You are on page 1of 74

Sistemas de

Comunicação II

Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos


SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Como toda obra semelhante, esta também contém


imperfeições e erros não detectados. Quem se dispuser a apontá-los,
ou queira enviar críticas e sugestões, o endereço eletrônico é:

srbastos@unisanta.br

http://www.unisanta.br/srbastos

2
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

“Se não você, então quem?

Se não agora,
então quando?”

Gary Herbert

3
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................6
1.1 Sistemas de Telecomunicações ......................................................................................6
1.2 Histórico ........................................................................................................................8
1.3 Telecomunicações no Brasil ..........................................................................................9
2. PCM - MODULAÇÃO POR CÓDIGO DE PULSO......................................................... 10
2.1 Teorema da Amostragem............................................................................................ 12
2.2 Quantização................................................................................................................. 13
2.3 Compressão ................................................................................................................. 13
2.4 Codificação .................................................................................................................. 15
2.5 Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM) ............................................................ 15
2.6 Regeneração do Sinal na Linha .................................................................................. 16
2.7 Demultiplexação, Decodificação, Expansão e Filtragem............................................ 16
2.8 Exercícios Propostos ................................................................................................... 18
3. HIERARQUIAS DE MULTIPLEXAÇÃO PDH/SDH ..................................................... 19
3.1 Hierarquia Digital Plesiócrona (PDH)........................................................................ 19
3.2 Hierarquia Digital Síncrona (SDH) ............................................................................ 21
3.2.1 O Módulo de Transporte Síncrono – STM ............................................................. 22
3.2.2 Estrutura de Multiplexação da SDH....................................................................... 23
3.3 Exercícios Propostos ................................................................................................... 27
4. TRANSMISSÃO EM BANDA BÁSICA ........................................................................... 28
4.1 Classificação dos sinais: .............................................................................................. 28
4.2 Técnicas de Codificação:............................................................................................. 29
4.2.1 Codificação NRZ................................................................................................... 29
4.2.2 Codificação RZ ..................................................................................................... 30
4.2.3 Codificação AMI (Alternate Mark Invertion) ......................................................... 30
4.2.4 Codificação HDB-3 (High Density Bipolar with 3 Zero Maximum Tolerance)....... 30
4.2.5 Codificação CMI (Coded Mark Inversion) ............................................................. 30
4.2.6 Codificação Manchester ........................................................................................ 31
4.3 Exercícios Propostos ................................................................................................... 32
5. INTRODUÇÃO À REDE TELEFÔNICA ........................................................................ 33
5.1 A Central Telefônica ................................................................................................... 34
5.2 Evolução das Centrais................................................................................................. 36
5.3 Requisitos das Centrais ............................................................................................... 37
5.4 Digitalização da Rede Telefônica ................................................................................ 37

4
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

5.5 Central CPA – Controle por Programa Armazenado................................................ 38


5.6 Exercícios Propostos ................................................................................................... 40
6. COMUTAÇÃO TELEFÔNICA ........................................................................................ 41
6.1 Comutação Espacial.................................................................................................... 41
6.2 Comutação Temporal.................................................................................................. 42
6.3 Sistema TST ................................................................................................................ 44
6.4 Exercícios Propostos ................................................................................................... 47
7. SINALIZAÇÃO TELEFÔNICA ....................................................................................... 49
7.1 Sinalização entre Terminal e Central ......................................................................... 49
7.1.1 Sinalização Decádica / Multifreqüêncial ................................................................ 49
7.1.2 Telefone Público ................................................................................................... 50
7.1.3 Sinalização Acústica.............................................................................................. 50
7.2 Sinalização entre Centrais .......................................................................................... 50
7.2.1 Sinalização por Canal Associado ........................................................................... 50
7.2.1.1 Sinalização de Linha.......................................................................................... 51
7.2.1.2 Sinalização entre Registradores......................................................................... 54
7.2.2 Sinalização por Canal Comum............................................................................... 56
7.3 Exercícios Propostos ................................................................................................... 57
8. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................ 58
ANEXO A: LABORATÓRIOS.................................................................................................. 59
Experiência 1 – PCM Linear ................................................................................................. 59
Experiência 2 – PCM Diferencial........................................................................................... 64
Experiência 3 – CODEC ........................................................................................................ 69
Experiência 4 – Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM) ............................................. 72

5
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

1. INTRODUÇÃO

Os sistemas de telecomunicações desempenham um papel muito importante na sociedade


e os desenvolvimentos atuais indicam que esse papel tornar-se-á ainda mais importante no futuro.
Por telecomunicações entendemos aqui como todos os processos que tornam possível transferir voz,
dados e vídeo, com o auxílio de alguma forma de sistema eletromagnético, incluindo métodos de
transferência óptica. O rádio, a televisão, o telefone e a internet são as partes mais visíveis de uma
estrutura complexa. Essa estrutura, formada por diversas redes, demanda planejamento,
especificação, regulamentação, implantação, manutenção e administração. Para essas atividades as
empresa precisam de técnicos e engenheiros.
No entanto, formam-se menos engenheiros que a demanda prevista para a área de
telecomunicações. Certamente os indivíduos que se dedicarem a participar desse mercado promissor
irão encontrar diversas oportunidades de crescimento profissional.
Este livro tem por objetivo mostrar de forma sucinta os conceitos básicos e uma análise
dos Sistemas de Telecomunicações. Teremos contato com diversos aspectos da Telefonia Digital,
como a digitalização dos sinais de voz, os processos de multiplexação dos sinais, o estudo de redes
telefônicas, e análise das modernas centrais CPA. Veremos ainda uma apresentação das técnicas de
modulação digital e os princípios das redes de computadores.

1.1 Sistemas de Telecomunicações


Podemos dividir em quatro tipos de serviços, caracterizados pela forma como a
informação é apresentada ao usuário:
- Voz;
- Dados e imagens;
- Vídeo;
- Multimídia.

Para que as operadoras e empresas de telecomunicações possam oferecer todos os serviços


desejados pelo usuário, é necessário uma estrutura complexa, envolvendo diversos equipamentos
como centrais telefônicas, satélites, rádios, fibras, servidores, roteadores, gerência de rede, etc. A
figura 1.1 mostra alguns desses equipamentos. É evidente que o atual estágio de desenvolvimento
contempla mais tecnologia que a ilustrada na figura.

6
SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

COMUTAÇÃO TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO COMUTAÇÃO


FIXA FIXA
Computador Computador
Satélite Satélite
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II

Fax E E Fax
N N
T T
MUX MUX
R R
DEMUX DEMUX
O Rádio O
Rádio
N N
PBX/PABX C C PBX/PABX
CPA CPA

Modem Óptico Modem Óptico

7
Telefone Telefone

Modem Modem

SISTEMA
CELULAR

Figura 1.1 – Sistemas de Telecomunicações


X.25
TCP / IP
Frame Relay
CCC ERB

GERÊNCIA DE REDE
Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

1.2 Histórico
Desde a pré história, o homem já se comunicava. É evidente que nessa época a
comunicação era direta de pessoa para pessoa. Com o advento da escrita, passou o homem a se
comunicar por mensagens inscritas em pedras que eram transportadas por mensageiros. Mais tarde,
o homem descobriu que codificando as mensagens por sinais visuais ou sonoros poderia aumentar a
velocidade da comunicação: o uso de tambores e fogueiras data desta época.
As telecomunicações se iniciaram verdadeiramente em 1844, quando Samuel MORSE
transmitiu a primeira mensagem em uma linha metálica entre Washington e Baltimore. Estava
inventado o Telégrafo! A partir desse feito a tecnologia dos sistemas de comunicação foi evoluindo,
devagar no princípio, assustadoramente veloz nos dias atuais, nos permitindo antever um mundo
totalmente interligado. A figura 1.2 mostra de forma concisa toda a história das tecnologias da
informação.

Figura 1.2 – História das Tecnologias da Informação

8
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

1.3 Telecomunicações no Brasil


Aparentemente, a história das comunicações no Brasil começou com a chegada da família
real em 22 de janeiro de 1808, quando D. João VI decidiu implantar o primeiro telégrafo em terras
brasileiras.
Durante o Império, o Brasil foi um dos países pioneiros na montagem de uma estrutura de
telecomunicações, chegando a instalar uma central telefônica no mesmo ano em que Paris ativou a
sua. Durante a República o crescimento do setor foi irregular, tendo períodos de forte crescimento
alternados com uma certa estagnação.
Anos 50: Mais de 1.000 companhias telefônicas, a maioria estrangeiras, com grande dificuldade de
operação de integração.

Anos 60: Marco inicial para o desenvolvimento ordenado das telecomunicações, passando o
controle para a autoridade federal. Criação da EMBRATEL para implementar comunicação a longa
distância.

Anos 70: Telefonia urbana muito deficiente. Constitui-se a TELEBRÁS com uma empresa pólo por
estado. Promove-se a incorporação das empresas existentes. Expressiva expansão da planta de 1,4
milhões para 5 milhões de terminais telefônicos. Criado o CPqD da Telebrás. Estabeleceu-se
política industrial para consolidação de um parque industrial brasileiro.

Anos 80: Consolidou-se o processo de incorporação de empresas, permanecendo somente 5.


Lançados satélites de comunicação BrasilSat I e II, conseguindo-se a integração total do país. Com
isso, possibilitou-se a popularização e interiorização das telecomunicações.

Anos 90: Telebrás inicia a introdução de telefonia móvel celular e rede inteligente. Atinge a cifra de
10 milhões de terminais telefônicos instalados. Em 1995 é aprovado o fim do monopólio estatal da
operação de serviços de telecomunicações. Aprovada em 1997 a Lei Geral de Telecomunicações e
criada a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

9
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

2. PCM - MODULAÇÃO POR CÓDIGO DE PULSO

Existe atualmente uma forte tendência à transformação dos atuais sistemas telefônicos em
redes inteiramente digitais, tanto no que diz respeito à transmissão como à comutação. Esta
transformação teve início quando da introdução, em escala comercial, dos sistemas de transmissão
PCM. A evolução no campo da computação e dos sistemas digitais propiciou a continuidade dessa
transformação através da introdução de processamento de dados no controle de centrais telefônicas,
criando assim as denominadas centrais CPA (Controle por Programa Armazenado).
As principais vantagens da introdução de tecnologia digital em centrais telefônicas,
podem ser classificadas:

VANTAGENS TÉCNICAS

- Melhor qualidade de transmissão;


- Maior dificuldade de interceptação de conversação e maior facilidade de codificação para
ligações sigilosas;
- Maior capacidade de sinalização entre centrais através do aproveitamento adequado dos canais
de sinalização dos sistemas PCM (64 Kbit/s);
- Menores tempos para o estabelecimento de chamadas, quer pelo menor tempo de acesso aos
componentes da matriz de comutação, devido a compatibilidade entre as tecnologias da matriz e
do controle, quer pela maios facilidade de determinação de rotas livres na matriz;
- Maior facilidade de projeto e implementação de matrizes de comutação de grande capacidade e
bloqueio pequeno;
- Compatibilidade com futuros meios de comunicação digital.

VANTAGENS ECONÔMICAS

- Redução de custo;
- Redução de peso e espaço ocupado pela matriz de comutação;
- Possibilidade de integração de serviços, permitindo a transmissão e comutação mais eficiente de
dados de qualquer natureza;
- Simplificação de operação e dos procedimentos de pesquisa e correção de falhas

O PCM (Modulação por Código de Pulso) transforma um sinal analógico em uma série de
pulsos binários que podem ser manipulados. Esse procedimento resulta em um erro, ou ruído

10
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

intrínseco, provocado pela etapa de atribuições de níveis quânticos ao sinal.


O PCM consiste em relacionar o sinal a ser emitido com uma codificação de pulsos. É a
técnica mais utilizada atualmente pelos sistemas de transmissão, sendo mostrada a seguir.

Figura 2.1 – Chaveamento de canais

O sistema PCM compõe-se de várias etapas nas quais o sinal é tratado devidamente para
ser transmitido. Estas etapas são apresentadas no diagrama de blocos seguinte.

CH1 Amostr Quantiza Compres Codificação

MUX

CH30 Amostr Quantiza Compres Codificação

Regeneração

Decodific Expansão FPB CH1

DEMUX

Decodific Expansão FPB CH30

Figura 2.2 – Etapas da Modulação por Código de Pulso

11
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

2.1 Teorema da Amostragem


Consiste em substituir o sinal analógico por uma sucessão de amostras de curta duração
em intervalos regulares. Essa sucessão de amostras contém as informações necessárias para
posterior recuperação do sinal original, sem perdas de informação. Os sinais de entrada aplicados a
cada um dos canais correspondentes devem ser periodicamente amostrados para que possam ser
codificados e em seguida multiplexados no tempo.
A freqüência de amostragem deve ser maior ou igual a duas vezes a máxima freqüência do
sinal a ser amostrado (usualmente denominada de freqüência de Nyquist).

fa ≥ 2 fs
Onde Fa = Freqüência de amostragem
Fs = Maior freqüência do sinal amostrado

A voz humana ocupa uma faixa de freqüências de 20 a 20 KHz. A faixa de freqüências


utilizada em telefonia é de 300 a 3400 Hz, sendo que a freqüência de amostragem foi fixada em
8000 Hz. Esta faixa de freqüências foi escolhida porque representa 90% da inteligibilidade do sinal.
O intervalo de tempo entre uma amostra e outra de um mesmo sinal é de 125 µs. Este valor foi
obtido através de:

1 1
Ta = = = 125µ
f a 8000
Onde Ta = intervalo de amostragem

A figura 2.3 ilustra o processo de amostragem de um sinal telefônico analógico.

