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Modelo da clarificao de valores

Apontamentos para a disciplina de tica na Profisso Docente - Ramiro Marques

O relativismo tico
O modelo da clarificao de valores foi criado nos anos 60 por Raths, Harmin e Simon com influncias libertrias e personalistas. Objetivos: encorajar os sujeitos a fazerem escolhas em liberdade; ajudar os sujeitos a descobrir alternativas quando confrontados com escolhas; pesar as alternativas refletindo nas consequncias de cada uma; dar oportunidade para afirmar as escolhas; encorajar os sujeitos a agirem em conformidade com as escolhas.

Finalidade:
A finalidade ajudar os sujeitos a clarificarem, por si prprios, aquilo a que do valor. No h imposio de sistemas de valores. O docente no se apresenta como modelo nem d a conhecer os seus valores. O professor um facilitador. Faz perguntas, ajuda o sujeito a tomar conscincia e a clarificar os valores e no formula juzos de valor.

7 critrios no processo de clarificao de valores


Escolha livre. Escolha de entre alternativas. Escolha feita aps considerao ponderada das consequncias de cada alternativa. Ser capaz de ser elogiado. Ser capaz de fazer e manter afirmaes em pblico. Manifestar-se nos comportamentos. Ser frequente e repetir-se ao longo do tempo.

Metodologia:
Coisas de que gosto de fazer. Folhas de valores. Incidentes. Colocao por ordem. Emails com recomendaes. Brases de armas. Jogos de papis. Debates

Sequncia bsica do processo de CV


Focar a ateno numa questo da vida real. De seguida, reflexo em conjunto mas o professor abstm-se de juzos de valor. Todos os intervenientes tm oportunidade de argumentar. O professor manifesta aceitao e empatia face aos argumentos apresentados. Procura-se o consenso mas no se impe.

3 etapas distintas:
A escolha. A apreciao. A atuao. A escolha deve ser livre e incluir vrias alternativas. A apreciao deve conduzir afirmao pblica. A atuao conduz realiao consentnea com a escolha e ser repetida de forma a conduzir habituao.

Crtica
O MCV no visa ensinar valores. O MCV visa ajudar o sujeito a encontrar as suas preferncias ticas subjetivas. No d referenciais seguros. Abandona os sujeitos a si mesmos. Afasta-os da tradio cultural.

Fontes
Marques, R. (2002). Valores ticos e cidadania na escola. Lisboa: Ed. Presena.

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