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Ed ive

Ano V • Nº 46 • Junho 2003 • R$ 6,00

an
iç rs
ão ár
de io
A força do

www.embalagemmarca.com.br

INVERNO, ALVO DAS CERVEJAS • CADEIA DO AÇO SE UNE PARA VENDER


junho 2003
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

Reportagem

6 ENTREVISTA:
JOÃO AUDI
Presidente da Abeaço
26 HBA/FCE
Cobertura das feiras
conjuntas voltadas para
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
conta como o setor vai as área de cosméticos guma@embalagemmarca.com.br
brigar para ampliar e farmacêuticos Leandro Haberli
mercado da lata de aço leandro@embalagemmarca.com.br

Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

14 CERVEJAS
Fabricantes
34 MAKING OF
Belas Artes e Basf dão
exemplo de integração
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
arte@embalagemmarca.com.br
de cerveja escola-empresa na
preparam criação de uma linha Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
novidades de produtos industriais Eunice Fruet (Diretora Financeira)
para manter
Departamento Comercial
vendas no comercial@embalagemmarca.com.br
período de Karin Trojan
inverno Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 60,00

Público-Alvo

38 FILTROS UV
Novos aditivos e
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e supervisão em empresas fornecedoras, con-

18 CAPA: FOOD SERVICE


Mercado da alimentação
fora do lar
polímeros impedem a
ação de raios UV em
embalagens plásticas
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados
explode, deixando com a cadeia de embalagem.
oportunidades
Tiragem desta edição
para a indústria 7 500 exemplares
alimentícia e Filiada ao
fornecedores
de embalagens

Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e


Couché Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

5 Editorial 36 Celulósicas 45 Panorama Impressão: Congraf


EMBALAGEMMARCA Novo tipo de embalagem Movimentação na indústria
comemora seu quarto para carnes enobrece o de embalagens e seus
ILUSTRAÇÃO DE CAPA: RENATO CANTON / inLab DESIGN

aniversário. Sem festa produto e reduz custos lançamentos EMBALAGEMMARCA é uma publicação
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
17 Refrigerantes 40 Exportações 46 Display Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Contra o cross channel, ABRE lança portal para Lançamentos e
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Coca-Cola relança incentivar exportações novidades – e seus
o “litrão” de vidro de embalagens sistemas de embalagem
FILIADA À

24 Imagem 42 Plásticas 49 Painel Gráfico


Depois de oitenta anos, Poly-Vac festeja 30 anos Novidades do setor, da
fermento Royal muda disposta a ser de novo criação ao acabamento www.embalagemmarca.com.br
a estrutura da latinha líder em termoformadas de embalagens O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é permi-
32 Rotuladoras 44 Fechamentos 50 Almanaque tida a reprodução de matérias editoriais publi-
cadas nesta revista sem autorização da Bloco
Novos equipamentos Sonoco vai instalar no Fatos e curiosidades
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
nacionais para aplicação país uma fábrica de do mundo das marcas matérias assinadas não refletem necessaria-
de auto-adesivos tampas tipo easy-open e das embalagens mente a opinião da revista.
Quarto aniversário sem festa
C om esta edição, EM-
BALAGEMMARCA
chega ao seu quarto ano de
centivo a que nos empe-
nhemos para implementar
ainda mais a qualidade in-
aplausos. Mas queremos ir
mais longe.
Neste quarto aniversário,
existência. Não vamos nos formativa e visual da revis- reitero em nome de toda a
dar ao luxo de comemorar, ta. Não nos damos por sa- equipe de EMBALAGEM-
ainda que termos chegado tisfeitos com os seguidos MARCA o compromisso de
até aqui seja motivo para testemunhos de que EMBA- continuar trabalhando com
festejar, como quem corre LAGEMMARCA é hoje o total dedicação para honrar
em meio a um tiroteio. principal referencial jorna- a imagem alcançada pela
Não deixa de ser motivo lístico da cadeia de emba- revista, a de ser uma fonte
de alegria, também, o fato lagem. Não nos envaidece- de informações úteis a
Não nos damos por de que a travessia de mais mos por termos nos trans- quem integra a cadeia de
satisfeitos com os uma etapa significa reco- formado em parâmetro. embalagem no Brasil.
inúmeros testemunhos nhecimento ao nosso tra- Não deitamos no berço do Contribuindo para a me-
balho. Isso teria sido im- comodismo ante a homo- lhora das atividades de
de que EMBALAGEM- possível sem o apoio cres- logação do mercado, tra- cada um, acreditamos estar
MARCA é hoje o princi- cente de leitores, amigos e duzida no crescimento no cumprindo nossa tarefa na
pal referencial jorna- anunciantes. volume de publicidade construção de um país
Tal reconhecimento é mo- nestes quatro anos. Chega- mais próspero e mais justo.
lístico da cadeia de
tivo de grande felicidade mos a corar com os elogios Obrigado a todos.
embalagem. Queremos para a equipe, que agrade- ao “nível internacional” da
ir mais longe ce. Mas é sobretudo um in- publicação. Gratos pelos Wilson Palhares
entrevista

O aço se une para vender mais o surgir em 1815, a lata de aço,

A
uma das primeiras embalagens
criadas na era industrial, repre-
sentou extraordinária conquista
para a humanidade, ao permitir a
preservação de alimentos em
conserva por longos períodos de tempo.
Durante mais de um século e meio a emba-
lagem de folha-de-flandres dividiu pratica-
mente sozinha com a de vidro o mercado de
acondicionamento dos mais variados pro-
dutos de consumo.
Notadamente a partir da primeira metade
do século passado, o surgimento e o aper-
feiçoamento tecnológico de novos mate-
riais, sobretudo as resinas plásticas e o alu-
mínio, começaram a roubar fatias naquela
seara tranqüila. Foi assim no mundo intei-
ro, e não muito diferente no Brasil. Ao con-
trário, aqui, um reino de placidez e como-
dismo durante as décadas de mercado cati-
vo, com variadas barreiras à entrada de tec-
nologia e de concorrência para valer, a lata
DIVULGAÇÃO

de aço e o vidro de certa forma se aco-


modaram – e acabaram perdendo as gordas
fatias que detinham, estimadas em algo
JOÃO AUDI, próximo a 80% do total das embalagens
consumidas no país.
presidente da Abeaço, Hoje, segundo diferentes pesquisas, o aço
teria cerca de 12%, e o vidro, 15%. As em-
recém-criada associação balagens plásticas rígidas e flexíveis fica-
riam com o equivalente à soma detida pelos
da cadeia de embalagem dois materiais decanos. Imbuídos do espíri-
to da velha máxima de que “a união faz a
de folha-de-flandres, força”, integrantes da cadeia de aço estão
determinados a reverter esse quadro.
conta o que o setor pre- Em maio último, fundaram a Abeaço (As-
sociação Brasileira da Embalagem de Aço),
tende fazer para, unido, entidade que inclui desde a CSN – Compa-
nhia Siderúrgica Nacional, único fornece-
reconquistar o amplo dor da matéria-prima, a folha metálica, e
passa pelos fabricantes de embalagem,
espaço que já teve no eventualmente distribuidores ou processa-
dores de folha metálica e por envasadores,
mercado, além de ganhar alguns dos quais têm linhas de fabricação
de recipientes metálicos, como é o caso da
presença para a lata de
Nestlé e da Parmalat.
aço em novos segmentos Lançada com 28 associados iniciais, a
Abeaço, na expectativa de sua diretoria, po-

6 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


derá reunir cerca de sessenta em médio em vários segmentos, pela diferenciação
prazo, diz João Audi, diretor de embala- no ponto-de-venda, graças à beleza que o
gem da CSN, escolhido para presidir a aço permite dar ao produto. Em alimentos,
nova associação. Nesta entrevista, ele ex- a Bertol já trabalha bem, e em sucos temos
plica como surgiu e como deverá atuar a alguns lançamentos, inclusive uma lata
entidade. “Nessa cadeia existia um discur- nova da CBL. Queremos também aumen-
so não uniforme, difuso, não havia foco tar as exportações.
exatamente naquilo que todos nós quere-
mos, que é vender mais embalagem de Em que segmentos?
aço”, conta Audi. “Ao mesmo tempo, o Basicamente, em dois. Primeiro, em pro-
consumidor, lá na gôndola, não tinha ne- dutos acabados e envasados, notadamente
nhuma informação estruturada das vanta- café, derivados de leite e carne. Segundo,
gens, dos benefícios, das inverdades que se em componentes, que é uma área em que
fala sobre a lata de aço. Foi para mudar isso ainda estamos trabalhando timidamente. A
tudo que nos unimos nessa associação.” exportação da lata vazia não é viável eco-
nomicamente por causa do frete, mas
Quais os segmentos de mercado nos a exportação do componente tem
quais a embalagem de aço pode me- A exportação todo o sentido. São fechamentos,
lhorar sua participação? da lata vazia não é anéis, tampa e fundo. Esse é um mer-
Uma estratégia é aumentar a partici- cado em que é possível fugir de bar-
viável economica-
pação no mercado de latas de duas reiras. Não tem “201” americana
peças. A Metalic, no Nordeste, tem mente por causa do para impedir a exportação de aço (lei
desenvolvido um trabalho de latas frete, mas a expor- americana punitiva e de sanções co-
de duas peças acoplado com recicla- tação do compo- merciais). Estamos exportando um
gem, e tem muito a ensinar ao cam- componente de uma lata. É muito
po da lata de três peças. Ao mesmo nente tem todo o melhor para o Brasil criar essa plata-
tempo, esta área tem vasta experiên- sentido. São fecha- forma, agregar valor ao produto.
cia a transmitir à Metalic. É o que mentos, anéis, tam-
em inglês se chama “cross fertiliza- Em outros países é possível observar
tion”. A Metalic e os fabricantes de
pa e fundo. Esse é o uso de embalagens de aço de for-
três peças são associados à Abeaço. um mercado em que ma diferenciada, quebrando para-
Esse cruzamento de experiências e é possível fugir de digmas. Um exemplo é o uso de latas
informações é riquíssimo. O traba- como embalagens secundárias de
barreiras
lho de reciclagem no Nordeste nos perfumes. Outro, o de sabonetes em
anima a buscar um caminho para a estojos “de luxo”, como forma de
reciclagem da lata de três peças que seja agregar valor. Assim, um simples sabonete
mais visível para o consumidor. Ele desco- vira um objeto de desejo, um presente, uma
nhece que a lata de três peças é reciclável. peça de coleção ou um refil. O que impede
Temos de divulgar esse atributo, como faz que se faça isso aqui?
a Metalic. O mercado de bebidas é a nossa A melhor frase que eu já ouvi para esse
grande esperança, uma aposta forte. segmento é a seguinte: “Quando você colo-
ca o seu produto numa embalagem nobre,
Basicamente, quando se fala em lata de como a embalagem de aço, você garante
duas peças, os mercados são cerveja, refri- que o consumidor não está se identifican-
gerantes, sucos e chás prontos para beber. do,visualizando, acessando, convivendo
Não dá para separar as características da com a sua marca só na hora do consumo.
embalagem daquelas do produto. A emba- Aquilo vai ficar na casa dele, ele vai colo-
lagem transmite valores ao produto. É im- car outra coisa dentro, vai colocar na prate-
portante que isso seja realçado pela emba- leira e vai ficar ‘respirando’ a sua marca
lagem, e apostamos muito nisso. O merca- por muito tempo”. O objetivo é tornar o
do de latas expandidas de três peças, por contato do consumidor com a sua marca
exemplo, tem muito espaço para crescer mais longo. Esse é o objetivo da embala-

