You are on page 1of 64

Roteiro

4. Histórico do MSP e contexto


da construção do OSM 2
5. Apresentação dos principais
tópicos do Observatório da
Saúde Mundial 2
6. Roda de discussão

http://www.phmovement.org/cms/files/GHW2-Full-
Book.pdf
Anos 70
Compromisso Global
“Parecia possível!!”

1978
134 Governos se
comprometeram com:
“Saúde Para Todos”
até o ano 2000
Declaração de
Alma Ata
Anos 80
• (des)compromiss
o

• Programas de
Ajuste
Econômico:
profundos cortes
financeiros na
saúde e
educação

• 1988 Início da
mobilização para
Ano 2000

1º Assembléia
Mundial Pela
Saúde dos
Povos

Bangladesh
Objetivo :
dar sustentação à organização global
pelo
Direito à Saúde

1453 delegados
de 75 países
Protagonistas

• Sociedade Civil
Organizada
• Pesquisadores
• Governos
Nacionais
• Trabalhadores em
Saúde
• Instituições de
Ensino
• Ativistas da Saúde
Documento Base: redigido em 2000
Ponto de Referência e Ferramenta na advocacia
pela “Saúde para Todos”

Carta Pela
Saúde dos
Povos

www.phmovement.org/charter/endorse.html
Princípios que norteiam a carta

1.Saúde como direito


4. A participação das
humano
pessoas na
2.Declaração de Alma formulação,
Ata com base para implantação e
formulação de avaliação de
políticas de saúde políticas de saúde é
3. É responsabilidade essencial
dos governos 5.A saúde é
assegurar o acesso à determinada sócio-
assistência médica, econômico e
educação e outros politicamente
serviços sociais
6. Para enfrentar a
conforme a
crise da saúde é
necessidade das
necessário interferir
pessoas e não de
De Savar (2000) à Cuenca (2005)
- Elaboração do Primeiro OSM -
2º Assembléia Mundial da Saúde

Equador, julho de 2005


Ampliação dos Projetos do MSP

• Lançamento do
primeiro OSM
• Primeiro curso
da
Universidade
Internacional
da Saúde dos
Povos
• Lançamento da
Campanha
Cuenca, Equador 2005 Mundial pelo
OBSERVATÓRI
O DA SAÚDE
MUNDIAL 2
Alguma coisa errada?

Mortalidade de crianças de 1 a 4 anos em 2002


www.worldmapper.org
Onde está a riqueza
mundial?

Produto Interno Bruto

www.worldmapper.org
Quem fala mais alto?
...quem fica com a
“champagne”?

PNUD 1997
O atual modelo de desenvolvimento
apresenta falhas fundamentais:

 crescimento econômico como objetivo principal;


 aumento das exportações como uma fonte de
crescimento econômico;
 competição entre os países;

Um paradigma alternativo para o desenvolvimento


OBSERVATÓRIO DA SAÚDE
MUNDIAL
OBJETIVOS
• Iniciativa para ampliar e fortalecer a
comunidade mundial de pessoas lutando pela
saúde dos povos.
• Análise crítica e contundente dos
determinantes da saúde, principalmente as
causas políticas e econômicas.
• Na era da GLOBALIZAÇÃO, por que estamos
avançando tão pouco no enfrentamento das
iniqüidades?
• Um relatório alternativo de análise da
situação de saúde no mundo.
OBSERVATÓRIO DA SAÚDE
MUNDIAL
INICIATIVA DE QUEM?
• Começou com movimentos mundiais:
People’s Health Movement, Global
Equity Gauge Alliance e Medact.
• Resultado de uma construção coletiva:
ampla colaboração entre especialistas
em saúde pública, organizações não-
governamentais, ativistas da sociedade
civil, grupos comunitários,
trabalhadores da saúde e acadêmicos
O que faz do OSM2 é um relatório
alternativo?
1- Ênfase nos determinantes sociais e estruturais da
saúde – política e poder
2- Posições claras e explícitas:
• Contraponto ao neoliberalismo
• Foco em eqüidade (e não apenas pró-pobres)
3- Perspectiva de desenvolvimento, intersetorial e
ecológica
– Ênfase em saúde, pobreza e mudança
climática
– Abrange setores além do sistema de saúde
4- Nenhum capítulo sobre doenças!
5- Um instrumento para responsabilização
6- Serve para agregar argumentos aos movimentos
de ação social e de resistência já existentes
OBSERVATÓRIO DA SAÚDE
MUNDIAL
PARA QUE? PARA QUEM?

