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LITERATURA
PORTUGUESA
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Teste verificação de MEMORIAL
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Do CONVENTO
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TESTE
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Literatura Portuguesa 11º
Lírica Ficha 1 – Como vivo coitada, madre, por meu amigo 20.4.09
trovadoresca
Ficha 3 – “Proençaes soen mui ben trobar” 24.4.09
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 1
(Martim de Ginzo)
3.1 Com base no estudo de outras cantigas do mesmo tipo, mencione outros elementos que
desempenhem a mesma função.
5. Indica os valor semântico das palavras “amigo” , “madre” e “coitada” nesta cantiga e o uso vulgar que
delas se fazem na actualidade.
8. Refere a causa do desabafo do sujeito e o contexto histórico-social sugerido por esta cantiga.
Proposta de trabalho nº 2
COMENTÁRIO
“Os cantares de amigo não se distinguem dos de amor unicamente por aparecerem ali «elas» e aqui
«eles» a falar, mas também por outras diferenças de forma e intenção”.Elabora um texto informativo-
expositivo sobre a cantiga de amigo, realçando a concepção de amor e de mulher, os temas, as
variedades, os ambientes e tudo mais que consideres pertinente.” (200 palavras)
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 3
1. D.Dinis estabelece um contraste entre o seu processo de compor cantigas e o dos poetas
provençais. Em que consiste esse contraste?
2. Essa atitude poética diferente reflecte-se na verdade /fingimento do amor expresso? Justifica.
3. O ideal “arte pela arte” está mais presente em D. Dinis ou nos poetas provençais?
4. Mostra, com base na cantiga, que se estabelece uma antítese entre o artificialismo poético e a
emoção amorosa.
5. Mostra que o texto revela já intenções de artificialismo artístico, quer a nível morfo-sintáctico,
quer a nível semântico, quer a nível fónico.
6. Demonstra que há, ao longo poema, um crescendo de emoção na expressão da coita de amor.
Proposta de trabalho nº 4
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 5
CRÓNICA DE D. JOÃO I
PRÓLOGO
Grande licença1 deu a afeição a muitos que tiveram cárrego2 d'ordenar histórias, mormente dos senhores em
cuja mercê e terra viviam e u foram nados seus antigos avós, sendo-lhe muito favoráveis no recontamento de seus
feitos; e tal favoreza3 como esta nace de mundanal afeiçom, a qual nom é salvo conformidade4 dalguma cousa ao
entendimento do homem. Assi que a terra em que os homens per longo costume e tempo foram criados gera uma tal
conformidade antre o seu entendimento e ela que, avendo de julgar alguma sua cousa, assim em louvor como per
contrário, nunca per eles é direitamente recontada; porque, louvando-a, dizem sempre mais daquelo que é; e, se
doutro modo, nom escrevem suas perdas tam minguadamente como acontecerom.
Outra cousa geera ainda esta conformidade e natural inclinação, segundo sentença dalguns, dizendo que o
pregoeiro da vida, que é a fame, recebendo refeiçom pera o corpo, o sangue e espritos gerados de taes viandas5 tem
üa tal semelhança antre si que causa esta conformidade. Alguüs outros teveron que esto decia na semente, no tempo
da geraçom; a qual despõe per tal guisa aquelo que dela é gerado, que lhe fica esta conformidade tam bem acerca da
terra como de seus dívidos.
E assi parece que o sentiu Túlio, quando veio a dizer: «Nós não somos nados a nós mesmos, porque üa
parte de nós tem a terra e outra os parentes.» E porém o juizo do homem, acena de tal terra ou pessoas, recontando
seus feitos, sempre çopega6.
Esta mundanal afeiçom fez a alguüs estoriadores7 que os feitos de Castela com os de Portugal escreverom,
posto que homeës de boa autoridade fossem, desviar da dereita estrada e correr per semideiros escusos8, por as
mínguas das terras de que eram em certos passos claramente nom serem vistas; e especialmente no grande desvairo
que o mui virtuoso Rei da boa memoria Dom Joam, cujo regimento e reinado se segue, ouve com o nobre e
poderoso Rei Dom Joam de Castela, poendo parte de seus bons feitos fora do louvor que mereciam, e acrescentando
em algumas outros da guisa que nom acontecerom, atrevendo-se a publicar isto em vida de taes que lhe forom
companheiros, bem sabedores de todo o contrário.
Nós certamente levando outro modo, posta a de parte toda a afeiçom que por azo9 das ditas razões aver
podiamos, nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra mistura, leixando nos boõs acontecimentos
todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao povo quaisquer contrairas cousas, da guisa que aconteceram.
