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Maceió, 2007
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Autoria: Carlos Erymá da Silva Oliveira
Título: Utilizando Mapas Conceituais no Ensino de Ciências da 8ª Série
INTRODUÇÃO............................................................................................................5
1.2 COGNITIVISMO...............................................................................................................11
1.3 SÓCIO-COGNITIVISMO..................................................................................................11
2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA...................................................13
2.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CLÁSSICA..............................................................13
3. MAPAS CONCEITUAIS.....................................................................24
3.1 CONCEITO DE MAPA CONCEITUAL.............................................................................24
3.2 COMO SE CONSTROI UM MAPA CONCEITUAL..........................................................25
CONCLUSÃO ...........................................................................................47
INTRODUÇÃO
Esta monografia pretende mostrar que o ensino de ciência utilizando mapas
conceituais, conforme concepções apresentadas por Novak, se torna bastante
eficiente, para dar a idéia de um todo da estruturação dos conceitos de um
conteúdo. Para isso, fizemos um resumo das teorias de aprendizagem,
destacando a utilizada na fundamentação de mapa conceitual que é a
aprendizagem significativa de Ausubel-Novak. Fizemos pesquisas baseadas na
experiência relatada e apresentamos os resultados.
O ensino de física nas escolas, cada dia, tem se mostrado ineficiente por
não apresentar uma aprendizagem com significados que possam mostrar traços
de uma assimilação que seja duradoura. O que temos visto e até certo ponto
forçados a praticar, é um ensino tradicional que passou a ser uma prática
fundamentada em uma transmissão mecânica para memorização e a produção,
o que ocorre muitas vezes durante todo o ensino básico. Essa abordagem vê a
educação como um produto de pura memorização em um processo de
transmissão de conhecimento que não leva o sujeito a pensar na perspectiva de
desenvolver potencialidades cognitivas, para a interpretação, questionamento e
reformulação. O ensino tradicional é montado em cima de uma seqüência rígida
na maneira de abordar os assuntos. Onde normalmente o conteúdo é selecionado,
organizado e colocado como um produto pronto e acabado.
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construtivista tomando por base a teoria da aprendizagem significativa. O que nos
levou a uma mudança de toda a prática de ensino na seqüência da programação
escolar. Para isso, na abordagem aos conteúdos, teríamos de partir de um
assunto mais geral e nos referenciamos a “Energia” que abrange os assuntos ou
áreas da Física mais específicas constantes de nossa programação inicial. Então
iniciamos a abordagem do tema Energia como um conceito geral, regulado por
princípios e apresentado em situações contextualizadas no dia-dia em diferentes
áreas interligando-as. Na seqüência, partimos para outros conceitos específicos
dentro das diferentes áreas da Física (Mecânica, Termologia, Eletricidade, etc.).
Iniciamos pela Mecânica com o conceito de trabalho (com sua definição e
procurando relacionar diretamente a alguns processos onde ocorrem
transformações de energia no cotidiano) e posteriormente com o de energia
mecânica com suas naturezas cinéticas e potenciais.
Assim, apesar de ter iniciado conceituando a energia por suas diferentes
formas (luminosa, calorífica, química, elétrica, sonora, entre outras), tivemos
também no início de procurar trabalhar com conceitos mais específicos relativos
ao trabalho e energia mecânica. Com isso procuramos relacionar o trabalho e as
transformações entre energia potencial e cinética, e associar a energia as
interações ou forças (causando variação do movimento). Vemos assim que, para
não perder a visão do todo (uma preocupação da aprendizagem significativa),
tivemos a preocupação de associar os diversos tipos de transformações das
diversas naturezas de energia, como energia mecânica em elétrica exemplificando
o funcionamento de uma hidroelétrica, como da energia térmica para energia
mecânica e por sua vez em elétrica, exemplificando no processo de geração da
termoelétrica.