8 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


gem diferenciada, decorativa. Não há ex- muito longos. A embalagem de aço, como
pectativa de ampliar o volume. Nossa ex- a de vidro, é muito antiga. São os dois in-
pectativa ao usar esse recurso é criar mais sumos mais antigos na cadeia de embala-
produtos, abrir o leque. Nós temos no Bra- gens, e as inovações por que passam aca-
sil ótimos fabricantes, mas são especializa- bam sendo menos percebidas. É natural
dos. No Brasil é nicho, não é volume. que os ciclos de renovação sejam longos.
O drive em algumas indústrias de embala-
O Brasil é privilegiado em relação ao aço, gens de outros insumos às vezes é o fabri-
começando pela abundância e pela quali- cante do equipamento, às vezes é o fabri-
dade da matéria-prima nacional, o miné- cante da embalagem, às vezes é o envasa-
rio de ferro, e passando pelos modernos dor. O drive não tem regras. Aqui acompa-
parques dos transformadores. Entretanto, nhamos mais ou menos o ciclo mundial. A
as latas nacionais suscitam em parte dos embalagem de aço expandida tem poucos
consumidores a idéia de descompasso tec- anos na Europa e já foi lançada no Brasil.
nológico em relação a outras embalagens, Não estamos muito atrás do que há lá fora.
ou mesmo às latas de outros países. Nossos ciclos estão um pouco defa-
Muitos consumidores reclamam, sados, mas estamos acompanhando
por exemplo, da falta de sistemas de O pulo do os avanços que ocorrem.
abertura fácil em latas de muitos gato para conquistar
produtos. Os associados da Abeaço A invasão do PET na área de óleos
têm consciência dessa imagem?
o mercado de óleos comestíveis tornou-se um exemplo
Têm. Acho que a consciência fica comestíveis é clássico da disputa dos diferentes
mais forte e fundamentada quando oferecer boas materiais de embalagem no Brasil.
existem pesquisas de mercado. Por Qual a participação do aço no setor,
isso, nosso Comitê de Varejo e Pes-
opções de abertura. e que medidas podem ser tomadas
quisa de Mercado vai trazer essa in- Estamos muito perto para recuperar o espaço perdido?
formação para dentro de casa. É im- de chegar a uma O aço não está recuperando esse
portante dividirmos isso com os as- mercado, o PET continua ganhando
solução inteligente,
sociados. O Comitê de Inovação e espaço em óleo comestível. Os fabri-
Tecnologia, por outro lado, vai iden- barata, em que cantes dessas embalagens entraram
tificar com as pesquisas quais são os a dona-de-cada pelos óleos nobres, que resistem à
“gaps” de funcionalidade e pratici- tenha facilidade oxidação, como canola e girassol, e
dade, e apontar soluções. Alguns fa- foram migrando para o óleo de soja.
bricantes no Brasil, como a Mococa de usar a lata Neste segmento, devemos fechar
e a Rojek, têm bons sistemas de 2002 – são números ainda não defi-
abertura, mas precisamos de mais nitivos – com 60% do mercado em
opções, precisamos nos virar para o merca- lata e 40% em PET. Em 2001 o PET fe-
do. Nesse sentido, é interessante a vinda da chou com 37%. Neste último ano o PET
Sonoco Phoenix para o Brasil, com todo o não andou muito. Foi um ano de crise de
apoio da CSN ao projeto. petróleo, Iraque, guerra, dólar. Isso tudo
não favorece o material, que é derivado de
O setor transformador de embalagens de nafta e entra na cadeia produtiva do petró-
aço ainda é controlado por capital nacio- leo. Acho que o pulo do gato para conquis-
nal, ao contrário de outros segmentos fa- tar esse mercado é oferecer boas opções de
bricantes de embalagens, que se valem de abertura. A CSN e os fabricantes têm traba-
intercâmbio tecnológico com empresas in- lhado nesse projeto, e estamos muito perto
ternacionais. Essa peculiaridade explica- de chegar a uma solução de abertura inteli-
ria o fato de as embalagens de aço não gente, barata, em que a dona-de-casa tenha
apresentarem novidades com freqüência facilidade de usar a lata por um tempo cer-
tão regular? Ou seja: falta capital para in- to. Porque, como embalagem, não há dúvi-
vestir em tecnologia e inovação? da de que a lata de aço tem as vantagens
Acho que não. A indústria de embalagens que todo mundo conhece: é inviolável,
de aço no mundo vive ciclos de inovação pode ficar perto do fogão que não pega

10 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


fogo, nela não entra luz nem oxigênio, de do a nossa embalagem, o nosso negócio.
modo que o conteúdo não oxida. Visual- Em segundo lugar, não existe na Abeaço
mente, o corpo da embalagem se comunica nenhuma discussão de pontos polêmicos
muito melhor com o consumidor do que da cadeia. Por exemplo, discussões sobre
aquele rótulo simples da garrafa de PET. legislação são encadeadas de outra forma.
As vantagens da embalagem de aço são A Abeaço não nasceu para isso. Ela nasceu
muitas. Basta encontrar um sistema de para divulgar a imagem e, seguramente,
abertura inteligente, em que a dona-de-casa tornar todo mundo consciente da vantagem
não precise ficar fazendo furinhos na lata. da nossa embalagem e vender mais aço. O
Esse é um problema grave, estrutural, que objetivo é fazer todo mundo na cadeia ven-
não acontece com o PET. der mais. Só. Para qualquer outra discussão
o fórum não é a Abeaço.
Em alimentos, o senhor citou uma das van-
tagens que é muito lembrada pelo setor de Muitos catadores de latas de bebidas des-
embalagens de aço em relação a materiais cartam as de aço, pois o valor pago pelo
plásticos: a proteção à luz. O desen- alumínio é maior. Como mudar essa
volvimento por parte de grandes atitude?
empresas de especialidades quími- Não há inte- Há dois caminhos a seguir. Um é o
cas de novos polímeros para foto- resses conflitantes do ciclo econômico sustentado, que
proteção de produtos acondiciona-
na associação. Não foi o caminho adotado pelo alumí-
dos em embalagens plásticas não nio, um metal de muito valor após o
pode comprometer esse diferencial? há monopólio uso. Hoje, 1 quilo do material em
Esses polímeros de fato funcionam, nenhum. Estamos lata de bebidas – cerca de 70 latas –
mas têm custo elevado. defendendo o rende R$ 2,80, quase R$ 3,00. O ci-
clo de valor do alumínio é suficiente
O Brasil apresenta exemplos de ex- nosso interesse, para movimentar a máquina de reci-
celência em embalagens de aço, o nosso negócio. clagem. Outro tipo de reciclagem
com latas e aberturas premiadas Nossa guerra é que deve ser feito é em cima de edu-
mundialmente. Como a Abeaço vai cação ambiental, com coleta seletiva,
incentivar a inovação? Como um
contra o plástico, separadores nos lixões, responsabili-
associado poderá se beneficiar? o PET, o PVC, o dade do município. O trabalho que
O trabalho do Comitê de Inovação e vidro, as assépticas fizemos na Metalic, com a Recicla-
Tecnologia e o acesso a seus resulta- ço, que é a empresa específica de re-
cartonadas.
dos será absolutamente democráti- ciclagem no Nordeste, tem atingido
co. Se o comitê fizer um projeto, índices animadores, perto de 70%,
qualquer fabricante vai poder mexer nele. em cima de um subsídio que é dado para
Não terá A, ou B ou C. aumentar um pouco a remuneração dos ca-
tadores. Isso tem sido suficiente para movi-
A Abeaço surge como exemplo de pacto mentar essa máquina.
veja mais: www.embalagemmarca.com.br

empresarial um tanto raro: o único forne-


cedor da matéria-prima se une aos clientes Mas a atividade é rentável?
para defender interesses comuns. Em ge- Claro que não é tão rentável e auto-susten-
ral, sobretudo quando o fornecedor é um tável quanto o alumínio, mas temos injeta-
só, esses interesses não são conflitantes? do dinheiro para estimular o hábito. Obser-
Tenho absoluta convicção de que não, por vamos que com um determinado valor os
dois motivos. Primeiro: quando se junta catadores são estimulados a movimentar
toda a cadeia – CSN, fabricantes de emba- esse ciclo. Uma característica interessante
lagens e alguns envasadores – não tem mo- é que para obter 1 quilo de aço são neces-
nopólio nenhum, pelo contrário. Estou no sárias 34 latas. Assim, o catador abaixa me-
meio de uma guerra de mercado contra o nos vezes para recolher a lata de aço e for-
plástico, o PET, o PVC, o vidro, as assépti- mar 1 quilo do que precisa no caso do alu-
cas cartonadas. Há interesses conflitantes e mínio. Ele fatura o dobro. Então, calibra-se
interesses comuns, mas estamos defenden- o subsídio em cima disso.
12 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003
cervejas

Fabricantes de cerveja
anunciam novidades para
manter vendas no inverno

Por Leandro Haberli

Sem medo do frio


erão e carnaval são palavras Sem Álcool, e a Companhia de Bebidas das

V que naturalmente evocam bons


presságios na indústria de cer-
vejas. Em meio à estação de ca-
lor e àquela que é considerada a maior fes-
Américas (AmBev) comemora três anos de
existência também com novas estratégias
na manga.
Entre outras ações, a dona das marcas
ta popular do país, os fabricantes da bebida Brahma, Antarctica e Skol aproveita o cli-
têm motivos de sobra para esfregar as po- ma e investe em marcas regionais como a
pulares mãos invisíveis: nesse período, a Polar Export. Distribuída apenas no Rio
demanda da loira gelada costuma crescer a Grande do Sul, onde, segundo a AmBev, é
ponto de escoar grande parte da produção a terceira cerveja mais vendida, com 15%
anual. Agora, surpresa (ou quase)! Mesmo de participação, a Polar, que também conta
longe de rivalizar com os imbatíveis meses com versão bock, passou por um intenso re-
de sol e samba, a temporada outono-inver- design de embalagem para chegar às gôn-
no 2003 vem se mostrando especialmente dolas. Presente no layout das latinhas de
agitada para o setor de cervejas no Brasil. alumínio e nos rótulos das garrafas de vidro
Além da retomada de vendas das cerve- de 600ml, a nova identidade visual foi de-
jas do tipo bock, a indústria cervejeira, que senvolvida pela agência Brandgroup.
produz 8,4 bilhões de litros por ano no Bra- A aposta em novas apresentações para
sil, registra outras movimentações nesses esquentar as vendas nesse período de dias
dias de frio. Coincidência ou não, num mo- curtos e noites longas se estende à Kaiser.
FOTOS: STUDIO AG

mento em que se avoluma o debate sobre Além de estrear a Bavária Sem Álcool, e
restrições à publicidade de bebidas alcoóli- assim entrar num segmento que movimen-
cas, os grandes fabricantes anunciam novi- ta aproximadamente 60 milhões de litros
dades. A Kaiser acaba de lançar a Bavária por ano no Brasil, e que vem crescendo à

14 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


a

média de 5% ao ano, a empresa está lançan-


do a Kaiser Bock Safra 2003, com visual
> 20 edição

reformulado em relação ao projeto gráfico


Salão internacional Máquinas
do ano anterior. para Enologia e Embalagens
Respondendo por cerca de 0,5% do
mercado de cervejas durante o inverno, o
segmento de cervejas bock está, por sinal,
completando dez anos no Brasil. A pioneira
do setor foi a própria Kaiser, que este ano
espera produzir 4,5 milhões de litros da sua
cerveja para dias frios. Além de malte espe-
cial, a Kaiser Bock é feita com teor alcoóli-
co cerca de 1 grau acima do que o das cer-
vejas pilsen.

Retornáveis não perdem fatias


Apesar da crescente participação dos pro-
dutos segmentados, na parte das embala-
gens fica claro que os lançamentos desse in-
verno, que parecem privilegiar latas de alu-
mínio, representam uma pequena fatia do
mercado brasileiro de cervejas, que só está
atrás dos Estados Unidos, China e Alema-
nha no ranking dos maiores produtores
mundiais da bebida. Afinal, quase 70% de
2 – 6 dezembro
toda a cerveja consumida no país são acon-
dicionados em embalagens retornáveis.
Feira de Milão (Itália) 2003
Nessa fatia, as garrafas de vidro de pavilhões 14 - 15 - 16
600ml só não reinam absolutas pela presen- Entradas: viale Scarampo Horário: 9,30-18,00
ça dos barris de chope, que respondem por
4%. Quanto à expectativa de entrada do
SIMEI é a líder mundial em exposição de
PET, que indiretamente foi reforçada com o
recente lançamento da Cerpa em garrafas máquinas, equipamentos e produtos para
PEN, o cenário atual ainda indica que está a produção, o enchimento e o
longe o tempo em que os fabricantes brasi-
leiros de cerveja investirão largamente em acondicionamento de bebidasFIERA MILANO SPA
embalagens plásticas.
Enquanto paradigmas de embalagem 75.000 m2 de área ocupada
46.000 visitantes de 101 países
732 expositores de 22 nações

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e-mail: linate@interfree.it
Kaiser lança Bavária Sem Álcool e mantém linha bock, enquanto
AmBev aposta em marcas regionais como a Polar Export
Visitantes de fora da Itália podem
beneficiar-se de desconto especial
em vôos da Alitalia Official Carrier
permanecem inexpugnáveis, cervejarias de Garrafa de PEN,
pequeno e médio porte amealham aprecia- da Cerpa: uso
dores em regiões distantes de seu Estado de de plásticos
ainda é restrito
origem, e assim denotam um movimento
inverso ao das marcas regionais. Exemplo
latente, embora já venha sendo observado
desde o final do ano passado, é o da flumi-
nense Itaipava, que também acaba de pas-
sar por uma reformulação visual, feita pela
agência a10 Design. Produzida pela Cerve-
jaria Petrópolis, a marca ostenta um desem-
penho comercial extraordinário.

