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Estimadas e Estimados colegas:

Hoje, dia 19 de Março, pelas 11 horas e 30 minutos, teve lugar a audiência no CNE (Conselho
Nacional de Educação).
A representação dos PCE´s esteve a cargo da Rosário Gama (Escola Secundária D. Maria –
Coimbra), Eduarda Carvalho (Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares), Isabel Le Gué
(Escola Secundária Rainha Dona Amélia - Lisboa), Fernando Trindade (Escola Secundária da
Mealhada) e Fernando Elias (Agrupamento de Escolas de Colmeias - Leiria).

A – A nossa intervenção:

A nossa intervenção centrou-se em torno dos seguintes 4 eixos estruturantes:

Eixo 1 - Natureza e implicações do actual modelo da ADD. Neste contexto, foram


apresentados os seguintes enfoques de análise e elencadas as seguintes ideias-
chave:

ENFOQUES DE ANÁLISE IDEIAS-CHAVE TRANSMITIDAS


APRESENTADOS

• O labirinto normativo;
• A intrínseca complexidade do mesmo,
• As sucessivas alterações do quadro normativo que geraram
desarticulação interna nas escolas;
A organização da ADD
• A ausência de dispositivos geradores de confiança por parte da
administração;
• O conflito (e as feridas) de identidades / culturas profissionais
com o processo de “fabricação” dos professores titulares,
universalmente reconhecido como factor de arbítrio e injustiça.
• A pressão/imposição do modelo ADDD às escolas/professores;
• A intransigência, teimosia, obstinação da tutela;

A acção da • Os artificialismos, incongruências e incoerências do modelo,


Administração por via das sucessivas simplificações que o desvirtuaram por
completo;
• Os constrangimentos operativos que as fichas do Ministério
geraram em função dos seus parâmetros/itens.
• A degradação do clima das escolas/agrupamentos
(individualismo, competitividade, falta de confiança, mal-estar,
desconforto, incerteza, insegurança);

O Clima de Escola –
• A necessidade de se encontrarem as condições que
Presente e Futuro alavanquem um bem-estar organizacional;
• A incerteza do desenlace relacionado com o lado mais crítico
do modelo – atribuição das menções qualitativas e a limitação
das quotas, cujos efeitos serão sentidos até 31 de Dezembro
de 2009.

Eixo 2 – Situação actual vivida em várias escolas relacionada com a entrega ou


não de objectivos individuais – a) Foi manifestada a nossa preocupação com o tipo
de atitudes assumidas em algumas escolas pelos seus PCE´s perante quem entregou e
não entregou os objectivos individuais; b) Clarificámos a nossa intenção de avaliar, à luz
do quadro legal em vigor, os colegas que entreguem a sua auto-avaliação, quer tenham
apresentado ou não os objectivos individuais. A auto-avaliação far-se-á por referência
aos objectivos individuais (para quem os entregou) e aos objectivos do Projecto
Educativo e do Plano Anual de Actividades da respectiva escola/agrupamento, (para
quem não entregou os mesmos).

Eixo 3 – Necessidade de um modelo de avaliação – Reafirmámos a importância e


necessidade do desenvolvimento profissional estar associado a um modelo de avaliação.
Mas um modelo em que os docentes se revejam. Digno, justo, formativo e exequível.
Há total disponibilidade para uma avaliação assim sustentada.

Eixo 4 – Estatuto do Aluno – Sensibilizámos os elementos presentes do CNE para o


impacto negativo que a aplicação do Estatuto do Aluno está a ter nas escolas
(justificação e implicações das faltas, entre tantos outros constrangimentos) e para a
indispensabilidade desta questão merecer, a curto prazo, uma reflexão/acção adequada.

B – Balanço da audiência:

O balanço da audiência afigura-se bastante positivo.


Tal asserção sentida por nós sustenta-se nas seguintes evidências:

1. O bom acolhimento e abertura manifestada pelo Presidente do CNE para escutar os


nossos pontos de vista;

2. A clara compreensão das nossas posições e do actual contexto das escolas que parece
estar bem identificado/caracterizado pelo CNE;

3. Inequívoca sensibilidade/sinal de abertura para os problemas de fundo que


apresentámos.

Saudações cordiais.
Até Sábado, em Lisboa. Um tempo e um espaço de e para reflexão/acção que ganha
cada vez mais uma importância estratégica inequívoca.

Fernando Elias
(PCE do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Colmeias)

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