Dentro deste feedback interativo entre as idéias gerais com específicas,
retornamos ao assunto termologia para definir e conceituar temperatura e calor e
os processos de transmissão de calor. Nesta sistemática de relacionar e
transformar a energia, mostramos situações como a transformação de energia
calorífica dos alimentos em energia mecânica, para manter o metabolismo do
nosso organismo (aproveitando para efetuar uma analogia com o que ocorre nas
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máquinas térmicas). Outras transformações como a relativa a cadeia de energia
no processo alimentar, onde procurávamos caracterizar os conceitos de energia
primária, como a energia solar, e energia secundária como a calorífica (no
processo alimentar), elétrica (na célula solar). Neste enfoque indo de idéias gerais
para específicas e retornando ao mais genérico, envolvendo as transformações de
energias, com fundamento principal e idéia mais geral se encontra a lei de
conservação de energia e a lei que regula o sentido e a eficiência com que ocorre
estas transformações (normalmente conhecidos como primeiro e segundo
princípios da termodinâmica).
Outros conceitos específicos no tratamento deste tema, em suas áreas
específicas, como a da eletricidade foram abordados: diferença de potencial
(ddp), carga elétrica, corrente elétrica, potência elétrica resistência elétrica gastos
de energia elétrica numa residência entre outros. Como instrumento metodológico
de nossas ações integradoras, utilizamos mapas conceituais na prática destes
enfoques tanto para avaliação como um mecanismo de apoio pedagógico para
auxiliar no processo de ensino.
Esse trabalho com o Professor Ornellas, foi uma experiência edificante me
deixou bastante animado ao ver resultados positivos e despertou-me para produzir
a monografia de conclusão do curso relatando essa experiência. Por isso,
abordaremos inicialmente as diversas perspectivas de aprendizagem para depois
destacarmos a linha cognitivista da aprendizagem significativa de Ausubel, que vai
ser usado como fundamentação teórica para a utilização de mapas conceituais no
processo ensino-aprendizagem e para estruturação do conteúdo na inovação que
efetuaremos no programa escolar do ensino de física, na oitava série da escola
que ensino, depois abordaremos o que é mapa conceitual como construí-lo e
utilizá-lo no processo; depois falaremos da experiência que tivemos na utilização
de mapas conceituais.
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1. UMA IDÉIA GERAL SOBRE AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM.
De uma maneira geral, uma teoria nada mais é do que uma tentativa do
homem de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver
as coisas, de explicar e prever observações, de resolver problemas.
1.1 BEHAVIORISMO
Surgiu no início do século XX com Watson (1878-1958) que foi o fundador
do benheviorismo no mundo ocidental ele se preocupou com os aspectos
observáveis do comportamento humano a estímulos ao externos do aprendizado.
O comportamento inclui respostas condicionadas por eventos recentes
precedentes, os estímulos, e conseqüências procedentes, a aprendizagem. O
comportamentalismo de Watson se encontra relacionado ao condicionamento
clássico de Pavlov (1849-1936), onde a aprendizagem ocorre como uma
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substituição ao estímulo. Isto expressa o seguinte: o professor trabalha com o
estudante produzindo estímulos condicionados utilizados inúmeras vezes até
desencadear sempre a mesma resposta, incondicionalmente, o que expressa
conseqüentemente que o estímulo resultou em aprendizado. O estímulo
condicionado serve como um sinal para que ocorra a resposta incondicionada
(aprendizagem de sinal) logo podemos ver que o behaviorismo considera a
aprendizagem essencialmente como aquisição de resposta. O aprendiz reage ao
estímulo externo passivamente, sendo recondicionado pela recompensa ou
punição que resultam do seu comportamento [idem].
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1.2 COGNITIVISMO
O cognitivismo apareceu na mesma época do behaviorismo, em
contraposição a ele, pois perspectiva cognitivista enfatiza exatamente o que é
ignorado pela visão behaviorista: a cognição, o ato de conhecer; como o ser
humano conhece o mundo.