Figura 2.3 – Amostragem de um sinal de voz

12
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

2.2 Quantização
Como os sinais amostrados PAM são analógicos, a primeira etapa para a conversão destes
em sinais digitais é a quantização, que consiste em aproximar as amplitudes das amostras para
valores pré determinados (níveis de quantização).
Para que ele seja codificado, é necessário que assuma valores discretos, sendo aproximado
para um valor pré estabelecido mais próximo (valor de decisão). Na quantização uniforme, como os
intervalos de quantização são uniformemente distribuídos, sinais de menores amplitudes sofrerão
maiores efeitos do erro de quantização, ou seja, a relação sinal/ruído é menor para sinais de pequena
amplitude e maior para sinais de maiores amplitudes. As estatísticas dos sinais de voz revelam que
sinais de pequena intensidade são predominantes, o que inviabiliza a quantização desse sinal de
maneira uniforme.

Figura 2.4 – Quantização e Relação Sinal Ruído

Como vimos, o sinal quantizado traz consigo um erro de quantização (Eq). Podemos
definir esse erro como sendo:

Eq = Va − Vq
Onde: Va = Valor da Amostra
Vq = Valor Quantizado

2.3 Compressão
Na figura anterior verificamos que a Relação Sinal Ruído (RSR) é maior para valores
maiores de amplitude. Deste modo teremos uma RSR variável. Para se conseguir uma RSR melhor
ao longo de toda a dinâmica do sinal, e obter uma maior inteligibilidade, é necessário que a
quantização seja não - linear, onde os níveis de quantização são distribuídos de forma não - linear.
Assim, teremos uma menor aproximação para níveis mais baixos.
O processo de compressão consiste em comprimir os níveis mais altos, sendo assim, a
quantização não - linear associada a um compressor permite que a relação sinal / ruído seja
constante para todos os níveis. A característica básica que define o funcionamento de um
compressor é a Lei de Compressão. Atualmente existem as seguintes Leis de Compressão:
Lei µ: Não é utilizada no Brasil. A curva característica da Lei µ apresenta 15 segmentos e é
utilizada para um sistema PCM de 24 canais. Adotada nos EUA e Japão.

13
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Lei A: Adotada para os sistemas de 32 canais onde a curva é aproximada para 13 segmentos de
reta. Utilizada na Europa e Brasil.

Para execução prática dos equipamentos PCM, as curvas definidas pela Lei de
Compressão são aproximadas por segmentos de reta, onde cada segmento (trecho) tem o mesmo
número de níveis (igual a 16). A figura abaixo mostra a curva característica da Lei A..

p=1 b a

SEG8 111 0000 a 1111

SEG7 110 0000 a 1111

SEG6 101 0000 a 1111 1


2

SEG5 100 0000 a 1111 3

4
SEG4 011 0000 a 1111

5
SEG3 010 0000 a 1111

6
SEG2 001 0000 a 1111

SEG1 000 0000 a 1111 7

SEG1 000 0000 a 1111


7

SEG2 001 0000 a 1111


78
SEG3 010 0000 a 1111

9
SEG4 011 0000 a 1111

10
SEG5 100 0000 a 1111
11
SEG6 101 0000 a 1111
12

SEG7 110 0000 a 1111


13

SEG8 111 0000 a 1111

p=0 b a

Y: Saída de níveis quantizados SEG: Segmento b: Segmento


X: Nível do sinal de entrada P: Polaridade do Pulso a: Nível dentro do segmento
Figura 2.5 – Curva Característica da Lei A

14
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

2.4 Codificação
A codificação é usada após a compressão para converter a amplitude de cada pulso PAM
em uma combinação de bits zero e um. Os 128 intervalos positivos mais os 128 intervalos negativos
formam os 256 (28) intervalos do sistema de transmissão PCM, sendo representados por palavras
código (código binário) de 8 dígitos, isto é, 8 bits.
O formato da palavra código utilizado para representar cada valor codificado, é ilustrado
na figura abaixo.

1 2 3 4 5 6 7 8

p b a

Figura 2.6 – Formato da Palavra Código de 8 bits

P: Indica a polaridade do pulso PAM, isto é, se ele se encontra na metade superior (p = 1)


ou inferior da curva de compressão (p = 0);
B: Indica o segmento dentro da metade definida por p, em que se encontra a amostra em
questão (3 bits podem representar 8 segmentos). Para a característica de compressão utilizada, a
curva é dividida em 13 trechos. Porém, como o trecho número 7 é subdividido em 4 segmentos,
tem-se na realidade um total de 16 segmentos;
A: Indica o nível dentro do segmento ou trecho do segmento (4 bits podem representar 16
níveis).

2.5 Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM)


A multiplexação permite que os vários sinais amostrados sejam transmitidos por uma
única via de transmissão. Para um sistema PCM de 32 canais (30 canais para informação, uma canal
para sinalização e outro para alinhamento e sincronismo), a chave eletrônica da etapa de
amostragem varre um determinado canal num intervalo de tempo t.
T é o período de varredura de um quadro, que por sua vez é composto de 32 canais.
Portanto, o tempo de varredura de um canal é de 3,9 µs e o tempo de um único bit é.

T 125 tc 3,90625
tc = = = 3,90625µs tb = = = 488,28ns
32 32 Nb 8

Logo, o restante do tempo T - t pode ser utilizado para transmissão, na, mesma linha, de
outros canais de comunicação, obtendo assim a Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM). Os
32 canais do PCM formam o quadro básico de 2.048 Kbps, ou 2 Mbps. O quadro repete-se 8.000
vezes por segundo, ou seja, cada quadro tem a duração de 125  
  
 

 
tem a capacidade de transportar 8 x 8.000 = 64 Kbit/s.
O intervalo de tempo (Time Slot) zero é utilizado para transportar o sinal de alinhamento
de quadro. Os bits desta palavra têm sempre o mesmo formato: 10011011. O receptor determina a

15
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

posição do quadro de pulsos baseado nas palavras de alinhamento dos quadros entrantes, para que
os bits entrantes possam ser distribuídos aos circuitos telefônicos na seqüência correta. A palavra de
alinhamento de quadro é transmitida alternadamente com a palavra de alarmes.

º
Figura 2.7 – Quadro PCM de 1 Ordem (2.048 Kbit/s)

O canal 16 é normalmente utilizado para transportar a sinalização associada aos canais


úteis; com a introdução da sinalização por canal comum, o Time Slot 16 passa a ser utilizado para
transportar mais um canal útil. O canal 16 funciona da seguinte maneira:
- No quadro 0: Sincronismo de multiquadro (conjunto de 16 quadros);
- No quadro 1: Sinalização dos canais 1 e 17;
- No quadro 2: Sinalização dos canais 2 e 18;
- ...
- No quadro 15: Sinalização dos canais 15 e 31.

2.6 Regeneração do Sinal na Linha


No sistema de transmissão PCM, a forma de onda de pulso transmitida é deformada na
linha, mesmo se for bipolar. Entretanto, ela pode ser regenerada, sem distorção, através do uso de
repetidores instalados em intervalos regulares.
O repetidor digital apresenta vantagens sobre o repetidor analógico, pois além de
reconstituir o pulso no formato original, elimina completamente o ruído que estava presente junto
com o sinal na entrada do repetidor. Com o repetidor analógico, isto não acontece, pois este
amplifica tanto o sinal de informação quanto o ruído existente no sinal de entrada do repetidor, além
de inserir o próprio ruído, tornando difícil a reconstituição do sinal original.
Nos enlaces PCM são utilizados repetidores de 2 a 5 Km.

2.7 Demultiplexação, Decodificação, Expansão e Filtragem


Estas etapas realizam as operações inversas da Multiplexação, Codificação e Compressão.
Na demultiplexação, as informações contidas nos bits de sincronismo permitem que os
pulsos PAM sejam encaminhados para seus respectivos canais por meio de uma seqüência de portas

16
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

que se abrem sucessivamente.


A decodificação, executada na recepção, é a operação inversa à codificação realizada na
transmissão. Nesta fase o sinal digital é transformado na forma de pulsos PAM.
Na recepção, após a decodificação, o pulso precisa ser restaurado, ou seja, expandido
através de um processo denominado Expansão. Consiste em aplicar uma Lei exatamente inversa à
da Compressão.
Finalmente, os pulsos PAM, passando através de filtros existentes em cada canal,
reconstituem os sinais originais.

Exercício 2.1: Suponha um sistema PCM com freqüência de amostragem 8 KHz, 24 intervalos de
tempo e 8 bits de palavra de codificação. Pergunta-se:
a) Qual a freqüência máxima que pode ser amostrada sem distorção?
b) Qual o tempo de quadro (Tq), tempo de canal (Tc) e tempo de bit (Tb)?
c) Qual a taxa de transmissão do quadro (Vq) e de cada canal (Vc)??

17
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Exercício 2.2: Dado o sinal abaixo, e utilizando apenas 8 níveis de quantização, preencha a tabela
para cada valor amostrado.

Valor Real da Amostra 1,3 V 3,6 V 2,3 V 0,7 V -0,7 V -2,4 V -3,4 V
Valor Quantizado
Número do Código
Seqüência PCM

2.8 Exercícios Propostos


1- Quais são as etapas que compõem um sistema PCM ?

2- Por que é utilizada a compressão ?

3- Suponha um sistema PCM com freqüência de amostragem 16 KHz, 22 intervalos de tempo e 6


bits de palavra de codificação. Pergunta-se:
a) Qual a freqüência máxima que pode ser amostrada sem distorção?
b) Qual o tempo de quadro (Tq), tempo de canal (Tc) e tempo de bit (Tb)?
c) Qual a taxa de transmissão do quadro (Vq) e de cada canal (Vc)??

4- Esboce o quadro PCM de 1º ordem.

18
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

3. HIERARQUIAS DE MULTIPLEXAÇÃO PDH/SDH

3.1 Hierarquia Digital Plesiócrona (PDH)


A comunicação digital utiliza como base o canal de voz digital de 64 Kbit/s que por sua
vez é multiplexado segundo técnicas TDM (multiplexação em tempo) nos diversos enlaces e
troncos de comunicação que compõem o sistema. O sistema de multiplexação é hierarquizado,
geralmente com 4 níveis, começando com o canal básico de 64 Kbit/s, agregando a seguir feixes de
canais básicos, segundo esquemas próprios, padronizados pelo ITU ou um padrão americano.
As principais características dos níveis de multiplexação da hierarquia de transmissão
digital do ITU e americana estão resumidas na Tabela 3.1. Em cada nível de multiplexação é levado
em conta o fato de que os relógios dos tributários, além de serem distintos, não são exatamente
iguais, mas quase iguais, dentro de uma certa tolerância, e por isso chamados sinais plesiócronos
(plésio, do grego; quase igual).

Hierarquia Digital Plesiócrona PDH

Hierarquia Digital Européia Hierarquia Digital Americana Hierarquia Digital Japonesa


(ITU)
Designa Taxa Equiv. Designa Taxa Equiv. Designa Taxa Equiv.
ção [Kbit/s] Canal B ção. [Kbit/s] DS0 ção [Kbit/s] Canal B
Canal B 64 - DS0 64 - Canal B 64 -
E1 2.048 30 DS1 1.544 24 DS1 1.544 24
E2 8.448 128 DS1C 3.152 48 DS2 1.312 96
E3 34.368 512 DS2 6.312 96 J1 32.064 501
E4 139.264 2048 DS3 44.736 672 J2 97.728 1527
DS4NA 139.264 2016
DS4 274.176 4032

DS: Digital Signal E: Europeu J: Japonês

Tabela 3.1 – Padrões PDH

Devido a este fato, o sistema de multiplexação assim estruturado, é chamado de sistema

19
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

PDH (Plesiochronous Digital Hierarchy). Aos relógios de cada tributário deste sistema é permitida
uma pequena variação ou tolerância em torno de um valor nominal. A partir do 2o. nível de
multiplexação, os tributários são inseridos em um buffer que é lido a uma taxa ligeiramente superior
à taxa do tributário. Quando não há nenhum bit no registrador de entrada, porque os bits vem a uma
taxa um pouco menor, é adicionado um bit de enchimento (stuff bit) no fluxo de bits agregado. É
claro que existe um mecanismo que sinalizará ao demultiplexador que foi feito um "enchimento" e
que este bit deverá ser retirado do fluxo na recepção. Através deste mecanismo de buffer elástico
todos os tributários do multiplexador são compatibilizados segundo um relógio único permitindo
desta forma uma multiplexação TDM síncrona. Os multiplexadores do nível 2 a 4 aplicam esta
técnica em relação aos seus tributários que são plesiócronos.
Somente no primeiro nível da hierarquia de multiplexação digital (32canais de 64 Kbit/s =
2.048 Kbit/s), como os fluxos digitais dos tributários (canais de voz de 64 Kbit/s) provêm dos
codecs (conversores AD/DA) de entrada, que são cadenciados sincronamente a partir de um relógio
único do próprio MUX, a multiplexação é do tipo TDM

0
.
.
.
. 2,048 Mbit/s
. 32 x 8,448 Mbit/s
. 4x 34,368 Mbit/s
. 4x
31 139,264Mbit/s
4x

32 x 64kbit/s = 2,048Mbit/s

Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4

Precisão dos Relógios dos Tributários em cada nível de Multiplexação


Nível Taxa de bits nominal Freqüência Relógio Tolerância do Relógio
Hierarquico [kbit/s] [kHz] [ppm: partes por milhão]
0 64 64 64 ± 100
1 2048 2048 2048 ± 50
2 8448 8448 8448 ± 30
3 34368 34368 34368 ± 20
Figura 3.1 – Estrutura de Multiplexação da PDH

Tendo em vista as diferenças entre os sistemas PDH europeu, americano e japonês, torna-
se difícil a interligação destes sistemas num sistema de comunicação digital mundial unificado. Este
fato, além de outros fatores, contribuíram para a definição de um novo sistema de comunicação
digital, que desse suporte para a transmissão em altas taxas, além de perfeita compatibilidade entre
as diversas hierarquias de multiplexação digitais existentes. Também foram fatores decisivos, a
necessidade de maior flexibilidade e confiabilidade destes sistemas, além de facilidades de
gerenciamento, reconfiguração e supervisão, enfim, um sistema dentro do conceito de Rede
Inteligente.
Este novo sistema é conhecido como Hierarquia Digital Síncrona, SDH (europeu), ou
SONET (americano). A principal característica deste sistema, como aliás diz o próprio nome, é o
fato de que ele é totalmente síncrono, baseado em um relógio mestre universal de alta precisão. Os

20
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

canais digitais do sistema PDH, após passarem por um processo de adaptação, podem trafegar pelos
canais síncronos d e alta velocidade do sistema SDH/SONET.