E se o Senhor Deus a nós outorgasse o que a alguüs escrevendo nom negou, convém a saber, em
suas obras clara certidão da verdade, sem dúvida não somente mentir do que sabemos mas ainda errando,
falso não queriamos dizer; como assim seja que outra cousa não é errar salvo cuidar que é verdade aquilo
que é falso. E nós, engando per ignorancia de velhas escrituras e desvairados autores, bem podiamos
ditando errar; porque, escrevendo homem do que não é certo, ou contará mais curto do que foi, ou falará
mais largo do que deve; mas mentira em este volume é muito afastada da nossa vontade. Oh, com quanto cuidado e
diligência vimos grandes volumes de livros de desvairadas linguagens e terras e isso mesmo públicas escrituras de
muitos cartórios e outros lugares, nas quais, depois de longas vigílias e grandes trabalhos mais certidão aver non
podemos da conteúdo em esta obra. E sendo achado em alguns livros o contrário do que ela fala, cuidai que nom
sabedormente mas errando muito, disserom tais cousas.
Se outros per ventura em esta crónica buscam fremosura e novidade de palavras, e não a certidão das
estorias, desprazer-lhe-á de nosso razoado10, muito ligeiro a eles d'ouvir e não sem gram trabalho a nós de ordenar.
Mas nós, não curando de seu juizo, leixados os compostos e afeitados razoamentos, que muito deleitom aqueles que
1
ousadia
2
encargo
3
parcialidade
4
harmonia
5
alimento
6
falta
7
Pêro Lópes Ayala
8
atalhos
9
Por causa
10
discurso
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Literatura Portuguesa 11º
ouvem, ante poemos a simprez verdade que a afremosentada falsidade. Nem entendaes que certificamos cousa,
salvo de muitos aprovada e per escrituras vestidas de fé; doutra guisa, ante nos calariamos que escrever cousas
falsas.
Que lugar nos ficaria para a fremosura e afeitamento das palavras, pois todo nosso cuidado em isto
dispenso não abasta para ordenar a nua verdade? Porém, apegando-nos a ela firme, os claros feitos, dignos de grande
lembrança, do mui famoso Rei Dom Joan, sendo Mestre, de que guisa matou o conde Joam Fernández, e como o
poboo de Lisboa o tomou primeiro por seu regedor e defensor, e depois outros alguüs do reino, e d'i em deante como
reinou e em que tempo, breve e sãamente contados, poemos em praça na seguinte ordem.
Crónica de D. João I, Primeira Parte, Prólogo
1 – Fernão Lopes teve necessidade de expor no início da primeira parte da Crónica de El-Rei D. João I a
sua concepção sobre o papel do historiador. Que erros aponta aos historiadores anteriores?
3 – Para que não lhe aconteça o mesmo, que processo se propõe utilizar?
4 – Refere o que diz sobre Pêro Lopes de Ayala, autor da crónica de El-Rei D. João de Castela.
5 – Ao mesmo tempo que nos pretende dar um exemplo de parcialidade, não estará também a ser vítima
do seu grande patriotismo? Justifica.
7 – Fernão Lopes não exclui a possibilidade de se enganar. Apesar disso , exige inteira credibilidade ao
que escreve. Como justificas a aparente contradição?
8 – Embora afirmando que não se deverá procurar na sua crónica a «fremosura e novidade da palavra», o
facto é que já no prólogo se registam recursos de grande expressividade. Indica três e mostra de que
forma contribuem para a intensificação de sentidos.
9 – Conclui sobre a actualidade do conceito de história que esteve na base da elaboração deste prólogo.
Proposta de trabalho nº 6
"Fernão Lopes adivinhou os princípios da moderna história: a vida dos tempos de que escreveu
transmitiu-a à posteridade, e não, como outros fizeram, somente um esqueleto de sucessos políticos e de
nomes célebres. Nas crónicas de Fernão Lopes não há só história: há poesia e drama; há a Idade Média
com sua fé, seu entusiasmo ou amor de glória."
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 7
dona de quê
se na paisagem onde se projectam
pequenas asas deslumbrantes folhas
nem eu me projectei
se os versos apressados
me nascem sempre urgentes:
trabalhos de permeio refeições
doendo a consciência inusitada
dona de mim nem sou
se sintaxes trocadas
o mais das vezes nem minha intenção
se sentidos diversos ocultados
nem do oculto nascem
(poética do Hades quem me dera!)
Dona de nada senhora nem
de mim: imitações de medo
os meus infernos
O poema de Ana Luísa Amaral questiona o papel da mulher na actualidade – aquela a quem dói a
consciência – por não se conseguir dar resposta às várias solicitações (tarefas domésticas, profissão e o
seu próprio prazer). Este poema dista cerca de 500 anos da Farsa de Inês Pereira, contudo, o desejo de ser
“dona de si” e do seu tempo mantém-se. A partir dos dados fornecidos, elabora, um comentário
ao poema. (extensão entre cento e cinquenta a duzentas palavras).
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 8
Luís de Camões
(1) trabalhado: cansado dos trabalhos pesados
(2) em que: ainda que
(3) por: para
2. A fraqueza confessada pelo sujeito poético é também uma forma de reforçar a confissão do amor.
2.1. Explique porquê.
2.2. Identifique o destinatário da confissão.
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 9
A UMA AUSÊNCIA
1. A realidade que o autor exprime é exterior a ele mesmo, objectiva ou, pelo contrário, é interior? Como
justificas?