1.3 SÓCIO-COGNITIVISTA
Nesta nova perspectiva a aprendizagem passa a ser concebida como
construção de conhecimento. O aprendiz já não é visto como recipiente de
conhecimento, mas como um construtor dos mesmos, alguém que possui
capacidades metacognitivas de controle e interpretação dos seus próprios
processos cognitivos. Assim, o aprendiz pode aprender algo completamente
fascinante: aprender a aprender, interpretar o seu meio e a si próprio de forma a
obter uma relação cada vez mais satisfatória sujeito-mundo. De acordo com a
perspectiva sócio-cognitiva, o estudo da individualidade fora das suas
incumbências sociais, embora possa contribuir para entender os mecanismos
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cognitivos puros, não permite compreender porque é que as diferenças sócio-
culturais entre os sujeitos produzem diferenças no modo como percebem,
interpretam e lidam com as informações do meio.
Para uma melhor distinção entre as perspectivas vejamos o quadro abaixo:
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2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
2.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CLÁSSICA.
A teoria que está por trás do mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de
aprendizagem de David Ausubel desenvolvida inicialmente na década de 60.
Tendo assim mais de 40 anos de história mostrando sua força explicativa e seu
sucesso frente a sua utilização em diversas áreas de estudo, contudo ela foi
aperfeiçoada por Joseph Novak em meados da década de setenta e por seus
colaboradores na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos [Palmero, 2005].
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interação entre a nova informação e aquela já armazenada, ficando
arbitrariamente distribuída na estrutura cognitiva sem ligar-se a conceitos
subsunçores específicos a esse tipo de aprendizagem. Ausubel denominou de
aprendizagem mecânica Este tipo é bastante estimulada na escola, serve para
“passar” nas avaliações no ensino da física utiliza-se o sistema de memorizar as
fórmulas e aplicá-las, mas tem pouca retenção, não requer compreensão de
conceitos e não dá conta das situações novas, porém Ausubel admitiu que em
determinados casos a aprendizagem inicial fosse mecânica em virtude de ainda o
indivíduo não ter formado os subsunçores adequados, entretanto, durante esse
processo de aprendizagem deve-se ter cuidado para que venham formar os
subsunçores necessários para que a aprendizagem se torne significativa.
Podemos então dizer que existe um continuum entre as aprendizagem ao invés de
uma dicotomia.[Moreira 1999]
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[ pag. 21, Ausubel 1980]
A tabela abaixo resume e exemplifica os tipos de aprendizagem que podem
ocorrer com um aluno.
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Elaboramos o mapa conceitual mostrado abaixo, para mostrar como ocorre a
interação entre os diferentes tipos de aprendizagem, segundo perspectiva
ausubeliana:
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2.2 A TEORIA DE ASSIMILAÇÃO
a A A’a’
A’a’ ⇔ A’ + a’
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Não obstante de a retenção de a’ ser facilitada pelo processo de assimilação, o
conhecimento assim adquirido só permanece dissociável por um período de
tempo, pois ele tende a ser assimilado ou reduzido pelo significado mais estável
das idéias estabelecidas uma tendência reducionista da organização cognitiva: é
mais simples e econômico reter idéias (conceitos, proposições) mais gerais e
estáveis do que novas idéias assimiladas. Esse novo processo é chamado de
assimilação obliteradora, então se pode dizer logo após a aprendizagem
significativa, cujo resultado é um produto interacional do tipo A’a’, começa um
segundo estágio da assimilação que é a obliteradora onde é atingido um grau de
dissociabilidade nulo e A’a’ reduz simplesmente a A’ é um esquecimento mas é
normal no processo, pois o que fica são conceitos gerais que é o resultado geral
do aprendizado, o subsunçor modificado. Podemos representar todo processo de
assimilação, incluindo a fase obliteradora através do esquema abaixo:
[Moreira, 1999]
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2.3 APRENDIZAGEM SUBORDINADA, SUPERORDENADA E
COMBINATÓRIA.
Até aqui enfatizamos o processo pelo qual a nova idéia adquire significado
por meio da interação com subsunçores, isso reflete uma relação subordinação do
novo material relativamente à estrutura cognitiva preexistente. Esse tipo de
aprendizagem é mais comum e denominado de aprendizagem significativa
subordinada.[Moreira 1999.]
