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Doença Inflamatória

Pélvica
Doença inflamatória pélvica

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

INTRODUÇÃO
• Ocorre como conseqüência
da penetração e
multiplicação de
microrganismos da vagina e
da porção externa do colo
uterino no endométrio, nas
trompas, nos ovários, no
peritônio e nas estruturas
contíguas.
• Trata-se de uma infecção
ascendente.

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

CONCEITO
• Entidade clínica freqüente
constitui a complicação
mais comum das doenças
sexualmente transmissíveis,
especialmente Chlamydia e
Gonorrhoea;
• Pode levar a sérias
complicações, incluindo:
§ Infertilidade,
§ Gravidez ectópica
§ Abscessos pélvicos
§ Dor pélvica crônica

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Doença Inflamatória Pélvica

EPIDEMIOLOGIA
• A investigação epidemiológica
no Brasil é bastante prejudicada,
pois, depende de testes
laboratoriais e de imagem que
sejam simples, baratos e
eficazes para que seja de
certeza;
• Os critérios clínicos dificultam a
acurácia dos casos, uma vez
que não possui sinais e
sintomas patognomônicos da
doença,
• Há subnotificação e os sistemas
de notificação do nosso país são
precários;
• Os dados apresentados são
praticamente dos Estados
Unidos da América.

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Doença Inflamatória Pélvica

EPIDEMIOLOGIA
• Pode ser causada por
micoplasmas genitais, flora
vaginal endógena (bactérias
anaeróbicas e aeróbicas),
estreptococos, Mycobacterium
tuberculosis, e as doenças
sexualmente transmissíveis,
sendo as mais comuns,
Chlamydia trachomatis e
Neisseria gonorrhoeae (40%-60%
das vezes)
• Freqüentemente é uma infecção
polimicrobiana.

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FATORES DE RISCO
• Atividade sexual precoce
• Promiscuidade
• Ectopia cervical
• Parceiro com Doenças
Sexualmente Transmissíveis
• Uso de Dispositivo Intra-
Uterino
• Manipulação do canal cervical
ou endométrio
• Baixo nível sócio econômico
• Duchas vaginais
• Pós-parto

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MECANISMOS DE DEFESA

• O organismo feminino possui


mecanismos que auxiliam
impedindo a progressão dos
microrganismos patogênicos:
§ Lactobacilos que acidificam o
meio vaginal (3,8-4,2),
§ Trofismo vaginal, quando
estrogenizado,
§ Colo apresentando o muco
em endocérvix, quando não
há lesões.

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CLÍNICA
• O valor de predição positiva
do diagnóstico clínico da
doença em sua forma
aguda é de 65-90%
comparada com o
diagnóstico laparoscópico;
• A maioria dos episódios não
são identificados, pois, a
mulher pode ser
assintomática, pouco
sintomática ou apresentar
sintomas atípicos.

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Doença Inflamatória Pélvica

PRINCIPAIS SINAIS E
SINTOMAS
• Dor à mobilização do colo
(“ grito de Douglas”)
• Dolorimento anexial,
• Dispareunia
• Corrimento vaginal muco-
purulento,
• Queixas urinárias,
• Sangramento
intermenstrual,
• Anorexia, náuseas, vômitos,
• Febre maior que 38 °C (20-
30% dos casos)

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DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
• Outras causas de dor
abdominal
§ Apendicite,
§ Gravidez ectópica
• Outras causas de
sangramento intra-menstrual
§ Alterações locais
§ Alterações hormonais
• Outras causas de dispareunia
§ Endometriose
§ Vaginites
§ Cervicites

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DIAGNÓSTICO
• ANAMNESE:
• A sintomatologia nem sempre é
evidente, portanto:
§ Busca de pacientes de risco:
• Mulheres sexualmente ativas;
• Ausência de atraso menstrual;
• Próximas ao final do período
menstrual;
• Histórias de múltiplos parceiros;
• Ausência de anticoncepção de
barreira;
• História de DIP prévia.

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DIAGNÓSTICO
• EXAME FÍSICO:

§ SINAIS MAIORES:
• Dor abdominal,
• Sensibilidade anexial;
• Dor ao toque.

§ SINAIS MENORES:
• Temperatura oral acima de 38°C,
• Corrimento muco-purulento,
• Aumento do PCR ou VHS,
• Massa pélvica
• Leucocitose

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DIAGNÓSTICO
• EXAMES LABORATORIAIS
§ Hemograma: leucocitose em até 70%,
sem desvio para esquerda. A
hemossedimentação está elevada até
75% dos casos e freqüentemente
mantêm valores altos.
§ Ecografia: pode revelar líquido livre ou
identificar abscesso ovariano.
§ Culdocentese: usada
excepcionalmente
§ Bacterioscopia: demonstra a
presença de germes aeróbios e
anaeróbios, material obtido da
endocérvice.
§ Urina Rotina e Gram de Gota: afastar
infecção urinária.
§ Dosagem de β-HCG: afastar gravidez
§ Laparoscopia: critérios.....