3.2 Hierarquia Digital Síncrona (SDH)


Por volta de 1985, o comitê T1X1 da ANSI, desenvolveu as primeiras interfaces para
troncos óticos de alta velocidade baseados em fibra ótica, conhecido como SONET (Synchronous
Optical Network). A partir de 1988, muitos dos estudos, interfaces e propostas da SONET foram
acolhidas pelo ITU-T através das Recomendações G.707, G.708, e G.709, tornando-se desta forma
um padrão mundial conhecido como SDH (Sinchronous Digital Hierarchy) do ITU-T.
A SDH é uma rede síncrona de transporte de sinais digitais, formada por um conjunto
hierárquico de estruturas de transporte padronizadas com objetivo a transferência de informações
sobre redes digitais e oferecendo aos operadores e usuários flexibilidade e economia.
A seguir temos as principais características da SDH que mostram o grande avanço que
esta tecnologia trouxe para as redes de transporte:
- Padronização Total: Este foi um dos principais objetivos da SDH, permitindo um ambiente
multifornecedor. O ITU-T padronizou diversos itens, como a taxa de bit, estrutura de quadro,
interface de tributários, interface de linha, gerência de rede, etc.
- Flexibilidade aos tributários: A estrutura do quadro SDH possui características que facilitam
o aceso, derivação e inserção de tributários. Para a formação do quadro, a multiplexação se dá
através do entrelaçamento de bytes (na PDH é a nível de bit). A localização e acesso aos
tributários se dá através dos ponteiros presentes no quadro SDH, que indicam a posição de
início de um tributário dentro do quadro.
- Grande Capacidade para Gerência de Rede: Cerca de 5% da capacidade de transporte é
destinado ao transporte de bytes específicos a gerência de rede.

Com as características apresentadas, a SDH introduziu alguns benefícios nas redes de


transporte:
- Custo da rede mais baixo;
- Melhor gerência de rede;
- Provisionamento mais rápido;
- Disponibilidade da rede;
- Atendimento a serviços futuros.

A SDH foi projetada para que suportasse a transmissão de quase todos os tipos de sinais
existentes. Entre os muitos, cita-se alguns com o mapeamento já definido: PDH (2, 34, 140 Mbps),
ATM, FDDI, Frame Relay. Acredita-se que qualquer sinal que possa aparecer nos sistemas de
telecomunicação poderão ser transportados pela SDH.
A tabela apresenta a Hierarquia Digital Síncrona SDH e o sistema equivalente americano
SONET (Synchronous Optical NETwork). A principal diferença entre os dois sistemas é em relação
a estrutura do quadro do canal básico, a partir do qual é estruturada a hierarquia de multiplexação, e
a designação dos diversos canais digitais. Enquanto o SONET inicia com um canal chamado STS-1,
de 51,84 Mbit/s, o sistema SDH começa com um canal designado de STM-1, de 155,52 Mbit/s.

21
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Hierarquia Digital Síncrona SDH/SONET

Designação Designação SDH Taxa Taxa útil


SONET (ITU-T) [Mbit/s] [Mbit/s]
(ANSI)
STS-1 (OC-1) - 51,84 50,112
STS-3 (OC-3) STM-1 155,52 150,336
STS-9 (OC-9) STM-3 466,56 451,008
STS-12 (OC-12) STM-4 622,08 601,344
STS-18 (OC-18) STM-6 933,12 902,016
STS-24 (OC-24) STM-8 1244,16 1202,688
STS-36 (OC-36) STM-12 1866,24 1804,o32
STS-48 (OC-48) STM-16 2488,32 2405,376

STS: Sinchronous Transport Signal STM: Sinchronous Transport Module


ANSI: American Nacional Standard Institute OC: Optical Carrier

Tabela 3.2 – Hierarquia Digital Síncrona SDH/SONET

3.2.1 O Módulo de Transporte Síncrono – STM


Na SDH é definida uma estrutura básica de transporte de informação, o Módulo de
Transporte Síncrono – 1 (STM-1), com taxa de 155,52 Mbps. Esta estrutura define o primeiro nível
da hierarquia, e atualmente estão padronizadas 3 módulo de transporte síncrono: STM-1, STM-4 e
STM-16.
A estrutura de quadro do STM-1 consiste de 9 linhas e 270 colunas, lidos da esquerda para
a direita e de cima para baixo, com duração de 125 ! "#$%"'& (*) +
,-"."0/1,2/43*/65/879):(7;)<5)>=)?+
/A@#CBBB
quadros/segundo, logo um byte dentro do quadro representa 64 Kbps. Já a estrutura de quadro do
STM-N é obtida através da multiplexação de “N” payloads de quadros STM-1

9 colunas 1 coluna 260 colunas


1 RSOH
3
P
4 Ponteiro
O Payload
5
H
MSOH
9
125 us
Figura 3.2 – Módulo de Transporte Síncrono - STM

A estrutura de quadro possui basicamente as seguintes áreas:


RSOH – Cabeçalho de Seção de Regeneração: Seu conteúdo pode ser examinado e modificado
não somente pelos terminais de uma seção mux, mas também pelos regeneradores de linha.
Contém, a seguinte estrutura, sendo que os espaços em branco servem para compatibilizar com a
SONET.

22
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

A1 A1 A1 A2 A2 A2 C1
B1 E1 F1
D1 D2 D3

A1 e A2: Dois bytes para sincronismo de quadro (F6 e 28 em hexadecimal).


C1: Identificador de STM.
B1: Monitoração de erro de bits, através do cálculo de paridade (BIP-8) do quadro anterior.
E1: Canal de serviço, é um canal de voz 64 Kbps.
F1: Canal de usuário.
D1, D2 e D3: Canais de comunicação de dados de 192 Kbps.

Ponteiro: O ponteiro é responsável por tornar a rede SDH síncrona, pois sua função é indicar a
posição do primeiro byte do Payload associado a ele. Se o relógio dos dados de um tributário
qualquer se adianta ou atrasa em relação à cadência do relógio SDH, os ponteiros adiantam ou
atrasam a localização temporal da informação dentro do quadro STM.

MSOH – Cabeçalho de Seção de Multiplexação: Seu conteúdo não pode ser acessado por
regeneradores de linha. Sua estrutura é:

B2 B2 B2 K1 K2
D4 D5 D6
D7 D8 D9
D10 D11 D12
Z1 Z2 E3

B2: Monitoração de erro de bits, através do cálculo de paridade BIP-24.


K1 e K2: Canais de comutação automática.
D4 a D12: Canais de comunicação de dados de 576 Kbps.
Z1 e Z2: Reservados.
E2: Canal de serviço.

POH – Cabeçalho de Via: Os bytes POH prestam-se a várias funções:

J1 Identificador dos pontos de um trajeto


B3 Monitoração de erro de bits, utilizando BIP-8
C2 Identificador de carga do VC
G1 Indica estado do trajeto
F2 Canal de Usuário
H4 Indicador de multiquadro
Z3 Reservado para uso futuro
Z4 Reservado para uso futuro
Z5 Reservado para uso futuro

Payload: Onde serão colocados os tributários, podendo ser sinais PDH, ATM, Frame Relay, etc.

3.2.2 Estrutura de Multiplexação da SDH


Na figura 3.3 é mostrada a estrutura hierarquizada do SDH que também permite a inserção

23
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

dos acessos básicas do sistema de multiplexação PDH para dentro deste sistema passando porém
por uma adaptação. Através deste sistema de adaptação, os mecanismos de adição ou extração (add
and drop) de canais digitais de ordem inferior a partir de um agregado de ordem superior, processo
complicado e demorado no sistema PDH, torna-se simples e direto no sistema SDH.
Exemplificando; a inserção ou extração de um canal de 64 Kbit/s de um canal E3 de
34,368Mbit/s do sistema PDH, precisa necessariamente passar pelas etapas intermediárias, (no caso
E2 e E1) e em cada um deles sincronizar os sinais a partir do relógio próprio de cada tributário
intermediária, o que além de complicado é demorado. Já no sistema SDH, em vista de que é
utilizado um relógio mestre único, em todos os níveis de multiplexação, não há necessidade de
passar por estes processos, aumentando-se desta forma a eficiência, a rapidez e confiabilidade do
sistema.

Figura 3.3 – Estrutura de Multiplexação SDH/SONET

O mapeamento do fluxo de bits de um canal PDH é feito segundo um conceito de


container (C). O container é um estrutura de dados (bloco), fixa para cada tipo de acesso. Ao
container é acrescido a informação sobre a rota por onde ele será transportado.

24
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

O container com a informação de rota é chamado de Virtual Container (VC), o qual ao


receber a informação do ponteiro da localização temporal da informação útil dentro do VC é
chamado de Unidade Tributária.(TU). As TU's por sua vez, podem ser agrupadas por multiplexação
para um nível superior. Através de um novo processamento de ponteiros temporais, são obtidas as
Unidades Administrativas (AU), que por sua vez podem ser multiplexadas para os níveis de entrada
no SDH/SONET, ou seja STM 1 ou STS 3.
Na figura seguinte, temos somente a estrutura de multiplexação SDH com os tributários
PDH da Hierarquia Européia.

xN x1

x3
x1

x7
x3

Figura 3.4 – Estrutura de Multiplexação SDH simplificada

A estrutura de dados dos canais digitais do PDH são transformadas segundo etapas e
modificações sucessivas, definidas a seguir:
• Container de ordem n, ou Cn (n=1-4)
• Virtual Container de ordem n, ou VCn (n=1-4)
• Tributary Units, TUn (n=1-4)
• Tributary Unit Group, TUGn (n=2 ou 3)
• Administration Unit, AUn (n=3 ou 4)
• Administration Unit Group, AUG

Container C-n (n=1-4) Um container é a estrutura de Dados que contém a informação


útil (payload) da rede PDH para formar um virtual container (VC). Para cada
container Cn há um VC correspondente.
C1 - pode ser de dois tipos; C11 - 1544 Kbit/s (DS1) e
C12 - 2048 Kbit/s (E1)
C2 - 6312 Kbit/s (DS2)
C3 - 44.736 Kbit/s (DS3) ou 34.368 Kbit/s (E3)
C4 - 139.264 Kbit/s (DS4AN ou E4)

Container Virtual VC-n (n=1-4) O Container Virtual é a estrutura de informação usada


para conter a informação útil mais a informação de rota do SDH. É composto
portanto pêlos campos de informação da carga útil (payload) e o cabeçalho de rota
(POH - Path OverHead), organizado em uma estrutura de quadro que se repete a
cada 125 ou 500 µs como mostra a figura.

POH Carga Útil VC-n D C-n + POH

25
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Unidades Tributárias TU-n (n=1-3) O TU-n é uma estrutura de dados usada para
adaptar a camada de rota de ordem inferior em uma camada de rota de ordem
superior.

POH
Ponteiro Carga Útil TU-n E VC-n + Ponteiro de TU

Grupo de Unidades Tributárias TUG-n (n=2,3) O TUG é composto por um grupo de


TU’s multiplexados para formar um VC de ordem superior. Ex.: TU-3 + TU-3 +
TU-3 E VC-4

TU-n +…+ TU-n E TUG-n E VC-n+1

Unidade Administrativa AU-n (n=3,4) É a estrutura de informação usada para adaptar a


camada de rota de ordem superior com a camada de seção de multiplex. A
estrutura AU é composta por um VC de ordem superior e um ponteiro de AU.

VC-n + ponteiro E AU-n

Grupo de Unidades Administrativas AUG A estrutura AUG é composto por um grupo


de AU’s, que a seguir, podem ser multiplexados para formar um STM-n

AU-n + …+AU-n E AUG

Ex.: AUG E AU3 + AU3 + AU3 ou, AUG E AU4

Synchronous Transport Module STM-n (n=1,4,16…) Um STM é a estrutura de dados


usada para acomodar as conexões da camada de seção no SDH.

n.AUG + (SOH+LOH) E STM-n

Exercício 3.1: Descreva todo o processo de formação do quadro STM-1 através de um sinal PDH
de 140 Mbit/s.

26
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Exercício 3.2: Dada a rede SDH abaixo e considerando que um tributário é inserido no nó A e
retirado no nó B, determine as seções de multiplexação, regeneração e via.

Mux

Reg Reg
A B

Mux Mux

Mux

3.3 Exercícios Propostos


1- Quais são os níveis de multiplexação e respectivas velocidades da PDH adotada no Brasil?

2- Como são compatibilizados os relógios dos tributários na PDH?

3- Desenhe o quadro da SDH e explique de forma sucinta as suas principais áreas.

4- Dada a estrutura de multiplexação SDH, descreva as seguintes etapas: Container, Virtual


Container, Unidade Tributária, Grupo de Unidades Tributárias, Unidade Administrativa, Grupo
de Unidades Administrativas e STM (Módulo de transporte Síncrono).
xN x1

x3
x1

x7
x3

27
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

4. TRANSMISSÃO EM BANDA BÁSICA

A modulação não é a única forma de se transmitir um sinal digital para um ponto remoto.
Desde que a distância entre o transmissor e receptor seja de alguns quilômetros, a banda de
transmissão disponível seja em torno de 15 KHz e o meio de transmissão tenha certas
características, é possível realizar a Codificação Banda Base do sinal digital.
Esse processo consiste na reconfiguração do sinal digital (informação que se quer
transmitir) em um sinal melhor adaptado às condições de transmissão.
A Codificação Banda Base é realizada para alcançar os seguintes objetivos:
a) A variação da componente DC deve ser a menor possível;
b) A possibilidade de fácil extração do sinal de relógio;
c) A faixa de freqüência ocupada deve ser a mais estreita possível.