DIVULGAÇÃO
Embalagem funciona como mídia
Sem investir fábulas em comerciais com
beldades femininas, mas com um acessório ao obtido pela AmBev, que avançou 4,5%
de embalagem que conquista cada vez mais no mesmo período.
consumidores, o selo protetor, a empresa, Para muitos bebedores, o sucesso da
dona também da marca Crystal, espera pro- Itaipava se deve à qualidade de sua cerveja,
duzir 59 milhões de litros em 2003. Se a es- que passa longe do gosto aguado que carac-
timativa se concretizar, a Petropólis deverá terizaria outras marcas regionais emergen-
obter uma receita de aproxima- tes. Mesmo assim, parece ine-
damente 70 milhões de reais, gável que o selo higiênico tem
resultado que significaria au- papel central no sucesso da
mento de quase 100% sobre o marca. Apesar das evidências
faturamento do ano passado. dessa teoria, a indústria cerve-
Trata-se sem dúvida de um jeira mostra-se reticente quanto
ótimo exemplo da importância à adoção da solução em escala
de diferenciar-se nas gôndolas, generalizada.
já que não é todo dia que uma Marcos Mesquita, superin-
marca relativamente desconhecida alcança Embalagens tendente do Sindicerv (Sindicato Nacional
descartáveis
tamanha aceitação entre os consumidores acondicionam da Indústria da Cerveja), diz que há no Bra-
de cerveja – e a Itaipava fez isso com um menos de 30% da sil cerca de quinze projetos de lei sobre o
apelo inédito de embalagem (sobre selo cerveja produzida uso de selos higiênicos em latas de bebida.
no Brasil
protetor, ver EMBALAGEMMARCA nº 42). “Mas nosso setor é contrário a qualquer
Para se ter idéia, no primeiro trimestre do obrigatoriedade nesse sentido”, posiciona-
ano, a Cervejaria Petrópolis teve um au- se Mesquita. Ele defende que as latas de
mento de 20% no volume de vendas. Tal cerveja nunca são contaminadas nas linhas
crescimento é quase cinco vezes superior produtivas, mas sim em pontos-de-venda
precários, ou mesmo nas caixas de isopor
Com selo protetor,
de vendedores ambulantes.
Itaipava alcançou
projeção nacional a10 Design
“Ao invés de impor o uso de selos pro-
(11) 3845-3503 tetores, precisamos informar o consumidor
www.a10.com.br de que é preciso lavar as latas antes do con-
Brand Group
sumo”, alega o superintendente. Enquanto
(11) 3049-3344 não vem uma legislação específica sobre
www.brandgroup-ip.com selos higiênicos para latas de bebidas, a in-
dústria brasileira tenta ampliar o volume
produzido de cervejas, que pouco evoluiu
desde 1995. Como tantos outros segmen-
tos, o setor torce para que o espetáculo do
crescimento econômico seja enfim encena-
do no país.

16 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


refrigerantes
Fechamos
sempre ótimos
A volta do litrão negócios.
Garrafa de Coca-Cola ão bastasse o flagelo da “tubaini-

de 1,25 litro contra N zação”, em que marcas regionais


tomaram cerca de um terço do
mercado em que as grandes marcas de re-
“cross channel”
frigerantes sempre reinaram quase absolu-
tas, de uns tempos para cá estas enfrentam
outro problema. Dessa vez a briga é com o
“cross channel”, expressão que pode ser
traduzida por “fica mais barato comprar no
varejo do que do distribuidor”. Aí, o papel
de vilão, ou de instrumento, cabe às emba-
lagens one way, abrindo caminho para a
volta de recipientes que haviam sido des-
continuados, como a garrafa de vidro retor-
nável de 1,25 litro da Coca-Cola.
Com o avanço das embalagens descar-
táveis de PET e de metal, os refrigerantes
populares tornaram-se uma alternativa que
deu extraordinária força de barganha às re-
des de auto-serviço nas negociações com
produtores de marcas fortes. Tendo seus
preços de compra baixados à força, estas
são oferecidas nos pontos-de-venda de for-
ma extremamente atraente para os estabe-
lecimentos do “canal frio”, isto é, bares e
lanchonetes. Quem perde é o distribuidor.
A forma encontrada pelos distribuidores TAMPAS 38 MM
para evitar o “fogo amigo”, mantendo pre- A Alcoa tem sempre a solução que a sua empresa
precisa para o lacre de embalagens plásticas (PET,
ços competitivos, foi simples: os engarrafa-
PVC, PEAD e PP) e embalagens de vidro, em diver-
dores de Coca-Cola daquelas regiões co- sos segmentos, como alimentício, temperos,
meçaram há cerca de dois meses a reutili- bebidas, alcoólicos, farmacêutico e químicos.
zar as garrafas de vidro de 1,25 litro, forne- 38 MM EXTRA LOK
cidas pela Cisper. A possibilidade de vários • Bebidas sem gás
envasadas a quente ou a frio.
ciclos de uso simplesmente melhora as • Lacre Anti-violação.
margens de lucro. Retornáveis não interes- • Pode ser fornecida
sam aos auto-serviços, por exigirem espa- com ou sem vedante.
ços e mão-de-obra para recepção. 38 MM DOUBLE LOK
No relançamento foram conseguidos al-
• Duplo sistema 0800 12 3727
de travamento, www.alcoa.com.br
guns implementos na embalagem. A deco- com maior segurança. Fone: 4195.3727 Ramais:
Luiz Mello: 2315
ração, em novo layout, permite melhor • Para bebidas com gás, Marijosy Silva: 2327
fornecida sempre com vedante. Fábio Spinola: 2336
DIVULGAÇÃO

aproveitamento do espaço, com um painel


mais amplo, valorizando a comunicação. O
conteúdo é informado no ombro da garrafa,
em cujo rótulo foi introduzido o novo gra-
fismo da marca, que inclui uma onda de cor
TOTALITY

Garrafa retornável para


melhorar as margens de lucro amarela. Dada a melhora no processo de
impressão em silk-screen, tornou-se possí-
Cisper
(11) 6542-8076 vel incluir o código de barras na embala-
www.cisper.com.br gem retornável, o que antes não ocorria.
reportagem de capa

Quase no ponto
s últimos anos têm mostrado transforma- Food service cresce e,

O ções significativas na divisão do apetitoso


bolo produtivo da indústria alimentícia
nacional. Fatias cada vez mais generosas
têm se desviado dos carrinhos de compras do consu-
embora lentamente, opções
em embalagens também
midor para atender o chamado canal institucional, ou
de food service, que congrega os negócios ligados à
Por Guilherme Kamio
alimentação fora do lar. Cozinhas industriais em ge-
ral, restaurantes, lanchonetes, padarias, serviços hote-
leiros e de catering e, mais recentemente, até super-
mercados e hipermercados, com suas rotisserias, estão
por trás de um universo de cerca de 1,2 milhão de em-
presas, que já movimenta anualmente um montante
acima dos 30 bilhões de reais.
Não é à toa que a Associação Brasileira das
Indústrias de Alimentação (Abia) vem
dedicando especial atenção ao mo-
nitoramento desse segmento.
Segundo a entidade, os negó-
cios em food service cresce-
ram 121% de 1995 a 2002, en-
quanto o canal do varejo tradi-
cional evoluiu 60,2% no mes-
mo período. Tal explosão,
contudo, ainda não saturou o
mercado. Para a Abia, o Bra-
sil guarda um grande poten-
cial a ser explorado: enquanto
nas grandes metrópoles brasilei-
ras perto de 25% das refeições são
consumidas fora do lar, na Europa esse índice
chega a 75%, e nos Estados Unidos, a 50%.

Pulverização
Devido a essa ebulição recente no país, os operadores
de food service, como o jargão da indústria alimentícia
denomina as empresas atuantes do setor, ain-
da não estão plenamente atendidos no
ILUSTRAÇÃO: RENATO CANTON / inLab DESIGN

tocante à apresentação dos produtos.


Dentro de suas necessidades específi-
cas, ingredientes em porções maiores
são exigências óbvias. Todavia, não bas-
ta dirigir a esses clientes em-
balagens de volume pa-
quidérmico, que eliminem
qualquer praticidade – o

18 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


que, segundo Enzo Donna, da ECD Con- e evita problemas de higiene, previsíveis

FOTOS: DIVULGAÇÃO
sultoria e membro do grupo de food servi- quando as embalagens são armazenadas
ce da Abia, tem sido a tônica até agora, abertas e de modo impróprio.
numa lógica vesga de atacadão. Não se pode dizer, entretanto, que to-
“Houve uma grande multiplicação e dos os elos iniciais da cadeia produtiva
pulverização do mercado de food service, do food service estão descompassados
e hoje cerca de 97% dos operadores são com a realidade. A bem da verdade, o nú-
estabelecimentos pequenos, para os quais mero de soluções apropriadas às necessi-
as embalagens para grandes cozinhas in- dades da cadeia de food service só tende
dustriais não são adequadas”, ele aponta. a aumentar.
Em outras palavras, ao não dialogar com Um bom exemplo já existente, mos-
os consumidores do food service e enten-
Líder em sachês
der suas carências, a indústria alimentí-
e blisters, a
cia, e por extensão os fornecedores de Junior agora
embalagem, estão perdendo oportunida- possui também
des latentes de ampliar suas margens. embalagens
institucionais de
O futuro, na opinião do consultor, sor- grande volume
ri para as embalagens práticas, com volu-
mes menores e consentâneos a utilização
total de uma só vez, ou então para as que
agreguem dispositivos de dosagem ou di-
visões em porções, para agilizar o traba-
lho dos usuários e ajudá-los a maximizar
seu faturamento. Isso reduz desperdícios
trado em uma edição anterior (EMBALA-
GEMMARCA no 43, março/2003), é dado
pela Sonoco For-Plas, que passou a for-
necer para a rede McDonald’s embala-
gens cartonadas multifolhadas para a do-
sagem padronizada de molhos e de quei-
jo cheddar. De acordo com Daisy Spaco,
diretora de marketing da Sonoco For-
Plas, a empresa está desenvolvendo uma
nova linha de baldes plásticos para ali-
mentos, “com opções em design e fecha-
mentos ideais ao canal institucional”.
Prada quer
difundir o uso
Tudo feito em casa de sua lata de
Desenvolvimentos dignos de registro abertura maior
também podem ser vistos na Junior Ali- para alimentos

mentos. Fornecedora de peso de sachês e


blisters em dose única para molhos, con- fornecidos por grandes convertedores de
dimentos, margarinas e geléias oferecidas flexíveis, como Shellmar, Embalagens
em restaurantes, serviços de catering e ho- Diadema, Alcan e Bafema. Todas as em-
téis, a empresa vem redirecionando pro- Bag-in-box balagens da Júnior, incluindo os blisters e
dutos para o uso no interior das cozinhas da Scholle os sachês, são fabricadas internamente, e
proporciona
dos operadores. Um lançamento é a maio- a empresa também trabalha como emba-
praticidade ao
nese para o mercado institucional, em bal- food service ladora terceirizada (co-packer) para ou-
des de 3kg injetados pela própria tras fabricantes de alimentos e
empresa. “O produto é acondicio- cadeias de lanchonetes.
nado em filme de alta barreira O food service, aliás, parece
com bocal, o que permite a sua ser um porto seguro para soluções
utilização fracionada e impede o inteligentes em embalagens flexí-
contato direto com o recipiente”, veis. Prova disso é a boa recepti-
revela Gino Colameo, diretor co- vidade desse mercado ao bag-in-
mercial da Junior e diretor execu- box, sistema não-retornável para
tivo da Abia, na qual coordena o acondicionar produtos líquidos e
grupo de food service. pastosos que promete vantagens
Outro destaque é o sistema de pouches em relação às embalagens rígidas. Forma-
para molhos pré-preparados, condimen- do por uma bolsa selada com bocal, que
tos e recheios e coberturas doces. Dispo- contém o produto, acondicionada em um
níveis em volumes de 1kg a 6kg, os pou- recipiente externo, o bag-in-box para o
ches garantem maior higiene e flexibili- mercado de food service é trabalhado so-
dade no uso. Eles são fabricados pela pró- bretudo nos volumes de 2 litros a 20 litros.
Potes termoforma-
pria Junior com estruturas multicamadas
dos, como os da
que variam de acordo com os requisitos Poly-Vac, aumentam Bags vantajosos
de barreira de cada produto, com filmes participação em “Ele proporciona economia de custos, re-
institucionais duz o espaço de armazenamento, infringe
menores perdas de produto e melhora a
velocidade do serviço”, argumenta Rogé-
rio Brighenti, gerente nacional de vendas
da Scholle, multinacional americana que
ostenta o título de criadora do sistema e
que recentemente inaugurou uma fábrica
no interior paulista. A nacionalização, diz
Brighenti, está permitindo reduções de
em média 30% nos custos do sistema.

