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Boletim informativo da Associação Portuguesa de

Alimentação Racional e Dietética


Nº6 Janeiro de 2006

1. PRODUTOS ------------------------------------------------------- 2
2. ALERTAS / SEGURANÇA ----------------------------------------- 3
3. ROTULAGEM / BOAS PRÁTICAS --------------------------------- 5
4. LEGISLAÇÃO ----------------------------------------------------- 6
5. ACTIVIDADES DA APARD -------------------------------------10
6. OUTROS ASSUNTOS ---------------------------------------------13

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1. PRODUTOS

• Dossiers submetidos à Comissão Europeia

Segundo opinião favorável da Autoridade Europeia para a Segurança dos


Alimentos (EFSA), a Comissão Europeia preparou uma proposta de alteração à
Directiva 2002/46/CE para a adição do Boro ao Anexo I e a adição do Ácido
Bórico, do Borato de Sódio e do L-metilfolato de Cálcio ao Anexo II da
Directiva dos Suplementos Alimentares. A proposta irá ser submetida ao
Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal para
aprovação.

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2. ALERTAS / SEGURANÇA

• Fósforo

O Painel Científico dos Produtos Dietéticos, Nutrição e Alergias (NDA) da


Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) publicou um
parecer acerca da fixação de um Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) de
fósforo. O Painel concluiu que os dados disponíveis não são suficientes para
estabelecer um Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) para o fósforo. Estes
dados indicam que um indivíduo normal saudável pode tolerar a ingestão de
fósforo (fosfato) até cerca de 3000 mg/dia sem efeitos adversos.
Não existe nenhuma evidência de efeitos adversos associados com as doses
dietéticas actuais de fósforo em países do EU.

• Estanho

O Painel Científico dos Produtos Dietéticos, Nutrição e Alergias (NDA) da


Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) publicou um
parecer acerca da fixação de um Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) de
estanho. O Painel indicou que o consumo diário de estanho em alguns países
da União Europeia é bastante baixa. Alguns estudos realizados em humanos
indicam que uma elevada ingestão de estanho (aproximadamente 30-50
mg/dia ou por refeição), pode reduzir a absorção de zinco no organismo, mas
não a de outros minerais. O painel considerou que os dados disponíveis tanto
em humanos quanto em animais não são suficientes para estabelecer um
Limite Máximo Tolerável de Ingestão (UL) de Estanho.

• Corantes ilegais

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) publicou uma


revisão dos dados toxicológicos sobre corantes ilegais encontrados até à data
em alimentos na UE, bem como sobre outros corantes não autorizados que
poderão vir a ser causa de preocupação caso venham a ser utilizados em
alimentos. O Painel Científico dos Aditivos Alimentares da EFSA (AFC2) publicou
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uma revisão de dois grupos-chave de corantes. O primeiro grupo, isto é, os
corantes alimentares ilegais encontrados até à data na Europa, incluiu os
corantes Sudão I a IV (Sudan I a IV), Pigmento vermelho 2 (Para Red),
Rodamina B (Rhodamine B) e Laranja II (Orange II). De acordo com o Painel
Científico da EFSA, estes corantes são, ou podem ser, tanto genotóxicos como
cancerígenos, com a excepção do corante Laranja II (Orange II). Apesar
deste corante específico ser possivelmente genotóxico, não existem dados
suficientes para determinar se também é cancerígeno. O parecer disponibiliza
uma revisão toxicológica detalhada de cada tipo de corante, em termos de
genotoxicidade, acção cancerígena e semelhanças químicas.

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3. ROTULAGEM / BOAS PRÁTICAS

• Alegações de Nutrição e Saúde

Opinião do Painel Científico dos Produtos Dietéticos, Nutrição e Alergias (NDA)


da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) relacionada
com as Alegações de Nutrição e Saúde, no que diz respeito aos ácidos gordos
ómega 3, gorduras mono-insaturadas, poli-insaturadas e insaturadas. Esta
opinião foi pedida pela Comissão, de modo a que a EFSA reveja a
substanciação das alegações já propostas e recomende a sua adição ao
Anexo do Regulamento sobre o uso de Alegações de Nutrição e Saúde nos
Alimentos proposto pela Comissão em Julho de 2003.

• Posição Comum do Conselho relativamente às Alegações

A Posição comum do Conselho no que diz respeito à proposta de


regulamento sobre as alegações nutricionais e de saúde nos alimentos e à
adição de vitaminas e minerais e outras substâncias aos alimentos, foi
apresentada e adoptada no dia 8 de Dezembro. A posição comum será
enviada ao Parlamento Europeu para uma segunda leitura que terá início na
semana de 14 a 19 de Janeiro.