4.1 Classificação dos sinais:


Os sinais em Banda Base podem ser classificados quanto a duração e polaridade de seus
pulsos:

Duração:
NRZ (non return to zero): cada bit 0 é representado por um pulso OFF e cada bit 1 por um
pulso ON ocupando todo o intervalo significativo do bit;

RZ (return to zero): os bits 1 são representados por pulsos ON com duração de meio intervalo
significativo bit.

Polaridade:
Unipolar: os dois níveis tem a mesma polaridade (exemplo: 0 e “+”). Esse tipo de sinal resulta
em codificação com componente DC que não leva informação mas consome energia. Além
disso, a ocorrência de uma longa seqüência de bits 0 resulta em um sinal que não apresenta
transições, dificultando a sincronização dos equipamentos.

Polar: este sinal possui pulsos com polaridades opostas (exemplo: o bit 0 é representado por
pulso “-” e o bit 1 por pulso “+”), zerando a componente DC se a mensagem contiver uma

28
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

proporção igual de bits 0 e 1.O número de transições dependerá completamente do sinal


transmitido.

Bipolar: os sucessivos bits 1 são representados com pulsos de polaridade alternada.

4.2 Técnicas de Codificação:


Existem diversas técnicas de codificação, ilustradas na figura abaixo e descritas adiante.

Clock

0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 Sinal de
Dados
+1 Unipolar
0 NRZ

+1 Bipolar
0 NRZ
-1
+1 Unipolar
0 RZ

+1 Bipolar
0 RZ
-1
+1 AMI
0
-1
+1 HDB-3
0
-1
+1 CMI
-1

Manches
+1 ter
-1

Figura 4.1 – Exemplos de formas de onda codificadas

4.2.1 Codificação NRZ


Com o código NRZ, o nível do sinal é mantido constante em uma de duas tensões
possíveis, pela duração de um intervalo de bit. Se as duas voltagens permitidas são 0 e V, a forma
de onda NRZ é dita UNIPOLAR. Este sinal tem uma componente DC diferente de zero. Por outro
lado, o sinal NRZ BIPOLAR usa duas polaridades, +V e -V, deste modo provê uma componente
DC nula.

29
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

A codificação NRZ apresenta carência de transições de dados, o que resulta em um pobre


desempenho na recuperação de relógio. Esta característica limita o seu uso apenas para pequenas
distâncias de transmissão e conexões entre estações.

4.2.2 Codificação RZ
O nível do sinal que representa o bit de valor 1 dura a primeira metade do intervalo do bit,
após o qual o sinal retorna para o nível de referência (zero) para o restante meio intervalo de bit.
Um bit 0 é indicado por uma não mudança, com o sinal continuando no nível de referência (zero).
Sua principal vantagem reside no aumento das transições e comparação com o NRZ, com
uma resultante melhoria na recuperação do relógio. Nota-se que uma seqüência muito grande de 0
resulta em um sinal sem transições, o que representa um problema para os circuitos de recuperação
de relógio.

4.2.3 Codificação AMI (Alternate Mark Invertion)


Na codificação AMI (bipolar), o bit 0 é sempre codificado como nível zero, e os bits 1 são
codificados como +V ou -V, onde a polaridade é alternada para cada ocorrência de bit 1. A
codificação AMI resulta em uma componente DC nula. A representação AMI pode ser NRZ (100 %
do tempo de bit) ou RZ (50% do tempo de bit).
A garantia de transição dos níveis para cada bit 1, proporciona um ótimo desempenho na
recuperação de relógio, melhorando ainda mais quando o sinal for RZ. Esta codificação apresenta
ainda a capacidade de detecção de erro, pois amplitudes positivas consecutivas sem uma amplitude
negativa intermediária (e vice-versa) constituem uma violação da regra AMI e indicam que ocorreu
um erro na transmissão.
Porém, uma longa seqüência de zeros não produz transições no sinal, o que pode causar
dificuldade na recuperação do relógio.

4.2.4 Codificação HDB-3 (High Density Bipolar with 3 Zero Maximum Tolerance)
Esta codificação limita o número de zeros consecutivos permitidos em substituição do
quarto zero por uma violação bipolar. Além disso, a fim de eliminar qualquer possível componente
DC devido a seqüência adicionada, o codificador força o número de B (nível lógico 1) entre dois
pulsos V (violação) consecutivos a ser sempre ímpar
É utilizado para codificar o sinal do multiplex de 2 Mbps, 8 Mbps e 34 Mbps dentro da
hierarquia européia. Essa codificação segue as regras abaixo:
1- Quando 3 ou menos bits 0 se sucedem, a regra AMI deve ser aplicada.
2- Quando mais do que 3 bits 0 se sucedem, a seqüência 0000 é substituída por B00V ou
000V, onde:
- Pulso B: Pulso de lógica 1 em concordância com as regras AMI.
- Pulso V: Pulso de lógica 1 em discordância com as regras AMI.
3- O uso de B00V ou 000V depende do número de pulsos B contidos entre os pulsos V:
- Número ímpar: 000V
- Número par: B00V

4.2.5 Codificação CMI (Coded Mark Inversion)


É utilizada como código de linha para o sinal multiplex de 4o. ordem (140 Mbps), bem

30
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

como no sistema SDH 155 Mbps.


O símbolo 1 é enviado com polaridade alternada utilizando 100% do tempo de bit. O
símbolo 0 é enviado por uma troca de polaridade de negativo para positivo com 50% do tempo de
bit.

4.2.6 Codificação Manchester


Para os bits 1, utiliza-se uma defasagem de 180o em relação o relógio (clock). Para os bits
0 não se utiliza defasagem. Este sistema pode ser implementado, logicamente, por uma porta OU-
Exclusivo:

RELÓGIO

MANCHESTER

SINAL NRZ

Figura 4.2 – Implementação da Codificação Manchester com porta OU-Exclusivo

Exercício 7.1: Dado o sinal binário abaixo, faça as seguintes codificações: NRZ, RZ, AMI (50%),
AMI (100%), HDB3 (50%), CMI e Manchester.

CLOCK

DADOS 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1

NRZ

RZ

AMI (50%)

AMI (100%)

HDB3 (50%)

CMI

MANCHESTER

31
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

4.3 Exercícios Propostos


1- Dado o sinal binário abaixo, faça as seguintes codificações: NRZ, RZ, AMI (50%), AMI
(100%), HDB3 (50%), CMI e Manchester.

CLOCK

DADOS 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

NRZ

RZ

AMI (50%)

AMI (100%)

HDB3 (50%)

CMI

MANCHESTER

32
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

5. INTRODUÇÃO À REDE TELEFÔNICA

A rede telefônica evoluiu a partir do serviço básico de telefonia para um portfólio de


serviços denso e variado. A rede telefônica é constituída pela rede longa distância, que inclui as
centrais interurbanas e internacionais e os respectivos entroncamentos; a rede local contendo as
centrais e entroncamento em área urbana e o enlace de assinante, constituído pelos terminais e
linhas de assinante.
Os assinantes de uma operadora telefônica demandam diversos serviços:
- Transmissão de dados;
- Telefonia;
- Telex;
- Comunicações Móveis;
- Acesso à Internet;
- Transmissão de Vídeo.

Para a provisão desses serviços, a operadora estrutura seu sistema em diferentes redes de
comunicações, com características que otimizam o fornecimento de determinado serviço:
- Rede Telefônica Pública Comutada (RTPC);
- Rede Pública Comutada Telegráfica (TELEX);
- Redes Privadas;
- Sistema Móvel Celular (SMC);
- Rede Pública de Transmissão de Dados;
- Provedores de Serviços Internet.

A figura a seguir mostra a estrutura topológica da rede telefônica, com os diferentes tipos
de centrais telefônicas:

33
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura 5.1 – Estrutura topológica da rede telefônica

5.1 A Central Telefônica


O invento de Grahan Bell permitia que apenas duas pessoas se comunicassem.
Evidentemente a necessidade de comunicação da sociedade era muito maior, porém fazer vários
usuários falarem entre si apresentava sérios problemas. Como exemplo, vamos supor que 6 usuários
de uma localidade quisessem se interligar. Para ligarmos diretamente os usuários, seria necessário
15 pares de fios.
No caso de termos n assinantes, vamos precisar de N pares de fios, dado pela combinação
de “n elementos dois a dois”. Assim o número de pares de fios é: N = n (n – 1) / 2, onde n
representa o número de assinantes. Para 100 assinantes teríamos 4.950 pares de fios, e para 10.000
assinantes seriam 49.995.000 linha telefônicas.
Surgiu a idéia de, em vez de comutar o telefone no assinante, se comutassem todos os
assinantes centralizadamente. Agora cada assinantes corresponde a um par de fios, o que diminui a
rede externa. O ponto central onde se dava a comutação e para qual convergiam os pares de fios
ficou conhecido como Central Telefônica e os pares de fio como Linhas de Assinantes.
As Centrais Telefônicas podem ser classificadas quanto a sua capacidade final de

34
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

terminais, a aplicação, função na rede telefônica e tecnologia de comutação.


Quanto a capacidade final de terminais as centrais se classificam em:
- Central Simplificada: Capacidade final até 1.000 terminais;
- Central de Pequeno Porte: Capacidade final até 4.000 terminais;
- Central de Médio Porte: Capacidade final até 10.000 terminais;
- Central de Grande Porte: Capacidade final superior a 10.000 terminais.

Quanto a aplicação as centrais podem ser:


- Central Privada: Utilizado nas empresa em geral. Os aparelhos conectados a essa central são
chamados ramais, enquanto os enlaces com a central local são chamados troncos;
- Central Pública: Responsável pelo tratamento de todo serviço básico de telefonia. Possibilita
também o acesso a outros serviços especiais ou suplementares.

Quanto a tecnologia de comutação:


- Centrais Analógica ou Espaciais (CPA-E): Centrais cuja estrutura interna é analógica. Nestas
centrais as matrizes de comutação são analógicas;
- - Centrais Digitais ou Temporais (CPA-T): Centrais cuja estrutura interna é digital, isto é, as
matrizes de comutação são digitais. Nestas centrais, a conversão analógica para digital é
realizada a nível de interface de assinantes.

Quanto a função na rede telefônica, podemos classificar:


- Central Local: Central que processa chamadas originadas e terminadas em terminais telefônicos
a ela conectados;
- Central Trânsito: Central que processa chamadas entre centrais telefônicas;
- Central Tandem: Central que apresenta a função de uma central local e trânsito juntas.

Os níveis hierárquicos entre as centrais da Rede de Telefonia Pública Comutada (RTPC)


são chamados de classes, conforme ilustrado pela figura 4.2:
- Central Trânsito Internacional: Central trânsito cuja única função é encaminhar chamadas
internacionais;
- Central Trânsito Classe I: Central trânsito interurbana que se interliga com pelo menos uma
central trânsito internacional através de rota final. Isto implica que a mesma pertence ao nível
mais elevado da Rede Nacional de Telefonia;
- Central Trânsito Classe II: Central trânsito interurbana que se interliga com uma central trânsito
classe I através de rota final para o tráfego internacional;
- Central Trânsito Classe III: Central trânsito interurbana que se interliga com uma central
trânsito classe II através de rota final para o tráfego internacional;
- Central Trânsito Classe IV: Central trânsito interurbana que se interliga com uma central
trânsito classe III através de rota final para o tráfego internacional.

OBS: Rota final é uma rota dimensionada com baixa probabilidade de perda, não permitindo a
existência de rotas alternativas.

35
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura 5.2 – Classes de Centrais Interurbanas

Como opção de atender localidades remotas, diminuindo consideravelmente o número de


pares de fios, tem-se os chamados concentradores. Um concentrador conecta a um enlace PCM um
número de linhas de assinantes maior do que o número de Time Slots do canal. Os concentradores
podem ser controlados pelo processador da central principal, por meios de sinais enviados no
próprio enlace PCM (por exemplo, o canal 16 do sistema de 32 canais) ou ter o seu próprio
processador, possibilitando a comutação das ligações entre seus próprios assinantes.

5.2 Evolução das Centrais


Até por volta de 1891 a comutação (conexão entre assinantes) era realizada somente com
o auxílio de uma telefonista, através de uma mesa operadora, quando o sistema começou a ser
automatizado.
O crescimento do tráfego determinou a modernização e proliferação das mesas
telefônicas. Em 1891 foi desenvolvida a primeira chave seletora automática. Era a primeira central
automática, denominada “Central Passo a Passo”. Este sistema utilizava seletores que eram
acionados pelos pulsos de corrente gerados pelos discos dos telefones para realizar a comutação
entre os terminais.
Na década de 20 foram desenvolvidos os sistemas rotativos, que predominaram até a
década de 50 e foram suplantados pelos sistemas Crossbar.
Os sistemas Crossbar receberam essa denominação devido às características de construção
dos seletores. Eram compostos por barras dispostas ortogonalmente de forma que, ao serem
acionadas, fechavam contatos elétricos na pontas de cruzamento. Estes sistemas predominaram até
o aparecimento das centrais controladas por programa armazenado (CPA), na década de 70.
Com a evolução dos computadores surgiu a idéia de se utilizar processadores para

36
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

executar as tarefas implementadas nas centrais. A utilização de processadores garantiu um grande


avanço às centrais, uma vez que o software tornou as centrais mais flexíveis. Por este motivo as
centrais são ditas controladas por programa armazenado.