20 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


Recentes aplicações do bag-in-box na da própria Cryovac, da linha FS (Food
área de food service abrangem óleos co- Service), que proporcionam média ou
mestíveis, condimentos e molhos em ge- Lançamentos da alta barreira. Tais filmes, segundo a
ral. Há possibilidade de enchimento as- UBF Foodsolutions Cryovac, podem ser submetidos ao con-
também abrem
séptico, a quente ou em temperatura am- espaço para as
gelamento e ao reaquecimento em banho-
biente, e diversas opções em tampas, co- cartonadas maria, assim como, observando-se
nectáveis a uma ampla gama de equipa- da Tetra Pak condições de segurança, levados ao forno
mentos dispensadores. Além da utiliza- de microondas.
ção em cozinha, o bag-in-box pode virar O sistema Onpack também permite a
um sistema self-service para molhos de instalação de válvulas, que podem ser
frente de loja, dispensando refis. “É uma conectadas a dispensadores, sem que haja
solução mais prática e higiênica que os contato do produto com o ambiente.
frascos de catchup, geralmente repostos Como informa a Cryovac, os pouches
através de bombonas”, ilustra Brighenti. podem ser impressos em até oito cores,
Solução bastante similar é oferecida possuem mecanismos easy-open e são
pela Cryovac. É o sistema Onpack de facilmente descartáveis. Ademais, a
embalagens institucionais, baseado em máquina é de fácil setup e pode trabalhar
máquinas automáticas verticais, do tipo com uma gama variada de volumes.
form-fill-seal, para a produção de pou- Frente ao aumento da competitividade
ches que também podem ser enchidos a no fornecimento de recipientes para pro-
quente ou a frio. Os filmes utilizados são dutos institucionais, os tradicionais fabri-

Institucionais, mas quase iguais aos do varejo


Enganam-se os que pensam que o São cremes e uma base para sopa longa vida da Tetra Pak, e a Maione-
mercado institucional, por exigir de feijão, que chegam ao mercado se Hellmann’s Profissional, em bal-
rendimento e produtos econômi- com o aval de conceituados con- des da Bomix e da Jaguar com
cos, é uma cidade morta para as sultores gastronômicos e em emba- rótulo da Silflex. Já a Liotécnica,
marcas fortes. Poderosas chance- lagens flexíveis da Santa Rosa. especializada em alimentos desi-
las migradas do varejo tradicional Apostando no cross-merchandising dratados e liofilizados, dirige ao
vêm sendo mais e mais utilizadas entre os itens da linha, a Nestlé segmento a sua linha Qualimax
no food service, principalmente nas também está colocando dicas de Food Service, que abrange, entre
cozinhas sofisticadas, como apelo receitas no verso das embalagens. outros itens, pós para gelatinas e
de marketing. De olho nisso, as Por sua vez, a UBF FoodSolutions preparados para pudins, comercia-
gigantes alimentícias vêm lançando (ex-Caterplan), divisão food service lizados em flow-packs da Shellmar.
produtos com embalagens mais es- da Unilever Bestfoods, relançou A Parmalat é outra que está reno-
meradas – e similares às do varejo. seus principais temperos Knorr vando sua linha institucional, que
A Nestlé FoodServices, por exem- para o canal institucional em janei- traz atomatados e conservas em
plo, está reformulando a identidade ro, em packs da Inapel com novo latas de 2kg. O papelão ondulado
visual de seus produtos e apresen- visual e volumes menores. Outros também contribui, embalando o bis-
tando novidades em sua linha de produtos recentemente lançados coito Maria em migalhas, para
produtos apadrinhados pela Maggi. foram o Creme Culinário, em caixa docerias e padarias.

22 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


cantes de embalagens rígidas para o seg- Alcan “A demanda maior vem sendo pelos
mento também não perdem a atenção e (11) 4512-7000 potes de 3,6 kg, concorrentes dos baldes
www.alcan.com.br
preparam novidades. A Prada, por exem- de mesmo volume, para o acondiciona-
plo, forte na comercialização de latas de Bafema mento de maioneses”, diz Lodi. Outros
aço de grandes volumes para produtos tí- (11) 5666-9088 produtos que estão adotando os potes
www.bafema.com.br
picos do segmento – óleos comestíveis, com apetite são os doces pré-preparados,
margarinas, cremes vegetais e atomata- Bomix como massas para
dos, entre outros – quer prospectar junto (11) 4523-0100 brigadeiros e beiji-
www.bomix.com.br
a clientes da área de food service sua lata nhos de coco.
com abertura de diâmetro 210mm, mais Cryovac Aliás, reside aí,
(11) 3833-2831
fácil de manipular. nos produtos que
www.cryovac.com.br
queimem etapas e
Como um balde ECD Consultoria que dêem mais ra-
(11) 4788-4904
“Ela possui as vantagens de um balde, pidez ao preparo Sistema Onpack, da Cryovac,
permitindo inviolabilidade e manuseio Embalagens Diadema de alimentos, a ten- promete diversas vantagens
mais prático que a abertura de 170mm de (11) 4066-7833 dência candente num mercado cada vez
www.embdiadema.com.br
diâmetro, normalmente utilizadas pelas mais profissional, sofisticado e exigente.
latas de 18kg e 16,4 kg, populares no seg- Inapel
mento institucional”, comenta Djalma (11) 6462-8800 Linhas de montagem
www.inapel.com.br
Carlos, gerente de vendas de embalagens Pré-preparados, de misturas granuladas a
para produtos alimentícios da Prada. Jaguar molhos para as mais diversas receitas, de-
Ainda de acordo com ele, a iminência jaguarplast@uol.com.br verão aumentar significativamente em
da nacionalização de tampas easy-open Junior Alimentos sortimento no mercado. “As empresas de
para outros formatos de latas que prospe- (11) 4615-4453 food service estão deixando o perfil clás-
ram no segmento institucional, como a A- www.junior.com.br sico de cozinhas e virando grandes linhas
10 e a A-20, de volumes respectivos de 2 Poly-Vac de montagem de refeições”, sintetiza
kg e 4 kg, tenderá a lhes dar maior viço (11) 5541-9988 Gino Colameo, da Junior, valendo-se de
www.poly-vac.com.br
no acondicionamento de conservas e de- sua intimidade com o mercado.
rivados de tomate. “A intenção é fornecer Prada Essa onda de produtos mais processa-
aos operadores latas com abertura fácil e (11) 5682-1000 dos, portanto com maior valor agregado,
www.prada.com.br
total, que dispensem abridores e aceitem certamente demandará embalagens mais
sobretampas plásticas”, adianta Carlos. Rojek nobres. Na verdade, a embalagem é um
Falando em aço, aliás, merece registro (11) 4447-7900 dos pontos vitais nos quais a cadeia de
www.rojek.com.br
o caso dos palmitos para food service produtos alimentícios se escora para con-
Plant, da Gini, que as adotaram por um Santa Rosa firmar a projeção otimista da Abia para o
motivo singular. “As latas dão ao cliente (11) 3621-4000 food service: um crescimento de 87,8%
a garantia de que o palmito foi produzido Scholle de 2000 a 2005. Em tempos de Fome
com tecnologia de ponta, inerente às li- (19) 3826-8800 Zero, apetite, certamente, não faltará.
nhas de enlatamento”, explica Luiz Er- www.scholle.com.br

nesto Wilke Sereno, gerente de vendas da Para o palmito Plant,


Shellmar segurança pesou
Rojek, fornecedora da lata do Plant. (11) 4128-5200
a favor da lata
www.shellmar.com.br
Quem também vem escoando uma
produção cada vez maior de recipientes Silflex
ao mercado institucional, só que na área www.silflex.com.br
plástica, é a Poly-Vac, especializada em Sonoco For-Plas
potes termoformados. De acordo com (11) 5097-2755
Benilde Carneiro Lodi, supervisor de www.sonoco.com
marketing da empresa, conta a favor dos Tetra Pak
potes a flexibilidade da produção em va- (11) 5501-3200
riados volumes. Uma das últimas linhas a www.tetrapak.com.br
entrar no mercado institucional em pote
da Poly-Vac foi a Tempero Completo
Jimmi, em pote de 1kg.

jun 2003 • EMBALAGEMMARCA – 23


imagem

Abertura ampliada
Na lata do fermento Royal já se pode meter a colher de sopa
fermento em pó Royal com-

O pleta oitenta anos de Brasil e


faz uma mudança significati-
va na embalagem. Depois de
várias pesquisas, a Kraft Foods, detento-
Mais bojuda,
a nova
embalagem
ra da marca, percebeu uma necessidade garante maior
básica da consumidora do produto: o diâ- visibilidade
metro da abertura da antiga embalagem nas lojas
não permitia o uso da colher de sopa, me-
dida padrão para a maioria das receitas
preparadas com o fermento em pó.
Embora a demora de oito décadas para
a percepção de detalhe tão significativo
possa surpreender mais do que a própria
mudança, o atraso em levá-la adiante tal-
Kraft Foods Brasil
vez se justifique.
0800 7041940
Ocorre que o desenvolvimento da
nova embalagem, de papel cartonado,
com fundo e tampa de folha de flandres,
exigiu a modernização do maquinário da
linha de envasamento da empresa em
Jundiaí, onde é fabricada. A nova lata é
mais larga e mais baixa que a anterior.

Abertura mais fácil Propaganda vai de 1920, quando deixou de ser Real Fer-
A gerente da área de sobremesas da Kraft direto ao ponto, mento Inglez, nome adotado no início
mostrando
Foods, Patrícia Corsi, diz que “o sistema do século passado, para voltar ao nome
o benefício
de micro-recravação facilita a abertura e da novidade original de Fermento em Pó Royal). O
o fechamento da embalagem”. Esse verso da latinha foi alterado de
sistema consiste num processo de acordo com pesquisas feitas com
fechamento de latas que permite consumidoras, e agora traz uma
significativa redução de material e coleção de receitas atualizadas
uso de folhas de baixa espessura com fotos ilustrativas, informações
para tampas e fundos. O novo for- sobre rendimento, tempo de prepa-
mato possibilita também o empilha- ro e grau de dificuldade. A embala-
mento de três latas nos pontos-de- gem renovada possui também um
venda, contra o máximo de duas da selo comemorativo dos oitenta
embalagem antiga. anos do produto.
A nova embalagem do fermento A Kraft Foods programou exten-
em pó Royal mantém, na parte sa campanha publicitária, com di-
frontal, o mesmo layout utilizado vulgação em televisão e revistas fe-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

em sua longa existência no país, mininas, para informar a mudança.


talvez o mais duradouro exemplo O slogan da campanha é sugestivo:
de rótulo resistente a mudanças no “Finalmente, deixamos você meter
Brasil (mudou uma vez, na década a colher em nossa embalagem”.