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SINAIS
LAPAROSCÓPICOS
• Critérios mínimos para
DIP aguda:
§ Hiperemia da superfície
tubária,
§ Edema da parede tubária,
§ Exsudato purulento
cobrindo a superfície
tubária ou extravasando
pela extremidade fimbriada
quando está pérvia.

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IMAGENS PEÇAS
CIRÚRGICAS

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LOCALIZAÇÕES E
DENOMINAÇÕES
§ Endocervicite
§ Endometrite
§ Salpingite
§ Piossalpingite /hidrossalpínge
§ Pelviperitonite:
• Abscesso no fundo de saco
posterior, tubo-ovariano, peri-
hepatite (Sind. Fitz-Hugh-
Curtis)

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ENDOCERVITE
ENDOMETRITE
• Comum no pós-parto, nos
primeiros dez dias em
decorrência de
contaminação da própria
flora vaginal ou da pele.
Seu principal sinal é a
febre.
• Na ausência do puerpério
se caracteriza
principalmente por
sangramento intra-
menstrual, principalmente,
em pacientes portadoras de
dispositivos intra-uterinos.

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COMPROMETIMENTO
TUBÁRIO
• Fase mais avançada da
doença.
• Se caracteriza por
comprometimento geral,
massa abdominal palpável nas
regiões ilíacas ( 50%), sinais
de defesa abdominal, há
presença de ruídos
hidroaéreos.

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Doença Inflamatória Pélvica

PERITONITE
• Na presença de um
abscesso ovariano, ou da
permeabilidade tubária, o
processo infeccioso
polimicrobiano atinge a
região pélvica e
posteriormente todo o
abdômen (peritonite)

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Estádio/ Tratamento

ESTÁGIO TRATAMENTO
• Estádio I • Tratamento a nível ambulatorial,
§ Salpingite Aguda Sem • Se usuária de DIU, esse deve ser
Peritonite retirado,
• Antibioticoterapia:
§ Ceftriaxona 250 mg IM e
Doxicilina 100 mg a cada 12
horas por 14 dias,
§ Tiafenicol 2,5 g VO e Doxiclina
100 mg de 12/12 horas por 14
dias.

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Doença Inflamatória Pélvica
Estádio/ Tratamento

• Estádio II • Internação
• Terapia dupla:
§ Salpingite aguda com
§ Doxiciclina 200mg VO como
peritonite dose de ataque, seguidos de 100
mg a cada 12 horas , associado
a cefoxitina – 2g EV como dose
• Estádio III de ataque seguidos de 1g a cada
6 horas
§ Salpingite aguda com
sinais de oclusão § Alta Hospitalar: manutenção do
tubária ou abscesso tratamento em nível ambulatórial
tubovariano com Doxiciclina 100 mg VO a
cada 12 horas até se completar
10 dias de tratamento.

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

• Estágio IV
§ Sinais clínicos de ruptura
de abscesso tubovariano
(queda acentuada do
estado geral,
refratariedade ao
tratamento clínico, febre
persistente, comprovação
ultrassonográfica e
abscesso acima de 10
cm.

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica
Esquemas terapêuticos propostos para Estádio
I (ambulatorial)

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica
Esquemas terapêuticos propostos para Estádio
III /IV

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Doença Inflamatória Pélvica

TUBERCULOSE
• Suspeita-se quando:
§ Resposta inadequada ao
tratamento anterior;
§ Doença inflamatória pélvica em
virgens,
§ Desproporção entre a lesão
anatômica e os escassos
sintomas,
§ Doença inflamatória pélvica
associada a ascite,
§ Antecedentes pessoais ou
familiares de tuberculose (pleurite,
osteoartrite, etc),
§ Febre vespertina.

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

CONCLUINDO...
• A doença inflamatória pélvica é uma
das principais causas de esterilidade
em nosso meio, principalmente pelo
fator tubário.
• A existência de um processo
inflamatório no aparelho genital
interno, determina o surgimento de
bridas, sinéquia, abscessos e
aderências que impedem que o
espermatozóide possa chegar ao seu
destino.
• A principal causa de DIP são os
processos infecciosos, facilmente
evitáveis.
• O tratamento na maioria das vezes se
dá com a antibioticoterapia.

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

TODO O PROCESSO SE
ENCONTRA EM NOSSAS
MÃOS! NÃO SEJAMOS
OMISSOS! TENHAMOS
CONSCIÊNCIA DO FATO E
PRINCIPALMENTE
TENHAMOS ATITUDE
DIANTE DELE!!1
OBSERVEM....

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica & Doença
Sexualmente Transmissível

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica & Doença Sexualmente
Transmissível
Imagens...........................

Chirlei A Ferreira
Doença Inflamatória Pélvica

Chirlei A Ferreira

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