5.3 Requisitos das Centrais


Para que uma central possa ser integrada à Rede Nacional de Telefonia (RNT), é
necessário que a mesma disponibilize interfaces padrões tanto para o acesso de assinantes como
para interligação com outras centrais. A central deve também ser capaz de executar funções de
acordo com o especificado nas práticas Telebrás em vigência no país. As principais tarefas
especificadas para uma central são:
- Função de Comutação;
- Função de Tratamento de Terminais;
- Função de Sinalização;
- Função de Tarifação;
- Função de Encaminhamento;
- Função de Sincronismo;
- Função de Operação e Manutenção;
- Função de Supervisão.

5.4 Digitalização da Rede Telefônica


Inicialmente o sistema telefônico era completamente analógico, isto é, o sinal gerado pelo
terminal telefônico, a comutação na central e a transmissão eram analógicas, como mostra a figura
4.3. Basicamente tinha-se a Multiplexação por Divisão na Freqüência (FDM). A digitalização do
sistema começou na interconexão entre centrais, que possibilitou a Multiplexação por Divisão de
Tempo (TDM) e a Modulação por Código de Pulso (PCM). Assim, havia a necessidade de
conversores A/D e D/A nos pontos de conexão com o sistema de transmissão.

Figura 5.3 – Penetração da tecnologia digital na rede telefônica

37
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Depois a matriz de comutação passou a ser digital. Neste caso, a parte analógica se
restringia ao sinal proveniente do terminal. Esta última configuração é a que predomina hoje no
Brasil e no mundo. A última imagem da figura 4.3 mostra a configuração utilizada na Rede Digital
de Serviços Integrados (RDSI), onde a informação é digital de um extremo a outro. O objetivo da
RDSI é suportar serviços de voz, dados e imagens em uma única rede, utilizando o par de fios do
assinante da rede telefônica.

5.5 Central CPA – Controle por Programa Armazenado


Neste tipo de central, o sistema de controle é baseado em um programa armazenado em
uma memória. A figura seguinte ilustra o diagrama em blocos de uma central CPA genérica.
Existem vários fabricantes de centrais, cada uma com uma arquitetura distinta, porém a figura
possui uma correlação muito próxima entre seus elementos funcionais com os da maioria das
centrais disponíveis.
Na figura percebe-se que a central CPA consiste de dois sistemas: controle e comutação.
O sistema de comutação é composto por dois tipos de unidades: uma ou mais Unidades de
Concentração de Assinantes (SCU) e uma Unidade de Seletor de Grupo (GSU).

Figura 5.4 – Diagrama em blocos de uma central CPA

Segue uma descrição dos blocos funcionais:

38
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

F
SCU (Subscriber Concentrator Unit): Esta unidade possui funções de terminação de linha,
sinalização, equipamento de controle e poderá também possuir função de comutação. A SCU é
utilizada em chamadas locais, chamadas geradas (desta central para outra) e chamadas terminadas
(de outra central para esta). Não é utilizada em chamadas trânsito.
F
GSU (Group Switch Unit): Normalmente composto de vários estágios de comutação, provendo
também interconectividade entre SCU e troncos externos. Utilizada em chamadas geradas,
terminadas e trânsito. Não é utilizada em chamadas locais.
F
Seletor de Grupo (Matriz de Comutação): Onde efetivamente se dá a comutação. Possibilita a
interconexão (comutação) entre linhas de assinantes, linha de assinante com troncos, entre troncos,
e troncos com receptor/transmissor de sinalização MF e com sinalizações associada a canal (CAS)
e canal comum (CCS).
F
Unidade de Terminação de Tronco Analógico: Permite conectar centrais digitais e analógicas.
F
SLTU (Subscriber Line Termination Lines): Possui as funções de fornecer alimentação para o
terminal telefônico, detecção de fone fora do gancho, detecção de pulsos de aparelho decádico,
alimentação da corrente de campainha, proteção contra sobre tensão na linha, conversão da linha
analógica do assinante de dois para quatro fios para o sistema de comutação digital, junto com o
controlador de linha de assinante, converte o sinal decádico em dígitos.
F
Controlador de Linhas de Assinantes: Provê a interface entre o SLTU e o sistema de controle.
F
Gerador de Tons: Gera os diversos sinais acústicos entre central e terminal.
F
Matriz de Concentração: Permite que os muitos assinantes acessem os poucos canais através de
um Mux.
F
Sinalização Multifreqüêncial (MFC): No bloco SCU, é responsável por receber os sinais
multifreqüênciais proveniente da linha de assinante; no bloco GSU é responsável por receber e
enviar os sinais multifreqüênciais de/para outras centrais.
F
I/O (Input/Output): Possibilita a comunicação com o mundo exterior. Pode-se conectar
terminais de programação para programar a central, terminais de vídeo e impressora.
F
Sistema de Controle: Comanda todas as operações em uma central CPA. O controle pode ser
centralizado, descentralizado ou misto.
- Centralizado: Todo o comando está a cargo de um processador central, que normalmente é
duplicado por razões de segurança.
- Descentralizado: Cada subsistema que compões a central é controlado por um processador
independente, que normalmente estão conectados em rede local na central. No caso de falha de
um dos processadores, um outro pode assumir a função.
- Misto: Os vários subsistemas são controlados por processadores regionais (RP) que reportam e
recebem comandos de um processador central.

39
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Para finalizar, a figura 4.5 mostra os principais eventos envolvidos, externos e internos à
central, em uma chamada local.

Figura 5.5 – Ciclo de vida de uma chamada local

5.6 Exercícios Propostos


1. Como é composta a rede telefônica? Como são classificadas as centrais quanto à hierarquia?

2. Explique a classificação dada às centrais quanto a sua capacidade final de terminais, a


aplicação, função na rede telefônica e tecnologia de comutação.

3. Por que as modernas centrais são chamadas de Centrais por Controle de Programa
Armazenado?

4. Como se compõem as centrais telefônicas digitais?

40
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

6. COMUTAÇÃO TELEFÔNICA

A principal função de uma central é realizar a comutação telefônica, ou seja, permitir o


estabelecimento de uma caminho entre dois terminais e/ou juntores. Em outras palavras, podemos
definir comutação telefônica como sendo o chaveamento ou o estabelecimento de uma conexão
entre duas interfaces de uma central. A figura 5.1 ilustra a função de comutação entre dois terminais
e também mostra a central B comutando as centrais A e C.

Figura 6.1 – Função de comutação: (a) entre terminais; (b) entre centrais

Isto é feito através da comutação espacial e da comutação temporal. Na comutação


espacial é feita a troca dos canais (Time Slots) de uma linha para outra, permanecendo no mesmo
intervalo de tempo. Já a comutação temporal é feita a troca dos intervalos de tempo entre a entrada
e a saída de uma linha.

6.1 Comutação Espacial


A figura 5.2 ilustra a implementação deste tipo de comutador com 3 entradas e 3 saídas.
Neste tipo de comutador, cada memória de controle controla um determinado PCM de saída; neste
caso a memória CS1 controla o PCM1 (S1), a memória CS2 o PCM2 (S2), etc. O conteúdo das
memórias de controle em cada endereço indica o número do PCM de entrada que deverá aparecer
no PCM de saída, naquele Time Slot. Assim, o conteúdo do endereço 0 será lido no Time Slot 0, o
conteúdo do endereço 1 será lido no Time Slot 1, etc.

41
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura 6.2 – Comutador Espacial

No exemplo, os números 3, 1 e 2 no endereço 0 (zero) de cada memória indica que no


Time Slot 0 o conteúdo do:
- PCM3 de entrada foi comutado para o PCM1 de saída;
- PCM1 de entrada foi comutado para o PCM2 de saída;
- PCM2 de entrada foi comutado para o PCM3 de saída.

O conteúdo das memórias de controle é escrito pelo sistema de controle durante a fase de
sinalização. Note que as informações não mudaram de Time Slot da entrada para a saída. Elas
sofreram apenas uma comutação no espaço.

6.2 Comutação Temporal


Através das matrizes de comutação temporal, os sinais podem ser transferidos de uma
linha MUX de entrada a qualquer Time Slot de uma linha MUX de saída, ou seja, esta matriz é
capaz de trocar a ordem dos canais do feixe PCM.
A matriz temporal extrai todos os canais do feixe PCM de entrada e os armazena em uma
memória interna, denominada de Memória de Conversação.
Como ilustra a figura, os contatos E fecham um de cada vez, na cadência e seqüência dos
intervalos de tempo do PCM de entrada. As palavras PCM de entrada são armazenadas de acordo
com a sua ordem de chegada, desta forma, a matriz armazena todos os 32 canais de entrada em 32
endereços da memória.
A comutação é controlada pela Memória de Controle ou Memória de Conexão, que

42
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

também possui 32 endereços e é responsável pela decisão sobre qual o destino dos canais
provenientes do PCM de entrada. A matriz estabelece uma relação entre os endereços da memória
de controle com os canais do PCM de saída.

Figura 6.3 – Comutador Temporal

Assim, no endereço 0 da memória de controle está armazenado o endereço (número) do


canal de entrada que deve ser comutado para o canal 0. Neste caso tem-se:
- O conteúdo do canal 0 do PCM de entrada foi comutado para o canal 2 do PCM de saída;
- O conteúdo do canal 1 do PCM de entrada foi comutado para o canal 30 do PCM de saída;
- O conteúdo do canal 2 do PCM de entrada foi comutado para o canal 31 do PCM de saída;
- O conteúdo do canal 30 do PCM de entrada foi comutado para o canal 1 do PCM de saída;
- O conteúdo do canal 31 do PCM de entrada foi comutado para o canal 0 do PCM de saída.

Os contatos apresentados na figura não são contatos convencionais, e sim portas


eletrônicas operando a alta velocidade. A estrutura anterior apresenta 32 canais de entrada e 32
canais de saída, sendo denominada de matriz ou estágio de comutação de 32x32. As matrizes
temporais utilizadas nas centrais modernas possuem capacidades bem superiores à apresentada
neste exemplo.
Para conseguir estágios de comutação com maiores capacidades, as centrais da rede
pública costumam associar elementos de comutação temporal e elementos de comutação espacial.
As combinações de estágios temporais e espaciais apresentam as seguintes características:
- Sistema STS: Engloba um estágio de comutação espacial, um de comutação temporal e outro
espacial. Permite usar recursos de concentração e expansão;
- Sistema TST: Amplia a capacidade de acesso, porque o elemento de comutação espacial
funciona como um estágio de distribuição;
- Sistema TSST: Reúne as características de ter ampla capacidade de acesso e dispor de recursos
de concentração e expansão;

43
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

- Sistema TSSST: Ampla capacidade de acesso, dispões de recursos de concentração e expansão


e reduzida característica de bloqueio de chamadas.

Uma característica importante de qualquer central é a possibilidade do bloqueio de


chamadas, que ocorre quando não há vias disponíveis para a conexão de uma porta de entrada com
uma de saída. Os sistemas telefônicos são geralmente projetados para probabilidade de bloqueio
(grau de serviço) da ordem de 0,1 a 1% para a Hora de Maior Movimento (HMM).

6.3 Sistema TST


A estrutura TST (Temporal – Espacial – Temporal) tem o objetivo de permitir o aumento
da capacidade de comutação das matrizes temporais. Para facilitar o entendimento dessa estrutura,
vamos utilizar mais um exemplo didático.
Vamos considerar uma estrutura com três feixes PCM na entrada e três na saída. Cada um
deles possui duas memórias de conversação, uma na entrada e outra na saída, e duas memórias de
controle, uma para entrada e outra para saída. Cada memória de conversação de entrada é conectada
a uma linha de uma matriz que forma um comutador espacial. O controle desse comutador espacial
é feito através de uma memória de controle da matriz espacial.
Como exemplo, vamos fazer uma comutação do canal 2 do PCM1 de entrada para o canal
31 do PCM3 de saída. A escolha do canal a ser utilizado no estágio espacial é feita pelo processador
da central; vamos considerar que o processador escolheu o canal 7 para realizar essa operação.
Observando a figura, vemos que o conteúdo do canal 2 do PCM1 está armazenado no
endereço 2 da memória de conversação de entrada do PCM1. Como o conteúdo do endereço 7 da
memória de conexão de entrada do PCM1 indica o valor 2, a matriz temporal comuta a informação
armazenada no endereço 2 da memória de conversação para o Time Slot 7.
No estágio espacial, devemos comutar a informação do canal 7 do PCM1 para o canal 7
do PCM3. Para tanto, o processador da central escreve no endereço 7 da coluna correspondente ao
PCM1, o número do PCM de saída, ou seja, o PCM3. No exemplo, verificamos que no endereço 7
da primeira coluna, o processador escreveu o valor 2. No instante de comutar o canal 7, a matriz de
comutação espacial consulta a memória de controle e verifica que a “chave” a ser ligada neste
instante é a “chave” 2. Desta forma, a matriz espacial comuta o sinal do canal 7 do PCM1 para o
canal 7 do PCM3.
Após a comutação espacial, é necessário realizar a comutação temporal na saída. No
exemplo, precisamos comutar o conteúdo do Time Slot 7 para o canal 31 do PCM de saída. Para
isso, o processador escreve no endereço 31 da memória de controle do PCM3 de saída, o valor 7,
indicando que no canal 31 do PCM de saída a matriz deverá escrever o conteúdo do canal 7 do
PCM de entrada.
Todo este processo apresentado estabeleceu um sentido de conversação entre dois
interlocutores. Entretanto, para obter um circuito (transmissão e recepção) e possibilitar o diálogo é
necessário estabelecer, adicionalmente, uma comutação que permita ao usuário do destino falar,
para o usuário de origem escutar. No exemplo, a segunda comutação a ser estabelecida deve
conectar o canal 31 do PCM3 de entrada ao canal 2 do PCM1 de saída. Desta forma temos que, o
que é transmitido no canal 2 do PCM1 é recebido no canal 31 do PCM3, e o que é transmitido no
canal 31 do PCM3 é recebido no canal 2 do PCM1.

