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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIN-E
As Sepulturas na Prehistoria
n
A Descoberta de Deus
L —^^———^-^^—^——^—^—^—^—^—^——
SUMARIO
retor-Responsável:
Urna proposta:
Iministracáo e distribuido: "Viver sem o temor da morte" 448
Edicóes Lumen Christi
Do ateísmo a fó:
Dom Gerardo, 40 - 5° andar, S/501
A descoberta de Deus 462
Tel.: (021) 291-7122
Caixa Postal 2666 Ainda em foco:
20001 - Rio de Janeiro - RJ As aparicoes de Natividade (RJ) 466
Oracao de Joao XXIII?
ComposIcOo a Impreu&o
"Senhor e Grande Arquiteto" .. .474
p-A "MAROUíS-SARAIVA"
Por que
Rúa Suam nmxnm, í*o -
CMkloMSI-»?» Kurt Waldheim no Vaticano? 477
I«H. Í7J-M4Í - 273-M4?
- 273-9449 - RJ
Livros em Estante 478
s NOVOS Assinantes:
a assinatura {desde 1987) será válida até Suicidio: por qué? — "Os Caminhos das
nesmo mes de 1988. CEBs no Brasil". — As Testemunhas de
eirá depositar a importancia no Banco Jeová e a Biblia. — Que pensar sobre o fumo?.
Brasil para crédito na Conta Corrente — Escrava Anastácia. - índice Geral de 1987.
0031 304-1 em nome do Mosteiro de
o Bento do Rio de Janeiro, pagável na
léncia da Praca Mauá (n? 0435) ou en-
ir VALE POSTAL pagável na Agencia
COM APROVACÁO ECLESIÁSTICA
ntral dos Correios do Rio de Janeiro.
Este episodio manifesta elevada sabedor ¡a. Aborda a questao: qual po-
deria ser o sentido da vida presente se ela está condenada á morte? Por iro
nía, a morte.é a única certeza que toca ao homem desde que nasce... - 0
cristao responde, dizendo que a morte nao é ruptura, mas transicao da pre
caria vida terrestre para a vida definitiva "na Casa do Pai" (cf. Jo 14,2).
433
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
Ano XXVIII -N9306 -Novembro - 1987
Revolvendo e comentando...
Aínda a Jornada de
Oracdes em As sis
* * *
434
JORNADA DE ORAQOES EM ASSIS
entao reuniram-se em Assis, a convite do Papa Joao Paulo II, 108 pessoas
representantes das grandes religióes da humanidade (cristaos, budistas, hin
dú i'st as, maometanos, jainitas, judeus, chintoi'stas, sikitas, zoroastrianos, cul
tores das tradicionais crencas da África e da América), a fim de passarem um
dia em oracao e jejum, na qualidade de peregrinos, que pediam a Deus a paz
para o mundo.
Este grande acontecimento nao foi aceito por grupos cristaos, que o ti-
nham na conta de relativizador dos valores típicos do Evangelho e da Igreja
Católica. A propósito já publicamos algumasconsideracdesem PR 301/1987,
pp. 266-275. Dado que dispomos de novos subsidios, pouco difundidos no
Brasil e aptos a projetar mais clara luz sobre o evento, vamos, a seguir, publi
car ainda alguns textos e noti'cias de interesse; se rao extraídos do Bulletin,
órgao do Secretariado da Santa Sé para o Diálogo com os Nao Cristaos, n?
64, 1987-XXI 1/1,64.
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4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
tra dimensao da paz e outra maneira de a promover que nSo sejam as negó-
ciacoes, os compromissos políticos, os Tratados económicos. A paz resulta
da oracio que, dentro da diversidade das religides, exprime relacao com um
Poder Supremo que ultrapassa nossas meras capacidades humanas.
Nos vimos de longe nSo apenas por causa da distancia geográfica, que
muitos dentro nos tiveram de vencer, mas principa/mente em vista das nossas
peculiares origens históricas e espirituais.
