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Escore CHADS para FA
Escore CHADS para FA
Fibrilação Atrial
Para facilitar a abordagem dos pacientes no que diz respeito ao tratamento preventivo,
várias estratégias de avaliação de risco foram combinadas num escore de risco
denominado CHADS2 que fornece de maneira simples e confiável, um esquema para
se qualificar o paciente ao uso ou não de um anticoagulante. As letras que compõem
esta sigla, além da pontuação dada a cada uma delas para a composição do escore,
está descrita na tabela 2.
Tabela 2 – Importância de cada fator de risco na composição do escore
CHADS2 em pacientes com fibrilação atrial de origem não valvar e o risco de
acidente vascular cerebral em pacientes não anticoagulados de acordo com o
valor de cada score.
Insuficiência Cardíaca 1
Hipertensão Arterial 1
Idade > 75 anos(Age) 1
Diabetes mellitus 1
AVC (Stroke) 2
No escore CHADS2, cada um dos fatores de risco recebe 1 ponto, exceto a história
prévia de acidente vascular cerebral, que recebe 2 pontos. Baseado neste escore, as
recentes diretrizes americanas indicam a utilização de ácido acetil-salicílico ou de
anticoagulantes, de acordo com a pontuação obtida num paciente. Quanto maior o
número de pontos detectado num determinado paciente, maior a chance de
complicação tromboembólica (ver tabela 2). O valor mínimo encontrado seria o escore
0 ou seja, baixo risco e, portanto não necessidade de medicação preventiva ou então
a administração de ácido acetil-salicílico; escore 1-2, (risco moderado), escore 3 ou
maior (risco elevado) já indicaria a necessidade de uso de anticoagulantes.
Outros antitrombóticos indicados são o clopidogrel, a ticlopidina ou o dipiridamol,
sendo o ácido acetil-salicílico o mais empregado na prática clínica. O anticoagulante
de escolha é a warfarina, um antagonista da vitamina K. O controle da anticoagulação
é feito baseado na realização de exames periódicos e o índice internacional
normalizado (também conhecido como INR) é o mais utilizado para este fim. São
considerados pacientes adequadamente anticoagulados e, portanto, com menor risco
de acidente vascular cerebral embólico ou hemorrágico, aqueles nos quais a faixa de
anticoagulação encontra-se entre 2 e 3. Abaixo desta faixa há maior risco de
fenômenos tromboembólicos (principal complicação em pacientes que fazem uso não
controlado de anticoagulantes) enquanto o risco de hemorragia sistêmica se eleva
progressivamente quando o INR supera o valor 3 (complicação menos freqüente).
Com esta conduta a incidência anual de tromboembolismo periférico se reduz
dramaticamente (< 1%), melhorando o prognóstico dos pacientes com fibrilação atrial
crônica. Conduta semelhante deve ser tomada quando se pretende restabelecer o
ritmo sinusal, por meio da cardioversão química ou elétrica. Nesta condição a
anticoagulação deve preceder a reversão, com INR na faixa terapêutica (entre 2 e 3)
por no mínimo três semanas, sendo mantida por pelo menos 30 dias após o
procedimento. O estudo AFFIRM sugere que a anticoagulação deva ser permanente
em pacientes com probabilidade elevada de recorrências de fibrilação atrial e que
tenham risco moderado a grave para tromboembolismo.
Estratificação de Risco para Tromboembolismo em
Pacientes com Fibrilação Atrial