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O eu

A mente e os processos mentais


A Psicologia cognitiva

A mente e os processos mentais

Ainda hoje é difícil definir o conceito de mente, desde sempre os seres humanos foram
propondo várias respostas organizadas em mitos, crenças, teorias. Em alguns momentos
dominou a concepção da mente enquanto algo interior que dizia respeito á experiência
íntima, privada, tais como os pensamentos, os sentimentos, os desejos e as intenções
que fazem parte da nossa experiência pessoal. O estudo da mente associou-se á forma
como cada um vê, sente e pensa as coisas de forma particular e singular. Para além do
lado interior da actividade mental há ainda o lado exterior e observável do
comportamento. Cada indivíduo possui múltiplas representações, ou seja, são ideias sob
forma de imagens, que estão presentes na nossa mente e nos ajuda no dia a dia, visto
que essas representações tem um significado para a mente. O sujeito capta essas
informações, acaba por fazer uma apropriação, ou seja, faz um significado seu,
ligeiramente alterado do resto do meio. A mente trabalha em interacção com outras
partes do corpo como é o exemplo de cérebro. As características de cada indivíduo estão
de acordo com as de cada grupo. O meio social onde o indivíduo está inserido vai
influenciar os seus momentos, gestos e aparência, assim o cérebro sofre mais alterações
devido aos meios sociais e culturais não menosprezando a influência dos contextos.
Já os processos mentais, são processos através dos quais a mente se efectua, isto é,
existe em cada um de nós.
A mente constitui-se entre o ser humano e os seus contextos. Sendo assim, os processos
mentais são os processos ligados ao saber, ao sentir e ao fazer.

Em cada situação que experiência-mos e em cada momento que vivemos, ficamos a


saber muitas coisas sobre nós, sobre os outros, sobre o mundo. Os processos
subjacentes a este saber são os processos que vamos abordar neste trabalho: os
processos cognitivos

Existem ainda os processos emocionais e os processos conativos que iremos abordar


mais adiante noutros trabalhos.

Denomina-se psicologia cognitiva ao ramo da psicologia que trata o modo como os


indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que a realidade
fornece. A psicologia cognitiva abrange como principais objectos de estudo a percepção,
o pensamento e a memória, procurando explicar como o ser humano percebe o mundo e
como utiliza-se do conhecimento para desenvolver diversas funções cognitivas como:
falar, pensar, resolver problemas, memorizar, entre outras. Através dos processos de
adaptação: assimilação e acomodação, que as estruturas cognitivas se transformam. A
assimilação refere-se à interpretação de eventos através das estruturas cognitivas
existentes, e a acomodação diz respeito à modificação da estrutura cognitiva com a
finalidade de compreender o meio. A teoria de Piaget aproxima-se de outras teorias de
aprendizagem construtivistas (Vygotsky e Bruner) ao afirmar que o desenvolvimento
cognitivo de um indivíduo consiste no seu constante esforço em adaptar-se ao meio em
que vive em termos de assimilação e acomodação.
A memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar e evocar (recuperar)
informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja
externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). A memória focaliza coisas
específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade e
ajuda a tomar decisões diárias.
É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas
ideias, ajudando a tomar decisões diárias.
Os psicólogos e neurologistas distinguem memória declarativa de memória não-
declarativa. Assim, a memória declarativa armazena o saber que algo que aconteceu, e a
memória não-declarativa o como aconteceu.
A memória declarativa, como o nome indica, é aquela que pode ser declarada (factos,
nomes, acontecimentos) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente
esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas
obviamente se lembram), essa memória também é chamada explícita. Memórias
explícitas chegam ao nível consciente.
Os psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a
memória semântica. São partes da memória episódica as lembranças de acontecimentos
específicos. São partes da memória semântica as lembranças de aspectos gerais.

Existem quatro Tipos de memória:


Memória declarativa. É a capacidade de verbalizar um facto. Classifica-se por sua vez
em:
Memória imediata. É a memória que dura de fracções a poucos segundos. Um exemplo
é a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito. Estes factos
são após um tempo completamente esquecidos, não deixando "traços".
Memória de curto prazo. É a memória com duração de algumas horas. Neste caso existe
a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços chama-se de
Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar do que
se vestiu no dia anterior, ou com quem se encontrou.
Memória de longo prazo, é a memória com duração de meses a anos. Um exemplo é a
capacidade de aprendizagem de uma nova língua.
Memória de procedimentos. É a capacidade de reter e processar informações que não
podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta é mais
estável, mais difícil de ser perdida.

A percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir


do histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e
interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste
na aquisição, interpretação, selecção e organização das informações obtidas pelos
sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou
fisiológico, envolvendo estímulos eléctricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos
sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os
processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação
dos dados percebidos.
Existem dois tipos de percepção, a percepção visual e auditiva, a visão é a percepção de
raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela
psicologia da percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram
desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a percepção visual.
Todos os princípios da percepção citados acima, embora possam ser extrapolados a
outras formas de percepção, fazem muito mais sentido em relação à percepção visual.

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