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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO

MARANHÃO – CEFET
UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE IMPERATRIZ -
UNEDI

O PETROLEO

Jhamyson Galvão Cabral


Marcel Pereira Barbosa

Imperatriz
2006
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO
MARANHÃO – CEFET
UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE IMPERATRIZ - UNEDI

Jhamyson Galvão Cabral – Nº 18


Marcel Pereira Barbosa – Nº 22
TURMA: 132

O PETRÓLEO

Trabalho apresentado à professora Dêide Luci


Silva, da disciplina de Metodologia do Trabalho
Científico para obtenção de nota parcial, no
segundo semestre.

Imperatriz
2006
SUMÁRIO
Introdução.............................................................................................................................03
CAPÍTULO I
Origem do petróleo....................................................................................................04
CAPÍTULO II
O petróleo no Brasil..................................................................................................05
CAPÍTULO III
O petróleo e sua importância.....................................................................................06
CAPÍTULO IV
O fm do petróleo?......................................................................................................08
CAPÍTULO V
A indústria do petróleo..............................................................................................10
CONCLUSÃO......................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................12
INTRODUÇÃO

A mais de um século o petróleo vem sendo utilizado como a principal fonte de


energia, ou seja, ele serve de base tanto de base para outros produtos que são os derivados e
também de base para muitas economias como é o caso dos paises do Oriente Médio.
Como todo combustível fóssil tende a acabar, com o petróleo não será diferente,
pois a alta escala de utilização contribui para isso. Nesse contexto a busca por novas fontes
de energia aumenta a cada dia.
Nesse trabalho abordaremos assuntos tais como a origem do petróleo, o seu uso e os
produtos derivados. A fim de esclarecer dúvidas sobre a exploração, exportação e
importação desse combustível.
ORIGEM DO PETRÓLEO

Segundo Aldama (2004) a hipótese tradicional leva em conta que com o incremento de
temperatura, as moléculas do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos
orgânicos líquidos e gasosos, em um processo denominado catagênese. Para se ter uma
acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de
geração) e expulsão, ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas
adjacentes, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu
caminho, sob a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa e
permeável chamada rocha reservatório. Embora ainda com pouca divulgação, a hipótese da
origem inorgânica do petróleo vem recebendo atenção pela comunidade científica
ocidental.
O petróleo está associado com grandes estruturas que comunicam a crosta e o manto
da terra, sobretudo nos limites entre placas tectônicas. Embora muitos geólogos ainda
acreditem que o petróleo possa ser formado a partir de substâncias orgânicas procedentes
da superfície terreste (detritos orgânicos), esta não é a única teoria sobre a sua formação. Os
avanços obtidos em estudos de astronomia, astrofísica, oceanologia, biologia,
termodinâmica, entre outros permitem supor uma origem abiogênica do petróleo e sua
posterior contaminação por bactérias às quais serve de nutriente sendo que essas últimas
deixam suas marcas que ainda induzem a um paradoxo para a maioria dos geólogos e
outros pesquisadores.
O petróleo e gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar,
principalmente nas bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos -
reservatórios), mas também em rochas do embasamento cristalino. Os hidrocarbonetos,
portanto, ocupam espaços porosos nas rochas, sejam eles entre grãos ou fraturas. São
efetuados estudos das potencialidades das estruturas acumuladoras (armadilhas ou trapas),
principalmente através de sísmica que é o principal método geofísico para a pesquisa dos
hidrocarbonetos.
O PETRÓLEO NO BRASIL

De acordo com Ellian (1996) no Brasil, as primeiras tentativas de encontrar petróleo