Podemos distinguir dois tipos de aprendizagem subordinada: a derivativa e
a correlativa, Se o novo material é apenas corroborante ou diretamente derivável
de algum conceito ou proposição já existente, com estabilidade e inclusividade, na
estrutura cognitiva, a aprendizagem subordinada é dita derivativa. Quando o novo
material é uma extensão, elaboração, modificação ou quantificação de conceitos
ou proposições previamente aprendidos significativamente, a aprendizagem
subordinada é considerada correlativa [idem]
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dá o nome de aprendizagem significativa combinatória. Segundo ele,
generalizações inclusivas e amplamente explanatórias tais como as relações entre
massa e energia, calor e volume, estrutura genética e variabilidade, oferta e
procura, requerem este tipo de aprendizagem.
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Como resultado desta prática, alunos e professores são forçados a tratar
materiais potencialmente significativos como se tivessem um caráter mecânico.
Conseqüentemente, tem dificuldade desnecessária e pouco êxito tanto na
aprendizagem como retenção, temos por exemplo no ensino de ciência e
matemática que se apóia na aprendizagem mecânica de fórmulas e passos de
procedimentos em “problemas tipos” deixando os alunos sem muita escolha além
de memorizar mecanicamente para efeito de exames.
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de diferenciação progressiva e reconciliação integrativa) com as relações de
dependência naturalmente existentes entre eles na matéria de ensino.
2.4.4- Consolidação
Como quarto princípio programático de um ensino objetivando a
aprendizagem significativa leva a insistir no domínio (respeitada a progressividade
da aprendizagem significativa) do que está sendo estudado antes de introduzir-se
novos conhecimentos. É uma decorrência natural da premissa de que o
conhecimento prévio é a variável que mais influencia a aprendizagem
subseqüente, podendo utilizar para isso Organizadores prévios. que são
materiais adequados relevantes e inclusive introdutórios, apresentados antes do
material de aprendizagem e são usados para facilitar o estabelecimento de uma
disposição significativa para a aprendizagem. Eles são apresentados num nível
mais alto de abstração, generalidade e inclusividade do que o novo material a ser
aprendido, para servir de ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que deveria
saber para que esse material fosse potencialmente significativo ou, mais
importante, para mostrar a relacionabilidade do novo conhecimento com o
conhecimento prévio.
Veremos que princípios facilitadores da aprendizagem significativa e os
princípios fundamentais que norteiam a construção dos mapas conceituais se
encontram relacionados, queremos dizer com isso, que para uma maior
compreensão dos objetivos e finalidades de se trabalhar no processo ensino
aprendizagem, fazendo uso de mapas conceituais, se faz necessário se ter a
noção de alguns dos aspectos da aprendizagem significativa que acabamos de
relatar neste item.
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3- MAPAS CONCEITUAIS
3.1- Conceito de Mapa Conceitual.
De uma maneira ampla, mapas conceituais, ou mapas de conceitos, são
apenas diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras que
usamos para representar conceitos. Mais especificamente, podem ser definidos
como diagramas montados hierarquicamente procurando refletir a organização
conceitual de um corpo de conhecimento ou parte dele.
Mapas conceituais podem ser traçados para toda uma disciplina, para uma
subdisciplina, para um tópico específico de uma disciplina e assim por diante. Um
mapa pode ser construído de diferentes formas para representar uma hierarquia
conceitual pois cada pessoa poderá ter pequenas diferenças de compreensão e
interpretação das relações entre conceitos-chaves, por isso é que um mapa
conceitual deve ser sempre visto como “um mapa conceitual” e não como “o mapa
conceitual” de um determinado conjunto de conceitos, logo um mapa conceitual
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deve ser visto apenas como uma das possíveis representações de uma certa
estrutura conceitual.
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A sua construção pode ser elaborada por meio de softwares próprios
(Existe um programa em português para a produção de mapas conceituais, que
pode ser baixado para o seu computador, sem custos, no endereço descrito logo a
seguir: http://mapasconceituais.cap.ufrgs.br/index.php?acao=logar#), em folhas de papel
e editores de texto; envolve alguns itens como: leitura de textos, escolha e
agrupamento de conceitos e a utilização de setas-direção.