436
JORNADA DE ORAQOES EM ASSIS
na fé. Visto que as crengas sao diversas, a fórmula escolhida para a celebra-
gao foi 'estarmos ¡untos para rezar', e nao 'rezarmos juntos'. Enquanto os
cristaos assim respeitam a fé de outros crentes, que também fazem seus es-
forgo para poupar Deus, os cristaos nao deixam de dar um humilde e sincero
testemunho da nossa fé em Jesús Cristo, Senhor do universo...
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6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
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JORNADA DE ORAQÜES EM ASSIS
439
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
3. Avaliacao teológica
1. Valorizacao da oracao
Oizia o Santo Padre aos Cardeais e aos membros da Curia Romana aos
22/12/1986:
440
JORNADA DE ORACOES EM ASSIS
Sao Paulo, alias, diz que "Deus quer que todos os homens sejam salvos
e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois Deus é um só, e um só tam-
bém é o Mediador entre Deus e os homens" (1Tm 2,4-6).
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10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Neste.contexto a Igreja foi instituida por Cristo para ser "o sacramen
to universal de salvacao", "o sinal e instrumento da íntima uniao com Deus
e da unidade de todo o género humano" (Lumen Gentium n?1). Isto impli
ca que a Igreja é chamada a trabalhar mediante evangelizarlo, oracao e diá
logo, para que desaparecam entre os homens as fraturas e as divisoes que os
afastam do seu Principio e Fim e os tornam hostis uns aos outros. Ela assim
vai realizando o novo Povo de Oeus, ao qual sao chamados todos os homens
para serem membros vivos: 'Todos os homens portanto sao chamados a esta
católica unidade do Povo de Deus, que prefigura e promove a paz universal.
A ela pertencem ou sao ordenados de modos diversos quer os fiéis católicos,
quer os outros crentes em Cristo, quer enfim todos os homens em geral, cha
mados á salvacao pela graga de Deus" (Lumen Gentium n? 13).
442
JORNADA DE ORAQÓES EM ASSIS 11
Jornada de Assis foi como que urna expressao visível da doutrina do Conci
lio do Vaticano II. Mediante essa Jomada, conseguimos, gracasaDeus, por
em prática, sem sombra de confusSo ou de sincretismo, esta conviccao que
é a nossa, inculcada pelo Concilio, conviccao referente á unidade de princi
pio e de fim da familia humana como também referente ao sentido e ao va
lor das rellgioes nao cristas.
Essa Jornada nao nos ensinou a reler, com olhos mais abertos e pene
trantes, o rico ensinamento conciliar relativo ao designio salvifico de Deus, á
posicao central de Jesús Cristo nesse designio e á profunda unidade que está
na orígem desse designio e para a qual ele tende mediante a diaconia da Igre-
¡a? A Igreja Católica se manifestou aos seus flitios e ao mundo no exercicio
da sua funció de promover a unidade e a caridade entre os homens e mes-'
mo entre os povos (cf. Nostra Aetate n? 1)". Ver discurso citado n? 1-9; Bul-
letinpp. 62-68.
443
As primeirai mamfestacoes do homem:
As Sepulturas na
Pré-Historia
* * * ~
1. Os dados arqueológicos
444
SEPULTURAS NA PRÉ-HISTÓRIA 13
As linhas divisorias entre essas tres épocas da Idade da Pedra sao diver
samente assinaladas pelos autores, dada a exigüidade de elementos disponí-
veis para se fazerem cálculos. Mas isto nao importa ao tema que aqui nos ¡n-
teressa: as sepulturas da pré-história.
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U "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Indaga-se agora:
2. Que pensar?
446
SEPULTURAS NA PRÉ-HISTÓRIA 15
Nao obstante, parece que essas sepulturas sao o testemunho de urna certa
espiritualidade. É certo que elas nao sao devidas apenas a cautelas de higie
ne. Por que os antigos se dariam ao trabalno de enterrar alguém, quando se
ria mais simples tancar o cadáver numa fossa um tanto afastada?
Mas ainda mais significativos do que esta reflexao sao outros indi
cios: . . . os corpos nao foram enterrados de qualquer modo. 0 seu sepulta-
mentó exigiu cuidados e atengao dos sobreviventes" (pp. 56s).
