Aconteceu quando eu estava virando a esquina do cabeleireiro e vi-o parado perto de um monte de terra que tem um pouco mais

adiante. Na hora tomei um susto, ele percebeu e soltou um pequeno sorriso de diverso. O que voc est fazendo aqui? - perguntei estupidamente enquanto me aproximava lentamente. - Como chegou to rpido? No bvio? - ele disse - Estou aqui pra saber por que estava to furiosa agora a pouco, quando saiu do shopping e nem parou para me ouvir. E voc pegou o caminho mais longo, gnio. - ele sorriu. Bom, no te interessa porque eu sa. No te devo satisfaes. Agora eu tenho que ir, com licena. - tentei lhe empurrar para conseguir passar, mas ele segurou meu brao e me puxou junto de seu corpo. Eu estava perto o suficiente para conseguir sentir seu perfume inundando meu crebro e me confundindo por uns minutos. Perto o suficiente para conseguir sentir seu corpo definido por sua camiseta branca. E, principalmente, perto o suficiente para sentir seus olhos verdes me penetrando, apesar de estar com o rosto escondido em seu peito. Voc sabe que Camile no significa nada, no ? - ele disse, aps alguns momentos de silencio. Eu no me importo com quem voc namora ou deixa de namorar. Agora me solta, eu tenho que ir pra casa. Imagina o que as pessoas vo pensar ao nos verem assim. - tentei me soltar, inutilmente. Aqueles msculos no servem apenas para enfeitar, afinal. Eu no ligo. - Lucas me colocou rpido e habilidosamente contra a parede, com seus braos me prendendo, um de cada lado, de modo que ficssemos obrigatoriamente cara a cara. Mesmo assim virei o rosto e fechei os olhos, me recusando a ser hipnotizada por aqueles olhos verdes. Voc nem consegue me olhar nos olhos. Por qu? Por qu? Voc quer saber? - eu parei e dei um longo suspiro - Simplesmente porque ver voc me esnobando e dando corda para algum como Camille foi a coisa mais difcil que eu j fiz na vida - de repente tudo comeou a jorrar de minha boca e comecei uma batalha contra lgrimas que queriam descer de meus olhos. E eu s digo isso porque no quero te ver todo triste e choroso por a depois de levar um chifre daquela vaca... Lucas esperou pacientemente at eu terminar de falar, limpou uma lgrima que estava descendo por minha bochecha e me beijou. Desencostei-me da parede, colocando meus braos em volta de seu pescoo, enquanto ele me puxava pela cintura e ficvamos um colado no outro.