pesado, e mesmo guardar todo o trabalho num
arquivo é perigoso. Sem contar, ainda, que fica difícil localizar as layers, mesmo
dando nome a elas.

Algumas pessoas preferem agrupar layers relacionadas. O que eu faço é salvar


cada etapa do trabalho em arquivos separados. Assim, se eu modificar alguma
coisa e depois resolver voltar ao início, sempre terei o arquivo anterior. Além
disso, se houver problema em um arquivo, não perderei todo o trabalho.

Na página ao lado, coloquei algumas capturas de tela que mostram várias fases
da ilustração “Discos”. Esta imagem está maior na página 23.


Arte Digital / Silvio Ribeiro
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Normalmente, no início, uso preto e branco ou faço tudo Aqui já comecei a definir o céu e a terra e também algo Usando apenas um prédio, construí uma cidade inteira
monocromático. É difícil começar pensando em tudo muito importante, que é o encontro dos dois. Notem que os em ruínas. Na página 22 há uma imagem deste prédio
ao mesmo tempo. Nesta primeira etapa joguei alguns detalhes da borda inferior sumiram. Eles irão aparecer numa base. Ao longo do trabalho muitos detalhes são cobertos e
elementos, que usaria pra criar o fundo. Também já estava etapa seguinte. outros surgem, como parte do processo de criação.
imaginando como seria a borda inferior.

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Nesta etapa acrescentei o disco, que foi feito em um arquivo O desenho estava pesando para a direita e, além disso, Por fim, me preocupei com as cores e os efeitos especiais.
separado, e alguns prédios maiores. O disco também foi achei que poderia aproveitar melhor o trabalho que tive Esta fumaça não é apenas para enfeitar o desenho, ela
construido utilizando formas prontas do banco de layers, para construir o disco. Acrescentei esta barra com vários ajuda a dar um acabamento melhor à imagem. Esta cor
como você pode ver na página anterior. destroços, como havia previsto no início. Ela dá um melhor laranja foi aplicada duplicando as layers, aplicando a cor e
acabamento à ilustração e serve de apoio para o disco caído. apagando onde queria que aparecesse o azul.


Arte Digital / Silvio Ribeiro
Máquina do Tempo
Os primeiros trabalhos que fiz são ilustrações
abstratas, pois, no início, a ideia era fazer somente
este tipo de imagem. Entretanto, algumas
lembram objetos e por isso coloquei nomes.

Também usei textos e alguns símbolos que criei.


Arte Digital / Silvio Ribeiro
Tentáculos
Usei uma foto de fundo nesta
ilustração, além das formas do
banco de layers.

Esta foto foi tirada da janela do


prédio onde trabalho

Estas formas que parecem


tentáculos ou ramos de uma
árvore foram feitas modificando a
forma, que está nesta página. Para
isso usei a ferramenta “Warp”, no
menu “Edit/Transform”.

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Labirinto
Esta ilustração é um pouco mais complexa. Lembra
um pouco o interior de uma nave espacial; não que
eu tenha estado em alguma, mas a imaginação é
talvez a primeira ferramenta do artista.

Algumas vezes preciso criar formas novas e,


quando o trabalho está pronto, guardo estas
imagens no banco, para serem usadas novamente
em outros trabalhos.

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Big Block
Como as anteriores, esta é mais uma
ilustração abstrata onde procurei construir
uma imagem em três dimensões, jogando
com iluminação e perspectiva.

Quando comecei a desenvolver estas formas


não tinha nenhuma ideia de como iria utilizá-
las. Eram só “pincéis” que estava criando
para usar no trabalho. Quando ficaram
prontos é que percebí as possibilidades.

Aconselho o mesmo a você: preocupe-se


apenas com as formas que estiver criando,
não pense em futuros trabalhos. Depois que
você tiver uma boa quantidade de imagens
no seu banco, as ideias irão surgir.

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A Coisa
Tenho 47 anos e por isso gosto muito dos filmes de
ficção científica dos anos 40 e 50. Era o que passava na
TV quando eu era criança, então este tipo de ilustração
me dá um misto de alegria, saudade e nostalgia.

Como vocês podem notar, aqui os trabalhos


deixam de ser abstratos.

Preste atenção nos detalhes, você irá perceber muitas


formas que se repetem, mas que são trabalhadas para
que assumam novas funções na construção
do trabalho como um todo.

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O Portal
Como disse no início, muitos trabalhos faço
em preto e branco e depois coloco as cores.
Isto traz algumas facilidades, o arquivo não
fica tão pesado e eu me preocupo apenas
com as formas da figura.

