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DE JOÃO DE NORONHA

Na entrada do ano novo somos sempre realizar e só o tempo poderá comprovar


presenteados com rumores fatídicos sobre o que se atingiram os objectivos. Porque as
nosso jornal - dizem as bocas que fechou e que existem estão a anos luz, até que o
já não vai sair. Foi assim em Janeiro de tempo prove o contrário. Palavras levam-
2007, 2008 e, agora, 2009. Para nossa nas o vento. Só o tempo julga resultados.
sorte, a oposição vai curta de ideias e, por Muito ao contrário do que se diz, já há
isso, trata de repetir-se na esperança que a muita coisa feita e obra reconhecida, assim
“fofoca” pegue e arraste o nosso jornal para como falhanços e sonhos não realizados.
a “falência” de ideias e a “insolvência” dos Desde que saímos, já se editaram 5 jornais
temas que, incompreensivelmente, muitos e só um funciona, já para não falar nos 19
nos oferecem para escrever, como rescaldo que se editaram antes do nosso. Não há
das suas incompetências, invejas, falta de ninguém melhor do que os outros, há os
qualidade e, sobretudo, incapacidade de que fazem e aqueles que, apesar do esforço,
cumprir. Vamos para o terceiro ano de não conseguem atingir os seus objectivos.
publicação e a credibilidade com que Vamos, então, esperar por esses resultados
somos aceites na nossa comunidade é o e só depois criar os “rótulos” da
único rumor que nos interessa. importância.
Temos oferecido aos portugueses um
trabalho sério e responsável, na defesa dos Mais uma vez de Thetford se lança uma
seus interesses - temos tratado os temas iniciativa inovadora na comunidade
quentes com frontalidade e, ao longo dos de todos, mesmo dos familiares, que ao fábrica de talentos, gerida por burocratas e portuguesa do Reino Unido. Trata-se da
três anos de projecto, temos visto, uma a longo do tempo da sua existência mantêm o tecnocratas. Primeira Gala do nosso jornal, produzida
uma, as nossas notícias confirmadas e a distanciamento necessário para Estamos a caminhar para um mundo que por um português à pouco tempo entre nós
queda de alguns esquemas, que mais não continuarem dentro da lei. Tudo para nada tem a ver com inteligência e e que viveu quase 30 anos no meio artístico
faziam do que viver na sombra da combater a pedofilia, que neste país atinge perspectiva de igualdade. Estamos, a pouco em Portugal. Com ele e por ele vêm
comunidade. cerca de 10% - e por causa de cada dez em e pouco, a integrar uma ordem radical, grandes nomes da canção e do “show
É preciso acabar com os compadrios e cada cem, 90 têm de manter a distância dos eficaz e, de certo modo, fascista - onde o business” português e, finalmente, vamos
aceitar que quem fica são os que filhos que amam e engolir uma legislação poder será exercido pelo poder e cada um poder eleger as figuras que, a nosso ver, se
conseguem congregar em si o respeito que, está provado, desequilibra o mundo de nós passará a ser um peão útil com data distinguiram na comunidade portuguesa em
daqueles que serve. Nenhum projecto emocional dos mais novos. Que mais tarde de validade. 2008. Um ano que se caracterizou pela
vence por imposição, assente na mentira, se juntam aos mais de 50% que não divisão da comunidade, na remodelação
no parecer e no mal.dizer - ficam apenas os estudam, aos 92% que não têm objectivos e Como deixei um bom emprego e me consular, nas eleições para o Conselho das
que a maioria aceitar e apoiar como aos muitos gangs e grupos que mais não dediquei a trabalhar para e com a Comunidades, na importação de
credíveis. E esse tem sido o nosso caso. fazem do que aumentar a violência e o comunidade de língua portuguesa, é difícil trabalhadores de elite e, no desporto, na
Mesmo que ainda haja muito a fazer este crime. Todos nós sabemos que a disciplina deixar passar em claro uma inverdade que confirmação de uma grande figura do
ano, quanto mais não seja mantermo-nos é uma regra essencial para que uma criança merece o nosso repúdio e consternação. futebol português, Cristiano Ronaldo. Um
vivos, para que em Janeiro de 2010 os se aperceba e saiba utilizar a liberdade que, Ouvir que a Lusophonic Community é a ano em que inexplicavelmente o nosso
nossos opositores possam novamente dar ao longo da sua vida, usará com peso e primeira associação sem distinção de jornal foi alvo de “golpes baixos” que
azo ao seu “dejá vu”. medida. nacionalidade é não conhecer a realidade soube sobreviver e manter a sua isenção,
Levei muitas “sapatadas” dos meus pais da comunidade de língua portuguesa no questionando aquilo que havia a questionar.
