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Estamos de volta em nossa aula 03. Vamos dar prosseguimento com nosso
projeto de totalidade de acertos na prova de direito processual civil da Receita
Federal.
Na aula de hoje estudaremos os assuntos relacionados aos fatos jurídicos e
negócio jurídicos.
Dessa forma, prestem bastante atenção, e vamos juntos em mais essa etapa
rumo à aprovação na Receita Federal.
Suzana Lopes
Podemos definir fato jurídico como sendo as diversas fases que ocorrem
durante a existência do direito, que vem a produzir algum efeito jurídico.
Pode-se fazer uma analogia com o ciclo vital do ser humano. Este nasce,
cresce, se desenvolve e morre, ou seja, passa por diversas fases/etapas
durante sua existência. O fato jurídico seria justamente essas variadas fases
que ocorrem durante a vida do ser humano.
Não, existem fatos que não possuem importância para o direito, não são
relevantes para o direito.
EXTRAORDINÁRIO
FATOS NATURAIS
ORDINÁRIO
ATO-FATO
JURÍDICO
LÍCITO
Bom, agora que já relembramos um pouco do que vem a ser o fato jurídico,
vamos realizar a análise das questões, sempre realizando sucintas revisões, de
forma a relembrarmos alguns assuntos mais importantes para a prova de
vocês.
ORDINÁRIO: NASCIMENTO,
MORTE ETC.
INDEPENDE DA VONTADE
FATO JURÍDICO
HUMANA
EXTRAORDINÁRIO: FORÇA
MAIOR E CASO FORTUITO.
DIREITO DE IR
E VIR, DE SE
DIREITO
SERVE DE REPRODUZIR,
CONSTITUIDO ESPONTANEO,
PARAMETRO PARA DE
POR PRINCÍPIOS QUE TEM SUAS
DIREITO OS NÃO É COMUNICAR-
INERENTES A ORIGENS NA
NATURAL LEGISLADORES ESCRITO SE, DE
ESSENCIA NATUREZA
DO DIREITO TRABALHAR,
HUMANA. SOCIAL DO
POSITIVO DE
HOMEM.
CONSTITUIR
FAMÍLIA...
CONSTITUIDO
SERVE DE NORMAS
DIREITO COM BASE NOS O HOMEM QUE É
PARAMETRO PARA EMANADAS
POSITIVO DIREITOS CRIA ESCRITO
A SOCIEDADE PELO ESTADO
NATURAIS
Gabarito “C”
Comentário: Coloquei essa questão para que todos vocês tomem cuidado para
não confundirem os conceitos. Na questão anterior vimos o ATO jurídico
stricto sensu, e nesta de agora é pedido os casos de FATO jurídico stricto
sensu.
Portanto:
FATOS NATURAIS
ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS
Gabarito: “D”
b) O agente que induz certo devedor a firmar novo negócio jurídico sob
determinadas condições, mediante a ameaça de protestar o título
vencido e não pago, que garante a dívida, age mediante coação.
c) Conforme previsão expressa do Código Civil, não corre prescrição
contra os absolutamente incapazes.
d) É nulo o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação,
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Vejamos:
DICIONÁRIO JURÍDICO
Gabarito: “C”
Não pode ser dada validade para o Pode ser dado validade para o ato
ato posteriormente posteriormente
• EX TUNC RETROAGE
• EX NUNC NÃO RETROAGE, É DE
AGORA PARA FRENTE
Gabarito: “A”
Gabarito: “C”
ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS
Gabarito: “D”
Ato jurídico Lato Sensu pode ser encontrado também pelo nome de fato
humano. Consiste no fato que o indivíduo pratica com sua vontade por meio
de uma ação humana lícita. Sendo assim, o Ato Jurídico Lato Sensu subdivide-
se em: a) Ato Jurídico Stricto Sensu; b) Negócio Jurídico.
Gabarito: “D”
O outro erro está no fato da alternativa afirmar que é necessário ocorrer o dolo
de aproveitamento para ser configurada a lesão.
Na lesão não é levado em conta se uma das partes se aproveitou da
inexperiência ou da necessidade da outra (dolo de aproveitamento), mas sim se
ocorreu o equilíbrio entre as partes no contrato.
Na lesão a ideia primordial é o aproveitamento, e não o dolo de
aproveitamento.
Gabarito: “C”
Vejamos:
Muito simples, condição fisicamente impossível são aquelas ações que nenhum
ser humano consegue cumprir.
Gabarito: “C”
Nessa situação está configurada a reserva mental, uma vez que Carlos
declarou que queria comprar o fusca, quando na verdade só tinha
intenção de ajudar seu velho amigo diante desse problema financeiro
que passa.
Gabarito: “A”
11. (CESPE/ Procurador de Estado – PGE - CE/ 2008) Acerca dos fatos
jurídicos, assinale a opção correta.
ESTADO DE PERIGO
LESÃO
Estado de perigo Como diz o próprio nome, ocorre quando existe uma
situação de perigo a que uma pessoa está sujeita, e por isso, assume obrigação
muito onerosa.
Lesão Na lesão não existe a situação de perigo, mas sim uma necessidade
de ordem econômica.
Gabarito: “E”
DICIONÁRIO JURÍDICO
Gabarito: “B”
Gabarito: “B”
a) mútuo.
b) de compra e venda.
c) de doação.
d) de aceitação ou de repúdio a herança.
Comentário: Questão bem fácil. Basta para resolvê-la recorrer ao art. 1.808
do CC.