datam de 1864, Mas apenas em 1897, o fazendeiro Eugênio Ferreira de Camargo perfurou,
na região de Bofete (SP), o que foi considerado o primeiro poço petrolífero do país, muito
embora apenas dois barris tenham dele sido extraídos. Nesta época o mundo conheceu os
primeiros motores à explosão que expandiriam as aplicações do petróleo, antes restritas ao
uso em indústrias e iluminação de residências ou locais públicos. No final do século XIX,
dez países já extraíam petróleo de seus subsolos.
Entre as principais tentativas de órgãos públicos organizarem e profissionalizarem a
atividade de perfuração de poços no país estão a criação do Serviço Geológico e
Mineralógico Brasileiro (SGMB), em 1907, do Departamento Nacional da Produção
Mineral, órgão do Ministério de Agricultura, em 1933, e as contribuições do governo do
estado de São Paulo. Muito embora as iniciativas tenham sido importantes para atrair
geólogos e engenheiros estrangeiros e brasileiros para pesquisar nos estados do Alagoas,
Amazonas, Bahia e Sergipe, a falta de recursos, equipamentos e pessoal qualificado
dificultaram a chegada de resultados positivos.
Durante a década de 30, já se instalava no Brasil uma campanha para a
nacionalização dos bens do subsolo, em função da presença de trustes (reunião de empresas
para controlar o mercado) que se apossavam de grandes áreas de petróleo e de minérios,
como o ferro. Um das pessoas que desempenhou papel chave nesta campanha foi Monteiro
Lobato, que sonhava com um Brasil próspero que pudesse oferecer progresso e
desenvolvimento para sua população. Depois de uma viagem aos Estados Unidos, em 1931,
Lobato retorna entusiasmado com o modelo de país próspero que conhecera e passa a
defender as riquezas naturais do Brasil e sua capacidade de produzir petróleo, através de
contribuições de artigos para jornais e palestras para promover a conscientização popular.
Estavam entre seus esforços de luta, cartas enviadas ao então presidente Getúlio Vargas,
alertando-o sobre os malefícios da política de trustes para o país e a necessidade de defesa
da soberania nacional na questão do petróleo.
O PETRÓLEO E SUA IMPORTÂNCIA

Com base no autor Duarte (1994) o petróleo é um produto de grande importância


mundial, principalmente em nossa atualidade. É difícil determinar alguma coisa que não
dependa direta ou indiretamente do petróleo.
Os solventes, óleos combustíveis, gasolina, óleo diesel, querosene, gasolina de
aviação, lubrificantes, asfalto, plástico entre outros são os principais produtos obtidos a
partir do petróleo.
De acordo com a predominância dos hidrocarbonetos encontrados no óleo cru, o
petróleo é classificado em:
• Parafinemos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos parafínicos. Este tipo de petróleo
produz subprodutos com as seguintes propriedades:
- Gasolina de baixo índice de octanagem.

- Querosene de alta qualidade.

- Óleo diesel com boas características de combustão.

- Óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade, elevada estabilidade química e alto


ponto de fluidez.

- Resíduos de refinação com elevada percentagem de parafina.

- Possuem cadeias retilíneas.

• Naftênicos

Quando existe predominância de hidrocarbonetos naftênicos. O petróleo do tipo


naftênico produz subprodutos com as seguintes propriedades principais:
- Gasolina de alto índice de octonagem.

- Óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono.

- Resíduos asfálticos na refinação.

- Possuem cadeias em forma de anel.


• Mistos
Quando possuem misturas de hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, com
propriedades intermediárias, de acordo com maior ou menor percentagem de
hidrocarbonetos parafínicos e neftênicos.
• Aromáticos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos aromáticos. Este tipo de petróleo
é raro, produzindo solventes de excelente qualidade e gasolina de alto índice de octonagem.
Não se utiliza este tipo de petróleo para a fabricação de lubrificantes.
Após a seleção do tipo desejável de óleo cru, os mesmos são refinados através de
processos que permitem a obtenção de óleos básicos de alta qualidade, livres de impurezas
e componentes indesejáveis.
Chegando às refinarias, o petróleo cru é analisado para conhecer-se suas
características e definir-se os processos a que será submetido para obter-se determinados
subprodutos.
Evidentemente, as refinarias, conhecendo suas limitações, já adquirem petróleos
dentro de determinadas especificações. A separação das frações é baseada no ponto de
ebulição dos hidrocarbonetos.
Os principais produtos provenientes da refinação são:

- gás combustível

- GLP

- gasolina

- nafta

- querosene

- óleo diesel

- óleos lubrificantes

- óleos combustíveis
- matéria-prima para fabricar asfalto e parafina.

O FIM DO PETRÓLEO?