447
Urna proposta:
448
"VI VER SEM O TEMOR DA MORTE" 17
1. A tese do autor
Em suma, Renold Blank quer dizer aos seus leitores que nao tenham
medo da mprte, pois esta é o encontró com Deus-Amor; mesmo aqueles
que nao tenham vivido com Deus e morram explícitamente avessos a Ele
serao recobertos pela Misericordia Divina, que Ihes dará a vida eterna, como
a dará aos fiéis. Esta tese leva o autor a tratar do ¡nferno, do purgatorio e do
jui'zo de Deus sobre os homens.
1.1. O inferno
Blank afirma que nao haverá condenagao ao inferno, pois todos se sal-
varao, mesmo os que morram contrarios a Deus. O autor chega a por em dú-
vida a existencia do inferno, que ele julga absurdo, em favor de urna apoca-
tástase ou restauracao universal: "Nenhum homem poderá dizer se o inferno
existe realmente ou nao" (p. 134).
Para firmar sua posicao, o autor analisa as objecóes que se Ihe possam
fazer:
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H5 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
" ' Deus encerrou todos na desobediencia para a todos fazer misericor
dia' (Rm 11,32). NSo podemos pensar de modo diferente se quisermos pen
sar radicalmente na redencao... Qualquer outra ¡nterpretacao significaría li
mitara redencao de Deus em Jesús Cristo. A partir desta perspectiva, a Ínter-
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"VIVER SEM O TEMOR DA MORTE" 19
prefacio mais ampia do salmo 107, de acao de gracas, nao parece injustifica
da. Será que este salmo nao poderla fazer também urna referencia aqueta
gratidio infinita que deveriam sentir os que apesar de tudo, na morte, por
um ato de clemencia de Deus foram salvos da situacio desesperadora, provo
cada pelo Nao dito a Deus?" (pp. 144s)'.
Voltaremos ao assunto.
1 O autor cita, a seguir, o salmo 107 (106), vv. 1.10-16, que cantam a mise
ricordia do Deus que liberta os homens das penas e dos grilhoes.
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20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
mem se encontra com Cristo, que o ilumina, mas nao o condena. O autor se
serve dos depoimentos que, conforme os Drs. Raymond Moody e Elizabeth
Kübler-Ross, foram dados por pessoas que estiveram em coma profundo ou
no limiar da morte real. Tais testemunhos referem quatro experiencias bási
cas, segundo R.J. Blank:
Este ser pede-lhe, sem usar palavras, que reexamine sua vida, e o ajuda,
mostrando urna recapiwlacSo panorámica e instantánea dos principáis acón-
tecimentos de sua vida.
Tal explicacao nao parece clara ¿ primeira vista, mas é elucidada por
quanto R. Blank afirma ñas páginas anteriores (pp. 156-163): o juízo final
pora em evidencia a repercussao social dos atos dos individuos: "Perante to
do o mundo ficará provado que o nosso Deus é do lado dos fracos e dos ¡n-
justicados. E ficará provado que os que tiveram fé neste Deus, tinham razao
E igualmente ficará provado que toda opressio é errada, seja ela religiosa,
económica ou social; e errados estarlo também todos os que a praticaram
durante ávida" (p. 162).
452
"VIVER SEM O TEMOR DA MORTE" 21_
1.3. O purgatorio
Refutamos a propósito.
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22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
"Definimos que, por disposicao geral de Deus, as almas dos que mor-
rem em pecado atual e mortal, logo depois da morte, descem ao inferno, on
de sao atormentadas pelas penas infernáis" (Constituicao Benedictus Deus,
Dz 530s).
Como se vé, todos estes textos falam claramente de céu, inferno e pur
gatorio. Professam a fé da Igreja, baseada na S. Escritura e na Tradicao oral.