24 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


feira

À altura das
expectativas
FCE Pharma e HBA South America reúnem cadeia de embalagens

e as feiras de negócios se consolidam em Segundo a VNU Business Media, companhia ho-

S setores inimagináveis pouco tempo atrás,


atraindo mais visitantes e expositores a
cada ano, não seria em segmentos-chave
da economia que esse tipo de evento deixaria de re-
landesa responsável pela organização das feiras, a
HBA e a FCE de 2003 contaram com cerca de 380
expositores e 16 000 visitantes, num crescimento de
aproximadamente 15% em relação à edição anterior.
ceber atenção das empresas. Voltadas aos mercados Já o espaço de exposição, 19 000 metros quadra-
de cosméticos e produtos farmacêuticos, as feiras dos, aumentou 40% sobre o do ano passado. “Esses
conjuntas FCE Pharma e HBA South America, reali- números provam que, cada vez mais, as feiras de ne-
zadas este ano entre os dias 13 e 15 de maio, no Tran- gócio representam uma estratégia de prospecção das
samérica Expo Center, em São Paulo, obtiveram re- mais eficientes”, diz Joris van Wijk, presidente da
sultados que ajudam a consolidar essa teoria. VNU Business Media.
Além da adesão de boa parte dos fabricantes de Na parte das embalagens, essa sentença pareceu
produtos finais, o evento concentrou fatia representa- especialmente factível. Importantes fornecedores de
tiva dos fornecedores de matérias-primas, embala- frascos, dispensers, blísters, rótulos, cartuchos, tam-
gens e equipamentos. Se não resultou num número pas e tantos outros acessórios para acondicionamento
extraordinário de lançamentos, o investimento dessas de remédios e itens de beleza e higiene pessoal reser-
empresas ao menos indicou que, a despeito da queda varam seus estandes nas feiras. A seguir, EMBALA-
da atividade industrial do país, o setor de cosméticos GEMMARCA mostra um pouco do que essas empresas
e remédios está bastante movimentado. expuseram durante o evento:

Novos formatos e cores em tampas para perfumes


Dentro da sua linha de de acabamento, que
perfumaria, a Incom misturam de texturiza-
Packing (antiga TME ção a detalhes poli-
Cosmetics) ajudou a dos, a nova linha é
reforçar a idéia de que vendida em três op-
as feiras de negócios ções de diâmetro: 15,
são vistas como efi- 18 e 20 mm. Com for-
cientes plataformas de matos e nomes distin-
lançamento de produ- tos (Isis, Aramis, Mên-
tos. Em um estande phis, Matrix e Laura),
dos mais movimenta- os produtos têm na
dos da HBA South matéria-prima sua ca-
America, a empresa racterística comum.
divulgou nada menos Todas as tampas são
do que cinco novos produzidas a partir da
FOTOS: DIVULGAÇÃO

modelos de tampas resina Surlyn, forneci-


para frascos de perfu- da pela DuPont.
me. Reunindo diferen- www.incom.com.br
tes cores e processos (11) 4174-3221

26 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


Servo motores agilizam troca de formatos para produtos sensíveis
Representante no Brasil de equipa- talhada: os modelos NM 2002S e NP dobrador de bula e leitor de código
mentos das marcas Kalix, Norden, 2002S, da Norden, e o equipamento de barras. “Ela é totalmente operada
Citus e ADMV, a Simbios-Pack apre- KX 1101, da Kalix. Segundo Guilher- por servo motores, conceito que oti-
sentou sua linha de envasadoras, se- me Arcuri, diretor comercial da Sim- miza todo o processo de troca de for-
ladoras de bisnagas e encartuchadei- bios-Pack, este último possui uma matos e limpeza, além de facilitar a
ras para produtos sensíveis, como estação de selagem que facilita pro- geração de relatórios estatísticos de
perfumes, batons e kits de coloração. cessos e troca de formato. Já as so- controle”, resume Arcuri.
No estande da empresa, três opções luções da Norden, além de envase e simbios-pack@simbios-pack.com.br
estavam expostas de forma mais de- selagem de bisnagas, operam como (11) 5687-1781

Retorno ao vidro e cartela antipirataria na estratégia da Novalgina


Para o setor vidreiro, sem dúvida categoria da dipirona sódica, em que dos atuais 18 para 24 meses.
uma das novidades mais expressivas se insere a Novalgina, líder de ven- Além dessas razões, ocorre um movi-
das feiras foi o relançamento do anal- das. mento de padronização da embala-
gésico e antitérmico Novalgina, em Segundo o fabricante, a Aventis Phar- gem do medicamento nos mais de
frasco de vidro, depois de quarenta ma, a mudança é resultado de pes- 100 países em que é comercializado.
anos no inconfundível recipiente quisas que duraram cerca de cinco No Brasil, primeiro país da América
plástico. Relançamento, sim, já que, anos e atende às demandas de médi- Latina a adotar a nova embalagem,
dos pouco mais de oitenta anos em cos e consumidores que avaliaram a os frasco de vidro âmbar, com capa-
que está presente no mercado brasi- nova apresentação do produto. Davil- cidade de 20ml, são fornecidos pela
leiro, o produto foi apresentado em son Almeida, gerente da linha de Saint-Gobain e pela Wheaton
vidro apenas na primeira metade do analgésicos da Aventis, observa que, Já na Argentina, o famoso medica-
tempo. Nas quatro décadas seguin- com o novo frasco, o medicamento mento também protagonizou uma
tes, o pequeno frasco plástico tor- passa a ter um diferencial, em função forte renovação de embalagem. Ven-
nou-se praticamente um emblema da da maior precisão pelo uso de um dido também em pílulas, o produto
novo conta-gotas, tipo vertedor. passou a ser acondicionado por lá
“Tivemos de capacitar os forne- numa cartela de alumínio formada de
cedores locais, e também foram um dos lados por um filme holográfi-
exigidos estudos para calibrar a co antipirataria. Impresso com a lo-
quantidade exata do medicamen- gomarca do laboratório e do medica-
to dispensado pelo dispositivo”. mento, o material é fornecido pela
O executivo entende que o vidro Hueck Folien, que aproveitou a parti-
dará mais estabilidade ao produ- cipação na FCE Pharma para divulgar
to, possibilitando ampliar o pra- que a embalagem foi recentemente
zo de validade do medicamento premiada pela European Aluminium
Foil Association (EAFA).
www.hueck-folien.de
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STUDIO AG

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(11) 4355-1800

28 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


PET também em fármacos
A Alcan Packaging cantes de medica-
do Brasil, divisão de mentos a migrarem
embalagens plásticas para o PET, a Alcan
da Alcan Packaging, defende vantagens
aproveitou as feiras como fácil processa-
para lançar uma nova mento, alta resistên-
linha de frascos PET cia a impacto, além
para medicamentos. de leveza e higiene.
Em três tamanhos Em paralelo à nova li-
(100, 120 e 150ml) e nha, a Alcan Packa-
com bocal de 24 mm ging divulgou sua li-
de diâmetro, as no- nha de serviços. A
vas embalagens com- empresa oferece, en-
plementam o portfó- tre outros, impressão
lio da empresa no serigráfica e enge-
mercado farmacêuti- nharia de moldes.
co. No trabalho de www.alcan.com.br
convencer mais fabri- (11) 4075-6533

Para vidros, fosco aquoso


Na área de acaba- amplia o emprego
mento de vidro, a do produto na indús-
Glass-Vetro Distri- tria de higiene pes-
buidora apresentou soal. O efeito aceti-
uma solução à base nado, também cha-
de água para aceti- mado de foscação,
nar frascos usados dura seis meses.
pela indústria cos- Além de embalagens
mética. Segundo a cilíndricas, o produ-
empresa, a ausência to pode ser aplicado
de ácidos na fórmula em vidros planos.

glassvetro@glassvetro.com.br
(11) 3662-2125
CONGRAF

30
CONGRAF

31
rotuladoras

Dados variáveis e diminutos


A impressão de dados va-
riáveis em espaços cada
vez mais reduzidos, exi-
Abriu a porta,
gência crescente na in- Chega ao mercado rotuladora nacional
dústria farmacêutica, mo-
tivou a Zebra Technolo- acondicionamento de produtos em ambien-
gies a lançar um novo
modelo de impressora tér-
mica, a TLP 3842. Próprio
O tes fechados não constitui uma grande novi-
dade na indústria farmacêutica. Bastante
disseminadas entre os grandes laboratórios, as salas
também para códigos de barra, o modelo une resolu- limpas cresceram no setor como uma alternativa que
ção gráfica de até 300 dpi e suporte à chamada sim-
garante mais higiene ao envase de medicamentos
bologia de espaço reduzido. Conforme explica a em-
exatamente graças a ambientes hermeticamente isola-
presa, trata-se de um sistema criado para que a in-
dos. Todavia, prover maiores graus de assepsia nem
dústria farmacêutica atenda às exigências de aplica-
ção do número de codificação em cada unidade de
sempre é o objetivo do enclausuramento de linhas de
medicamento. www.zebra.com • (11) 3857-1466 embalagem, como demonstra um recente lançamento
na área de rotulagem de frascos de remédios e outros
fármacos.
Âmbar para itens de beleza A fim de gerar mais segurança aos operadores de
Freqüentemente associados ao acondicionamento máquinas aplicadoras de rótulos, a Bauch & Campos,
de remédios, os frascos de vidro âmbar começam a fabricante nacional desse tipo de equipamento, anun-
ganhar espaço no segmento de perfumes, como ciou na última edição da FCE Pharma o modelo Rot-
mostrou um dos lançamentos da Wheaton do Brasil. tec Max, que tem no isolamento da linha de aplicação
No seu estande, a empresa ressaltou as possibilida-
dos auto-adesivos sua principal característica. “Se o
des dessa pigmentação através da linha Class, uma
de suas principais plataformas no mercado de perfu-
mes. Os frascos Class foram usados como modelo, Compacta e veloz
já que o âmbar pode ser estendido à maioria das
Também na feira, a Novelprint lançou uma nova ferra-
embalagens da vidraria. Paula Mesquita, gerente de
menta para rotulagem de produtos, o cabeçote etique-
produto da Wheaton, lembra que esse tipo de pig-
tador NovelTech. Mesmo compacta, a máquina é pro-
mentação vem ganhando participação cada vez
jetada para linhas produtivas de médio e grande porte
maior no mercado de perfumes da Europa. Mas por
e conta com motor de passo e comando eletrônico in-
aqui, ela diz, poucos fabricantes de perfume explo-
tegrados. Disponíveis em quatro versões (50, 100, 160
ram as possibilidades desse tipo de vidro. “Produzi-
e 200mm), os cabeçotes alcançam velocidades de
mos uma tiragem especial da linha Class exatamen-
aplicação que variam de 30 a 60 metros por minuto. A
te para mostrar os excelentes resultados do âmbar
performance muda de acordo com o modelo da eti-
para perfumes”, ela conclui.
queta e o estilo de aplicação.
www.wheatonbrasil.com.br
Fornecedora não só de equi-
(11) 435-1800
pamentos, a Novelprint
aproveitou a FCE Pharma e a
HBA South America para ex-
por também sua linha de eti-
quetas de segurança. Já
para o mercado farmacêuti-
co, um dos destaques apre-
sentados no estande da em-
presa foi a marca Booklet,
composta por auto-adesivos
dobráveis. Desenvolvido
para produtos que precisam
conter muitas informações,
esse tipo de rótulo pode
STUDIO AG

apresentar até oito páginas.

32 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


parou tudo
com enclausuramento de segurança

Rottec Max, da
Bauch & Campos:
operador e
produtos mais
protegidos

sistema de enclausuramento é aberto, a máquina au-


tomaticamente pára”, explica Marcos Takiyama,
consultor de negócios da divisão pharma da empresa.
De acordo com o executivo, trata-se do primeiro
equipamento nacional dotado de uma estrutura en-
clausurada. “Gerando maiores níveis de automação
e proteção também ao produto, a máquina é capaz
de rotular embalagens cilíndricas e planas feitas de
qualquer tipo de material”, conta Takiyama, acres-
centando que, além do enclausuramento, a nova ro-
tuladora conta com um conjunto de documentos que
atestam suas características.