• Ferramenta para a comunidade global na


luta por uma saúde melhor, por um mundo
melhor
• Análise crítica da estrutura social
SAÚDE
O que está em jogo?
Direito
Mercadori ou fundamental
a

?
OBSERVATÓRIO DA SAÚDE
MUNDIAL
HISTÓRICO
• OSM1 – 2005, Cuenca, Assembléia Mundial da Saú
• OSM2 – 2008 – Lançamentos simultâneos ao
redor do mundo
Alemanha
Dinamarca
França
Reino Unido
Suíça Itália
Índia
Canadá
EUA Bangladesh
Sri Lanka
Equador
Austrália
BRASIL
Egito
Líbano
África do Sul Zimbabwe Irã
Conteúdo do OSM 2: 27
capítulos
Desenvolvimento
• Um paradigma alternativo para o
desenvolvimento

Setor Saúde
• Advocacia nos sistemas de saúde
• Saúde mental: cultura, linguagem e
poder
• Cuidados de saúde para imigrantes e
exilados
• Prisioneiros
• Medicamentos
Além do setor saúde
• Comercialização de carbono e
mudança climática
• Terror, guerra e saúde
• Reflexões sobre globalização,
comércio, alimentos e saúde
• Urbanização
• Crise do saneamento e da água
• Extração de petróleo e saúde no
delta do Niger
• Ajuda humanitária
• Educação
Governança global em saúde
• O cenário da saúde mundial
• A Organização Mundial de Saúde e a
Comissão dos Determinantes
Sociais de Saúde
• A Fundação Gates
• O Fundo Global de Combate a AIDS,
Tuberculose e Malária
• O Banco Mundial
Ajuda Governamental
• Assistência internacional dos EUA e a
saúde
• Ajuda sanitária de Canadá e Austrália
• Segurança e saúde

Corporações Transnacionais
• Protegendo a amamentação
• Controle do tabaco: impulsionando os
governos da imobilidade à ação
Alternativas:
Do crescimento econômico para o
crescimento social
Alternativa: foco em metas sociais e
ambientais
Da competição para a colaboração!

Promover a produção de bens que serão


consumidos localmente
Inversão de prioridades!

Reorientação das políticas locais, nacionais e


globais
“Saber não é suficiente,
temos que aplicar;
querer não é suficiente,
temos que atuar”

Johann Wolfgang von


Goethe
Exercício de reflexão
Movimento pela Saúde dos Povos
2008 Círculo-Brasil
brazil@phmovement.org

GAPA/RS – Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS


Lançado no Congresso CEDENPA – Centro de Estudo e Defesa do Negro do
Pará
Mundial de IACOREQ – Instituto de Assessoria as Comunidades

Epidemiologia Remanescentes dos Quilombos


MARIA MULHER - RS

Epi2008 Rede Feminista de Saúde - RS


NZINGA MBANDI -
FORUM NACIONAL DAS MULHERES NEGRAS
20-09-2008 MST
CASA LAUDELINA – Organização de Mulheres
Negras
CANDACES – Coletivo Nacional de Lésbicas Negras
Feministas Autônomas
Fórum de Mulheres Negras da Amazônia Paraense
e Rede Feminista de Saúde Regional do Pará
ABRASBUCO – Associação Brasileira de Saúde
Bucal Coletiva
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA Secretaria Estadual da
Saúde do RS
MOVIMENTO DE ERRADICAÇÃO DAS HEPATITES
VIRAIS
1- Determinantes sociais e estruturais
da
saúde – política e poder
• O reconhecimento de que fatores sociais
e ambientais influenciam de forma decisiva a
saúde das pessoas é uma perspectiva já
antiga.