44
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura 6.4 – Estrutura de uma matriz TST

Adicionalmente, a figura mostra ainda uma comutação do canal 31 do PCM2 de entrada


para o canal 1 do PCM1 de saída.

45
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Exercício 5.1: Dado o comutador temporal abaixo, estabeleça os seguintes assinantes conversando:
A1 e B3, A2 e B4, A3 e B2, A4 e B1.

Exercício 5.2: Dado o comutador espacial abaixo, preencha a memória de controle.

46
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Exercício 5.3: Dado o comutador TST abaixo, estabeleça os seguintes assinantes conversando: A1
e B6, A2 e B1, A3 e B8, A4 e B2, A5 e B3, A6 e B7, A7 e B4, A8 e B5.

PCM0 PCM1

6.4 Exercícios Propostos


1- Utilizando o comutador temporal do exercício 5.1, estabeleça os seguintes assinantes
conversando: A1 e B2, A2 e B3, A3 e B1, A4 e B4.

2- Esboce como seria a estrutura de uma matriz de comutação TSST.

3- Esboce como seria a estrutura de uma matriz de comutação STS.

4- Dado o comutador TST da próxima página, estabeleça os seguintes assinantes conversando: A1


e B2, A2 e B8, A3 e B5, A4 e B3, A5 e B7, A6 e B4, A7 e B6, A8 e B1.

47
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

PCM0 PCM1

48
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

7. SINALIZAÇÃO TELEFÔNICA

O objetivo da sinalização telefônica é prover às centrais envolvidas em uma chamada, das


informações necessárias para o estabelecimento das mesmas. A sinalização telefônica pode ocorrer
entre terminal e central, e entre centrais.

7.1 Sinalização entre Terminal e Central


A central telefônica é responsável pela alimentação dos terminais telefônicos através de
uma tensão contínua de -48V. Quando o telefone está com o fone no gancho, o circuito entre a
central e o terminal é mantido aberto, não circulando corrente. Nesta condição a central identifica a
linha como livre.
Quando o usuário retira o fone do gancho, fecha-se o enlace e circula corrente. Neste
instante o usuário recebe o tom de discar, indicando que a central está apta a receber os dígitos.

7.1.1 Sinalização Decádica / Multifreqüêncial


Na sinalização decádica, os dígitos são enviados pelos terminais na forma de pulsos para a
central, através da abertura e fechamento do circuito entre os mesmos. Assim, quando o usuário, por
exemplo, disca o dígito 4, o telefone abre e fecha o circuito 4 vezes consecutivas.
Na sinalização multifreqüêncial cada dígito é convertido em um par de freqüências na
faixa de áudio e enviado no próprio circuito estabelecido entre o terminal e a central. A tabela
seguinte mostra os pares de freqüência, em Hz, utilizados na discagem multifreqüêncial.

1209 1336 1477 1633


697 1 2 3 A
770 4 5 6 B
852 7 8 9 C
941 * 0 # D

49
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

7.1.2 Telefone Público


A diferença em relação às interfaces dos aparelhos de assinantes consiste no recebimento
de um sinal da central para realizar a tarifação da chamada. Atualmente são utilizadas duas
sinalizações para permitir a tarifação: inversão de polaridade e pulso de 12 KHz.
Na inversão de polaridade, a central inverte a polaridade de alimentação do aparelho
telefônico durante a conversação, no instante de coletar uma ficha ou debitar um crédito do cartão
telefônico. O outro método consiste no envio pela central de pulsos de 12 KHz durante a
conversação para sinalizar o TP o instante de coletar uma ficha.
A identificação do instante exato em que devem ser enviados os pulsos para coleta de
fichas no TP é uma função da central telefônica.

7.1.3 Sinalização Acústica


Os tons enviados pela central ao assinante chamador definem a sinalização acústica. Além
dos sinais acústicos, existe um sinal chamado Corrente de Toque, que é o sinal enviado para o
terminal indicando que há uma chamada dirigida a ele. Este sinal apresenta uma freqüência de 25
Hz, com tensão de 80 V ± 10 V sobreposto ao potencial de –48 V. A cadência da corrente de toque
é de 4 segundos de silêncio para 1 segundo de presença do tom.
Temos a seguir as sinalizações acústicas mais comuns. Todas utilizam freqüência de 425
Hz, sendo a única diferença entre elas a cadência utilizada.

1 – Tom de Discar: Indica ao assinante que a central está preparada para receber os dígitos.
Cadência: Tom contínuo.

2 – Tom de Controle da Chamada: Indica ao assinante chamador que o sinal da corrente de toque
está sendo enviado ao assinante chamado.
Cadência: 1 segundo de tom e 4 segundos de silêncio.

3 – Tom de Ocupado: Enviado nos casos de erro de discagem ou quando o assinante chamado
estiver ocupado.
Cadência: 250 ms de tom e 250 ms de silêncio.

4 – Tom de Número Inacessível: Enviado quando o número chamado for inexistente ou alterado.
Cadência: período de tom alternado entre 250 ms e 750 ms, com silêncio de 250 ms.

7.2 Sinalização entre Centrais


A sinalização entre centrais pode ser do tipo associada a canal ou por canal comum.

7.2.1 Sinalização por Canal Associado


As informações de sinalização concorrem com o sinal de voz dentro do mesmo espaço
físico. Mesmo a sinalização ocorrendo antes da conversação ser iniciada, ela usa o circuito que
depois será usado para a conversação. Por isso a sinalização é associada a canal, pois voz e
sinalização fluem pelos mesmos caminhos.
A sinalização associada a canal é dividida em dois tipos: Sinalização de Linha e
Sinalização entre Registradores.

50
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

7.2.1.1 Sinalização de Linha


É a que estabelece a comunicação entre centrais nas linhas de junções (juntores) e que
agem durante toda a conexão. São trocas de informações relacionadas com os estágios da conexão e
supervisão da linha de junção. Dessa forma pode-se dizer que os sinais de linha se destinam à:
- Iniciar os procedimentos de ocupação e liberação de um juntor;
- Informar colocação e retirada do fone do gancho do assinante;
- Envio de pulso indicativo do instante de tarifação em chamadas que utilizam a trânsito para
gerar pulso de multimedição.

Como a sinalização entre as centrais o sentido é bidirecional, torna-se importante definir


os conceitos de:
- Sinal Para Frente: Sinal que está sendo enviado da origem da chamada para o destino;
- Sinal Para Trás: Sinal enviado do destino da chamada para a origem.

Figura 7.1 – Sinais para frente e para trás

Os principais sinais de linha são:


1 – Ocupação: Sinal para frente que leva o juntor de entrada à condição de ocupado.
2 – Atendimento: Sinal para trás, indicando que o assinante chamado atendeu à chamada.
3 – Desligar para Trás: Sinal para trás indicando que o assinante chamado repôs o fone no gancho.
4 – Desligar para Frente ou Desconexão: Sinal para frente com o objetivo de liberar todos os
órgão envolvidos na chamada.
5 – Confirmação de Desconexão: Sinal para trás em resposta ao sinal Desligar para Frente.
6 – Desconexão Forçada: Sinal para trás, indica ao juntor de saída que o mesmo deve enviar o
sinal de desligar para frente.
7 – Bloqueio: Sinal para trás, provocando o bloqueio do juntor de saída.
8 – Tarifação: Sinal para trás a partir do ponto de tarifação por multimedição.
9 – Rechamada: Sinal para frente, quando uma telefonista deseja rechamar o assinante chamado.
10 – Confirmação de Ocupação: Sinal para trás como resposta ao sinal de Ocupação.
11 – Falha: Sinal para frente indicando que houve falha no equipamento de origem.

A sinalização de linha pode variar de acordo com os seguintes métodos:


G
G
Sinalização E&M (E+M) Pulsada
Sinalização E&M (E+M) Contínua
G
Sinalização R2 Digital

51
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Onde: O fio (canal) E é destinado para a recepção do sinal. O fio (canal) M é destinado para a
transmissão do sinal.
H
SINALIZAÇÃO E&M PULSADA

O canal M é utilizado para o envio da sinalização e o canal E para a recepção. Nos


juntores analógicos a seis fios, dois fios são dedicados para a transmissão e dois para a recepção de
áudio, e os dois fios M e E para a sinalização de linha.

Figura 7.2 – Juntor analógico a seis fios

Os sinais elétricos que identificam a presença de pulso são caracterizados pela presença de
um potencial terra referido ao potencial de –48V. Os pulsos podem ter curta duração (150 ms ± 30
ms) ou longa duração (600 ms ±120 ms) conforme ilustra a tabela 6.2.

SINAL DURAÇÃO DOS PULSOS SENTIDO


Ocupação Curto Para Frente
Atendimento Curto Para Trás
Desligar para Trás Longo Para Trás
Desligar para Frente Longo Para Frente
Confirmação de Desconexão Longo Para Trás
Desconexão Forçada Longo Para Trás
Bloqueio Permanente Para Trás
Tarifação Curto Para Trás
Rechamada Curto Para Frente

Tabela 7.1 – Sinalização E&M Pulsada

Quando a sinalização E&M Pulsada for utilizada para entroncamentos digitais, as


informações de sinalização são transmitidas no intervalo de tempo do canal 16. Nos juntores
digitais, os pulso são caracterizados pela presença de valor binário “1” no bit representativo do sinal
M ou E.
H
SINALIZAÇÃO E&M CONTÍNUA

No sistema de Sinalização E&M Contínua, a presença ou ausência de sinal, isto é, do


potencial de terra, denota um certo estado de sinalização. No caso de entroncamento digital, o
potencial terra continua sendo identificado como a presença do valor “1” no bit correspondente ao
canal M ou E.
Observamos na tabela que a linha tem dois estados possíveis em cada direção, ou seja, um

52
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

total de quatro estados de sinalização.

SINAL CANAL M CANAL E


Ocupação Presente Ausente
“Livre” Ausente Ausente
Atendimento Presente Presente
“Conversação” Presente Presente
Desligar para Trás Presente Ausente
Desligar para Frente Ausente Presente
Confirmação de Desconexão Ausente Ausente
Bloqueio Ausente Presente
Tarifação Presente Ausente

Tabela 7.2 – Sinalização E&M Contínua


I
SINALIZAÇÃO R2 DIGITAL

Pode ser utilizada em juntores analógicos ou digitais, sendo que atualmente quase não
existem mais juntores analógicos. Este sistema utiliza dois canais de sinalização para frente (af e bf)
e dois canais de sinalização para trás (ab e bb) com as seguintes características:
- Canal af: indica as condições de operação do juntor de saída, que estão sob controle do
assinante chamador.
- Canal bf: indica ao juntor de entrada a ocorrência de falhas no juntor de saída.
- Canal ab: reflete as condições do enlace, ou seja, se o mesmo está aberto ou fechado.
- Canal bb: reflete as condições de ocupação do juntor de entrada.

Figura 7.3 – Canais utilizados para a sinalização R2 Digital

53
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

SINAL af bf ab bb
Ocupação 0 0 1 0
“Livre” 1 0 1 0
Confirmação de Ocupação 0 0 1 1
Atendimento 0 0 0 1
“Conversação” 0 0 0 1
Desligar para Trás 0 0 1 1
Desligar para Frente 1 0 X 1
Confirmação de Desconexão 1 0 1 0
Desconexão Forçada 0 0 0 0
Confirm. de Desc. Forç. 1 0 0 0
Bloqueio 1 0 1 1
Tarifação 0 0 1 1
Falha 1 1 1 0

Tabela 7.3 – Sinalização R2 Digital

OBS: X pode ser “0” se o assinante chamador desligar antes do assinante chamado e “1” em caso
contrário.

7.2.1.2 Sinalização entre Registradores


A Sinalização entre Registradores corresponde às informações destinadas ao
estabelecimento das chamadas e às condições operacionais dos assinantes e órgãos envolvidos na
chamada. Por este motivo, esta sinalização ocorre durante a fase de estabelecimento da chamada,
antes do início da conversação.
O principal método é a Sinalização MFC (Multifreqüêncial Compelida), onde cada
sinal enviado em um sentido depende de uma resposta em forma de um outro sinal no sentido
oposto. Este sistema está cedendo lugar para a sinalização por canal comum.
Possui doze freqüências básicas divididas em dois grupos de seis, denominados de grupo
de freqü6encias altas e grupo de freqüências baixas. Cada sinal é composto por duas freqüências
dentro do grupo. As freqüências altas são transmitidas para frente e em resposta as freqüências
baixas são transmitidas para trás.