Gabarito: “D”
Negócio jurídico unilateral:É aquele que para ser celebrado necessita apenas
da manifestação de vontade de uma só parte ou de várias pessoas
manifestando sua vontade no mesmo sentido, logo existindo apenas um pólo
na relação jurídica.
Gabarito: “B”
Ou seja, vamos supor que Ramiro quer fazer um contrato de compra e venda
com Júlio, um de seus filhos. A compra e venda será autorizada, entretanto,
será necessário que se tenha o consentimento de Márcia e José, seus outros
filhos, além de Carlota, sua esposa, que não casou com Ramiro no regime de
bens de separação obrigatória.
ATENÇÃO
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga,
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível
concedê-la.
Gabarito: “A”
Somente para que tenhamos uma noção do que estamos tratando nessa
questão, vamos relembrar o que vem a ser a representação.
REPRESENTAÇÃO
A representação tem seus limites como podemos ver no caput do art. 1.691 do
Código Civil.
Gabarito: “A”
Não pode ser dada validade para o Pode ser dado validade para o ato
ato posteriormente posteriormente
E no caso de estado de perigo, conforme art. 171, II, temos que será uma
nulidade relativa.
Gabarito: “D”
Vejamos:
Gabarito: “B”
Portanto:
Gabarito: “B”
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.
Gabarito: “D”
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, NENHUMA PODE ALEGÁ-
LO PARA ANULAR o negócio, ou reclamar indenização.
Será que se a empresa tivesse falado para João que esse carro estava com o
para-choque quebrado, ele iria manter sua escolha e alugar o carro?
Com certeza não. Ou seja, a omissão dolosa da empresa fez com que o
contrato se celebrasse, fato que não ocorreria se não acontecesse a omissão.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das
partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado,
constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria
celebrado.
Gabarito: “D”
No caso apresentado nessa assertiva, não poderá ser estipulado o termo final
em uma data inexistente como 31 de fevereiro, caracterizando-se como uma
condição impossível. Caso isso venha a ocorrer, por ser o termo final uma
condição resolutiva, ocorrerá a inexistência do negócio jurídico, conforme
previsto no art. 124 do CC.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei,
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.
Gabarito: “A”
Gabarito: “C”
a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, serem nulos
os atos que a estes excederem.
IV - Nos negócios jurídicos, o silêncio importa anuência.
Vejamos as assertivas:
Gabarito: “D”
Essa questão aborda os encargos. Observem que mais uma vez a ESAF
explorou a literalidade, exigindo do candidato o conhecimento do contido no
CC.
É bastante importante que vocês saibam o que está previsto no art. 136 do CC.
Vejamos:
Gabarito: “C”
Quanto as Quanto ao
Quanto as
vantagens que conteúdo
formalidades
produz
Quanto a Quanto ao
existência
exercício do
direito
Principal Acessórios
Simples Negócios de
administração disposição
Vejamos as alternativas:
Gabarito: “E”
Prof.ª Suzana Lopes www.pontodosconcursos.com.br 54
CURSO ON-LINE – DIREITO CIVIL–EXERCÍCIOS COMENTADOS AFRFB
Comentário: Fiz questão de colocar essa questão em nossa aula, pois parece
ser um pouco complicada se começarmos a ler as alternativas, uma vez que
apresenta alguns assuntos que não são comuns de aparecer em provas de
concursos.
Gabarito: “B”
Reconhecido de ofício pelo juiz Não pode ser reconhecido de ofício pelo
juiz
Qualquer pessoa envolvida pode alegar, e Só pode alegar aquele que for
a qualquer tempo prejudicado, e dentro do prazo
estabelecido.
Não pode ser dada validade para o ato Pode ser dado validade para o ato
posteriormente posteriormente
Vejamos as alternativas:
Gabarito: “B”
a) dolo negativo.
b) lesão.
c) simulação relativa objetiva.
d) reserva mental.
e) dolo de terceiro.
Lesão
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
Gabarito: “E”
Foi um grande prazer estar mais uma vez com vocês!!! Até nosso próximo
encontro, na nossa aula 04.
Suzana Lopes
11. (CESPE/ Procurador de Estado – PGE - CE/ 2008) Acerca dos fatos
jurídicos, assinale a opção correta.
a) Configura-se o estado de perigo quando uma pessoa, por
inexperiência, ou sob premente necessidade, obriga-se a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, gerando
lucro exagerado ao outro contratante. Nessa situação, a pessoa pode
demandar a nulidade do negócio jurídico, dispensando-se a verificação
de dolo ou má-fé da parte adversa.
b) A fraude contra a execução é um defeito do negócio jurídico,
caracterizando-se como vício de consentimento e viciando, como
conseqüência, a declaração de vontade dos partícipes do negócio
jurídico.
c) A simulação relativa é um vício social que acarreta a nulidade do
negócio jurídico, que não pode subsistir, mesmo que seja válido na
substância e na forma.
d) O negócio jurídico realizado com infração a norma de ordem pública,
mesmo depois de declarado nulo por sentença judicial, por se tratar de
direito patrimonial e, portanto, disponível, pode ser ratificado pelas
partes, convalidando-se, assim, o ato negocial.
e) A reserva mental caracteriza-se pela não-coincidência entre a
vontade real e a declarada, com o propósito de enganar a outra parte.
Se for desconhecida pelo destinatário, a manifestação de vontade
subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não
querer o que manifestou.
a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, serem nulos
os atos que a estes excederem.
IV - Nos negócios jurídicos, o silêncio importa anuência.
GABARITO