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4. LEGISLAÇÃO

• Portaria nº 827/2005 de 14 de Setembro

Portaria nº 827/2005 de 14 de Setembro que estabelece as condições de


venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM).

• Decreto-Lei nº 156/2005 de 15 de Setembro

Decreto-Lei nº 156/2005 que estabelece a obrigatoriedade de disponibilização


do livro de reclamações a todos os fornecedores de bens ou prestadores de
serviços que tenham contacto com o público em geral. O Decreto-Lei entrou
em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006.

• Portaria nº 1288/2005 de 15 de Dezembro

Portaria nº 1288/2005 de 15 de Dezembro que aprova o modelo, edição,


preço, fornecimento e distribuição do livro de reclamações.

• Declaração de Rectificação n.º 73/2005

Rectificação do Decreto-Lei n.º 142/2005, que estabelece o regime jurídico dos


produtos cosméticos e de higiene corporal, transpondo as Directivas n.os
2003/15/CE, 2003/80/CE, 2003/83/CE, 2004/87/CE, 2004/88/CE, 2004/93/CE,
2004/94/CE e 2005/9/CE, que alteraram a Directiva n.º 76/768/CEE, do
Conselho, de 27 de Julho, relativa à aproximação das legislações dos Estados
membros respeitantes aos produtos cosméticos, publicado no Diário da
República, 1.ª série, n.º 162, de 24 de Agosto de 2005.

• Decreto-Lei nº 195/2005 de 7 de Novembro

Decreto-Lei nº 195/2005 de 7 de Novembro. Este diploma transpõe para a


ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2005/26/CE, da Comissão, de 21 de

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Março, e aprova uma lista de ingredientes e substâncias alimentares
provisoriamente excluídos do anexo III do Decreto-Lei n.º 560/99, de 18 de
Dezembro. O Decreto-Lei entrou em vigor no dia 25 de Novembro de 2005.

• Regulamento (CE) nº 2073/2005 de 15 de Novembro

Regulamento (CE) nº 2073/2005 da Comissão, publicado em Jornal Oficial da


União Europeia no dia 15 de Novembro de 2005, relativo a critérios
microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios. Este diploma estabelece
os critérios microbiológicos para certos microrganismos e as regras de
execução a cumprir pelos operadores das empresas do sector alimentar
quando aplicarem as medidas de higiene gerais e específicas referidas no
artigo 4º do Regulamento (CE) n.º 852/2004. O novo Regulamento é aplicável
a partir de 1 de Janeiro de 2006.

• Decreto-Lei nº 237/2005 de 30 de Dezembro

Decreto-Lei nº 237/2005 de 30 de Dezembro que cria a Autoridade de


Segurança Alimentar e Económica e extingue a Inspecção-Geral das
Actividades Económicas, a Agência Portuguesa de Segurança Alimentar, I. P.,
e a Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar. O
Decreto-Lei n.º 237/2005 entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006.

• Novos Regulamentos de higiene dos géneros alimentícios

De acordo com as novas regras comunitárias, todos os intervenientes na


cadeia alimentar, desde agricultores a transformadores e profissionais da
restauração, terão responsabilidades acrescidas quanto à segurança
alimentar, a partir de 1 de Janeiro. O novo pacote de higiene dos géneros
alimentícios, compreende quatro regulamentos comunitários, a saber,
Regulamento n.º 852/2004, Regulamento n.º 853/2004, Regulamento n.º
854/2004 e Regulamento n.º 882/2004.

Estes regulamentos promovem uma revisão da legislação em matéria


alimentar, consagrando uma política global e integrada aplicável a todos os
géneros alimentícios.

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No dia 22 de Dezembro de 2005 foram, publicados dois Regulamentos
(Regulamento n.º 2074/2005 e Regulamento n.º 2076/2005) que,
simultaneamente, alteram os Regulamentos que integram o novo pacote de
higiene, estabelecem derrogações e consagram medidas de execução.

• Decreto-Lei nº 8/2006 de 4 de Janeiro

Decreto-Lei nº 8/2006 de 4 de Janeiro que transpõe para a ordem jurídica


nacional a Directiva n.º 2004/43/CE, da Comissão, de 13 de Abril, que diz
respeito aos métodos de colheita de amostras e de análise para o controlo
oficial dos teores de aflatoxina e de ocratoxina A nos géneros alimentícios
destinados a lactentes e crianças jovens, e altera os Decretos-Leis n.os
110/2001, de 6 de Abril, e 72-J/2003, de 14 de Abril.