SINAL SINAIS PARA FRENTE


GRUPO I GRUPO II
1 Algarismo 1 Assinante comum
2 Algarismo 2 Assinante com tarifação especial
3 Algarismo 3 Equipamento de manutenção
4 Algarismo 4 Telefone público local
5 Algarismo 5 Telefonista
6 Algarismo 6 Equipamento de comutação de dados
7 Algarismo 7 TP Interurbano – Serviço nacional e
assinante comum – Serviço internacional
8 Algarismo 8 Comunicação de dados – Serviço
internacional

54
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

9 Algarismo 9 Assinante com prioridade – Serviço


internacional
10 Algarismo 0 Telefonista com facilidade de transferência
– Serviço internacional
11 Inserção de semi-supressor de eco na Assinante com facilidade de transferência
origem
12 Pedido recusado ou indicação de trânsito Reserva
internacional
13 Acesso a equipamento de teste Reserva
14 Inserção de semi-supressor de eco de Reserva
destino ou indicação de trânsito
internacional
15 Fim de número ou indicação de que a Reserva
chamada cursou enlace via satélite

Tabela 7.4 – Sinalização MFC: Sinais para Frente

SINAL SINAIS PARA TRÁS


GRUPO A GRUPO B
1 Enviar o próximo algarismo Linha de assinante livre com tarifação
2 Necessidade de semi-supressor de eco no Linha de assinante ocupada
destino ou enviar o 1º algarismo enviado
3 Preparar para a recepção de sinais do Linha de assinante com número mudado
grupo B
4 Congestionamento Congestionamento
5 Enviar categoria e identidade do assinante Linha de assinante livre sem tarifação
chamador
6 Reserva Linha de assinante livre com tarifação e
colocar retenção sob controle do assinante
chamado
7 Enviar o algarismo N-2 Nível ou número vago
8 Enviar o algarismo N-3 Reserva
9 Enviar o algarismo N-1 Reserva
10 Reserva Reserva
11 Enviar a indicação de trânsito Reserva
internacional
12 Enviar dígito de idioma ou discriminação Reserva
13 Enviar indicação do local do registrador Reserva
internacional de origem
14 Solicitar necessidade de inserção de semi- Reserva
supressor de eco de destino
15 Congestionamento na central internacional Reserva

Tabela 7.5 – Sinalização MFC: Sinais para Trás

55
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

7.2.2 Sinalização por Canal Comum


Neste tipo de sistema a sinalização entre centrais utiliza canais dedicados à sinalização,
independentes dos canais de voz, que são responsáveis pela troca de informações relativas a todas
as chamadas em andamento ou em estabelecimento. Como o tempo gasto para a sinalização é
relativamente curto, este sistema tem a vantagem de conseguir em um único canal tratar de milhares
de chamadas.
O ITU padronizou um sistema de sinalização por canal comum chamado de Sistema N.º 7,
ou SS#7, que é o sistema adotado no Brasil. A estrutura básica dessa sinalização consta de duas
partes principais: a do usuário (UP = User Part) e a parte de transferência de mensagem (MTP =
Message Transfer Part). A parte UP é constituída conforme o tipo de tráfego. Assim, para a
telefonia a UP é a TUP (Telephony User Part), para ISDN é ISUP (Integrated Services User Part),
etc.
A SS#7 baseia-se no modelo OSI (Open System Interconnexion) amplamente utilizado em
comunicação de dados. Tal qual o modelo OSI, a SS#7 está estruturada em 7 níveis, conforme
mostrado na figura 6.4. Nela podemos observar que a estrutura da SS#7 é constituída pelos
seguintes blocos funcionais:
- Subsistema de Transferência de Mensagens (MTP – Message Transfer Part)
- Subsistema de Controle de Conexões de Sinalização (SCCP – Signalins Connection Control Part)
- Subsistema de Usuário Telefônico (TUP – Telephony User Part)
- Subsistema de Usuário para RDSI (ISUP – ISDN User Part)
- Capacitação de Transações (TC – Transaction Capabilities)

Figura 7.4 – Protocolo SS#7 e sua relação com o modelo OSI

56
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

A mensagem de sinalização abrange os quatro níveis inferiores. A informação


fundamental para o estabelecimento da comutação acha-se dentro da TUP no nível 4. A MTP
(Message Transfer Part) com as informações distribui-se por três níveis: o nível 1 compreende o
enlace físico para transportar os dados da sinalização; o nível 2 compreende as funções do enlace
desempenhadas pelo terminal de sinalização, inclusive a mensagem com campos para detecção de
erros e sua correção; o nível 3 compreende as funções para tratamento da mensagem e da rede de
sinalização.
A MSU (Message Signal Unit) tem a estrutura apresentada na figura 6.5, com os seguintes
campos:

SIGNAL SERVICE LENGHT


FLAG CHECK CHECK FLAG
INFO INFO INFO

LABEL DE MENSAGEM
MENSAGEM
CIC OPC DPC

Figura 7.5 – Estrutura da MSU: Message Signal Unit

FLAG: Informa o início e o final da mensagem


CHECK BITS: São bits de verificação e asseguram a recepção da MSU na seqüência correta e
solicita a repetição em caso de erro.
SERVICE INFORMATION: Assegura que a parte usuária (User Part) receba a mensagem e
indica se o tráfego é nacional ou internacional.
LENGHT INDICATION: Informa o comprimento e o tipo de mensagem.
SIGNAL INFORMATION: Compreende a mensagem propriamente dita, antecedida do “label”
que contém informações relativas à chamada correspondente à mensagem de sinalização, a saber:
DPC (Destination Code Point): Informa o número do ponto de destino (por exemplo, qual
o endereço da central à qual a mensagem se destina).
OPC (Origination Code Point): Informa o endereço de onde se origina a mensagem.
CIC (Circuit Identification Code): Define o enlace de sinalização e a referência da
conexão de voz a ser estabelecida por caminhos separados.

7.3 Exercícios Propostos


1- Quais as sinalizações existentes entre os Terminais e a Central?

2- Explique o que é Sinalização de Linha e Sinalização entre Registradores.

3- Faça um breve resumo dos três métodos de sinalização de linha.

4- Como funciona a Sinalização por Canal Comum?

57
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

8. BIBLIOGRAFIA

- ALENCAR, Marcelo Sampaio de. “Telefonia Digital” – Ed. Érica, SP, 1998.

- SOARES, Luis Fernando G. “Redes de Computadores: Das LANs, MANs e WANs às Redes
ATM” – Ed. Campus, RJ, 1995.

- FERRARI, Antonio Martins. “Telecomunicações, Evolução e Revolução” – Ed. Érica, SP,


1998.

- GOMES, Alcides Tadeu. “Telecomunicações, Transmissão e Recepção” – Ed. Érica, SP,


1993.

- JESZENSKY, Paul Jean Etienne. “Telefonia” – Apostila USP, 1999.

- SANTOS, Carlos Roberto dos. “Redes de Telecomunicações” – Apostila Inatel, 2001.

- ERICSSON S/A. “Entendendo Telecomunicações” – Ed. Érica, SP, 2000.

- ROCHOL, Jürgen. “Redes de Computadores” – Apostila UFRGS, 1998.

- NEC S/A. “Básico de Comutação” – Apostila, SP, 1998.

- SILVA, Francisco José. “Comunicação Digital II” – Apostila Inatel,, 2001.

58
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

ANEXO A: LABORATÓRIOS

Experiência 1 – PCM Linear

1- Introdução Teórica

O diagrama de blocos do sistema de comunicação PCM linear é o descrito na figura A.1.


O sinal analógico de entrada passa por um filtro passa-baixa de 3,4 KHz e chega ao circuito de
amostragem (Sample&Hold). A freqüência de amostragem (TX Frame Sync) é de 8 KHz. O sinal
amostrado é enviado ao conversor A/D. A saída paralela do A/D é convertida em serial pelo circuito
seguinte. O sinal PCM resultante passa por um filtro TX FILTER e é transmitida ao meio.
Após o sinal passar pela linha de transmissão, o sinal PCM chega ao receptor, onde é
filtrado pelo RX FILTER. O circuito Phase Adj. é responsável por sincronizar o relógio de recepção
com o ponto de máxima amplitude de cada impulso. As amostras são então convertidas em um sinal
PCM pelo circuito decisor e encaminhadas para o conversor série/paralelo. Após isso, o conversor
D/A converte as palavras de 8 bits em valores analógicos, que serão encaminhados para o filtro
passa-baixa de 3,4 KHz.

2- Quantificação e Transmissão PCM

- Alimentar o módulo.
- Colocar o circuito em modo PCM_linear e inserir uma linha de 40KHz (SW5=Lin, J1=40,
J2=d).
- Conectar TP28 (DC OUT) a TP30. Conectar o osciloscópio em DC a TP30.
- Variar o potenciômetro DC OUT e observar como variam os leds na saída do conversor
A/D.
- Sincronizar o osciloscópio em TX FRAME SYNC (TP35) e analisar o sinal PCM serial em
TP37.
- Variar o potenciômetro DC OUT e observar como varia a forma de onda do sinal PCM
serial. Verificar que cada bit se representa em forma NRZ , ou seja, com um nível de tensão
positiva (bit 1) ou nula (bit 0) de duração igual ao período de sincronismo de bit (TP36).
- Observar como cada amostra se converte em uma série de bits, que se posicionam entre
dois impulsos de sincronismo de quadro sucessivos.

59
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Questão 1 - Qual é a duração T do quadro? Qual é a duração TBIT do bit (intervalo de bit)? Quantos
bits estão entre dois impulsos de sincronismo de quadro sucessivos?

a) T = 8 KHz; TBIT ≅ 15.625 µs; 8 bits.


b) T = 125 µs; TBIT ≅ 15.625 µs; 4 bits.
c) T = 125 µs; TBIT ≅ 15.625 µs; 8 bits.
d) T = 15.625 µs; TBIT ≅ 125 µs; 8 bits.

Questão 2 - Qual é a velocidade (taxa de transmissão) do sinal PCM analisado em TP37?

a) 2 Mbit/s. Esta é a velocidade típica de um multiplex PCM de 32 canais.


b) 8 Kbit/s. Esta é a velocidade típica de um canal PCM telefônico.
c) 64 Kbit/s. Esta é a velocidade típica de um canal PCM telefônico.
d) 64 Kbit/s. Esta é a velocidade típica de um multiplex PCM de 32 canais.

3- Formas de Onda do Codificador PCM

- Alimentar o módulo.
- Colocar o circuito em modo PCM linear e inserir uma linha de 40KHz (SW5=Lin, J1=40,
J2=d).
- Aplicar 1 KHz - 1 Vpp na entrada analógica do modulador (conectar TP24 a TP30 e regular
o nível de tensão do sinal em 1 Vpp).
- Sincronizar o osciloscópio no sinal analógico de entrada (TP30) e analisar:
TP33: impulsos para a amostragem do sinal analógico.
TP34: sinal de escala proporcionado pelo Sample&Hold.
- Sincronizar o osciloscópio nos impulsos de sincronismo de quadro (TP35) e analisar:
TP37: sinal PCM serial, em formato NRZ.
TP36: sincronismo de bit, cujo período determina a duração dos bits do sinal PCM
serial. Observar que entre dois impulsos de sincronismo sucessivos há 8 bits.

Questão 3 - Faça um rápido resumo das formas de onda mostradas nos pontos acima.

4- Circuitos de linha e Decodificador PCM

Circuitos de Linha:
- Manter as condições anteriores. Colocar ATTENUATION e NOISE no mínimo. Conectar
TP44 a EXT_IN.
- Sincronizar o osciloscópio nos impulsos de sincronismo de quadro (TP35) e analisar as
formas de onda do sinal PCM através do canal de comunicação:
TP37: sinal PCM serial, em formato NRZ.

60
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

TP38: saída do filtro de transmissão. O sinal PCM está distorcido devido a ação do
filtro.
TP39: saída da linha. O sinal PCM está atenuado e um pouco mais distorcido.
TP40: saída do filtro de recepção.

Elemento de Decisão, Decodificador e Filtro de Recepção:


- Os impulsos PCM após serem recuperados, estão em correspondência com seu valor
máximo, onde um circuito sucessivo determina nível alto (bit 1) ou baixo (bit 0) ao valor
amostrado.
- Sincronizar o osciloscópio no sincronismo de bit de recepção (TP41) e analisar os sinais:
TP40: Sinal PCM recuperado.
TP42: Saída do circuito de amostragem de recepção.
TP43: Saída do elemento de decisão.
- Em TP44 se obtém uma forma de onda escalonada (proporcionada pelo conversor D/A) que
aproxima as sinal analógico de origem (TP30). Regular PHASE ADJUST para obter a
melhor forma de onda.
- Analisar a forma de onda do sinal na saída do filtro de recepção (TP21) e observar sua
correspondência com o sinal analógico transmitido (TP1). Regular LEVEL F1 para se obter
amplitudes iguais.

Questão 4 - Faça um rápido resumo das formas de onda mostradas nos pontos acima.

Questão 5 - Qual é o efeito do potenciômetro PHASE ADJUST?

a) Variar o instante de amostragem dos impulsos PCM recebidos, que deve ocorrer no centro
do impulso PCM. Nestas condições a saída do circuito de amostragem é mínima.
b) Variar o instante de amostragem dos impulsos PCM recebidos, que deve ocorrer no centro
do impulso PCM. Nestas condições a saída do circuito de amostragem é máxima.
c) Aumentar a amplitude do sinal PCM.
d) N.D.A.

5- Transmissão de um sinal de voz

- Manter as condições anteriores. Colocar ATTENUATION e NOISE no mínimo. Conectar


TP44 a EXT_IN.
- Inserir o microfone em MIC e conectar TP29 a TP30).
- Conectar a saída do filtro de recepção ao amplificador de áudio (TP21 - TP47).
- Escutar e verificar no osciloscópio o sinal recebido ao variarmos as seguintes condições:
• Fase dos impulsos de amostragem de recepção (através de PHASE ADJUST);
• Ruído, Banda Passante e Atenuação do canal de transmissão.

61
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura A.1 – Sistema PCM Linear e Formas de Onda

62
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 1 - PCM Linear (Folha de Respostas)

NÚMEROS NOME DOS ALUNOS DO GRUPO

Resposta Questão 1

Alternativa Correta:

Resposta Questão 2

Alternativa Correta:

Resposta Questão 3

Resposta Questão 4

Resposta Questão 5

Alternativa Correta:

63
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 2 – PCM Diferencial

1- Introdução Teórica

O sinal de voz apresenta níveis de amostras muito parecidas entre si, visto que a amplitude
do sinal não varia muito de uma amostra para outra. Isto implica que o sinal de voz é muito
redundante. O objetivo da técnica diferencial é a redução na redundância do sinal de voz. Isso é
obtido quantizando a diferença de amplitude entre amostras adjacentes. Como essas amostras são
parecidas, pode-se utilizar um menor número de bits para representar o sinal. O sinal de entrada no
quantizador é a diferença entre o sinal original e uma predição do mesmo.
A figura A.2 mostra o diagrama de blocos de um DPCM (Differential Pulse Code
Modulation). Um laço de realimentação composto por um conversor D/A, um circuito de
amostragem e um integrador reconstróem o valor da amostra anterior. Na prática, o sinal
realimentado é uma predição do próximo sinal de entrada.
No decodificador DPCM, a reconstrução do sinal analógico se realiza utilizando os
mesmos blocos empregados no laço de realimentação do codificador.
Existem sistemas que utilizam uma codificação adaptativa. O ADPCM (Adaptive
Differential Code Modulation) consiste no ajuste dinâmico do preditor, de acordo com variações no
sinal de voz.