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conexão de conceitos com linhas e nomeação de cada linha com uma preposição.
(Lima, 2004:7)
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facilidade para acessar a informação em diferentes formatos e diferentes pontos
de vista; (h) facilidade de compreensão da complexidade de relações entre as
idéias; (i) facilidade para se verificar contradições, paradoxos e falhas no material
organizado. (Lima, 2004: 7)
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4- Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais
palavras-chaves, devem formar uma preposição que expresse o
significado da relação.
5- Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos.
Busque relações horizontais e cruzadas.
6- Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos
correspondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do
mapa.
7- Geralmente, o primeiro intento do mapa tem simetria pobre e alguns
conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a
outros que estão mais relacionados.
8- Talvez neste ponto você já comece a imaginar outras maneira de fazer
o mapa. Lembre-se de que não há um único modo de traçar um mapa
conceitual À medida que muda sua compreensão sobre as relações
entre os conceitos, ou a medida que você aprende, seu mapa também
muda. Um mapa conceitual é uma estrutura dinâmica, refletindo a
compreensão de quem faz no momento em que o faz.
9- Compartilhe seu mapa com seus colegas e examine o mapa deles.
Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos
conceitos, a inclusão de alguns que não lhe parecem importantes,
omissão de outros que julga fundamentais. O mapa conceitual é um
bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.
10- Setas podem ser usadas, mas não são necessárias, use-as apenas
quando for muito preciso explicitar a direção de uma relação. Com
muitas setas, seu mapa parecerá um fluxograma.
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4. A VISÃO CRÍTICA (SUBVERSIVA, ANTROPOLÓGICA)
Para que o ensino siga essa direção devem ser observados os princípios
(Moreira, 2000) listados abaixo que foram denominados Princípios facilitadores de
uma aprendizagem significativa crítica:
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i - Perguntas ao invés de respostas (estimular o questionamento ao invés de dar
respostas prontas)
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O último desses princípios, o do abandono do quadro-de-giz, talvez
devesse ser o primeiro porque, de certa forma, ele abarca todos os anteriores.
O quadro-de-giz simboliza aquele ensino (professor escreve, aluno copia,
decora e reproduz) que deve ser abandonado se o que se quer é promover
uma aprendizagem significativa crítica. Modernamente, o quadro-de-giz tem
sido substituído por coloridas, e animadas, exposições em PowerPoint. Dá no
mesmo. O que o último princípio propõe é a diversificação de estratégias e a
participação ativa, e responsável, do aluno na sua aprendizagem.
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sentido de saber como os conceitos mais gerais e abrangentes (os mais
importantes), se relacionam e estão relacionados dentro de uma hierarquia (os
mapas conceituais têm esta função pedagógica e avaliativa).
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FORÇA Por que nos machucamos
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Comparado o mapa conceitual mostrado acima com o efetuado ao final
desta experiência, mostrado abaixo, pode-se notar que,no final, montamos um
mapa com um maior aprimoramento. Neste sentido passamos a ter mais
segurança em trabalhar com um maior número de conceitos e também em ter
procurado efetuar um maior número de relações. Como a confecção de nossos
mapas sempre foram antecipados da confecção dos mapas dos alunos,
esperamos que na experiência vivenciada pelo aluno possa ter ocorrido o mesmo,
no sentido de haver um aprimoramento relativo à construção do mapa referente ao
tema central trabalhado.
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5.4- A EXPERIÊNCIA COM OS ALUNOS EM SALA DE AULA.