Este Decreto-Lei estabelece os métodos de colheita de amostras e de análise


para o controlo oficial dos teores de aflatoxina e de ocratoxina A nos géneros
alimentícios quando destinados a lactentes e crianças jovens, transpondo
para a ordem jurídica nacional uma Directiva Comunitária sobre a meteria.

Deste modo, pretende-se assegurar uma abordagem de execução


harmonizada com a dos outros Estados-membros, uma vez que é da maior
importância que os resultados analíticos sejam transmitidos e interpretados de
modo uniforme em toda a União Europeia. Estas disposições em matéria de
interpretação são aplicáveis ao resultado analítico obtido na amostragem
para o controlo oficial. O Decreto-Lei entra em vigor 30 dias após a sua
publicação.

• Proposta de Directiva relativa aos aditivos alimentares

Proposta de Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a


Directiva 95/2/CE relativa aos aditivos alimentares com excepção dos
corantes e edulcorantes e a Directiva 94/35/CE relativa aos edulcorantes para
utilização nos géneros alimentícios. O objectivo é adaptar as Directivas
95/2/CE e 94/35/CE do Conselho aos recentes desenvolvimentos técnicos e

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científicos. A proposta destina-se a reavaliar as autorizações actuais, a alargar
a utilização de aditivos alimentares autorizados, bem como a autorizar novos
aditivos alimentares (entre os quais o eritritol).

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5. ACTIVIDADES DA APARD

• ExpoViva em Forma

Nos dias 12 e 13 de Novembro de 2005, a APARD participou em mais uma edição


da ExpoViva em Forma-Norte’05, na EXPONOR- PORTO, um certame dedicado ao
desporto, beleza e saúde em Portugal. Este evento contou também com a
participação de alguns dos nossos associados.

• Fiscalização de Suplementos Alimentares

No dia 22 de Novembro foi levada a cabo pela Inspecção-geral das


Actividades Económicas acções de fiscalização a alguns agentes comerciais,
que culminaram na tentativa de apreensão de diversos produtos designados
Suplementos Alimentares. É de estranhar que os fiscalizadores em questão
desconhecessem o prazo derrogatório concedido pela DGFCQA- Direcção
geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar relativamente aos
produtos referidos e existentes no mercado que não se encontrem em
conformidade com o DL nº 136/2003. Esta tentativa de apreensão de nada
valeu aos agentes do IGAE, uma vez que a APARD tendo conhecimento no
momento real em que esta apreensão decorria, desencadeou de imediato
um pronta intervenção que culminou na resolução do problema.
Em anexo encontra-se uma cópia do fax enviado pela APARD para o IGAE
com um pedido de esclarecimento.

• Notícia da SIC

No dia 6 de Setembro de 2005, numa edição de peça jornalística relativa à


eficácia dos medicamentos homeopáticos que foi exibida nos noticiários da
SIC e SIC NOTÍCIAS, foram utilizados suportes de imagens ilustrando alguns
destes produtos e outros, que legal e objectivamente, não são medicamentos
homeopáticos mas sim Suplementos Alimentares sujeitos a um regime jurídico
próprio e bem diferenciado (Decreto-Lei nº 136/2003, de 28 de Junho). Deste
modo, a APARD solicitou à SIC e SIC NOÍICIAS a rectificação do teor da
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referida peça. A SIC procedeu de imediato às correcções solicitadas pela
APARD.
Em anexo encontra-se a cópia da carta enviada para a SIC e SIC NOTÍCIAS.

• Livro de Reclamações- Avaliação do Diploma

Por força do disposto no DL n.º 156/2005, de 15 de Setembro, e em vigor desde


1 de Janeiro do corrente ano, é obrigatória a disponibilização ao público
consumidor de “Livro de Reclamações”, cujo modelo e preço se encontra
previsto na Portaria n.º 1288/2005, de 15 de Dezembro.

Avaliando o impacto do diploma no âmbito do sector representativo da


APARD, esclarece-se o seguinte:

1. A obrigatoriedade ora imposta abrange todos os sujeitos comerciais a cuja


actividade estejam afectos estabelecimentos de venda a retalho, e que
forneçam bens ou prestem serviços ao consumidor final.