2. O ponto de vista acerca dessa realidade mostra um sujeito seguro de si, confiante, ou desorientado,
confuso? Selecciona dois dados textuais para ilustrar a tua resposta.
3. Faz o levantamento de alguns verbos e de uma figura de estilo que melhor exprimem o estado do
sujeito referido anteriormente.
4. Relê a parte final do soneto e transcreve o verso que melhor sintetiza esse estado do sujeito.
4.1. Explica por palavras tuas o sentido desse verbo.
5. O verbo "andar" aparece no 5.° e no 14.° versos. Ele é usado com o mesmo significado? Justifica.
6. Repara na forma verbal "ver-me" (v. 8).
A posposição do pronome pessoal me deve-se a razões métricas ou gramaticais? Porquê?
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Literatura Portuguesa 11º
Proposta de trabalho nº 10
Sermão da Sexagésima
Per infamiam et bonam famam, diz S. Paulo: O pregador há-de saber pregar com fama e sem fama. Mais
diz o Apóstolo: Há-de pregar com fama e com infâmia. Pregar o pregador para ser afamado, isso é mundo: mas
infamado, e pregar o que convém, ainda que seja com descrédito de sua fama?, isso é ser pregador de Jesus Cristo.
Pois o gostarem ou não gostarem os ouvintes! Oh, que advertência tão digna! Que médico há que repare no
gosto do enfermo, quando trata de lhe dar saúde? Sarem e não gostem; salvem-se e amargue-lhes, que para isso
somos médicos das almas. (…)
A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe
dá pena. Quando o ouvinte a cada palavra do pregador treme; quando cada palavra do pregador é um torcedor para o
coração do ouvinte; quando o ouvinte vai do sermão para casa confuso e atónito, sem saber parte de si, então é a
preparação qual convém, então se pode esperar que faça fruto: Et fructum afferunt in patientia.
Enfim, para que os pregadores saibam como hão-de pregar e os ouvintes a quem hão-de ouvir, acabo com
um exemplo do nosso Reino, e quase dos nossos tempos. Pregavam em Coimbra dois famosos pregadores, ambos
bem conhecidos por seus escritos; não os nomeio, porque os hei-de desigualar. Altercou-se entre alguns doutores da
Universidade qual dos dois fosse maior pregador; e como não há juízo sem inclinação, uns diziam este, outros,
aquele. Mas um lente, que entre os mais tinha maior autoridade, concluiu desta maneira: «Entre dois sujeitos tão
grandes não me atrevo a interpor juízo; só direi uma diferença, que sempre experimento: quando ouço um, saio do
sermão muito contente do pregador; quando ouço outro, saio muito descontente de mim.»
Com isto tenho acabado. Algum dia vos enganastes tanto comigo, que saíeis do sermão muito contentes do
pregador; agora quisera eu desenganar-vos tanto, que saíreis muito descontentes de vós. Semeadores do Evangelho,
eis aqui o que devemos pretender nos nossos sermões: não que os homens saiam contentes de nós, senão que saiam
muito descontentes de si; não que lhes pareçam bem os nossos conceitos, mas que lhes pareçam mal os seus
costumes, as suas vidas, os seus passatempos, as suas ambições e, enfim, todos os seus pecados. Contanto que se
descontentem de si, descontentem-se embora de nós. Si hominibus placerem, Christus servus non essem, dizia o
maior de todos os pregadores, S. Paulo: Se eu contentara aos homens, não seria servo de Deus. Oh, contentemos a
Deus, e acabemos de não fazer caso dos homens! Advirtamos que nesta mesma Igreja há tribunas mais altas que as
que vemos: Spectaculum facti sumus Deo, Angelis et hominibus. Acima das tribunas dos reis, estão as tribunas dos
anjos, está a tribuna e o tribunal de Deus, que nos ouve e nos há-de julgar. Que conta há-de dar a Deus um pregador
no Dia do Juízo? O ouvinte dirá: Não mo disseram. Mas o pregador? Vae mihi, quia tacui: Ai de mim, que não disse
o que convinha! Não seja mais assim, por amor de Deus e de nós. Pe. António Vieira
4. De acordo com o excerto, quais as consequências, para o Pregador e para os ouvintes, de um sermão
mal orientado?
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Literatura Portuguesa 11º
5. Recorda tudo o que leste do Sermão da Sexagésima e mostra que este sermão tem objectivos que
valem quer para o nível religioso, quer para o nível profano.
Proposta de trabalho nº 11
Bocage, Sonetos
1. A ânsia de liberdade, expressa no poema, surge em contraste com a vivência do sujeito lírico no
momento da escrita.
1.1. Quais os elementos do discurso, a nível morfológico, que põem em evidência essa ânsia pro¬funda
de liberdade?
1.2. Indica os sentimentos vividos pelo sujeito poético nesse momento.
1.3. Qual a causa desses sentimentos?
1.4. Selecciona as expressões que melhor os revelam
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