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Lua de Mel Edward e Bella -

(Créditos M.Pinheiro)

Eu ainda não acreditava que estava fazendo isso! Isso era completamente contra
todos os meus princípios. Mas como eu poderia resistir? Por mais que tivesse diversos
motivos para não ir em frente com toda essa maluquice, no momento em que olhava
para os olhos de Edward perdia todos os meus argumentos. E além do mais, que
diferença iria fazer? Eu amava o Edward com todo o meu ser. Tinha a absoluta certeza
de que queria ficar com ele por toda a eternidade. O que significava um papel diante de
tal sentimento?
Eu já estava convencida de que havia escolhido o melhor para mim. Até havia me
empolgado com os preparativos, não tanto quanto Alice, lógico! Até me surpreendi com
a animação de Rosalie, que já era expert em matéria de casamento. Com o Charlie as
coisas ainda continuavam tumultuadas, mas minha mãe me garantiu que ele se
conformaria.
A cerimônia foi linda, simples, mas de bom gosto. Tudo conforme o figurino, mas isso...
- Edward, pelo amor de Deus, me põe no chão!
- Bella, por favor! Qual é o problema? Você sabe que não vou te deixar cair, nunca te
deixaria cair.
- Não é isso! Mas não precisa me levar no colo, isso é tão antiquado!
- Bella, pode ser antiquado para você, mas só vamos fazer isso uma vez, quero fazer da
forma correta.
Eu torci os lábios, mas não discuti. Eu sabia que não havia como dissuadi-lo da idéia. E
de qualquer forma, os meios realmente eram supérfluos diante do fim; do meu fim. Com
ele, para sempre. Com um suspiro meio carregado eu desliguei minha mente de
quaisquer pensamentos que fossem supérfluos - ou seja, que não envolvessem o
Edward.
Ele tinha um sorriso no rosto. O sorriso mais lindo que eu já havia visto no rosto dele.
Seus olhos brilhavam com uma intensidade que acalentava o meu peito. Eu não podia
não sorrir quando o via tão feliz assim. E eu tive a certeza de que havia feito a escolha
certa. Como eu poderia sobreviver sem ele? Sem esse rosto, esse olhar, esse sorriso.
A dor desse pensamento chegava a ser física. Ele abriu a porta com facilidade, sem
me balançar um centímetro que fosse.
O quarto era tão ele que eu não pude deixar de ficar encantada. As paredes eram de um
papel de parede branco, com leves relevos vitorianos. Havia uma cama king-size com
um acolchoado dourado - como seus olhos. Ele me pôs na cama encantando, e beijou os
meus lábios com um amor que inundava o aposento.
- Minha Bella - ele sussurrou com sua voz de veludo. - Minha. Minha. - ele repetia,
pontuando as pausas com beijos na minha mandíbula e na minha clavícula.
Eu vi nesse instante a minha chance. E conhecendo o meu marido como eu conhecia, eu
sabia que devia insistir no que eu queria enquanto havia chance dele ceder.
Eu estava deitada, apoiada pelos cotovelos com o tronco meio erguido, enquanto ele
estava com suas mãos uma de cada lado do meu corpo, evitando que eu sentisse o seu
peso. Quando ele subiu com a boca para a minha mandíbula novamente, eu abaixei o
rosto, fazendo nossos lábios se encontrarem. Ele não pareceu perceber as minhas
intenções, e correspondeu ao meu beijo. Logo, minha boca se tornou mais urgente e eu
traçava os seus lábios com a minha língua. Ele se tornou levemente mais rígido e eu
soube que ele entendeu o que eu queria. Mas, para a minha surpresa ele não
interrompeu o contato. Ele estava mantendo a promessa dele. Como ele falou que iria.
Como ele sempre fez.
Eu ergui um dos meus braços e eu teria caído de costas no colchão se ele não fosse tão
rápido ao me amparar. Logo suas mãos frias e suaves estavam nas minhas costas, e ele
desceu seu corpo rente ao meu, até eu estar completamente deitada. Minhas mãos
estavam impacientes no seu cabelo e as dele começavam a delinear as laterais do meu
tronco. Eu deslizei minhas mãos pelos seus ombros até encontrar a gravata dele.
Com dedos frágeis eu lutei por alguns segundos - a mais que o necessário - para libertá-
lo da peça de seda. Eu senti sua boca se torcendo em um sorriso. Eu corei. Seus olhos
se tornaram mais escuros.
O desejo dele agora não havia como ser negado. Eu lutava contra os botões
absurdamente pequenos da sua camisa, ficando desconcertada ao ver que estava
perdendo a batalha. Ele riu baixinho e se levantou. Eu protestei com um muxoxo. Ele riu
novamente e abriu os botões da camisa ele mesmo.