Os textos bíblicos nao podem ser interpretados independentemente da Pala-
vra oral que os bercou e os acompanha através dos sáculos. Nao há dúvida, o
Senhor Jesús, ao falar do inferno, usou de metáforas próprias da literatura
apocalíptica judaica: trevas, pranto, rangerdedentes (Mt 8,11s; 13,32-43.50;
24, 51; 25,30); o Apocalipse menciona figuradamente "tanque ardente de
fogo e enxofre" (Ap 21,8; 20,10). Isto, porém, nao querdizer que a prega-
cao de Jesús sobre o inferno seja toda metafórica. Vejam-se os textos de Mt
25,41.46; 18,8; Le 12,5. Ñas epístolas de Sao Paulo a sorte dos reprobóse
mencionada sem metáfora alguma; cf. Rm 2,6-8; 1Cor6,9s; Gl 5,21; Ef 5,5.
454
"VIVER SEM O TEMOR DA MORTE" 23
3.1.2. O evo
Com efeito. A eternidade é própria do ser que nao tem comeco nem
fim; nao é urna duracao prolongada quilometricamente, mas é, por parte de
alguém, a posse simultánea de todo o seu ser; ora isto compete a Deus só; é
o único Ser que nao tem comeco nem fim.
A alma humana nao terá fim, embora tenha tido comeco; por conse-
guinte, ela nunca possui nem possuirá simultáneamente toda a sua existen
cia; urna parte já se foi e outra aínda vira. A morte nao mudará este regime
ou nao fará da alma humana um ser eterno (= Deus), compartilhando o re-
gime de Deus; admitir esta possibilidade é incidir numa incoeréncia lógica;
urna eternidade que tenha tido comeco, nao é eternidade.
Por outro lado, após a morte da pessoa (ou após separar-se do corpo),
a alma humana já nao estará sob o regime do tempo, que é próprio das cria
turas que tém comeco e tém fim. Por conseguinte, para a alma humana sepa
rada do corpo existe um regime de duracao que se chama "evo" ou "eviter-
nidade"; este consiste numa sucessao nao de dias e de noites, mas de atos
(da inteligencia e da vontade) ora mais, ora menos intensos. Quem tem co
meco, tem continuidade; esta é inerente á alma humana; nao será urna con-
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24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Por conseguinte, nao se pode dizer que, logo após a morte, a alma hu
mana é re-unida a um corpo glorioso (ressurreigao) e presencia a segunda vin-
da de Cristo e o juízo final. Isto significaría que quem morre em 1987 já
vé consumadas criaturas que ainda nao nasceram nem existem.
Em síntese, diremos:
No fim dos tem pos, dar-se-á a ressurreigáo dos mortos e o juCzo uni
versal.
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"VIVER SEM O TEMOR DA MORTE" 25
3.2. O inferno
Com efeito. Todo ser humano foi naturalmente feito para o bem,... e
para o Bem que nao se acabe ou o Bem Infinito (Deus). Este, explícita ou
implícitamente, exerce atracao sobre todo homem, á semelhanca do Norte
que atrai a agulha magnética da bússola. Se alguém, usando da sua livre von-
tade, diz Sim a esse Norte (= Deus), encontra repouso e plenitude (a bem-
aventuranga celeste). . . Se, porém, voluntariamente Ihe diz Nao e no dia da
morte é encontrado pelo Senhor nessa atitude de repulsa consciente e volun
taria, terá o definitivo distanciamento de Deus; o Senhor respeitará a sua op-
clo negativa e nao o forcará a voltar para Deus. É este estado que se chama
inferno; a própria criatura a ele se condena, sem que o Senhor Deus necessi-
te de proferir alguma sentenca. Além desta dolorosa f rustracao, há no infer
no o que a S. Escritura chama fogo,.. . fogo, porém, que nao é o da térra.
Tal estado é definitivo e sem fim, porque a alma humana é, por si mes-
ma, ¡mortal. O mesmo só terminaría
Eis o que se entende por inferno numa lúcida concepcao. Vé-se que
tal estado, longe de ser incompatível com a santidade de Deus, resulta preci
samente do fato de que Deus ama a criatura... e a ama divinamente, isto é,
sem se poder desdizer e sem poder retirar-lhe o seu amor; cf. 2Tm 2,11-13.