Aqui, diferencial. Lá fora, exigência legal


Conhecida como validação, tal metodologia vem,
de acordo com o consultor, se tornando um impor-
tante diferencial competitivo para as empresas de
embalagem que atendem às indústrias farmacêuti-
cas. Em linhas gerais, trata-se de uma espécie de
certificado de normas de qualidade, que atesta que a
máquina faz o que o fabricante promete.
A validação ainda não é uma exigência legal no
Brasil, como, segundo Takiyama, já ocorre nos Es-
tados Unidos. “Mas a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) tem exercido crescente vigi-
lância sobre os processos de acondicionamento de
medicamentos.” “Em função disso, hoje, a primeira
coisa que as empresas da área farmacêutica nos per-
guntam é se nossos equipamentos têm validação”,
conclui o consultor.
Bauch & Campos Novelprint
bauch@bauchcampos.com.br www.novelprint.com.br
(11) 4785-2525 (11) 3768-4111
making of

10 com louvor
Estudantes da Belas Artes criam estratégia de PDV para a Basf
onceito recente no Brasil, as dor do curso de design da Belas Artes, Au-

C empresas júnior estão entre as


iniciativas capazes de favore-
cer todos os lados envolvidos.
Além de facilitar o ingresso de novos pro-
resnedes Pires Stephan, e um dos executi-
vos da Basf do Brasil, Peter Gross. Num
encontro casual durante a BrasilPack
2002, feira de embalagem realizada pela
fissionais no mercado, para quem recorre a Alcântara Machado, os dois comentaram a
esse tipo de prestação de serviço há no mí- possibilidade de selecionar jovens estu-
nimo dois benefícios: o institucional, dado dantes de design para o desenvolvimento
que o nome do usuário se associa a uma da identidade visual de uma nova linha de
causa nobre, e o econômico, pois o custo lubrificantes automotivos, náuticos e para
de trabalhos tocados em ambientes acadê- motocicletas.
micos costuma ser menor do que os feitos “Como o projeto exigia criação de for-
longe das faculdades e universidades. mas das embalagens, nome da marca, pro-
Comuns nas cadeiras de administração, gramação visual dos pontos-de-venda e até
engenharia e contabilidade, as empresas material promocional, percebemos que não
cuja mão-de-obra é composta por estudan- seria possível trabalhá-lo apenas em sala de
tes começam a ganhar força na área de aula”, diz Stephan, mais conhecido como
criação de embalagens e identidade visual professor Eddy. “O Escritório Modelo De-
de marcas. É o que demonstra o Escritório sign nasceu para tornar realidade esse novo
Modelo Design, do qual fazem parte alu- projeto da Basf”, completa ele. Dois profes-
nos de graduação do curso de design da Fa- sores, Alessandro Eloy Câmara e Marcelo
culdade Belas Artes de São Paulo. Menos Kammer, foram então encarregados de
de um ano depois de o projeto ter sido pos- coordenar o trabalho e selecionar um time
to em prática, já está no mercado uma linha de alunos para se debruçar sobre o desafio.
completa de produtos cuja estratégia de co-
municação no ponto-de-venda foi inteira- Trabalho em etapas
mente criada pelos talentos que ainda fre- Nove estudantes participaram do projeto.
qüentam as salas de aula dessa faculdade. Como num escritório de profissionais ta-
Na verdade, o Escritório Modelo De- rimbados, optaram por dividir o trabalho
sign nasceu do contato entre o coordena- em etapas. Na primeira, tomaram contato
com o tipo de produto para o qual deveriam
desenvolver a identidade de marca. “Os
alunos estudaram o case e optaram por em-
balagens com linhas retas, explorando o
conceito de produtos automotivos”, conta
o prof. Kammer. Além desse tipo de traça-
do, as embalagens, feitas de PVC, foram
concebidas com saídas alongadas, de modo
a facilitar o despejamento dos produtos.
O passo seguinte foi a definição da mar-
ca. Neste ponto, o briefing já estava adian-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

tado pela Basf, que queria um nome capaz


Linhas retas e cores de transmitir o valor agregado dos produ-
diferenciadas para cada
embalagem da linha de
tos. Foi escolhida a palavra Klasse, e estu-
aditivos da Basf dantes partiram para a etapa de criação da
Faculdade de Belas Artes logotipia e do padrão de cores, que muda
(11) 5576-7300
www.belasartes.br
de acordo com a linha. Ao todo, são 24
produtos, divididos nas linhas AutoKlasse,
NautiKlasse, DieselKlasse e MotoKlasse.
Além de uma família de frascos com
cinco tamanhos distintos (150ml, 300ml,
500ml, 1litro e 4 litros) e do conceito grá-
fico de seus respectivos rótulos, Escritório
Modelo criou displays para exposição e es-
tocagem dos produtos nas gôndolas e pos-
tos de gasolina, bem como catálogos de di-
vulgação. Conceberam também a progra-
mação visual da frota de veículos que fará
a distribuição dos produtos, e até os unifor-
mes dos promotores de venda da linha.
“Os alunos que participaram dessa ex-
periência tiveram a oportunidade de geren-
ciar um projeto de criação de marca em to-
das as suas fases”, conta Márcia Auriani,
coordenadora do Escritório Modelo De-
Alunos também
conceberam sign. “O resultado obtido ultrapassou todas
displays para as expectativas”, ela completa. Para o pro-
supermercados e
postos de gasolina fessor Eddy, o trabalho foi além de enri-
quecer o currículo dos alunos. “Eles viven-
ciaram as complexidades que envolvem
um projeto de criação de marca dentro de
uma grande empresa”, diz.
Se outras faculdades que contam com
cursos de design adotarem tática seme-
lhante à da Belas Artes, as empresas de
branding poderão vir a enfrentar uma
competição nota 10.
celulósicas

Peças valorizadas
Novo tipo de embalagem para carnes enobrece e reduz custos
mbora venha ganhando novi-

E dades em embalagens nos úl-


timos anos, o mercado de
carnes in natura ainda reser-
va um espaço mais que promissor para
sistemas aperfeiçoados de acondiciona-
mento. Atenta a esse campo de oportu-
nidades, a Rigesa, do grupo MeadWest-
vaco, lançou no mercado um novo con-
ceito em embalagem que promete con- Maior proteção:
ferir vantagens substanciais no acondi- caixa FrostPack
pode ter tampa
cionamento de carnes bovinas, suínas,
encaixável ou colada
aves e pescados.
A solução, que está sendo apresenta- destinadas ao segmento. “Ademais, a
da ao mercado sob o nome comercial de possibilidade de automatização da mon-
FrostPack, consiste em embalagens de tagem das caixas pode proporcionar re-
papelão ondulado projetadas especial- manejamento da mão-de-obra do clien-
mente para o transporte e a comerciali- te para outros setores essenciais, como
zação direta de carnes. abate e desossa, além da redução de
Feitas com capas e miolo em fibra custos no manuseio e nos processos lo-
especial de alta resistência, elas são em- gísticos dos produtos”, ela afirma.
pilháveis e paletizáveis, e podem ser Por outro lado, a viabilidade de se
utilizadas abertas ou fechadas, com ter uma rica apresentação visual das
tampas simples acopladas ou mesmo caixas, expondo a marca do produtor,
coladas (tipo calço), tornando-se invio- valoriza os produtos.
láveis. A impressão da FrostPack pode ser
feita em flexografia de alta resolução,
Menos material com possibilidade de até 5 cores mais
Segundo a fornecedora, as principais verniz, ou 6 cores sem o revestimento.
vantagens da embalagem FrostPack Todas as tintas utilizadas são à base de
para os clientes em potencial – indús- água, atóxicas e inócuas ao ambiente.
trias frigoríficas que trabalham com a “Vale também lembrar, aliás, que a
distribuição para o varejo ou que expor- FrostPack é 100% reciclável”, afirma
tam valendo-se da chamada cadeia do Danielle.
frio – são a redução de custos, uma me- A solução pode ser disponibilizada
lhor performance e a melhor apresenta- em vários modelos, cada um deles me-
ção do produto alimentício. lhor adaptado para determinadas aplica-
Como explica Danielle Saraiva, en- ções ou tipo de carne. “As caixas mais
genheira de alimentos e integrante do comuns são as de 15 kg a 30 kg, mas há
departamento de Novos Produtos da Ri- flexibilidade para desenvolvermos mo-
gesa, o caráter econômico da FrostPack delos para outros volumes”, ressalta
FOTO: DIVULGAÇÃO

é explicado pelo fato de ela possuir um Danielle. Segundo ela, a Rigesa pode
desenho inteligente, consumindo menos ainda disponibilizar ao cliente uma
Rigesa MeadWestvaco
material em sua construção que as cai- (19) 3869-9330 equipe especializada para a realização
xas de papelão ondulado normalmente www.rigesa.com.br de testes on-site.

36 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


plásticos

Proteção ao lucro
Aditivos e polímeros para embalagens plásticas bloqueiam raios UV
andamento obrigatório nas es-

M tratégias de gerenciamento de
marcas, a diferenciação nas
gôndolas muitas vezes é vista
como um atributo decorrente apenas de al-
guma idéia inovadora. Mas para uma mar-
ca destacar-se da maneira pretendida, qua-
se sempre é preciso ir além do campo da
criatividade, sendo necessário considerar
todos os pormenores envolvidos num lan-
çamento. Entre tantos outros pontos, essa
realidade ganha força quando se considera
o desenvolvimento de embalagens para
produtos sensíveis à luz.

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Em muitos alimentos e bebidas acondi-
cionados em frascos e garrafas transparen-
tes, aquela cor bonita, atraente e apetitosa,
que tanto trabalho costuma dar aos enge-
nheiros e químicos responsáveis, pode fi- olhos como pelo paladar dos consumido- Da esquerda para a
direita, seqüência
car opaca e inexpressiva depois de alguns res. “Além de encurtar o tempo de pratelei- mostra alterações
dias nas prateleiras dos supermercados. ra, a luz UV pode gerar queda de nutrien- de cor que a
Além dos prejuízos visuais, a sensibilidade tes e alterar a viscosidade e a fragrância de exposição à luz
pode causar
à luz pode desencadear alterações físico- muitos produtos”, lembra Flávia Queiroz,
em alguns tipos
químicas capazes de comprometer o sabor gerente de contas da empresa. de produtos
e o aroma, ou mesmo diminuir o prazo de Segundo ela, os aditivos Shelfplus UV
validade de alguns produtos. foram criados principalmente para embala-
gens PET, mas “podem ser adicionados a
Antídotos oferecidos poliolefinas em geral”. Dependendo de ca-
Evocando tais riscos, grandes fornecedores racterísticas como o design da embalagem
de especialidades químicas vêm oferecen- e o material de que é feita, a gerente da
do novas gerações de aditivos especial- Ciba afirma que mais de 90% dos raios UV
mente desenvolvidos para a fotoproteção podem ser bloqueados pelos produtos
de produtos acondicionados em garrafas e Shelfplus. A despeito do investimento ne-
frascos plásticos. Adicionadas às resinas cessário para adotar a solução, a executiva
sem comprometer a transparência das em- observa que as empresas usuárias podem
balagens, essas substâncias são criadas economizar em outras partes do processo
para funcionar como verdadeiros filtros so- produtivo. “Gasta-se menos com estabili-
lares para itens tão distintos quanto cosmé- zantes de conteúdo”, exemplifica Flávia.
ticos, medicamentos, alimentos e bebidas.
Com a linha Shelfplus UV, a Ciba é Para enchimento a quente
Ciba
uma das empresas que trouxeram esse tipo Outra empresa interessada em fornecer (11) 5532-7411
de solução para o Brasil. Bloqueando prin- bloqueadores de raios UV para embalagens www.cibasc.com
cipalmente os raios ultravioleta (UV), os plásticas é a americana Voridian. Na última
Voridian
produtos da companhia são oferecidos para Brasilplast, que aconteceu em março, em (11) 5103-0003
evitar problemas detectáveis tanto pelos São Paulo, a empresa divulgou o polímero www.voridian.com.br