Com base em Hélio (2005) as reservas de petróleo ditas provadas são estimadas de 1
a 1,2 milhar de bilhões de barris, ou 150 bilhões de toneladas aproximadamente, ou ainda
uma produção de 40 anos no ritmo atual. Elas são desproporcionalmente repartidas: perto
de um terço estão situadas no Oriente Médio. Sua evolução, entretanto, não permite prever
a da produção petroleira, já que os dados relativos às reservas causam fortes controvérsias
entre escolas de pensamento, umas otimistas, outras pessimistas.
O grupo dos otimistas é essencialmente constituído de economistas, como Morris
Adelman e Michael Lynch, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Eles
observam, para começar, que as previsões passadas de rarefação dos recursos foram sempre
desmentidas. Assim, no fim do século XIX, numerosos especialistas previam a suspensão
de um desenvolvimento industrial baseado na energia do carvão, cujas reservas estavam
então estimadas em 20 anos de produção da época. Mais perto de nós, em 1979, a BP
publicava um estudo que mostrava um pico da produção mundial de petróleo (exceto
URSS) em 1985. Os otimistas observaram em seguida que a maior parte das perfurações de
exploração eram realizadas nos países já muito explorados. Além disso, as reservas obtidas
pelas técnicas de produção modernas e pela reavaliação das jazidas antigas custam
freqüentemente menos caro para explorar, em particular no Oriente Médio, do que aquelas
obtidas pela exploração. Daí a limitação dessa atividade em países que oferecem as
melhores perspectivas de descobertas.

As produções possíveis, de acordo com M. Adelman, são resultado de uma corrida de


velocidade entre, de um lado, o esgotamento das jazidas conhecidas, de outro, o progresso
técnico que permite acessar novas reservas. Até agora, esta última levou vantagem, com
certos efeitos que conduzem a evoluções relativamente regulares: diminuição dos custos de
perfuração, melhoria das taxas de recuperação, melhor imagem do subsolo. Outros efeitos
são mais difíceis de prever. Assim, no final dos anos 1980, a produção de óleos
extrapesados do cinturão do Orinoco, na Venezuela, só era considerada como rentável se o
preço do barril bruto ultrapassasse de 30 a 40 dólares da época. Os avanços técnicos,
principalmente a generalização da perfuração horizontal, permitiram reduzir esse limite a
menos de 15 dólares (no curso de 2004).
Os pessimistas estão, na maior parte, agrupados no seio da Associação para Estudo
do Pico do Petróleo e Gás (Association for the Study of Peak Oil and Gas, ASPO). Eles
insistem primeiro de tudo no caráter político das reavaliações das reservas efetuadas em
1986-1987 pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e
que não correspondem as verdadeiras reservas comprovadas. Eles consideram que o pico da
produção mundial se situará entre 2005 e 2010, em um nível da ordem de 90 milhões de
barris/dia, contando-se todos os hidrocarburetos naturais.
Para apoiar sua tese, eles lembram que dispomos hoje de acesso ao conjunto de
dados de todas as bacias petrolíferas, assim como de uma amostragem suficiente para que
as metodologias capazes de prever reservas restantes a descobrir sejam de agora em diante
confiáveis. A incerteza reside, portanto, essencialmente na evolução futura da parte dos
volumes recuperáveis a partir das reservas existentes. Sobre esse assunto, as conclusões
divergem: para os otimistas, a taxa média de recuperação dos volumes poderia passar, no
curso dos próximos 50 anos, de 35% aproximadamente hoje a 50% até mesmo 60%; para
os pessimistas, em contrapartida, as melhorias serão limitadas e se refeririam
essencialmente a óleos pesados e extrapesados.