Quando esta ilustração estava concluída em


preto e branco, juntei todas as suas layers
numa só e depois dupliquei. Apliquei a cor
alaranjada na layer de fundo e na superior
apliquei este azul. Depois fui apagando
lentamente a layer de cima nas partes onde
queria que aparecesse o laranja.

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Discos
O disco voador, objeto central
da ilustração, foi feito em um
arquivo separado. Também para
este trabalho adicionei novas
formas e utilizei juntamente com
as criadas anteriormente.

Todos os prédios que aparecem


ao fundo foram construidos a
partir de um mesmo objeto.

Muitas vezes aproveito formas


já existentes para criar outras,
empregando toda a
gama de ferramentas que o
software apresenta.

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Aracnídeo
Há muito tempo queria desenhar uma aranha
mecânica, mas para fazer no lápis dá um trabalhão,
ainda mais pra mim, que não gosto de usar réguas.

Quando a ilustração está pronta, inclusive colorida,


procuro melhorar a iluminação. Para isso, junto todas
as layers e depois duplico a imagem. Escureço a layer
superior, usando o menu “Image/Adjustments”, que
dá o melhor resultado. Depois vou apagando
lentamente onde quero que apareça a imagem de
fundo, que está mais clara.

Também acerto brilho e contraste, mas sempre


cuidando para não exagerar.

Este disco, apesar de mais simples, é uma varição do


outro. Usei partes desta aranha em outras ilustrações
a seguir. Procure ver se você consegue identificá-las.

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Portal II
Gostei da ideia do portal e resolvi
fazer outro. Muitas formas que utilizei no
anterior usei também neste.

Mudando apenas as posições e as


cores, poderíamos criar quantas ilustrações
destas quiséssemos.
Este é um bom exercício de criatividade.

A paisagem do fundo foi feita em um


arquivo e o portal em outro.

O mais difícil foi acertar as cores, mas para isso


usei o “Control+U (Hue/Saturation)” e também
a opção de “Variations” no menu “Image/
Adjustments”.
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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Passado do Futuro
O ser humano está tentando se destruir desde o
primeiro momento de sua existência. Talvez um
dia só o que reste seja isso, velhas naves de guerra
abandonadas e nem uma viva alma por perto.

Filosofias à parte, e enquanto o fim não chega, o


melhor é continuar desenhando.

O céu talvez seja a parte mais prazerosa de se


desenhar em uma paisagem, pois ele nunca é igual e
você pode usar toda a sua criatividade.

Aqui em Porto Alegre, onde trabalho, o por do sol é


fantástico. Observo da minha janela a gama de cores e
de formas, que a cada segundo dá um novo espetáculo

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Nave Mãe – 1
Resolvi apresentar este trabalho em 4 páginas para facilitar a visualização dos detalhes.

Comecei esta imagem pela nave: primeiro fiz a parte frontal, reduzi o arquivo e
continuei fazendo assim. A cada etapa reduzia tudo. O arquivo original só com a nave
tem 85 cm de largura e a ilustração final tem 30 cm.
Nave Mãe – 2
Usei dezenas de layers do banco nesta
ilustração. Um trabalho como este demandaria
vários dias para ser concluído e esta é a grande
vantagem do banco de imagens. Fiz este
trabalho em uma tarde.

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
A Invasão
O que há de mais interessante sobre estes ETs não é de
onde eles vêm, mas de qual forma vieram.

Apliquei uma textura nesta forma acima, dupliquei e


depois trabalhei nela usando o filtro “Liquify”.

A cabeça, o tronco e a parte de baixo foram feitas a


partir do mesmo objeto.

Dia desses estava vendo um filme de ficção científica,


feito em 2008, portanto muito recente, e notei quão mal
feitas eram as estrelas.

Fazer um céu ou espaço estrelado é simples. O principal


é você colocar as estrelas de forma mais aleatória
possível. Se você notar que está ficando tudo simétrico
apague e faça novamente. Uma dica importante é
observar a distribuição das Três Marias e do Cruzeiro do
Sul e depois aplicar no seu trabalho.

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Andróide
Para este trabalho aproveitei quase todo o fundo da ilustração da
página 32. Montei o andróide separado e também o visor e, por fim,
coloquei cores diferentes.

Gosto de trabalhos monocromáticos. O colorido em excesso, em vez de


ajudar, pode em alguns casos prejudicar a visualização dos detalhes.

Notem que novamente aquela forma usada para construir os ETs foi
muito importante na construção deste personagem.

Além das formas, criei algumas estampas, que uso pra fazer o céu, a
terra ou o piso e também, neste caso, o visor.

Muitas vezes as utilizo para deixar o desenho mais detalhado. Quando


uma forma está muito “limpa” aplico a estampa como uma layer
“Overlay” ou “Softlight”, conforme a necessidade. Depois retiro os
excessos apagando ou suavizando onde acho necessário.

