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Ciclo Econômico do Café

No início do século XIX o café foi o produto que impulsionou a economia brasileira
até a decada de 1930. Cultivado no Vale da Paraíba e logo depois nas zonas de
terra roxas do inteior de São Paulo, as sementes trazidas clandestinamente por
Francisco de Melo, Sargento-Mor da Guiana Francesa, tornou-se o produto mais
exportado do país durante 100 anos.O cultivo de café se espalhou rapidamente
devido às condições climáticas favoráveis do Brasil. O café trouxe grandes
contingentes de imigrantes, consolidou a expansão da classe média, a diversificação
de investimentos e até mesmo intensificou movimentos culturais. O Brasil começou
a ter controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia
facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim
lucros elevados. O maior problema deste sistema econômico era que o lucro do café
dependia fundamentalmente do crescimento populacional dos países
consumidores, sendo assim tinha-se uma situação de crescimento da oferta de café
muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência
estrutural de baixa de preços no longo prazo. Depois de uma longa crise, a
cafeicultura nacional se reorganizou e os produtores, industriais e exportadores
voltaram a alimentar esperanças de um futuro melhor. A busca pela região ideal
para a cultura do café se estendeu por todo o país, se firmando hoje em regiões do
Estado de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rondônia. O
café continua hoje, a ser um dos produtos mais importantes para o Brasil e é, sem
dúvida, o mais brasileiro de todos. Hoje o país é o primeiro produtor e o segundo
consumidor mundial do produto.

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