• Pesquisas epidemiológicas recentes


confirmam a centralidade de fatores sociais e
ambientais nas principais melhorias na saúde
da população registradas em países
industrializados a partir do início do século
XIX.
 Os determinantes sociais da saúde e a
necessidade de implementação de ações
intersetoriais ressurgiu com força no movimento
“Saúde para Todos” na conferência de Alma-Ata,
em 1978. As ações intersetoriais sobre os DSS
foram essenciais para o Modelo de Atenção Primária
Abrangente.
Os anos 90 testemunharam o aumento da
influência do Banco Mundial nas políticas de saúde
global. A posição da OMS pareceu ambígua. Contudo,
durante esse período, surgiram importantes avanços
científicos quanto aos DSS e, já no final dos anos 90,
muitos países, principalmente os europeus,
começaram a desenvolver e implementar políticas
de saúde inovadoras com o intuito de melhorar as
condições de saúde e reduzir as desigualdades de
saúde através de ações sobre os DSS.
As Metas de Desenvolvimento do
Milênio foram adotadas por 189 países na Cúpula do
Milênio das Nações Unidas no ano 2000.
• redução da fome e da pobreza; à educação; à
autonomia das mulheres; à saúde infantil; à saúde
materna; ao controle de epidemias; à preservação
ambiental; e ao desenvolvimento de um sistema de
comércio global justo.
• Essas metas devem ser alcançadas em 2015.
Essas metas criaram um clima favorável para
a ação multisetorial e colocaram ênfase na relação
entre a saúde e Aspectos sociais. Um número cada
vez maior de países está Colocando políticas de
DSS em prática, mas é importante que se
expanda esse ímpeto para os países em
desenvolvimento, onde os efeitos das DSS são
mais devastadores. É nesse contexto que a CSDH
inicia seus trabalhos. Exemplo para debate: visão da
violência e formas de enfrentamento.
2 Neoliberalismo
Política e economia - determinantes
cruciais da pobreza e da saúde

 Dentro de uma faixa mais realista da


pobreza - entre US$ 2,80 e US$ 3,90 -
abaixo da qual se estima diminuição da
expectativa de vida – estão 51-60% da
população do mundo,
ou seja, 3,2 a 3,8 milhões de pessoas (A).
 Enquanto mais pessoas são expostas à
fome e à pobreza pela elevação de
preços dos alimentos, grandes
multinacionais do agronegócio
anunciam seus enormes lucros.

 A globalização neoliberal tem


provocado o acúmulo de grande
riqueza na mão de poucos, enquanto
confina a maioria da população
mundial à pobreza.
 Condições precárias de vida nas grandes cidades
consequência, também, da migração rural em bu
de trabalho
o O neoliberalismo prioriza os déficits
orçamentários, as políticas monetárias restritivas,
as taxas de câmbio competitivas, a privatização
das empresas e serviços públicos, a remoção
de medidas de proteção da agricultura e da
indústria doméstica e a desregulamentação dos
mercados e dos preços (A).
 Neoliberalismo e lixo
 A liberalização do mercado e as crescentes
privatizações têm influenciado o volume e os
padrões do comércio e afetado a segurança
alimentar da maioria da população mundial.