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série de ensino. Começamos essa nova prática de ensino no mês de Abril no
segundo bimestre escolar. Iniciamos a abordagem dos assuntos pela energia
Mecânica, com a preocupação maior com sua lei de conservação, estudando o
conceito de trabalho e relacionando o mesmo à transformação de energia. Na
seqüência fizemos algumas aplicações deste assunto no cotidiano, quando
aproveitamos para generalizar o conceito de energia, colocando sobre a existência
de outras formas de energia. Dentro deste tratamento generalista procuramos
conceituar a energia em suas diferentes formas (luminosa, calorífica, química,
elétrica, sonora, entre outras). Depois voltamos a trabalhar com conceitos mais
específicos, como relativos ao trabalho e energia mecânica, com a finalidade de
que os alunos fossem amadurecendo mais nesta teoria. Assim relacionamos o
trabalho as transformações de energia potencial e as transformações de energia
cinética, procurando igualar estes dois tipos de energia mecânica, em razão de
sua lei de conservação (se tivermos trabalhando com situações que envolvem
sistemas conservativos). Neste contexto procuramos associar a energia às
interações ou forças a partir da definição de trabalho. Nossa preocupação maior
na relação entre a variação da energia potencial com a da energia cinética era no
sentido da compreensão dos alunos que na queda dos corpos, como na geração
das usinas hidroelétricas, a perda de energia potencial era igual ao ganho de
energia cinética.
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iremos mais a frente detalhar um pouco mais e mostrar experimentalmente na sala
de aula a indução eletromagnética. Vamos também estar falando de conceitos
mais específicos relacionados a energia elétrica: corrente elétrica, diferença de
potencial, resistência elétrica, potência elétrica (apesar do conceito de potência
não ser um conceito específico e sim de natureza geral, que não foi muito
explorado neste contexto em nossa abordagem).
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sobre a energia, no tratamento de sua lei de conservação e na eficiência, como
por exemplo, do nosso corpo, processando alimentos para desenvolver atividades
diárias, quando efetuamos uma analogia com as máquinas térmicas.
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abordagem ao conteúdo seguiu as recomendações da teoria da aprendizagem
significativa de Ausubel. Onde se inicia com os conceitos mais gerais e inclusivos
para depois ir se atendo a conceitos mais específicos efetuando sempre que
possível, uma reconciliação integrativa, para não se perder a visão do todo
(centrada principalmente nas leis e princípios físicos). Como uma ferramenta de
avaliação e como um instrumento de apoio pedagógico para auxiliar no processo
ensino-aprendizagem utilizamos mapas conceituais, que iremos relatar no item
seguinte.
Vamos iniciar agora a descrição da experiência vivenciada com os alunos
frente a abordagem utilizada no tratamento do tema, a partir da confecção de
mapas conceituais efetuados em diferentes etapas do cronograma com que os
assuntos foram abordados.
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Dando fechamento ao estudo de energia mandamos os alunos elaborarem
o 3º e último mapa sobre energia, em meados de Outubro no 4º bimestre, um
mapa mais completo que envolvesse mais conceitos que correlacionem com o
tema geral, energia.
7) Uma seta sobre a linha de ligação pode ser usada, para indicar o sentido
ou não, a depender se a relação é unívoca ou biunívoca.
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Na confecção do mapa, vamos caracterizar um mapa com boa definição
aquele que atender integralmente os critérios 1, 2, 3, e 4 e parcialmente os
critérios 5, 6, e 7. Um mapa com regular definição deve atender integralmente os
critérios 1 e 2 e parcialmente aos critérios 3, 4, e 5, e podem não atender aos
critérios 6 e 7. Um mapa com pouca definição precisa atender integralmente ao
critério 1 e parcialmente aos critérios 2, 3, e 4 e podem não atender aos critérios 5,
6, e 7. Um mapa com nenhuma definição quando não atende ao critério 1,
podendo ou não atender aos demais critérios parcialmente.