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26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
seu amor aqueles que nao o quiserem; isto seria derrogar ao dom da liberda-
de de opcao, dom feito pelo Criador ao homem. Tal incerteza é reconhecida
por bons teólogos, entre os quais Karl Rahner:
3.3. O purgatorio
458
"VIVER SEM O TEMOR DA MQRTE" 27
R. Blank afirma que Jesús desceu ao inferno (p. 118). "Ele percorre
todas as dimensóes do inferno para que todo homem, no seu distanciamento
de Deus, tenha a possibilidade de se reencontrar com Cristo" (p. 119). Estas
afirmapoes servem a Blank para concluir que Jesús já sofreu o inferno em fa
vor de todos os homens, de modo que ninguém deve recear cair em tal des
grapa.
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28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Ora o próprio autor nao é muito claro quando trata deste assunto. Ci
ta Ladislau Boros em favor da dita iluminacao, como também cita Karl
Rahner em contrario, e concluí: "As afirmapoes a este respeito permanece-
rao sempre no dominio da especulacao teológico-filosófica" (p. 104). Ape-
sar de tudo, Blank parece favor ave I a esse iluminativo encontró com Deus,
que deve provocar um ato de fé e confianca absoluta no Salvador.
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"VIVER SEM O TEMOR DA MORTE" 29
5. Conclusao
461
Do atei'smo á fé:
A Descoberta de Deus
por Jean Luchaire
"Quis percorrer essa estrada de novo, nao só para te levar á alegría que
agora é minha, mas para averiguar o sólido fundamento das minhas etapas.
Cheguei ao termo, nada tenha a cortar ou a retificar".
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A DESCOBERTA DE DEUS 31
"No decorrer dos teus longos raciocinios, chegas a esta pergunta muí-
to sensata: 'Quem criou a Térra ou as nebulosas das quais a Térra saiu?'
Ai tua razao para. Pois responder: 'A materia sempre existíu' é o mes
mo que nao responder, é urna confissao de ¡ncapacidade".
"As silabas de tais palavras estao nos teus labios, mas o seu significado
nao entra em teu espirito. És obrigado a concluir: 'Nao sei\' "
"Será que te podes consolar com a tua incapacidade dizendo: '0 que
eu nSo sei, os meus descendentes longinquos o saberao um dia?'... Nao; os
homens dirao aínda frente aos enigmas fundamentáis: 'Eu nao se/!'"
Assim, através desses 'Nao sei' que o deixaram sem resposta a propósi
to do sentido da vida, Luchaire chega á "hipótese Deus". É um Deus invisí-
vel, sem dúvida, mas... se Ele fosse a resposta...!? Ele se interpela a si mes
mo:
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32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Donde vem essa voz interior que te diz: 'Isto é mau', 'Isto é bom'?...
Essa voz que chega em certos momentos a censurar até os teus instintos de
conservacao pequeños e grandes?... Se essa voz viesse de longe e se chamas-
se Deus?"
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A DESCOBERTA DE DEUS 33
"Jesús. . . só veio á Térra para lembrar, para mostrar Deus e para indi
car aos homens como Deus deve ser compreendido e servido. Jesús, do qual
a Igreja é a filha,... cuja perenidade e expansao sao elas mesmas um milagre
permanente e demonstrativo".
"A partir deste momento, Deus, Jesús e a Igreja sao ¡nseparáveis em ti,
pois nao tem fé agüele que só tem fé pela metade ou com reservas... Já que
necessariamente existem elementos humanos na Igreja, guarda frente a eles o
teu direito de crítica e de reforma. Mas nao te é lícito exercer esse direito
sobre aquilo que na Igreja é de origem divina, isto é, derivado da palavra de
Jesús ou dos seus discípulos diretos. 0 que Deus ditou é palavra divina; per
manece tao peno quanto possivel dessa palavra e tu estarás dentro da ver-
dade...
