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Fibras Musculares

Prof. Arthur Sacramento , PhD


Fibras musculares esqueléticas

• As fibras musculares são dependentes


das unidades motoras para seu
adequado funcionamento, sendo esta o
conjunto que engloba o motoneurônio e
o número de fibras por este enervadas
• O número de fibras musculares
enervadas por um motoneurônio pode
variar desde 5-10 até centenas (>300)
• Há uma média de 150 fibras enervadas
por cada motoneurônio. Os músculos
de motricidade fina têm 5-10 fibras por
motoneurônio enquanto os de
motricidade ampla chegam a 1000.
• A maior parte da população mundial
apresenta um equilíbrio entre os
principais tipos de fibras musculares
(50 a 60%), enquanto um corredor de
fundo terá 75% de suas fibras do tipo I
e um sprinter de cerca de 80% do tipo
IIb.
• O pico de tensão na fibra lenta
desenvolve-se entre 70 e 90ms,
enquanto na fibra rápida este ocorre
entre 20 e 40ms.
Tipos de Fibras Muscular
•Fibras do tipo I - Característica
Lenta e Oxidativa

•Fibras do tipo II - Característica


Rápida e Glicolítica
Subdivisões das fibras do tipo I

• As fibras musculares esqueléticas do


tipo I podem subdividir-se da seguinte
forma:
–Tipo I
–Tipo Ic
Fibras tipo I
• As fibras tipo I apresentam como
características predominantes em sua
estrutura, a resistência a fadiga, grande
capacidade de suprimento aeróbio de
energia e um potencial limitado para
desenvolvimento de força rápida. Os
atletas de endurance devem ser os que
mais provavelmente apresentam maior
quantidade deste tipo de fibra.
Fibras tipo IC
• São fibras de rara manifestação e
apresentam como característica
diferencial, uma propriedade oxidativa
mais baixa do que as fibras do tipo I.
Outras características das fibras tipo I

• São de aparência vermelha devido ao maior


suprimento de sangue e maior conteúdo de
mioglobina;
• Pequeno diâmetro da fibra;
• Grande quantidade de mitocôndrias;
• Baixa capacidade de manipular o Ca++;
• Ação limitada da Miosina ATPase;
• Velocidade de contração lenta;
• Velocidade de relaxamento lenta;
• Baixa fatigabilidade
• Baixa capacidade de gerar força
Subdivisões das fibras do tipo II

• As fibras musculares de contração rápida


(tipo II) podem ser subdivididas em :

• Tipo IIa: apresentam além de suas


características glicolíticas, uma capacidade
oxidativa desenvolvida. São também
conhecidas pela sigla FOG (Fast oxidative
glicolytic)
• Tipo IIb: apresentam predominantemente
capacidades anaeróbias. Também
conhecidas pela abreviatura FG (fast
glycolytic)

• Tipo IIab: fibras com características


transicionais, também chamadas de
intermediárias.

• Tipo IIc: Muito raras nos humanos (0-5% das


fibras). Mais oxidativa do que a IIa e IIb.
• Tipo IId: encontrada em músculos
cronicamente ativos

• Tipo IIx: fibras patologicamente alteradas


(distróficas)
Características das fibras
glicolíticas tipo II
• Alta capacidade de transmissão eletroquímica (potencial
de ação).
• Alta atividade da miosina ATPase.
• Cor vermelha clara ou esbranquiçada
• Alto nível de liberação e captação do Ca++ (retículo
sarcoplasmático).
• De diâmetro médio a grande
• Velocidade de contração rápida
• Fatigabilidade de moderada a alta
• Maior capacidade de gerar força
• Vias metabólicas anaeróbias para produção de ATP.
Conversão de fibras musculares

• Possibilidade de mudanças nas


propriedades bioquímicas e fisiológicas
das fibras musculares, com uma
transformação progressiva durante o
treinamento.

• Treinamento específico ou inatividade


(adaptações).
• De acordo com McArdle e Katch (2002)
as adaptações metabólicas são reais e
significativas, fisiologicamente
analisadas. Ele afirma também que a
idade não constitui uma barreira para
as adaptações nas fibras musculares
induzidas pelo treinamento. Entretanto,
sabe-se hoje em dia que tanto o treino
quanto a inatividade podem produzir
alterações reais e fisiológicas na fibra
muscular esquelética.
Facta Phisiologica
⇒Os homens são mais fortes que as
mulheres por apresentarem uma área
de seção maior. As mulheres têm sua
área de seção em torno de 68 a 71%
da masculina.
⇒O tecido adiposo ocupa 18% a mais de
volume do que o tecido muscular
esquelético.
Métodos histoquímicos para
determinação das propriedades
musculares

• Os métodos utilizados para


determinação da tipagem muscular são
os seguinte:
• ATPase Miofibrilar
• Succinato desidrogenase
∀ α-Glicerofosfato desidrogenase
• ATPase Miofibrilar
– Através deste método, são identificadas as fibras
musculares lentas e rápidas através do conteúdo
da ATPase miofibrilar. As fibras tipo I ficam
escuras quando coradas através deste método.
• Durante o ciclo das pontes cruzadas, o
ATP liga-se e hidrolisa-se à molécula
de miosina durante a geração de força.
Uma vez que a atividade da Miosina
ATPase está positivamente
correlacionada com a velocidade de
contração, a medição da atividade da
Miosina ATPase pode ser interpretada
como determinante da velocidade de
contração do músculo.
• Succinato desidrogenase
– Através deste método, identificamos o
potencial oxidativo da fibra muscular.
• O ensaio por succinato desidrogenase
distingue entre a capacidade mais ou menos
oxidativa das fibras. As fibras oxidativas
geram ATP através da fosforilação oxidativa
na mitocôndria. Neste caso, a fibra muscular
que tiver mais mitocôndria terá uma maior
capacidade oxidativa. A enzima SDH está
localizada na membrana interna da
mitocôndria, ligada a crista desta e é
responsável por oxidar o succinil para
fumarato no CK.
• Durante essa reação o succinato é
oxidado e produz-se NADH
reduzido.Succinato é portanto, o
substrato, NADH é o produto da reação
e SDH é a enzima. As fibras oxidativas
aparecem coradas em um azul mais
denso e as menos oxidativas em um
azul claro.
∀ α-Glicerofosfato desidrogenase
– Este método identifica o potencial
glicolítico da fibra muscular. As reações
químicas da glicólise anaeróbia ocorrem
no citoplasma da célula muscular. A ação
do α-GPD na glicólise é ativar o NADH que
é produzido na mitocôndria para produção
de ATP. Este sistema é então
correlacionado com a atividade glicolítica
no sentido de que quanto mais NADH for
ativado no interior da mitocôndria, mais
energia será produzida.
Biópsia muscular

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