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Eu vejo a LUZ!
2008
Prof.ª Rosana Spinelli dos Santos
rjcursos@uol.com.br
Introdução
O homem precisa aprender a conhecer a si mesmo, ter equilíbrio e
percepção em suas atitudes para enfrentar a vida como ela é, para assumir
os seus problemas, para assumir que ele é o único responsável por tudo o
que lhe acontecer na vida e parar de atribuir as suas responsabilidades a
outras pessoas.
Muitas vezes não temos paciência para lidar com as dificuldades alheias.
Exigimos perfeição em troca da nossa atenção. O segredo é lidar com os
outros, e não com as dificuldades.
Inteligência Interpessoal
Para Howard Gardner é a capacidade de compreender as pessoas e de
interagir bem com os outros, o que significa ter sensibilidade para as
expressões faciais, vozes, gestos e posturas além de habilidade para
responder de forma adequada às situações interpessoais.
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Simpatia e antipatia
Simpatia = Harmonia (de acordo)
Cumprimentar, ser cordial, saber o nome da pessoa que está sendo
cumprimentada são atitudes importantes que demonstram educação e
respeito pelos demais.
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• Mau humor: estar de mal com a vida, zangar-se facilmente, criar mágoas
inadequadas.
Ter uma pessoa mal-humorada causa desconforto do início ao fim do
expediente, deixa toda a equipe desmotivada e atrapalha a produtividade.
Raramente o distímico pede ajuda, ele não se enxerga. “Para a maioria dos
pacientes, o mau humor constante é um traço de sua personalidade. A
desculpa pela rabugice recai sempre no ambiente ao seu redor, o que inclui
o tempo, o chefe, a sogra...”
A doença não deve ser subestimada, pois o portador corre o risco 30% maior
de desenvolver quadros depressivos graves. Sem contar que também pode
levar as pessoas ao consumo de álcool ou outras drogas.
Sinais da Distimia:
• Apetite: A pessoa alimenta-se pouco e sem prazer ou come com muita
ansiedade.
• Desinteresse: Tudo é feito por obrigação, nada gera prazer. Em geral a
pessoa tem uma dificuldade muito grande para finalizar projetos.
• Distúrbios do Sono: A pessoa pode tanto dormir demais como ter
insônia. Acorda à noite com freqüência e costuma madrugar.
• Fadiga Crônica: O cansaço é predominante e a realização de atividades
leva mais tempo que o necessário devido à insatisfação.
• Isolamento: Preferência pela solidão com o objetivo de não se irritar com
os outros.
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• Pessimismo: É incapaz de enxergar o lado positivo da forma de ser dos
outros ou das situações, o que leva a pessoa a manter-se cabisbaixa, com
ar deprimido.
• Tristeza: O sentimento de infelicidade domina quase todo o tempo do
sujeito.
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Motivação humana
Para encontrar motivação para o dia-a-dia é preciso primeiramente ter
sonhos, projetos sobre o futuro, uma visão clara e significativa de onde se
quer chegar ou o que se quer fazer com a própria vida. É preciso ter um
sentido maior e que faça a diferença para si mesmo.
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Pirâmide de Maslow
NECESSIDADES
SECUNDÁRIAS
Necessidades
de Auto-realização
Necessidades de Estima
Necessidades Sociais
Necessidades de Segurança
NECESSIDADES
PRIMÁRIAS
Necessidades Fisiológicas
Algum tempo depois, Maslow acrescentou mais dois níveis em sua teoria:
• acima da "estima", a necessidade do "saber e conhecer" onde o indivíduo
busca o sentido das coisas;
• após a "auto-realização", a necessidade "transcendente" onde a pessoa
busca ajudar a outra a se desenvolver e a realizar o seu potencial.
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Importante:
A insatisfação dessas necessidades é que caracteriza a saúde física e
mental, pois mobiliza energias direcionadas para o crescimento pessoal.
Não se podem exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um mínimo
de comodidade e de condições para realizar suas necessidades básicas.
Mas se acredita que quanto melhor e mais bem atendidas estas
necessidades tanto melhor será o desempenho grupal.
Liderança
O ser humano é por natureza um ser social, necessita viver em sociedade.
Líder democrático:
Ele é capaz de dividir a responsabilidade da tomada de decisão, os erros e
os acertos com a equipe. Ele ouve o grupo e não impõe a própria opinião, a
equipe fica mais motivada.
A grande função desse líder é ensinar, as pessoas que estão ao seu redor
não precisam conhecer ou concordar com o que ele fala, mas precisam
sentir que ele está disposto a compartilhar o que aprendeu.
Gera a tensão produtiva (fruto do prazer em querer realizar algo que nos faz
bem) e estimula a criatividade, pois capacita e enaltece o desempenho de
cada colaborador.
