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06 – 03 – 2003

Currículo e Políticas Educativas

A qualidade educativa transformou-se e aperfeiçoou-se ao longo dos tempos,


alongando-se a uma série de pormenores como sendo os professores e a sua
qualificação, o currículo, os métodos pedagógicos e alterações que sofreram, assim
com a avaliação.
Deste modo começa a notar-se uma crescente globalização e progressivas mudanças
curriculares. Estas mudanças prendem-se com uma sociedade cada vez mais global que
influencia os S.E., tornando-a mais e mais semelhante. Existe como que se um modelo
central, ou seja hegemónico, (USA; UNESCO; BM) que influencia um grande número
de países (e que tende a aumentar).
Os tradicionais padrões curriculares (nacionais) têm agora muito menos legitimidade,
tendência esta que se mantém fortemente destacada. Surgem agrupamentos nacionais
autónomos, como é o exemplo de associações que configuram e reestruturam
especificidades.
Também os estudantes se tornam uma massa populacional globalizada, o que por
outras palavras será o mesmo que dizer que, uma vez presente em grande escala a
homogeneidade a nível curricular, todo o Sistema Educativo e todos os que fazem parte
deste (incluindo os estudantes) convergem para um mesmo ponto de igualdade; a forma
como se procura emprego (currículo_ também ele outro ponto fulcral e global), a
preocupação primordial do S.E. em formar cidadãos prontos a entrar no mundo do
trabalho, o modo como escola e trabalho têm uma relação de interdependência, são
pontos que demonstram e comprovam o poder que certos países ou organizações
tiveram para a globalização de todo o S.E. Fala-se de trabalhadores globais, capazes
de se integrarem numa economia global (onde os financiamentos escolares são sempre
comparticipados pelas mesmas empresas – de países ou organizações já anteriormente
referidas). Procura-se um S.E. homogeneizado e globalizado em detrimento das
diferenças entre países a nível da educação, o mostra mais uma vez que sendo o
financiamento às escolas sempre proveniente do mesmo local, a similaridade que há
entre estas é nítida. De notar, porém, que o financiamento é uma das grandes
dificuldades que o S.E. passa, na medida em que há um maior nº de pessoas que vão à
escola e também o nº de escolaridade obrigatória aumenta. Deste modo e dado o baixo
nível de recursos, a fim de haver um aumento de eficácia curricular, fazem-se cortes
sobre matérias de menor importância para o desenrolar do processo educativo (o que
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nem sempre é positivo, uma vez que estes cortes não são revistos frequentemente) _ ex.
gestores profissionais.

Enquadrando todos estes pontos de uma forma simplificada dizemos que; havendo a
institucionalização da educação, haverão igualmente diferenças no sistema em
matérias de eficiência, financiamento, controlo e pormenores curriculares que cada
estabelecimento de ensino dispõe. O Estado Providência assegura nesta área
(educação) e em outras como a saúde, segurança social e habitação social as
condições básicas de bom funcionamento. Ao Estado cabe o papel de controlo e
avaliação do S.E., (sendo neste caso o currículo um pormenor).

Ao sistema de mensagens implícitas através das quais a escola passa discriminações,


estereótipos subjacentes a determinadas ideologias dá-se o nome de currículo oculto.
Este é utilizado no discurso educativo a partir da década de 80 e desenvolve-se em
paralelo com o currículo aberto (ou oficial). Não é mais do que o invólucro da
aprendizagem, na medida em que se relaciona com as normas e/ou interiorização da
cultura. Exprime ideais escondidos por detrás da objectividade da cadeia, que não são
mais do que a posição própria do professor.

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