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Robô
Como para o ser humano quando não há destruição
não tem graça, fiz este robô destruindo tudo.

Se você analisar bem esta imagem poderá notar


que é possível criar dezenas de robôs apenas
mudando o tamanho e a posição dos elementos.

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Gigante
Para esta ilustração não criei nenhuma forma nova e ainda usei partes do robô anterior.

Como você pode notar, não me preocupei muito com os detalhes das pernas
deste robô, pois já havia imaginado elas um pouco encobertas, para dar uma noção de
distância. Outra coisa que devemos fazer para que a imagem pareça estar distante é
esmaecê-la. Para isso geralmente uso “Control+M (Curves)”, associado ao ajuste de brilho
e contraste. Assim elimino o excesso de preto onde quero. Depois, no menu “Image”, uso o
comando “Adjustments/Variations” para reforçar a cor. Você pode perceber isso nas torres
que estão mais ao fundo e na parte inferior do gigante.

Há outras formas de conseguir o mesmo efeito no Photoshop e cada um deve


procurar o modo de trabalhar que mais lhe agrade.

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Dirigível
Sempre tive uma fixação por dirigíveis. Quando ficar
bilionário pretendo investir numa frota deles, usá-los
como transatlânticos aéreos e criar algumas linhas. Já
pensou viajar do Brasil à Europa num dirigível?

Enquanto isso não acontece, o jeito é


viajar no computdor.

Esta pedra acima, que deu origem à maior parte


da montanha, não é um recorte de foto, como pode
parecer para alguns. Ela já é a variação de outra, que
também está sendo usada em outros trabalhos.

Por isso que digo que o melhor é se preocupar com


uma coisa de cada vez. Se você fizer o
melhor em cada etapa, depois que você juntar tudo o
resultado também será melhor.

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O Prisioneiro
Esta ilustração foi feita em aproximadamente
três horas e meia. Apesar de bastante complexa,
precisei desenhar apenas os olhos da
figura ao fundo. O restante já estava pronto ou fiz
pequenas modificações.

Para dar o volume na imagem de fundo selecionei


a região na forma que queria, apliquei um
“Feather” e depois usei o filtro “Distort/Spherize”.

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Raptors
Existem tantas ideias que podemos
desenvolver quando queremos fazer um
desenho, que quando começamos fica difícil
parar. Criatividade se desenvolve, você vai
juntando elementos e, a cada dificuldade,
novas ideias vão surgindo.

Este desenho talvez tenha sido o mais rápido


de todos. Já havia parado esta seqüência de
ilustrações quando olhei aquela da página
15 e logo veio a ideia de usar o mesmo
fundo. Fiz algumas alterações, criei a nave e
já estava com outra ilustração pronta.

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Lua Cheia
Esta ilustração é um pouco diferente
das anteriores, pois não tem espaçonaves,
nem robôs ou alienígenas.

A intenção foi criar um conjunto de


layers para construir paisagens.

Neste caso fiz ruínas, de onde bem que


poderia sair um vampiro ou um lobisomem.

O primeiro passo foi criar uma folha e desta


folha vieram todos os outros arbustos.

Todas as imagens usadas


aqui foram criadas por mim: árvores,
pedras, folhagens, etc.

Este trabalho, apesar de parecer mais


simples, foi o mais complexo em variedade
de formas usadas.

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Invasores
Há aproximadamente 10 anos, quando ainda fazia pouco tempo que estava trabalhando
com o Photoshop, fiz esta ilustração (veja nesta página); agora decidi refazê-la com os
conhecimentos atuais. Acho que isto serve como exemplo e incentivo para aqueles que
estão começando. O resultado vem com o tempo, mas é preciso dedicação.

Acho mais difícil fazer paisagens rurais do que urbanas.

Compare esta ilustração com a anterior. Veja como é possível fazer um trabalho
completamente diferente, usando elementos iguais.

Nesta imagem tive que desenhar o disco e a casa, o resto foi tudo aproveitado. Mesmo o
disco e a casa foram feitos com elementos existentes que foram modificados.

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Arte Digital / Silvio Ribeiro
Importante
Esta obra, todos os textos e ilustrações contidas nela
pertencem ao autor (SILVIO EDUARDO MELLO RIBEIRO)
e não podem ser utilizados sem permissão do mesmo.

Para saber mais sobre meu trabalho visite o site:


www.sribeiro.com.br

Contatos pelo e-mail:


sribeiro@sribeiro.com.br

Aprecie, mas não copie seus artistas preferidos.


Use a experiência deles, mas desenvolva seu próprio estilo.
Não reproduza manchas, nem formas. Procure sempre
entender o que você desenha.

Silvio Ribeiro

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