 As exportações de produtos alimentares menos


saudáveis e processados por parte dos países
desenvolvidos continuam em crescimento.
 Evasão fiscal
corporações da mídia,culturais,
alimentares,industria farmacêutica,
financeiras...
 A criminalização dos Movimentos Sociais
e da pobreza
 Experiências em Agricultura Familiar Urbana
 A padronização internacional dos alimentos
está com freqüência focada nas prioridades
das Corporações Transnacionais de
Alimentos, que, por isso, podem estabelecer
severas restrições na capacidade dos países
em desenvolvimento em exportar seus
produtos agrícolas para mercados do
hemisfério norte.
 Agricultura familiar
3- Perspectiva de desenvolvimento
intersetorial e ecológica

 Abrange diversos setores além do sistema


de saúde

 Ênfase na saúde, erradicação da pobreza e


controle da mudança climática
Necessitamos diminuir a emissão de
carbono no planeta

Global CO2 Emmissions from Fossil Fuel Use (Target)

120

100

80
1990 = 100

60

40

20

0
1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050
Mas a situação encontra-se
fora de controle…

Global CO2 Emissions from Fossil Fuel Use (Actual)

140

120

100
1990 = 100

80

60

40

20

0
1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050
4 Um Relatório sobre Saúde
sem cápítulos sobre doenças

SETOR SAÚDE

B1 *Desenvolvimento dos Sistemas de Saúde


B2 *Saúde Mental: cultura, linguagem e poder
B3 *Assistência à saúde de exilados e imigrantes
B4 *Prisões
B5 *Medicamentos
Por um desenvolvimento coerente dos Sistemas
Nacionais de Saúde

Agências Independentes
-Financiamento de programas verticais
-Sem visão clara sobre o que significa um Sistema
de Atenção Primária adequado.

Ex: Fundo Global: TB, Malaria e AIDS

“Mecanismos de Coordenação Nacional” =


estrutura paralela que duplica esforços dos
governos.

Em 2007 somente 13,1% para fortalecimento dos


SS
Saúde Mental

CULTURA, LINGUAGEM E PODER

* Visão biomédica e individualista para


programas humanitários de saúde mental

* Políticas e intervenções em saúde mental


inapropriadas
Assistência à Saúde para imigrantes e exilados

Contraponto

* Pessoas beneficiadas pela extração dos recursos


naturais
* Pessoas rejeitadas, estigmatizadas, encarceiradas.

Ex Negativo: Austrália
- centros para exilados fora da costa australiana (auxílio
financeiro externo)
Ex. Positivo: Espanha (leis)
- acesso à saúde para imigrantes, ARV para presos
Prisão em Malawi
Prisões

9 milhões (adultos) e 1 milhão (crianças)

Alta prevalência de doença mental, TB e


AIDS

Serviços básicos de saúde mental:


fragmentados, sub-financiados e não aptos
para atender o sofrimento mental da
população pobre
Medicamentos

ONGs apoiando governos no uso de licenças


compulsórias para produção de medicamentos

Prêmios para pesquisa para as doenças


“negligenciadas”

Ex: Empresa farmacêutica indiana aliada a


acadêmicos na produção de medicamentos
para o tratamento da Hepatite C
5 - Um instrumento de responsabilização

O tema SAÚDE tem ocupado os meios de


comunicação, campanhas eleitorais, ONGs,
fundações e celebridades. É foco de conferências
internacionais e pauta do G8. O orçamento
aumentou, saiu de 2,5 bilhões de dólares em
1990 para 14 bilhões em 2005...mas as
desigualdades em saúde também seguem
crescendo:há diferenças gritantes na expectativa
de vida e muitas pessoas sem acesso a cuidados
essenciais.
6 - Serve para agregar argumentos aos
movimentos de ação social e
resistência já existentes
 O Observatório reflete a crença de que é
possível mobilizar as pessoas contra a injustiça
a ganância e a apatia política. Conquistar
“Saúde para Todos” é possível. Para isto é
necessária a construção de um paradigma
alternativo de desenvolvimento.
 A questão do poder e do empoderamento é
central ao longo de suas páginas.
 Descreve por que a presente ordem mundial
faz mal a saúde e destaca prioridades para
ação e resistência. É um recurso que pode ser
usado por todas as pessoas que se sentem
comprometidas com um mundo mais saudável
e justo.

You might also like