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05 R R R POUCA
06 R N R REGULAR
07 B R B REGULAR
08 R N R REGULAR
09 N P P REGULAR
10 R N R REGULAR
11 P R B BOA
12 R R R POUCA
13 R N R REGULAR
14 R R R POUCA
15 R N B BOA
16 R R R REGULAR
17 N P R BOA
18 B R R POUCA
19 N P R BOA
20 B R B BOA
21 R N R REGULAR
22 R R B BOA
23 R R R POUCA
24 R P R REGULAR
25 R R B BOA
TABELA -1
* N – Não elaborou o mapa (faltou, não soube fazer ou não quis fazer)
EVOLUÇÃO PORCENTAGEM
POUCA 24%
REGULAR 44%
BOA 32%
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Aluna Nº. 11: regular definição
Mapa 1 - aluno nº 22
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Mapa 2 - aluno nº 22
Mapa 3 - aluno nº 22
CONCLUSÃO
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Para efetuar uma mudança em nossa prática de ensino, que anteriormente
era mais voltada para o behaviorismo, onde procurávamos produzir estímulos ,
até desencadear uma resposta desejada, tivemos que reformular nosso enfoque,
procurando atuar em um processo cognitivista, utilizando como referência a teoria
de Ausubel da aprendizagem significativa. Tivemos daí que começar a mudar a
forma de abordar ao conteúdo, iniciando com conceitos gerais e inclusivos para
em seguida mostrar os conceitos mais específicos e menos inclusivos. o que é
denominado na teoria ausubeliana como diferenciação progressiva. Também,
sempre que possível, efetuávamos uma reconciliação integrativa, ou seja,
organizar o ensino descendo e subindo, nas estruturas conceituais hierárquica a
medida que a nova informação for apresentada 9segundo recomenda nosso
referencial utilizado). Esta prática para mim antes seria um absurdo, como por
exemplo: apresentar indução eletromagnética como uma das formas que
utilizamos na geração de energia elétrica, antes de apresentar especificidades
como a corrente elétrica, a diferença de potencial, o magnetismo e campo
magnético. Porém, isto foi possível, pela natureza integradora do tema energia,
que proporcionou mostrar algumas diferenças e similaridades entre as diferentes
formas de gerar eletricidade para consumo e pelas analogias que foram possíveis
fazer para apresentar conceitos como o de fluxo magnético numa bobina e sua
variação, associando ao fluxo de água saindo de uma mangueira em dispersão e
incidindo em uma determinada superfície mais próxima ou afastada.
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desenvolvidas, tivemos alguns avanços tais como: primeiro que adotamos
diversidade de materiais (diferentes textos), não ficamos bitolados ao livro adotado
na escola; segundo quando na elaboração de mapas conceituais pelos alunos
tivemos que ver o aluno como um perceptor, ou seja, um sujeito que percebe e
representa o que lhe está sendo ensinado, e não um que responda respostas
certas, que devem ser memorizadas e reproduzidas (sem erros).
Referências:
50
• Moreira, M. Antonio Mapas Conceituais e Diagramas V, Edição
independente do Autor, Porto Alegre, 2006.
• Moreira, M. Antonio, Aprendizagem Significativa, Editora Universitária de
Brasília, 1999.
• Ausubel, David P. ; Novak, Josep D. e Hanesian, Helen, Psicologia
Educacional, 1980 Editora Internamericana.
• Novak, Joseph d.,and Gowing, D. Bob. Learning how to learn. New York;
Cambridge University Press, 1984. trad. p/ português de Carla Valadares,
Aprender a aprender, Lisboa, Plátano Edições Técnicas, 1986.
• ttp://esec.pt/~susana/Publicacoes_files/susana_PDF/Psicologia%20da%20Aprendizagem.pdf
Gonçalves, Susana - Coletânea de textos,Teorias de aprendizagem, práticas
de ensino: contributos para a formação de professores.
• http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/comunicacio.php?id=950&lleng
ua=es , artigo Mapas Conceptuales: Representación del conocimiento
(Luiza Tatiana Forte, Ana Lúcia Bonassina, Carla Camargo, Cecília Lopes e
Patrícia Lupion Torres).
• LIMA,G A. B.; Mapa Conceitual como ferramenta para organização do
conhecimento em sistema de hipertextos e seus aspectos cognitivos.
Perspect. ciênc. inf., Belo Horizonte, 2004, v.9 n.2, p. 134-145, jul./dez...
• TORRES, Patrícia Lupion. MARRIOTT, Rita de Cássia Veiga. Tecnologias
educacionais e educação ambiental: uso de mapas conceituais no
ensino e na aprendizagem. 2006. Curitiba: FAEP, 60p.
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