38 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


Heatwave, desenvolvido com foco nos
processos de enchimento a quente. Segun-
do a empresa, o produto tem os benefícios
óticos de uma resina transparente, mas atua
como bloqueador de raios UV. “O Heatwa-
ve evita que a luz solar danifique o conteú-
do da embalagem, aumentando a shelf life
do produto e impedindo alterações de pro-
priedades como sabor e cor”, diz Juan
Moncada, gerente de mercado da Voridian.
Para disseminar a linha no mercado na-
cional, a Voridian aposta nos produtos dire-
cionados às chamadas gerações X e Y,
onde cores fortes dão literalmente o tom.
Há cerca de um ano nos Estados Unidos,
onde é usado sobretudo em embalagens de
sucos naturais, o Heatwave, assim como a
linha Shelfplus UV, ainda briga para en-
grossar o número de adeptos no Brasil. No
caso da Voridian, o gerente de mercado da Mas a verdade é que, com o ganho de par- Embalagem
produzida com
empresa atribui as dificuldades à taxação ticipação das embalagens plásticas nos Heatwave, da
sobre importação e à desvalorização do mais diferentes mercados, esses filtros so- Voridian: de olho
real, fatores que, segundo ele, tornam os lares podem se tornar um diferencial com- em sucos naturais
preços do polímero menos competitivos. petitivo que protege também os lucros.
exportações

Embalar lá fora
ABRE lança portal para fomentar exportações de embalagens
ouco lembradas na pauta dos

P
Países que mais compram embalagens brasileiras
produtos nacionais exportá-
veis, as embalagens também Argentina 22%
podem – por que não? – fazer
com que os mercados externos respondam Chile 16%
por um quinhão maior em seu faturamento. Uruguai 11%
Tendo isso em mente, a Associação Brasi-
leira de Embalagem (ABRE), através de Paraguai 10%
seu Comitê de Exportação, acaba de lançar
EUA 10%
em seu site um Portal de Exportação, dedi-
cado exclusivamente à orientação das em- México 10%

FONTE: ABRE
presas locais que queiram comercializar lá
fora matérias-primas, insumos e embala- Outros 21%
gens acabadas.
O portal dá dicas e orientações sobre em qualidade e preço”, afirma Luciana Pel-
termos técnicos e informa nomenclaturas legrino, diretora executiva da ABRE.
de produtos, tarifas de exportação, sites de O Comitê de Exportação da entidade de
órgãos brasileiros de apoio ao setor e for- classe realizou uma pesquisa com 35 em-
mas de contato com Câmaras de Comércio presas associadas, a qual revelou que 58%
e com Embaixadas Brasileiras no exterior. delas já exportam embalagens e produtos
Ele oferece também oportunidades de ne- correlatos. Das empresas que por ora se
gócios, dados estatísticos e publicações so- concentram no mercado interno, 50% delas
bre o tema, entre outros serviços. disseram pretender exportar.
ABRE Destacam-se, entre os produtos já ex-
Vontade existe (11) 3082-9722 portados pelo setor, PVC, papel-cartão, fo-
www.abre.org.br
Por mirar os mercados externos, o portal lha-de-flandres, folhas cromadas, chapas e
também possui uma versão em inglês, que folhas de alumínio, entre as matérias-pri-
aborda a qualidade dos produtos nacionais mas. Entre embalagens, fechamentos e ou-
e fornece estatísticas e dicas sobre o merca- tros, são escoados para fora potes, bases
do brasileiro. “A situação econômica do para ovos de Páscoa, conjuntos pote e tam-
Brasil é favorável ao comércio internacio- pa, copos descartáveis, caixas de papelão,
nal e nossas embalagens são competitivas embalagens flexíveis laminadas, tampas
tipo sealed safe e sobre-tampas. Fitas ade-
Forma das vendas para outros sivas, etiquetas de identificação, filmes
países stretch, sacolas e adesivos sintéticos tam-
Indireta – 24% Direta – 62% bém têm tido bom desempenho.
Direta e Segundo a sondagem, o perfil das em-
indireta – 14% presas que ainda não exportam, mas que
pretendem fazê-lo, é bastante diversifica-
do. Ele abrange fabricantes de embalagens,
de equipamentos e de acessórios e presta-
dores de serviços, que vão do design até es-
tratégias de marketing, incluindo nesse
segmento as embalagens promocionais
para pontos-de-venda.
40 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003
plásticas

Meta: liderança
Poly-Vac investe em tecnologia e quer ser a primeira em sua área
epois de viver relativo período de 2002, “uma fase mais agressiva de mer-

D
Poly-Vac
de hibernação em termos de ex- (11) 5541-9988 cado”, diz Lodi. O momento mais intenso
posição ao mercado, adotando www.poly-vac.com.br dessa fase ocorreu em abril, quando a em-
o que se costuma chamar de presa lançou a campanha institucional
“low profile”, este ano, ao co- “Poly-Vac 30 Anos” e inves-
memorar, em abril, seu 30º tiu em marketing com diver-
aniversário, a Poly-Vac S/A sas ações nos diferentes seg-
Indústria e Comércio de Em- mentos em que atua. No âm-
balagens, de São Paulo, está bito dessas ações, a agência
novamente “botando a cara Leo T Design modernizou o
de fora”, com um objetivo: logotipo da empresa, com-
reconquistar a liderança que plementando a série de selos
já foi sua no segmento de em- relacionados aos 30 anos e à
balagens termoformadas. conquista da certificação
A empresa não está fazen- ISO 9001-2000, no final do
do isso apoiada “na cara e na ano passado.
coragem”, apenas. “Nos últi-
mos anos”, conta o supervi- O que o mercado quer
sor de marketing Benilde Tendo suas bases assentadas,
Carneiro Lodi, “a Poly-Vac considera o supervisor de
aplicou mais de 5 milhões de marketing, a companhia
dólares em tecnologia de pode dar andamento a proje-
ponta e equipamentos de últi- tos que contribuirão para al-
ma geração.” Além disso, in- cançar a desejada liderança.
vestiu em uma linha de flexí- “No momento, o principal
veis nylon/polietileno, agre- foco de atuação é o projeto
gando mais um produto à sua de embalagens para cosméti-
linha de fornecimento e pas- cos”, ele revela. “Outros são
sando a atuar também nos sigilosos, mas podemos citar
segmentos de carnes, lingüiças e queijos, No 30º aniversário, o segmento de produtos alimentícios secos
empresa aumenta
com embalagens a vácuo de alta barreira, sua ampla linha de para animais.” Esses dois projetos vêm na
de cinco camadas. A empresa já produzia produtos e festeja seqüência dos mais recentes realizados
copos e tampas termoformadas, para suprir ISO 9000-2000 (pote retangular para sorvete, em substitui-
desde os segmentos de margarina e mantei- ção ao injetado, e potes para lenços umede-
ga até os de temperos, água mineral, copos cidos, cosméticos e requeijão).
descartáveis, iogurte, suco, sorvete, doces, Na sua investida em busca da liderança,
queijo, requeijão, sabão em pasta, maione- lembra Lodi, a Poly-Vac conta com um
se e pipoca, entre muitos outros. A grande handicap sem dúvida valioso: foi a primei-
vantagem dessa tecnologia está na redução ra empresa de atuação mundial com os pro-
de custos em relação às injetadas. dutos que fornece, possuindo experiência e
Com os investimentos feitos, a Poly-Vac know-how em todas as etapas de produção.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

alcançou uma capacidade de produção de “O processo de termoformagem”, argu-


1 200 toneladas/mês de polipropileno e 60 menta, “permite a produção de uma emba-
toneladas/mês de nylon/polietileno. Com a lagem fina, resistente, bonita e barata.” Em
infra-estrutura consolidada, iniciou, no final suma, quase tudo que o mercado quer.

42 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


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k st m p bl sh ng *
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[custom publishing]

* Há alguns meses, as publicações personalizadas


ganharam a mídia. São vistas como a grande revolução
na comunicação empresarial.
A Bloco de Comunicação se orgulha de ter nascido jus-
tamente para fazer isto. Só que em 1987, muito antes
de saber que buscar soluções individualizadas para
cada cliente teria um nome tão pomposo.

BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Solução para os seus problemas de comunicação
(11) 5181-6533
fechamentos

Abre-fácil cada
vez mais fácil
Nova fábrica de tampas easy-open amplia opções e visa exportação
ão obstante uma criação brasi- Sonoco Phoenix tada é de 1 bilhão de unidades, esteja ins-

N
(24) 3355-2705
leira de abertura de embala- talada já em novembro deste ano, dispo-
www.sonoco.com
gem tipo easy-open, a Abre- nibilizando inicialmente tampas com
Fácil da Rojek, ser internacio- CSN 73mm de diâmetro. A empresa adianta,
(11) 3049-7100
nalmente premiada, o país se ressente da www.csn.com.br
contudo, que pretende oferecer localmen-
oferta de opções, não só de sistemas, mas te novos diâmetros num futuro próximo.
também de diâmetros. De olho no enorme Mas, inicialmente, um dos principais ob-
potencial que isso oferece – e igualmente jetivos comerciais da nova empresa é o
nas oportunidades representadas pela mercado externo.
possibilidade de exportar –, dia 26 de
maio último a Sonoco Phoenix, subsidiá- Reforço de marca
ria da Sonoco, anunciou que instalaria Praticidade e conveniência. São essas as
uma fábrica em Resende (RJ) dedicada à vantagens trazidas pela tampa easy-open,
produção de tampas easy-open para em- na opinião do gerente global de mercado
balagens metálicas. da Sonoco Phoenix, Paul McClure. O fato
A previsão é de que a nova planta, de eliminar a necessidade do uso de abri-
cuja capacidade de produção anual proje- dores (o consumidor consegue abrir a em-
balagem usando apenas as mãos) nos en-
latados é, segundo o executivo, um dos
fatores responsáveis pela crescente de-
manda por tampas abre-fácil em nível
mundial. “Tornar a embalagem mais con-
veniente é uma forma importante de au-
mentar a fidelidade à marca e estabelecer
uma vantagem competitiva”, ele explica.
O projeto é resultado de parceria estra-
tégica com a CSN, única fornecedora de
Tampas folha-de-flandres no Brasil. A empresa
de 73 mm, abastecerá a Sonoco Phoenix com 100%
o primeiro
foco da
do aço utilizado na fabricação das tampas
Sonoco easy-open. “O aço da CSN apresenta os
Phoenix altos padrões de qualidade exigidos por
nós”, afirma Charles Sullivan, vice-presi-
dente de embalagens da Sonoco.
As tampas da subsidiária destinam-se
a mercados diversos, como carnes, ato-
matados e rações animais. Além das tam-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

pas de aço, a empresa oferecerá tampas


de alumínio e membranas removíveis
para embalagens metálicas, plásticas e
multifolhadas.

