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A- Objectivo
Dar aos jovens elementos que os motivem e os façam apaixonar-se por Jesus, de
tal modo que possam optar por ele numa vocação particular.
Durante todo o processo do nosso discernimento, descobrimos muitas coisas para
viver a nossa vocação. O que interessa, nesses momentos, é ver qual o sentido da
entrega total de uma vida na consagração religiosa, para se doar no seguimento
de Jesus Cristo.
B- Dinâmica
O animador estude o tema e veja qual será o melhor modo do seu grupo o deba-
ter…
C- Desenvolvimento do tema
1- A vocação religiosa
É necessário que haja sacerdotes, religiosos e religiosas porque há necessidade de
anunciadores da pessoa de Jesus Cristo e da sua mensagem. Trata-se de uma ne-
cessidade no campo da fé, não no campo da cultura. É uma vocação que nasce no
contacto do homem com Jesus Cristo. Muitos homens e mulheres, depois de ter
conhecido Jesus, já não puderam viver separados dele e dedicaram-lhe a vida,
quando perceberam que a sua vocação era segui-lo de forma absoluta e total.
O evangelho de S. Marcos diz que Jesus chamou algumas pessoas para que esti-
vessem com ele e assumissem a missão da evangelização. Nessa vocação dos
apóstolos convergem os chamamentos que Deus faz a homens e mulheres de to-
dos os tempos, para que o sigam incondicionalmente e assumam a sua própria
missão de anunciar a boa notícia da salvação.
Os apóstolos assumiram o encargo que Jesus lhes confiou. Assim está descrito nos
primeiros dez capítulos do livro dos Actos dos Apóstolos. Nesses capítulos ressal-
ta-se a qualidade de testemunhas que eles possuem. Viveram ao lado de Jesus, es-
cutaram as suas palavras, deram-se conta da sua missão, viram-no morrer e res-
suscitar, receberam o seu Espírito e agora sentem necessidade de comunicar aos
outros a experiência salvífica que vivenciaram: «Vós sereis minhas testemunhas
em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra».
(Se possível ilustrar com uma breve leitura – exemplo – do livro dos Actos dos Apóstolos)
6- Qualidade do testemunho
Para que as pessoas recebam e entendam o anúncio que fazemos de Jesus, há al-
gumas exigências:
a) Que o sinal evangélico que pretendemos ser, seja de tal modo claro e
transparente, que não necessite de muitas explicações. Com os votos religiosos,
nós queremos ser sinais da vida futura. Demonstrar com a nossa pobreza que
Deus é o bem supremo e que, por isso, escolhemos ser pobres e fazemos a nossa
opção pelos pobres, e a partir deles anunciamos essa realidade. Isto foi muito cla-
ro em Jesus que, sendo rico, se fez pobre por nós e viveu toda a sua vida em ambi-
entes pobres. Com a nossa obediência, anunciamos que o que vale neste mundo é
fazer o que Deus quer, para além dos egoísmos e determinações dos homens. Je-
sus viveu como filho obediente de José e de Maria, e submetendo-se a um projecto
histórico infamante obedeceu a Deus, até a morte na cruz. A nossa castidade con-
sagrada quer mostrar ao mundo que o primeiro amor é para Deus, ao qual entre-
gamos a nossa sexualidade e os nossos afectos, pondo-nos a serviço de todos os
homens ao anunciar-lhes a boa notícia de Jesus Cristo. Estes sinais têm de ser mui-
to claros para que as pessoas os entendam e recebam a mensagem que querem
transmitir. Em Jesus foram sinais muito claros, de forma que os religiosos, ainda
hoje, os lêem assim e procuram segui-los com sua vida.
b) Que seja um testemunho que respeite a fé e a liberdade da pessoa. Os
religiosos não são magos. Por isso, não devem esperar milagres do seu anúncio de
Jesus Cristo. De facto, lidam com pessoas humanas que zelam pela sua liberdade e
que têm direito de aceitar ou rejeitar o anúncio. Além disso, aceitar o anúncio de
Jesus Cristo é questão de fé, que é dom de Deus, que tem os seus tempos próprios.
Não devem desanimar diante de pessoas e ambientes que não entendem o seu
anúncio nem compreendem a sua vida. Devem recordar sempre que a sua vida,
centrada em Cristo, será bem entendida apenas por aqueles que amam e vivem
em Cristo.
c) O testemunho dos religiosos seja gratuito, ou seja, a sua força deve vir
unicamente de Deus: «Ninguém conhece o Pai senão o filho; e ninguém conhece o
filho senão o Pai e aquele a quem o Pai o queira revelar». Ninguém pode perceber
o testemunho dos religiosos se Deus não derrama o seu Espírito sobre ele. Os reli-
giosos são, unicamente, mediadores de Deus, instrumentos da sua acção. Por isso,
quando se apresentam com o anúncio de Jesus Cristo, devem apresentar-se com
as mãos vazias.
D- Reflexão em conjunto
Senti, alguma vez, o chamamento à vida religiosa? Sinto-me disposto a escutar e a
responder ao chamamento do Senhor?
À luz desta reflexão, que opinião tenho das pessoas consagradas que conheço: pa-
dres, religiosos, religiosas…?
E- Cântico