Fresnes, 7 de fevereiro de 1946"
465
Ainda em foco:
As AparicOes de
Natividade (RS)
Em síntese: Em Natividade (RJ} ocorreram nos anos de 1967 e 1968
quatro apartides atribuidas a Nossa Senhora e recebidas pelo Dr. Sebastiao
Fausto Barreira de Faría. Duas Mensagens foram ditadas ao vidente relativas
a 1) urna pedra a ser cuidadosamente guardada e todos os anos mergulhada
na agua de um regó, 2) a preservacao da devocao a María, Mae de Deus,
3) o ecumenismo, 4} a migracao da humanidade para outros mundos, etc. -
A Virgem María ter-se-á despedido "desde éfeso", ao encerrar a quarta apa-
ricao. — Ora um exame atento das Mensagens e das linhas características dos
fenómenos de Natividade leva a crer nSo sejam auténticas aparicdes da Santa
Mae de Deus, mas, antes, a expressao do ánimo do "vidente". A Igreja nao
se pronunciou a respeito de Natividade nem há inquérito em curso a tal pro
pósito, porque os elementos em pauta nao parecem justificar tal atencao.
1. Os fenómenos
466
ASAPARIQOESDENATIVIDADE(RJ) 35
467
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
2. As Mensagens
"Os meus símbolos tém varios nomes, mas eu sou urna única criatura.
Esta agua passa por urna cefas que há muitos arios caiu de onde eu ve-
nho. Quem déla beber, penitenciando-se, conhecerá os milagros da fé e do
amor.
Nao deixe que o meu templo seja incendiado — o templo do meu pri-
meiro símbolo.
Ponha as máos, assim, como estao as minhas, dentro d'água, junto aos
meus pés".
468
AS APARIQOES DE NATIVIDADE (RJ)
.(i)
469
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Esta é a minha imagem, nesta revelacao. Que seja divulgada com esta
mensagem.
Adeus".
3. Comentarios
470
ASAPARICOESDE NATIVIDADE (FU) 39
Mensagem I
"Urna cefas que há muitos anos caiu de onde eu venho. . .". — Nao
deixa de ser estranho o uso de um vocábulo aramaico dentro de urna frase
brasileira, que nao necessitava de tal hibridismo (de resto a transíiteracao au
téntica seria kefa'). Quis Nossa Senhora dizer que a rocha ou a pedra caiu do
céu (ou de Éfeso) há muitos anos? — Ver, de resto, a segunda Mensagem, on
de a Virgem Maria se despede a partir de Éfeso...
Mensagem II
471
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
472
AS APARICÜES DE NATIVIDADE (RJ) 41
3.3. Comprovacio?
* * *
(continuado da p. 480)
O terceiro volume se concentra na S. Eucaristía, desenvolvendo tonga
mente os aspectos teológicos da mesma e o significado das oracoes e dos ges
tos da celebracio da Missa no passado e em nossos dias. Há ai ricos ensina
mentos, que contribuem para a compreensao e a vivencia mais plenas da S.
Missa; os autores poem em relevo nocóes que escapam ao comum dos fiéis
católicos, entre as quais a densa concepto de Sacrificio-sacramento. Apenas
lamentamos que tenham cedido desnecessariamente ao espirito crítico pon
do em relevo deficiencias da piedade dos séculos passadcs, sem mostrar as
pectos positivos da mesma. A propósito se/a licita urna observacao impor
tante: na década de 1940, o jesuíta Pe. Joseph A. Jungmann publicou exaus-
tivo estudo sobre a Missa institulado "Missarum Solemnia" fdois volumes);
tal obra aínda era, e é, mais rica em informacdes sobre o desenvolvímento da
Liturgia e mais compreensiva dos percalcos pelos quais passou a historia da
celebracao; o seu enfoque é mais sereno do que o dos autores de Anamnesis.
Por isto eremos que seria oportuno, como alias dizem os próprios especialis
tas, que se fizesse urna reedicao atualizada da obra de Jungmann, pois cer-
tamente Anamnesis nao a substituí, mas, sim, a amplia do ponto de vista
teológico. Com isto nao tencionamos empalidecer os méritos desta obra re
cente, que contribuí valiosamente para a formacao dos nossos leigos e clé
rigos.
E. B.
473
OracaodeJoáoXXIII?
474
"SENHOR E GRANDE ARQUITETO" 43
COMENTANDO. . .