Diferentes equipes de especialistas propõem uma visão intermediária, em particular do


United States Geological Survey (USGS), para quem as últimas reservas de petróleo
convencional seriam da ordem de 3.000 bilhões de barris, dos quais cerca de 1.000 já
consumidos, um pouco mais 1.000 reservas comprovadas, o resto correspondendo às
reservas por descobrir. Esta ordem de grandeza corresponde igualmente às estimativas
mínimas dos geólogos do Instituto Francês do Petróleo (IFP), efetuadas a partir de dados
atualmente disponíveis. Ela conduz a um máximo da produção mundial pouco depois de
2020. Com as hipóteses um pouco mais otimistas sobre os volumes a descobrir, não mais
mínimos, mas médios, e sobre um crescimento das taxas de recuperação, o pico poderá ser
afastado para 2030. Se as estimativas da USGS fossem revistas na alta, como foi o caso no
passado, integrando as reservas não convencionais, o declínio poderia ser afastado para
além de 2030.
A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

Segundo Aldama (2004) petróleo e o gás natural são misturas de hidrocarbonetos


resultantes de processos físico-químicos sofridos pela matéria orgânica que se depositou
juntamente com fragmentos de rochas durante a formação de rochas sedimentares, milhões
de anos atrás. Devido a efeitos mecânicos, ocorre a migração do petróleo no subsolo,
acumulando-se em rochas porosas e permeáveis denominadas rochas reservatório. A
localização, produção, transporte, processamento e distribuição dos hidrocarbonetos
existentes nos poros e canais de uma rocha reservatório, que pertence a um determinado
campo petrolífero, estabelecem os cinco segmentos básicos da indústria do petróleo
A reconstrução da história geológica de uma área, através da observação de rochas e
formações rochosas, determina a probabilidade da ocorrência de rochas reservatório. A
utilização de medições gravimétricas, magnéticas e sísmicas, permitem o mapeamento das
estruturas rochosas e composições do subsolo. A definição do local com maior
probabilidade de um acúmulo de óleo e gás é baseada na sinergia entre a Geologia, a
Geofísica e a Geoquímica, destacando-se a área de Geo-Engenharia de Reservatórios.
A fase explotatória do campo petrolífero engloba as técnicas de desenvolvimento e
produção da reserva comprovada de hidrocarbonetos de um campo petrolífero.
Pelo fato dos campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos
dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção através de
embarcações, caminhões, vagões, ou tubulações (oleodutos e gasodutos).
Apesar da separação da água, óleo, gás e sólidos produzidos, ocorrer em estações ou
na própria unidade de produção, é necessário o processamento e refino da mistura de
hidrocarbonetos proveniente da rocha reservatório, para a obtenção dos componentes que
serão utilizados nas mais diversas aplicações (combustíveis, lubrificantes, plásticos,
fertilizantes, medicamentos, tintas, tecidos, etc..). As técnicas mais utilizadas de refino são:
i) destilação, ii) craqueamento térmico, iii) alquilação e iv) craqueamento catalítico.
Os produtos finais das estações e refinarias (gás natural, gás residual, GLP, gasolina,
nafta, querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados) são comercializados
com as distribuidoras, que se incumbirão de oferecê-los, na sua forma original ou aditivada,
ao consumidor final.
CONCLUSÃO

De acordo com as confirmações de vários autores, o petróleo vem sendo


considerado como a principal fonte de energia existente hoje. Servindo com base para
diversas economias e para a produção de uma grande variedade de produtos.
Por ser um combustível fóssil tende a acabar, pois não é uma fonte de energia
renovável. Isso é comprovado pelo seu alto grau de uso, pois são mais de 350 produtos que
derivam desse ‘ouro preto’. Passamos por crises, monopólios e somente hoje o Brasil tem o
que comemorar, pois não é todo país que consegue se tornar auto-suficiente.
Em pauta esclarecemos algumas dúvidas tais como a exploração, o comércio
envolvido e a produção de derivados. Esperamos que realmente esse trabalho tenha
contribuído para o seu aprendizado.
BIBLIOGRAFIA

ALDAMA, Alberto. Memórias do segundo encontro internacional de direito ambiental.


São Paulo: Instituto Nacional de Ecologia, 2004. Cap 8. Pág. 464

DUARTE, Francisco José. Estudo da tecnologia da refinação do petróleo no Brasil. Rio


de Janeiro: Paranaguá editora, 1994.

ELLIAN, Gustavo Augusto. O petróleo brasileiro: importância e uso. Rio de Janeiro:


Petrobras, 1996.

FERREIRA, Márcio Alcântara. O petróleo e seus derivados. São José do Rio Preto:
Editora Talentos, 1988.

HÉLIO, João Gonçalves. Tudo sobre petróleo. Rio de Janeiro: Ática Editora: 1995.

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