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Poder
É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de
sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. (Weber)
Líder autocrático:
Não tem mais nada a apreender. O mundo gira em torno de si e suas
decisões devem ser acatadas e executadas sem nenhuma reflexão.
Por isso define, distribui e comanda todas as atividades sem consultar o
grupo, não comunica os objetivos a atingir, não é objetivo nas apreciações
(recorre ao elogio e a crítica destrutiva) e nem esclarece os critérios
subjacentes à avaliação que faz.
Gera maior produção, a tensão improdutiva (fruto de um ambiente carregado
de emoções negativas), frustração e agressividade.
Autoridade
É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você
quer por causa de sua pessoa, de seu caráter e de sua influência pessoal.
Líder carismático:
Confia nas pessoas da sua equipe, dá uma identidade a cada uma delas e
permite sua contribuição de idéias e valores.
Exerce o poder democraticamente, deixando fluir suas responsabilidades e
permitindo abrir mão do controle.
Ele inspira em seus liderados a confiança, a responsabilidade, a integridade,
a aceitação incondicional, a obediência espontânea e o envolvimento
emocional.
Líder Situacional:
É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação
do que da personalidade.
A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no
dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação.
O grupo reage com segurança e motivação.
O desafio da liderança
Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos – com Deus, comigo e com
os outros.
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A confiança é a cola que gruda os relacionamentos.
A chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os
relacionamentos.
Você conhece?
• Chefe morcego – Só aparece no fim do expediente.
• Chefe orelha – Só fica na escuta.
• Chefe peixe – Na hora da responsabilidade... Nada!!!
• Chefe ortopedista – Só pega no pé!
• Chefe prego – Só leva na cabeça.
• Chefe sorvete – Se derrete todo quando vê o gerente.
• Chefe caranguejo – Só faz o serviço andar pra trás.
• Chefe chiclete – Não desgruda.
• Chefe doril – Surgiu problema? Sumiu...
• Chefe fósforo – Esquenta a cabeça por pouco.
• Chefe limão – Vive azedo.
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Comunicação humana
Não é tão difícil compreender a importância da comunicação, pois tudo que o
conhecemos só tem sentido se aplicado e o conhecimento só poderá ser
aplicado se puder ser comunicado.
Tipos de comunicações
1) Verbais – a mensagem é constituída pela palavra falada e escrita
Falar e escrever são recursos que precisam ser aprendidos, e estão
intimamente ligados.
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A leitura é a base da arte de escrever.
A importância do escutar
Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher
para desenvolver.
Quando você interrompe as pessoas no meio da frase, você envia algumas
mensagens negativas e desrespeitosas:
• Se você me interrompeu é porque não estava prestando muita atenção ao
que eu dizia, já que sua cabeça estava ocupada com a resposta.
• Se você se recusa a me ouvir, não está valorizando a minha opinião.
• Você deve acreditar que o que tem a dizer é muito mais importante do que
o que tenho a dizer.
O poder da língua
Não se pode negar que a palavra exerce poder sobre nós e como são
importantes no convívio social. Quando ouvimos um elogio, há um bem estar
que nos invade e acaba por influenciar nossas ações. Da mesma maneira,
quando ouvimos uma ofensa ou uma crítica, reagimos e passamos a nos
comportar também de acordo.
Palavras uma vez faladas não podem ser retiradas, isso é uma verdade, mas
podem ser anuladas, através de novas declarações. Por isso, precisamos ter
um incrível zelo com as declarações que saem das nossas bocas, que
devem ser sempre palavras de bênção e de vida, não de ruína e morte.
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O silêncio pessoal obriga-nos a repensar fragilidades e inseguranças,
estimulando um “check-up” mental.
O silêncio profissional exige uma análise silenciosa e atenta daquilo que não
é dito no ambiente de trabalho, pois pode representar a necessidade de uma
mudança estrutural das ações de liderança.
No silêncio inteligente tem o tempo de falar e o tempo de calar-se, sem ter
medo da solidão do pensar, entre esses dois tempos deve prevalecer o
equilíbrio entre a razão e a sensibilidade.
Saber calar:
• Quando o assunto foge da sua especialidade.
• Quando se tem um temperamento hiperagressivo e colérico e está pronto
a ferir alguém.
• Quando o melhor é ouvir para aprender mais, para formar uma opinião.
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Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando
estáveis e impávidos na água que se aquece a cada minuto. Sapos fervidos
que não perceberam que o conceito de administrar mudou.
O antigo “administrar é obter resultados através das pessoas” foi
gradualmente substituído por administrar é fazer as pessoas crescerem
através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo
suas próprias necessidades.