475
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
É evidente, pois , que Joao XXI11 nao é o autor da oragáo que a Maco-
naria Ihe atribuí.
Doutrina Católica compendiada hoje para Adultos, pelo Pe. Luiz Gon-
zaga da Silveira D'Elboux S.J., 9a. edicao em 1987. Ed. Loyola, Sao Paulo
1987, 140x210 mm, 142 pp.
Eis urna obra catequética que se recomenda tanto por seu conteúdo
como por sua apresentacao. Segué o método de perguntas e respostas, res-
postas, porém, menos sucintas do que as do Catecismo clássico e, por isto,
mais facéis de ser compreendidas pelo estudante. Em suas últimas edicoes.
a obra foi atuaiizada de acordó com o Código de Direito Canónico de 1983
(no tocante aos padrinhos do Batismo, da Crisma, á freqüéncia da Reconci-
liacao sacramental, ao j'ej'um e á abstinencia de carne. . .}. Atende ao nivel
de pessoas de certa cultura que desejem sucinta exposicao da doutrina cató
lica. Em suas primeiras páginas o livro traz dois importantes documentos: o
Credo do Povo de Deus elaborado por Paulo VI em 1968 em vista das hesita-
coes de muitos fiéis sobre o pecado original, o purgatorio, a Confissao sacra
mental. . ., e urna alocucao do mesmo Pontífice sobre a Fé datada do mes-
mo ano. O Apéndice do livro aprésenla as oracoes costumeiras do fiel católi
co e um índice Analítico, que facilita o uso da obra. Regozijamo-nos pelo
éxito deste trabalho do Pe. D'Elboux, elogiosamente introduzido pelo Sr.
Arcebispo de Pouso Alegre, Dom José D'Angelo Neto. Alias, o número de
edifdes sucessivas deste Catecismo j'á é um título de recomendacao.
476
Porque
O Vaticano nao cedeu aos contestatarios, pois o Santo Padre tem por
principio acolher todos os chefes de Estado que Ihe pedem audiencia; e ¡s-
to. . . nao tanto em vista da pessoa do Governante, mas em atengao ao país
ou á nagao que ele representa. A acolhida, no caso, fazia-se especialmente
premente, pois se tratava da Austria, um país de antigás e vivas tradigoes ca
tólicas. No discurso dirigido a Waldheim, o Pontífice insistiu sobre o papel
que toca á Austria em favor da paz: "Colocado ao longo da crucial linha de
demarcagao entre o Ocidente e o Oriente, vosso país está atualmente volta-
do para as tarefas de favorecer o bom relacionamento entre as nacóes, de
fender os direitos humanos, tutelar a liberdade e promover a paz".
477
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
.LIVROS EM ESTANTE.
478
LIVROS EM ESTANTE 47
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48 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 306/1987
Este é o terceiro volume de urna obra que, sob o titulo geral Anam
nesis, deverá compreender oito tomos, oferecendo aos estudiosos urna Intro-
ducao á teología e á historia da Liturgia. Já foram anteriormente publicados
em portugués, pela mesma Editora, o volume 1? (que apresenta a nocao de
Liturgia densamente elaborada e enriquecida por dados históricos) e o volu
me 2? (que trata explícitamente da historia da Liturgia e dos principáis livros
litúrgicos). 0 feitor encontra nesses tres volumes estudos preciosos, que le-
vam a ultrapassar a face sensfvel dos ritos sagrados (cantos, gestos, utensilios
sagrados. ..) para compreender o valor doutrínário da agio litúrgica; a Litur
gia é apresentada, em última análise, como a historia da sa/vaqao em exercf-
do, pois é a perpetuacao da obra redentora de Cristo realizada pelo Senhor
Jesús através da sua Igreja. Tal nocao é explanada preponderantemente no
volume prímeiro.
(continua na p. 473)
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PROMOQAO DE ASSINATURAS
Toda Revista conta com o apoio de seus leitores, para os quais ela
existe. Dal o apelo que Ihes dirigimos no sentido de maior difusáo deste
claro e firme nessa época táo provada por divergencias de todo género,
sobretudo no campo religioso.
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das mesmas.
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