44 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


Dinâmica Especialidades em alumínio
A Câmara Setorial de Máquinas e
A multinacional chilena Alusa está Um exemplo de aplicação para a
Acessórios para Indústria do
disponibilizando ao merca- área de embalagens são os
Plástico, ligada à Abimaq/Sindi-
do nacional os servi- envoltórios para sor-
maq, iniciou maio com novo pre-
ços de sua unidade vetes em cone,
sidente, Luiz Antonio D. Simões,
Alufoil, especializa- confeccionados
diretor comercial da fabricante
da em impressão em em estruturas de
de equipamentos para embala-
folhas de alumínio de alumínio/papel e im-
gem Carnevalli. Suas principais
baixa espessura para o pressos em rotogravura
metas serão dinamizar negócios
mercado de bombons, tam- em até 8 cores. Atualmen-
e flexibilizar políticas de finan-
pas cortadas de alumínio, la- te a Alusa fornece este pro-
ciamento.
minados de papel/alumínio duto no Brasil para a linha de
para cigarros e produtos especiais sorvetes Cornetto, da Kibon.
Sítio novo
de papelaria, entre outros produtos. (11) 5093-6511 / www.alusa.cl
A RR Etiquetas reformulou seu
site (www.rretiquetas.com.br),
que agora conta com maior deta-
Consumo de resinas em alta em 2003
lhamento sobre os produtos da O setor de resinas ter- dita o aumento da de- resinas exportadas au-
empresa. Em breve o site deverá moplásticas obteve um manda às instabilida- mentou 5% e as ven-
estrear um sistema de e-com- desempenho positivo des políticas e econô- das internas para ex-
merce. no primeiro trimestre micas no Brasil e no portação de produtos
de 2003. Segundo da- mundo, o que fez com transformados (VIPE)
Tumba dos divulgados pelo que a alta do dólar e cresceram 13,9%. To-
Nota do jornal “O Globo” anunciou Sindicato das Resinas as oscilações no preço das as resinas apre-
que pesquisadores da Universida- Sintéticas no Estado do petróleo impulsio- sentaram crescimento.
de de Salford, na Inglaterra, cria- de São Paulo (Siresp), nassem os transforma- O polipropileno, resina
ram tampas de rosca de um plás- o consumo aparente dores a aumentarem mais produzida pelo
tico especial que se deteriora desses produtos – pro- estoques como salva- setor, responsável por
com o tempo. Utilizadas em fras- dução somada às im- guarda. 23,5% do total de ter-
cos de remédios, elas os veda- portações menos as Ainda de acordo com o moplásticos produzi-
riam para sempre quando do exportações – foi de levantamento do perío- dos, apresentou um
vencimento da data de validade 845 858 toneladas do, a produção de resi- crescimento de 12,6%
dos produtos. A “vida útil” é fixa- contra 776 006 tonela- nas aumentou 12%, e no consumo aparente.
da pela proporção dos aditivos das no mesmo período as importações caíram (11) 287-2619
biodegradáveis no plástico. de 2002. O Siresp cre- 16,5%. O volume de www.siresp.org.br
Xereta em caixinhas e stand-up pouches
A fabricante de refrigerantes Xereta sego + Limão e Laranja + Tangerina.
está entrando no mercado de sucos Os sucos Mix Just chegam às gôndo-
através da marca Mix Just. Seu princi- las com visual assinado pela PH2 De-
pal diferencial, explicitado pelo nome, sign, em embalagens de um litro da
é a mistura de frutas para a composi- Tetra Pak e em stand-up pouches de
ção de sabores: Uva + Abacaxi, Pês- 200ml, fornecidos pela Empax.

CORPUS GANHA
Marilan Teens traz inovações NOVO VISUAL
A nova linha de biscoitos Marilan o público adolescente foi criado pela
A linha Corpus de iogurtes diet da
Teens é apresentada em pouches de Packing com o objetivo de aproveitar
Danone acaba de modificar sua
filme metalizado laminado, que além o brilho da superfície metalizada e
identidade visual. Na nova embala-
de ampliar o shelf life do produto estabelecer uma comunicação direta
gem, desenvolvida pela Brand-
destaca-se dos biscoitos convencio- com os jovens. A agência montou um
nais por ficarem “em pé” na pratelei- cenário que ambienta o produto na group, todas as ilustrações foram

ra. O design chamativo voltado para linguagem característica desta faixa substituídas por fotos, tornando-a
etária, explorando também o apelo mais leve, moderna e com maior
de sabor do produto. appetite appeal para o consumidor.
Apresentado em três sabores, o novo A novidade foi estendida para os
biscoito está sendo lançado com o novos sabores da linha – salada de
apoio de ações de comunicação que frutas e manga. As embalagens são
incluem a realização de um festival produzidas pela Alcan.
de rock com bandas famosas, um
site interativo e prêmios para os con-
sumidores. Tudo isso é destacado na
embalagem, através de uma cinta
promocional acoplada na soldagem
do filme na hora do fechamento da
embalagem em máquina.
As embalagens são fabricadas pela
gráfica Santa Rosa.

Roupas de baixo feitas especialmente para adolescentes


A CMR, detentora da marca Liz, para o público masculino, e está tram um modelo vestido de preto
lança uma marca de lingerie especí- lançando uma nova marca batizada esticando uma cueca que segura
fica para o público feminino, entre de Mash.Power, para meninos entre com as mãos.
13 e 15 anos, das classes A e B: 11 e 16 anos. As embalagens mos- Outra coincidência é o ponto entre
In.Joy. A comunicação vi- as palavras Mash e Po-
sual do produto foge da wer. Só que desta vez foi
tradicional e mostra uma por acaso, já que a marca
modelo vestida. O produto Mash já tinha um ponto no
só aparece na parte de final e, na justaposição do
trás da embalagem. O power, o ponto acabou fi-
nome da marca é baseado cando entre as duas pala-
na internet, já que o públi- vras. As novas embala-
co-alvo é da chamada ge- gens da Mash e da CMR
ração pontocom. são da 100% Design.
Por coincidência, a Mash As embalagens da In.Joy
também descobriu o mes- são da Landgraf e da
mo vácuo no mercado Mash da Josar Gráfica.

46 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003


Visual premium para chás
Com a chegada do inverno de 2003, e é vendida em cartuchos de papel-
a Dr. Oetker está lançando uma nova cartão, fabricados pela Brasilgráfica,
linha de chás de ervas premium. A com capacidade para 15 saquinhos
nova linha conta com os sabores Ci- cada. Outras novidades da Dr. Oetker
dreira com Baunilha, Menta com são a linha de chás mistos em emba-
Chocolate, Camomila com Especia- lagens menores, de 10 sachês, e no-
rias e Melissa com Flor de Laranjeira vas latas de chás colecionáveis.

Cartuchos com Multipacks para


fácil abertura amanteigados
A Farinha Láctea Maizena, da
Unilever Bestfoods, já pode ser
encontrada em duas novas ver-
sões no mercado, os cartuchos
de 350g e 180g. Produzidas
pela Gráfica 43, as novas em-
balagens têm como destaque a
inclusão de um fitilho para fácil
abertura, o Rippatape, da
PPPayne, tradicional fornecedo-
ra dessa solução.

Visando a um novo posicionamento


de mercado, a LU Aymoré está lan-
çando sua linha de biscoitos aman-
teigados em embalagens multipacks,
que contêm quatro pacotes indivi-
duais cada. Além dos sabores tradi-
cionais, como Chocolate, Coco, Lei-
te e Chocolate com Coco, a empre-
sa traz duas novidades: os sabores
Nozes e Capuccino. As multipacks
são fornecidas pela Itap Bemis.
Controle de produtividade Nova alternativa para imagens digitais
Para analisar o desempenho de De olho no ganho de mercado das Photo Paper de papel fotográfico
seus cerca de 4 000 funcionários, a máquinas fotográficas digitais, a para impressoras jato de tinta. Se-
Votorantim Celulose e Papel (VCP) Maxprint, fabricante de formulários gundo Adelaide Anzolin, gerente de
implantou um software de gestão contínuos, bobinas de fax e papéis negócios da empresa, o produto é
por competência. Mais do que fis- especiais, está lançando a linha em média 50% mais barato que os
calizar, o programa permite a cria- concorrentes. “Além do mercado do-
ção de um plano de carreira para méstico, o Photo Paper é voltado a
os empregados. agências de propaganda que bus-
cam qualidade e preços mais aces-
síveis”, ela diz. Com embalagens
Comunicação visual em pauta
criadas pela agência M Design, o
Acontece entre os dias 9 e 12 de
produto pode ser encontrado em kits
julho, em São Paulo, a Serigrafia &
com 10 folhas A4 com gramatura de
Sign 2003. Um dos principais even- 200g/m2 cada.
tos do mercado brasileiro de comu- www.maxprint.com.br
nicação visual, a feira espera supe- 0800 7043460
rar a marca de 31 000 visitantes,
que foi registrada na edição do ano
passado.
Geração de provas simplificada
Para pequenas e médias agências de
Testemunha… publicidade, birôs gráficos e con-
A Heidelberg recentemente home- vertedores de embalagem, a Agfa
nageou o gráfico José Geraldo está lançando a Sherpa 24m, siste-
Vianna, um de seus funcionários ma desenvolvido para a geração de
provas de contrato, cor, layout e im-
mais antigos. Com 65 anos de ida-
posição. A opção básica é composta
de, ele exerce a profissão há cinco
pelo sistema Sherpa mais pedestal,
décadas.
placa de rede, manual de instalação
em português, conjunto de cartuchos
…Ocular
de tinta, rolo de papel ADPB (papel
Vianna começou sua carreira convi-
para prova contratual), e software de
vendo com máquinas de linotipo, instalação. Segundo a empresa, a
testemunhou a transição para a idéia é permitir que o próprio cliente
composição a frio e para a impres- instale o equipamento.
são off-set. Ainda em atividade, www.agfa.com.br
agora assiste à evolução digital na (11) 5188-6444
indústria gráfica.

Lucro também é cultura


Nova prova de que o mercado edi-
torial brasileiro reserva boas oportu-
nidades para a cadeia gráfica. Num
investimento de 2 milhões de dóla-
res, a editora francesa Laurousse
pretende lançar até o final do ano
cem títulos no Brasil. As primeiras
sessenta obras foram apresentadas
recentemente, durante a última Bie-
nal do Livro.
Almanaque
Censura para dar segurança Jesus, alegria dos
Em meados dos anos tou, em 1971, a primei-
60, práticas e políticas ra tampa à prova de cu- maranhenses
de proteção ao consu- riosidade infantil: cha- Quem visita o Mara- bebida para os netos,
midor ganharam força mada Clik-Lok, ela ne- nhão encontra Jesus. a partir de 17 ingre-
nos Estados Unidos. Tal cessitava de um empur- Não o nazareno, mas dientes que descobri-
fenômeno obri- rão com força ex- sim o secular guaraná ra em viagens pela
gou o empre- tra para baixo cor-de-rosa que faz Amazônia. O doce sa-
sariado a re- e de um sub- enorme sucesso na bor de canela e cravo
ver minu- seqüente terra dos Sarney, onde e a cor exótica impul-
ciosamente movimento ameaça até a lideran- sionaram a fama do
a segurança giratório ça da Coca-Cola em guaraná, que virou
de seus pro- para dar a- refrigerantes. Até hoje instituição maranhen-
dutos. Uma cesso à droga a fórmula da bebida é se. As embalagens do
das preocupações acondicionada. a mesma criada em Jesus estampam o
surgidas entre a indús- Projetos concorrentes São Luís pelo farma- mesmo slogan há dé-
tria foi a facilidade com nasceram, mas a Clik- cêutico Jesus Norber- cadas (“o sonho cor-
que crianças poderiam Lok fez sucesso e foi li- to Gomes em 1920, de-rosa”) e o logotipo
abrir frascos dos medi- cenciada para o uso em quando este acabara do produto nasceu da
camentos de seus pais e diversos países, tornan- de importar uma má- assinatura do seu
se intoxicarem. Como do-se, assim, a primeira quina de gaseifica- criador. Curioso, nes-
solução, a vidraria Ow- tampa child-proof usada ção. Seu objetivo era sa história, é que o
ens-Brockway apresen- em larga escala. produzir magnésia farmacêutico Jesus
fluida, um remédio era ateu e foi exco-
Para a pele e as melenas então na moda, o que mungado pela Igreja
Durante a Segunda Guerra Mun- não deu certo. Resol- depois de uma rinha
dial, cientistas europeus percebe- veu, dali, fazer uma com um padre…
ram que uma substância chama-
da Pantenol, análoga à vitamina
B5, produzia um efeito cicatrizan-
te ao ser aplicada sobre queima-
duras. Pouco depois, em 1947,
descobriu-se que o mesmo com-
ponente também protegia a fibra
capilar, e a idéia de se criar um
xampu veio num estalo. A marca
de creme com Pantenol que
mais prosperou, e que até hoje é
sucesso mundial, é a Pantene,
da Procter & Gamble.

Você sabia?
• A escala musical que adorna a embalagem
do bombom Sonho de Valsa é de uma valsa de
Oskar Strauss.
• O famoso isqueiro Zippo era para se chamar
STUDIO AG

originalmente Clic-Clac, uma onomatopéia de sua


abertura e uso. Mas o nome já estava registrado.

50 – EMBALAGEMMARCA • jun 2003

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