das unidades motoras para seu adequado funcionamento, sendo esta o conjunto que engloba o motoneurônio e o número de fibras por este enervadas • O número de fibras musculares enervadas por um motoneurônio pode variar desde 5-10 até centenas (>300) • Há uma média de 150 fibras enervadas por cada motoneurônio. Os músculos de motricidade fina têm 5-10 fibras por motoneurônio enquanto os de motricidade ampla chegam a 1000. • A maior parte da população mundial apresenta um equilíbrio entre os principais tipos de fibras musculares (50 a 60%), enquanto um corredor de fundo terá 75% de suas fibras do tipo I e um sprinter de cerca de 80% do tipo IIb. • O pico de tensão na fibra lenta desenvolve-se entre 70 e 90ms, enquanto na fibra rápida este ocorre entre 20 e 40ms. Tipos de Fibras Muscular •Fibras do tipo I - Característica Lenta e Oxidativa
•Fibras do tipo II - Característica
Rápida e Glicolítica Subdivisões das fibras do tipo I
• As fibras musculares esqueléticas do
tipo I podem subdividir-se da seguinte forma: –Tipo I –Tipo Ic Fibras tipo I • As fibras tipo I apresentam como características predominantes em sua estrutura, a resistência a fadiga, grande capacidade de suprimento aeróbio de energia e um potencial limitado para desenvolvimento de força rápida. Os atletas de endurance devem ser os que mais provavelmente apresentam maior quantidade deste tipo de fibra. Fibras tipo IC • São fibras de rara manifestação e apresentam como característica diferencial, uma propriedade oxidativa mais baixa do que as fibras do tipo I. Outras características das fibras tipo I
• São de aparência vermelha devido ao maior
suprimento de sangue e maior conteúdo de mioglobina; • Pequeno diâmetro da fibra; • Grande quantidade de mitocôndrias; • Baixa capacidade de manipular o Ca++; • Ação limitada da Miosina ATPase; • Velocidade de contração lenta; • Velocidade de relaxamento lenta; • Baixa fatigabilidade • Baixa capacidade de gerar força Subdivisões das fibras do tipo II
• As fibras musculares de contração rápida
(tipo II) podem ser subdivididas em :
• Tipo IIa: apresentam além de suas
características glicolíticas, uma capacidade oxidativa desenvolvida. São também conhecidas pela sigla FOG (Fast oxidative glicolytic) • Tipo IIb: apresentam predominantemente capacidades anaeróbias. Também conhecidas pela abreviatura FG (fast glycolytic)
• Tipo IIab: fibras com características
transicionais, também chamadas de intermediárias.
• Tipo IIc: Muito raras nos humanos (0-5% das
fibras). Mais oxidativa do que a IIa e IIb. • Tipo IId: encontrada em músculos cronicamente ativos
• Tipo IIx: fibras patologicamente alteradas
(distróficas) Características das fibras glicolíticas tipo II • Alta capacidade de transmissão eletroquímica (potencial de ação). • Alta atividade da miosina ATPase. • Cor vermelha clara ou esbranquiçada • Alto nível de liberação e captação do Ca++ (retículo sarcoplasmático). • De diâmetro médio a grande • Velocidade de contração rápida • Fatigabilidade de moderada a alta • Maior capacidade de gerar força • Vias metabólicas anaeróbias para produção de ATP. Conversão de fibras musculares
• Possibilidade de mudanças nas
propriedades bioquímicas e fisiológicas das fibras musculares, com uma transformação progressiva durante o treinamento.
• Treinamento específico ou inatividade
(adaptações). • De acordo com McArdle e Katch (2002) as adaptações metabólicas são reais e significativas, fisiologicamente analisadas. Ele afirma também que a idade não constitui uma barreira para as adaptações nas fibras musculares induzidas pelo treinamento. Entretanto, sabe-se hoje em dia que tanto o treino quanto a inatividade podem produzir alterações reais e fisiológicas na fibra muscular esquelética. Facta Phisiologica ⇒Os homens são mais fortes que as mulheres por apresentarem uma área de seção maior. As mulheres têm sua área de seção em torno de 68 a 71% da masculina. ⇒O tecido adiposo ocupa 18% a mais de volume do que o tecido muscular esquelético. Métodos histoquímicos para determinação das propriedades musculares
• Os métodos utilizados para
determinação da tipagem muscular são os seguinte: • ATPase Miofibrilar • Succinato desidrogenase ∀ α-Glicerofosfato desidrogenase • ATPase Miofibrilar – Através deste método, são identificadas as fibras musculares lentas e rápidas através do conteúdo da ATPase miofibrilar. As fibras tipo I ficam escuras quando coradas através deste método. • Durante o ciclo das pontes cruzadas, o ATP liga-se e hidrolisa-se à molécula de miosina durante a geração de força. Uma vez que a atividade da Miosina ATPase está positivamente correlacionada com a velocidade de contração, a medição da atividade da Miosina ATPase pode ser interpretada como determinante da velocidade de contração do músculo. • Succinato desidrogenase – Através deste método, identificamos o potencial oxidativo da fibra muscular. • O ensaio por succinato desidrogenase distingue entre a capacidade mais ou menos oxidativa das fibras. As fibras oxidativas geram ATP através da fosforilação oxidativa na mitocôndria. Neste caso, a fibra muscular que tiver mais mitocôndria terá uma maior capacidade oxidativa. A enzima SDH está localizada na membrana interna da mitocôndria, ligada a crista desta e é responsável por oxidar o succinil para fumarato no CK. • Durante essa reação o succinato é oxidado e produz-se NADH reduzido.Succinato é portanto, o substrato, NADH é o produto da reação e SDH é a enzima. As fibras oxidativas aparecem coradas em um azul mais denso e as menos oxidativas em um azul claro. ∀ α-Glicerofosfato desidrogenase – Este método identifica o potencial glicolítico da fibra muscular. As reações químicas da glicólise anaeróbia ocorrem no citoplasma da célula muscular. A ação do α-GPD na glicólise é ativar o NADH que é produzido na mitocôndria para produção de ATP. Este sistema é então correlacionado com a atividade glicolítica no sentido de que quanto mais NADH for ativado no interior da mitocôndria, mais energia será produzida. Biópsia muscular