2. Entende-se por comércio de venda a retalho, a actividade desenvolvida por


pessoa, individual ou colectiva que, com carácter habitual e profissional, se
dedique à compra de mercadorias por sua conta e nome, revendendo-as
directamente ao público consumidor.

3. Em cada um dos estabelecimentos, individualmente considerados, deve


existir e ser disponibilizado ao público um desses Livros, que deve ser devida
e visivelmente anunciado no estabelecimento, através de Letreiro próprio
de modelo oficial.

4. A entidade responsável pelo estabelecimento deve manter na sua posse,


durante um período de 3 anos, todos os Livros entretanto encerrados,
mantendo invioláveis os respectivos triplicados das folhas de reclamação.

5. A presente medida visa reforçar os direitos do público consumidor. Por


conseguinte e para efeito da presente obrigação, não é considerado

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público consumidor, o agente económico que se desloque a armazéns ou
lojas grossistas que se dediquem, exclusivamente, a venda para o retalho,
incluindo o caso dos denominados “grossistas em livre serviço” (mercadorias
expostas por grosso com aquisição em “self service” e pagamento final em
caixa).

6. O extravio, perda, destruição ou inutilização de um Livro, implica a imediata


comunicação (por escrito) do facto à Autoridade para a Segurança
Alimentar e Económica, devendo ser adquirido novo Livro.

7. O Livro em causa pode ser adquirido quer em qualquer loja da Imprensa


Nacional Casa da Moeda, quer no Instituto do Consumidor, pelo preço
unitário de 18 euros, que já inclui o Letreiro.

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6. OUTROS ASSUNTOS

• ASAE

Uma vez extinta a APSA e sendo as suas atribuições integradas na Autoridade


de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), informamos que o contacto
provisório da ASAE é o seguinte:

Av. Conde Valbom, 98

Apartado 14270

1064 - 824 Lisboa

E-mail: direccao@dgfcqa.min-economia.pt

A partir de agora deverá enviar os rótulos de suplementos para a morada


indicada.

• ISO 22000:2005

Foi apresentada publicamente no dia 29 de Novembro de 2005 a versão


portuguesa da ISO 22000:2005 a norma internacional no domínio da
Segurança alimentar. A ISO 22000:2005, publicada dia 1 de Setembro, é a mais
recente Norma Internacional, criada com o objectivo de assegurar Segurança
e Higiene ao longo da cadeia alimentar.

A ISO 22000:2005 apresenta ainda uma mais valia, ao abordar os


procedimentos de Segurança Alimentar com base nos sistemas de gestão da
ISO 9001:2000 (norma da qualidade) implementada com enorme sucesso num
vasto conjunto de sectores mas não abordando questões relacionadas com
Segurança Alimentar.

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• Associados com quotas em atraso

A APARD tem por fim o estudo e defesa dos interesses relativos aos seus
associados, competindo-lhes, para tanto, promover e praticar tudo quanto
possa contribuir para o respectivo progresso técnico, económico e social,
designadamente, pelo relacionamento com associações, uniões, federações
e confederações nacionais e estrangeiras.
A Associação deve o seu funcionamento à colaboração dos seus associados,
nomeadamente através do pagamento de quotas. Deste modo, o atraso no
pagamento das quotizações, revela-se-nos muito prejudicial, ao ponto de
colocar em risco todas as suas actividades.
Alertamos os seguintes associados com quotas em atraso, referentes ao
passado ano de 2005, para que regularizem o pagamento das suas
contribuições dentro da maior brevidade possível.

¾ Unidiet, Lda
¾ Vitalsil,Lda
¾ Ervanária do Bolhão de Carlos V. Miranda
¾ Labialfarma
¾ N.N. & D. – Nutrição Natural & Dietética, Lda
¾ Diética, Lda
¾ José Manuel Taveira Cardoso

• Novos associados

A Direcção da APARD dá as boas vindas aos novos associados:


¾ Maria de Lourdes Martins Rosa Nunes-Fivinatura
¾ Ervanária Trigo das Sorte,Lda.

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• Caro associado, qualquer dúvida adicional que tenha relativamente aos
assuntos tratados n’O Suplemento, ou se necessitar de uma cópia de
qualquer documento referido, por favor, entre em contacto com a APARD.

APARD
Helena Vieira
Rua São Sebastião da Pedreira, nº 110- 5º
1050-209 Lisboa
Telefone: 21 357 24 99
Fax: 21 357 24 98
e-mail: apard@netcabo.pt

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Documentos em Anexo:

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