2- Codificador PCM Diferencial

- Alimentar o módulo.
- Colocar o circuito em modo PCM Diferencial e inserir uma linha de 40KHz (SW5=Diff,
J1=40, J2=d).
- Extrair de TP27 um sinal dente de serra (freqüência 400 Hz, amplitude 2 Vpp) e aplicar na
entrada do codificador (TP30). A forma de onda dente de serra facilitará a visualização do
comportamento do codificador PCM Diferencial.
- Manter uma ponta do osciloscópio conectada a TP30 (sinal de entrada) e conectar a
segunda ponta nos seguintes pontos:
TP31: Sinal reconstruído a partir do valor anterior amostrado. (sinal predição)
TP32: Sinal diferença entre o valor atual e o valor reconstruído a partir da amostra
anterior.
TP34: Sinal diferença, amostrado para ser enviado ao conversor A/D sucessivo.
- Através do exame das formas de onda podemos afirmar:
• O sinal que se codifica e posteriormente se transmite (TP32) é a diferença entre o
valor atual do sinal de entrada e o valor do sinal de entrada no instante anterior
amostrado.
• O sinal diferença tem uma amplitude de aproximadamente a metade do sinal de
entrada; isto demonstra que, em condições de qualidade iguais à codificação PCM
linear, com a codificação diferencial é possível utilizar um número menor de níveis
de codificação. Conseqüentemente, uma conversão com menos bits.
• O sinal diferença é positivo e quase constante durante a rampa ascendente do sinal
de entrada, o que significa que o sinal de entrada tem uma amplitude maior que a

64
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

reconstruída e sua diferença é constante. Durante a rampa descendente se tem o


comportamento oposto.

Questão 1 - Faça um rápido resumo das etapas do PCM Diferencial.

- Aplicar agora à entrada do codificador uma tensão contínua (conectar TP28 a Tp30).
- Variar o potenciômetro DC OUT e analisar os sinais em TP30, TP31 e TP32 (osciloscópio
em DC).

Questão 2 - O que se deduz através da observação dos sinais nos pontos de medida acima (TP30,
TP31 e TP32)?

a) O sinal predição (TP32) é uma tensão contínua que segue fielmente o valor presente na
entrada (TP30).
b) O sinal diferença (TP32) é uma tensão contínua 4 vezes maior à tensão de entrada (TP30).
c) O sinal predição (TP31) é uma tensão contínua que segue fielmente o valor presente na
entrada (TP30).
d) N.D.A.

- Sincronizar o osciloscópio (50 µs/div) no sincronismo de quadro (TP35) e analisar o sinal


PCM serial em TP37.
- Obtemos 8 bits entre dois impulsos de sincronismo sucessivos, representando a codificação
de cada valor amostrado.
- Variar o potenciômetro DC OUT e observar como varia a forma de onda do sinal PCM
serial.
- Alternar o funcionamento entre Diferencial e Linear (SW5), variar o potenciômetro DC
OUT e observar como varia a forma de onda do sinal PCM serial. Por último, voltar a
SW5=Diff.

Questão 3 - O que se deduz das observações anteriores?

a) Variando a tensão de entrada, no PCM diferencial as palavras de 8 bits são praticamente as


mesmas, enquanto que no modo PCM linear as palavras variam mais.
b) Variando a tensão de entrada, no PCM linear as palavras de 8 bits são praticamente as
mesmas, enquanto que no modo PCM diferencial as palavras variam mais.
c) O sinal PCM é igual nos dois modos: diferencial e linear.
d) No modo diferencial todos os bits do sinal PCM ficam em 1.

65
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

2- Circuitos de linha e Decodificador

Circuitos de Linha:
- Manter as condições anteriores. Colocar ATTENUATION e NOISE no mínimo. Conectar
TP46 a EXT_IN.
- Aplicar o sinal dente de serra (400 Hz - 2 Vpp) na entrada analógica do modulador
(conectar TP27 a TP30).
- Sincronizar o osciloscópio nos impulsos de sincronismo de quadro (TP35) e analisar as
formas de onda do sinal PCM através do canal de comunicação:
TP37: sinal PCM serial, em formato NRZ.
TP38: saída do filtro de transmissão; o sinal PCM está distorcido pelo filtro.
TP39: saída da linha. O sinal PCM está atenuado e um pouco mais distorcido.
TP40: saída do filtro de recepção.
Elemento de Decisão, Decodificador e Filtro de Recepção:
- Os impulsos PCM após serem recuperados, estão em correspondência com seu valor
máximo, onde um circuito sucessivo determina nível alto ou baixo ao valor amostrado.
- Sincronizar o osciloscópio no sincronismo de bit de recepção (TP41) e analisar os sinais:
TP40: Sinal PCM recuperado. Regular PHASE ADJUST para ajustar os instantes
de amostragem (TP41) ao centro dos impulsos PCM.
TP42: Saída do circuito de amostragem de recepção.
TP43: Saída do elemento de decisão.
- Manter uma ponta do osciloscópio conectado a TP30 (sinal de entrada) e conectar a outra
ponta nos seguintes pontos:
TP44: Sinal diferença. Salvo as imprecisões devidas o processo de conversão A/D
na transmissão, é igual (com a metade da amplitude) ao sinal detectado em TP34.
TP45: Sinal amostrado.
TP46: Saída do integrador, correspondente ao sinal inicial reconstruído através de
integrações sucessivas. Regular PHASE ADJUST e obter a melhor forma de onda.
TP21: Saída do filtro passa-baixa de 3,4 KHz. Regular LEVEL F1 para se obter a
mesma amplitude que o sinal transmitido (TP30).

Questão 4 - Faça um rápido resumo das formas de onda mostradas nos pontos acima.

66
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura A.2 – Formas de Onda DPCM: a) Codificador b) Decodificador

67
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 2 - PCM Diferencial (Folha de Respostas)

NÚMEROS NOME DOS ALUNOS DO GRUPO

Resposta Questão 1

Resposta Questão 2

Alternativa Correta:

Resposta Questão 3

Alternativa Correta:

Resposta Questão 4

68
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 3 – CODEC

1- Introdução Teórica

O CODEC é um circuito integrado que cumpre todas as fases de conversão dos sinais de
voz em PCM e vice-versa. O CODEC utilizado aqui é o MC145480 da Motorola, que executa as
etapas do PCM (amostragem, quantização, codificação, etc).

2- Sistema de Comunicação PCM com CODEC. Lei A e Lei J

- Alimentar o módulo.
- Colocar o circuito em modo 1_canal e codificação Lei K L2M
NPO
QSRUTWVYXZ:M[NP\
Q^]Z
SW8=TS1).
- Aplicar 1KHz – 1Vpp na entrada analógica do CODEC_1_TX (conectar TP24 a TP58 e
regular o nível do sinal em 1Vpp).
- Sincronizar o osciloscópio em TP60 (sinal de sincronização para o Time Slot 1) e ajustar a
base de tempo em 0,2 ms/div. Analisar as formas de onda em TP58 (sinal senoidal de
entrada) e TP60.
- A cada impulso TS1 (TP60) o CODEC realiza a amostragem do sinal e a codificação A/D,
emitindo os 8 bits PCM.
- Analisar o sinal PCM de saída (TP63). Observar que entre dois impulsos de sincronismo
sucessivos há 8 bits PCM. Observar que a duração do bit é igual ao período de sincronismo
de bit (TP62).
- O sinal analógico de saída está disponível em TP64.

Questão 1 – Observar que a seqüência de bits se repete a cada 8 pulsos de sincronismo. Por que?

a) Não se observa nenhuma repetição de bit.


b) A senóide de entrada tem freqüência 1KHz e é amostrada a 8 KHz, produzindo 8 amostras
a cada período da senóide; assim, depois de 8 impulsos de amostragem as amostras se
repetem.
c) Porque se utiliza a codificação Lei A.
d) O sinal senoidal de entrada tem freqüência 1KHz e é amostrado a 64 KHz; assim os 8 bits
PCM se repetem a cada 8 pulsos.

- É possível observar uma sensível diferença entre as Leis A e ] _.`'a[bca


de fgihgcdgjebik;l8h mlna
oSp<q%rsoutv%wcxzy|{~}2
€P
‚n{ ƒ4„

- Aterrar a entrada TP58.


- Sincronizar o osciloscópio em TP 60 e analisar o sinal PCM em TP63.
- Colocar agora o CODEC na lei A (SW7=A) e observar a diferença.

Questão 2 – …†
‡Uˆz† ‰
Š%‹†
‡YŒzŽ†[‡Y‰
†
‡Y‘ˆ“’”‡^•–ˆ%— ˜š™4›šœcžjŸ ™S¡%¢¡£ži¤¡?¥
¦%¥
žc§™“¨2™4© ça detectada acima.

69
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Figura A.3 – ª¬«*­®¯


°<±²³A´ ±*¯A±«µY¶ °z·²*®;¯ ¸º¹S»½¼«*®¾¹³A¿Àº¹Á²¯Â°?Ã
²*¶ °SÄÆÅǯȑ² É ÊÌËÍ

70
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 3 - CODEC (Folha de Respostas)

NÚMEROS NOME DOS ALUNOS DO GRUPO

Resposta Questão 1

Alternativa Correta:

Resposta Questão 2

71
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 4 – Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM)

1- Introdução Teórica

Ao realizarmos a amostragem de um sinal e codificá-lo em um sistema binário, sobram


amplos espaços livres entre os bits codificados. Esse espaço pode ser utilizado com amostras
procedentes de outros sinais. É dessa maneira que é realizado o TDM.

2- Sistemas TDM de 2 canais

- Colocar o circuito em modo 2 canais e codificação lei Î Ï2Ð[ÑPÒÂÓ|Ô


ÕWÖØ×;ÙÐ[Ñ:Ú
ÓÜÛ ÝÞ
ßáà âã.ÞYä“Ý
SW9=TS2).
- Aplicar 1KHz – 1 Vpp na entrada analógica do CODEC1 e nenhum sinal na entrada do
CODEC2 (conectar TP24 a TP58).
- Sincronizar o osciloscópio no sinal de sincronização para o Time Slot 1 (TP60) e colocar a
åæ
çUèé
è;êè4ëAìíçè8ëïîðòñ ó2ôÌõ[öi÷|øù<úû ücö”óUû ýAþÜóUöiúû üYÿ
-TDM em TP63, variando o nível do
sinal de 1KHz.

Questão 1 – O que se observa em TP63?

a) Os 8 bits inseridos no Time Slot 1.


b) O sincronismo de bit de 64 KHz.
c) O sincronismo de quadro de 8 KHz.
d) N.D.A.

- Aplicar 2 KHz – 2 Vpp na entrada analógica do CODEC2 (conectar TP25 a TP59) e


observar que agora também no Time Slot 2 (TP63) existem bits.
- Conectar o osciloscópio à entrada analógica e à saída analógica de um mesmo CODEC
(TP58 e TP64 ou TP59 e TP65): o sinal recebido é igual ao transmitido.

3- Exemplo de Comutação Temporal

Podemos realizar uma comutação temporal no módulo. Caso se queira colocar em


comunicação os usuários “1” e “2” conectados ao CODEC 1 e 2, a comunicação se realiza
conectando ao CODEC 1 o Time Slot 2 de recepção e ao CODEC 2 o Time Slot 1; assim o CODEC
do usuário 1 extrai do quadro PCM os bits procedentes do CODEC do usuário 2, e vice versa.
- Colocar o circuito em modo 2 canais e codificação Lei   
 
!#"$
recepção 2 para o CODEC 1 e o Time Slot 1 para o CODEC 2 (SW6=2_CH, SW7= % &
SW8=TS2, SW9=TS1).
- Aplicar 1KHz – 1Vpp à entrada do CODEC1 e 2KHz – 2Vpp à entrada do CODEC2
(conectar TP24 a TP58 e TP25 a TP59).

Questão 2 – Analisar os sinais de saída dos dois CODECs (TP64 e TP65). Podemos afirmar:

a) O usuário 1 (OUT1) não recebe nenhum sinal.

72
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

b) O usuário 1 (OUT1) recebe o sinal enviado pelo usuário 1 (IN1); o usuário 2 (OUT2)
recebe o sinal enviado pelo usuário 2 (IN2).
c) Os dois usuários (OUT1 e OUT2) recebem o sinal enviado pelo usuário 1 (IN1).
d) O usuário 1 (OUT1) recebe o sinal enviado pelo usuário 2 (IN2); o usuário 2 (OUT2)
recebe o sinal enviado pelo usuário 1 (IN1).

Questão 3 – Como se procede para os dois usuários receberem o sinal enviado pelo usuário 2?

a) Selecionar Time Slot de recepção 1 para ambos os usuários (SW8=TS1 e SW9=TS1).


b) Selecionar Time Slot de recepção 2 para ambos os usuários (SW8=TS1 e SW9=TS1).
c) Selecionar Time Slot de recepção 2 para ambos os usuários (SW8=TS2 e SW9=TS2).
d) N.D.A.

Questão 4 – Faça um resumo sobre o processo de comutação temporal.

Figura A.4 – Diagrama do Sistema PCM 2 canais montado no módulo

73
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO II Prof. Sandro Rodrigo G. Bastos

Experiência 4 - Multiplexação por Divisão no Tempo - TDM (Folha de Respostas)

NÚMEROS NOME DOS ALUNOS DO GRUPO

Resposta Questão 1

Alternativa Correta:

Resposta Questão 2

Alternativa Correta:

Resposta Questão3

Alternativa Correta:

Resposta Questão 4

74

You might also like