O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos
durante muitos anos, culto ao individualismo e a turbulência exige hoje, o
esforço coletivo, que é a essência da eficácia, como resposta. Tornar as
ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal
para o desenvolvimento e o espírito de equipe; exige saber partilhar o poder,
delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.
Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e
não a competência “que manda quem pode e obedece quem tem juízo”,
boiarão no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.
Profissional do amanhã
Iniciativa, criatividade, coragem para assumir riscos, flexibilidade para mudar,
gerenciador de suas emoções e habilidade para lidar com as pessoas.
Estratégias
1. Competência: não significa ter um diploma, é ter domínio sobre algum
campo do saber, ter o conhecimento.
• Quais as oportunidades de permanecer estudando, aprendendo e
melhorando a minha performance?
2. Domínio de mais de uma língua
3. Afetividade: desenvolver “atitudes” além de conhecimentos e habilidades.
4. Fazer diferente: empreendedor, não copia, confia no seu estilo próprio e
na personalidade de comunicador e incentivador.
Valores pessoais:
1. Auto realização: o melhor é fazer o que se gosta e gostar do que se faz!
2. Espiritualidade
3. Simplicidade: a competência de comunicar, trocando experiências com
todos.
4. Ousadia
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Sintetizando:
Ninguém é insubstituível, mas posso ser imprescindível. Prepare sucessores,
desenvolva os talentos de sua equipe, esteja pronto para novas
oportunidades em sua carreira, não fique estagnado criando uma relação de
amor com o seu cargo.
1) Respeite os outros, não fazendo com eles o que você não quer que eles
façam com você.
3) Aprenda a ouvir mais do que falar. Não é a toa que temos dois ouvidos e
uma boca!
6) Não seja teimoso. Saiba mudar sua opinião se outra pessoa lhe mostrar
argumentos concretos e críveis.
8) Procure sorrir mais e contagie as pessoas com seu positivismo. Torne sua
presença agradável. (Ninguém gosta de conviver com uma pessoa
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resmungona, ressentida e sempre pronta a se queixar e a reclamar de
tudo e de todos).
“Se algum dia, alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um
profissional, lembre-se...
Amadores construíram a Arca de Noé... e profissionais o Titanic.”
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Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.
Faz parte...
Reveses momentâneos servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos.
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Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de AMOR.
DEUS deu a cada um de nós essa capacidade,
a de AMAR...
Mas temos que aprender como.
Bibliografia
• A quinta disciplina – Peter Senge – Editora Best Seller
• A invenção de uma vida – reflexões sobre liderança e mudanças – Warren
Bennis – Editora Campus
• Comunicação e Liderança por Wilson Gonzaga
• Como trabalhar e ser feliz? por Luiz Carlos Moreno
• Conheça os 10 primeiros erros no trabalho de equipe por vários
especialistas de carreira
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• Gestão do Desempenho por Paulo Araújo
• Líder: o encantador de pessoas por Michael J. Losier
• Liderança Autoritária por Ricardo Fraga Moreira Miragaia
• Liderança Carismática por Alberto Carlos Paschoaletto
• Liderança e seus tipos por Vangevaldo Batista Sant'Anna
• Marketing Interpessoal para administrar relacionamentos – Nelson Botter
Junior
• Motivação ou não, causada pelo ambiente de trabalho por Benito S Pepe
• O desafio da liderança – James M. Kouzes e Barry Z. Posner – Editora
Campus
• O profissional do século XXI – Hamilton Werneck – Editora Record
• O monge e o executivo – uma história sobre a essência da Liderança –
James C. Hunter – Editora Sextante
• O que é mais importante para você? por Moacyr Castellani
• O “ser” e o “profissional”: um equilíbrio essencial! por Carlos Alberto
Zaffani
• Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho – Edina de Paula
Bom Sucesso – Quality Mark
• Relações Interpessoais e Sociabilidade por Priscila de Loureiro Coelho
• Relações humanas na família e no trabalho – Pierre Weil – Editora Vozes
• Tipos de liderança por Caroline Faria
Sugestões de leitura
• A revolução dos campeões – Roberto Shinyashiki – Editora Gente
• Como conquistar as pessoas – Allan & Bárbara Pease – Editora Sextante
• Como trabalhar para um idiota – John Hoover – Editora Futuro
• Mude – Edson Marques – Editora Original
• O sucesso está no equilíbrio – Robert Wong – Editora Campus
• O monge e o executivo – uma história sobre a essência da Liderança –
James C. Hunter – Editora Sextante
• Como se tornar um líder servidor – James C. Hunter – Editora Sextante
• Quem mexeu no meu queijo – Spencer Johnson, M.D. – Editora Record
• Relações humanas na família e no trabalho – Pierre Weil – Editora Vozes
• Seu balde está cheio? – Tom Rath e Donald O. Clifton – Editora Sextante
Contato
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