Esta quinzena houve vários casos e hoje não vejo que isso nos tenha, a mim e Reino Unido e é, de certa maneira, tentar Depois a entrega da edição do jornal a
relacionados com o tratamento de crianças, aos meus irmãos, tornado em pessoas tirar créditos a que não se tem direito. Daniel Santos, um homem de grandes
que nos fazem pensar. Será que o que violentas ou sequer com tendências Não está em causa a importância e a boas atributos que conseguiu revolucionar por
lemos é verdade? Será que o modo de vida violentas. No momento certo e com a causas por detrás desta associação, está em dentro a imagem e lançar-nos para a rua e
retratado nalguns livros de ficção, onde se medida certa, um açoite não é mais do que causa a verdade e a realidade de muitos para o sucesso. Penso mesmo que esta gala
descreviam sociedades totalmente modo eficaz de educar e não devia ser portugueses, brasileiros, angolanos e será o “dobrar da esquina” e o encontro
controladas e escravas da legislação e abolido por lei. Isto quando o rácio de moçambicanos que, por esse Reino Unido com a maioridade e maturidade, dando a
prepotência dos que mandam, está a chegar crime de violência infantil no Reino Unido fora, criaram e trabalham há anos com as conhecer a todos o que se pode fazer com
ao mundo real? Se, por um lado, concordo é de 6%. Novamente seis pessoas em cada comunidades de língua portuguesa sem as pessoas certas. Pelas características da
que uma criança não deve, nem pode, ser cem impedem 94 de educarem os seus distinção de nacionalidade. gala não será, com certeza do agrado de
espancada e que as pessoas que o façam filhos segundo normas que, a longo prazo, Como Susana Forte Vaz diz numa todos o rol de galardoados, contudo,
devem ser severamente castigadas, por podem bem ser essenciais para crianças entrevista ao nosso jornal “nós não temos estamos certos que a organização estará à
outro lado, a forma como hoje se força a saudáveis e equilibradas e com objectivos de ser acusados dos insucessos dos outros” altura do que de melhor se faz Portugal.
educação das mesmas é por demais na vida. Estamos a perder o sentido da - e a comunidade portuguesa em Londres Será uma festa de nós para todos os
perversa, perigosa e fruto de um proporção. Onde, mais cedo ou mais tarde, não deve explicações a ninguém pelo facto portugueses.
radicalismo primário. Uns meses atrás um filho será retirado a um pai pelo facto de ter demorado 40 anos para lançar uma Um ponto de encontro para todos os que
falámos sobre o medo que a maioria das de testes psicológicos apontarem para um operação destas. Não pode é, à partida, acreditem que mesmo diferentes nas nossas
pessoas, inclusive pais e familiares, têm de familiar de risco. Onde um filho, por razões entrar em colisão com outras já existentes. convicções, somos todos iguais na relação
fazer um carinho a uma criança. Que de quociente de inteligência, ou outra razão Depois, há um factor essencial - não é só que temos com Portugal e com os
cresce desconhecendo o amor e a ternura qualquer, é retirado aos pais para integrar a preciso dizer que se vai fazer - é preciso portugueses.
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