Edward me jogou na cama, desabotoando a camisa e se jogando sobre mim. Não havia
mais receio em seus olhos, ele não tinha mais medo de me quebrar. Agora, havia outra
coisa naqueles olhos de topázio. Eu podia ver o desejo também queimando em seus
olhos. Eu apenas consigo imaginar o quanto eu estava dizendo com os meus. Ainda mais
para ele, que conseguia me ler tão bem.
Sua boca encontrou a minha clavícula e fez um rastro de fogo até o meu pescoço. Ele
subiu até encontrar a minha boca e mexeu seus lábios contra os meus. Pude ouvi-lo
sussurrar um “Eu te amo” e eu estremeci embaixo dele. Senti seus lábios tremerem em
um sorriso e eu procurei seu pescoço com a minha boca.
Sua pele, antes tão gélida, agora era macia e quente aos meus sentidos. Meus dentes
deram pequenas mordidinhas em seu pescoço. Ouvi suas risadinhas abafadas,
provavelmente achando tudo aquilo muito irônico.
Eu em contrapartida não estava achando graça. Eu estava inebriada demais com o seu
cheiro, seu toque, sua presença pra sentir qualquer outra coisa que não fosse ele.
Edward, Edward, Edward. Sua boca traçava o meu rosto e suas mãos delineavam meu
corpo. Eu estava tendo dúvidas sobre a história dele nunca ter feito isso antes. Se bem
que ele era bom em tudo. Perfeito demais. E meu. Só meu. Meu peito se aqueceu com o
meu pensamento e minhas mãos se tornaram mais urgentes.
Apesar de urgentes, minhas mãos tremiam. Não sabia por onde começar... A confusão
era tanta que simplesmente me deixei guiar por suas mãos, por sua boca, sentindo a
sua respiração, meus pêlos se eriçando ao mínimo toque. Era eletrizante. Nunca
imaginei que só a expectativa pudesse fazer isso. E estava me matando.
Ele parecia ter lido minha mente.
Me puxou pela cintura para ficarmos cara a cara. Me deu aquele seu sorriso torto e
virou na cama king size me deixando por cima. O quê ele queria que eu fizesse?
Minha respiração estava entrecortada. A dele permanecia estável, embora mais agitada
que o normal. Suas mãos agora procuravam o zíper do meu vestido e em questão de
segundos eu já podia sentir sua mão no meu colo. Um arrepio que não tinha
absolutamente nada a ver com frio passou pelo meu corpo.
Suas mãos em meu colo não eram apressadas. Percorriam cada centímetro de minha
pele, como se a memorizando. Deslizou a mão pelas minhas costas, terminando de zipar
meu vestido. Sua mão deslizava pelas minhas costas e a antecipação perpassava pelo
meu rosto. Edward percebeu, parou suas mãos. Saiu de debaixo de mim, me colocando
deitada na cama e começou a beijar o caminho que, antes, sua mão havia feito pelas
minhas costas.
Eu suspirava ao seu toque e eu podia sentir que ele estava perdendo um pouco do
cuidado. Suas mãos se tornaram mais urgentes no meu vestido. Sua boca estava em
todo o lugar e eu tinha que constantemente lembrar de respirar. Morrer agora seria uma
péssima idéia.A boca dele subiu pela minha barriga e sua língua traçou o meu colo com
carinho. Não pude evitar um suspiro mais alto. Ele deu uma risadinha e me olhou com
aqueles olhos profundos. Ele não precisava dizer nada. Estava estampado ali, tão claro
quanto à epifania que eu tive dois anos atrás. Ele me amava. Tanto quanto eu o amava.
Esse pensamento fez com que eu me sentisse mais segura. Eu o puxei para junto de
mim e escorregava meus dedos pelo seu abdômem perfeito encontrando o meu primeiro
desafio. O seu cinto.
Um péssimo obstáculo para uma pessoa que arfava e mal conseguia enxergar nada
devido ao desejo. Mas me empenhei na tarefa mesmo assim. Meus dedos trêmulos
percorriam a fivela e tentavam, com a maior força que tinham, forçar a correia a
atravessar a fivela para poder me ver livre desse empecilho. Edward só olhava para mim
com um num misto de diversão e impaciência.
Seus olhos estavam se transformando em ônix, e isso me dizia tudo. Ele queria se
livrar daquilo tanto quanto eu.
Com um ímpeto de controle das minhas funções motoras eu consegui desabotoar a
fivela e puxar o cinto. Edward apressou minhas mãos e jogou o cinto para longe, que
caiu com um estalido surdo no chão. Sua boca encontrou a minha e eu nunca senti ele
tão urgente ou tão perto que nem agora. Ele falou em mais de uma ocasião que tinha
perfeito controle dessa parte do seu ser, e eu nem ousava duvidar. E nem tinha como,
quando eu olhava para os seus olhos cor de ônix.
Ele mordeu o meu lóbulo enquanto eu lutava com o botão da sua calça social. Mais
facilmente do que eu podia esperar, o botão cedeu e eu senti a respiração do Edward
ficando mais tensa. Eu nem sentia o ar nos meus pulmões. Tudo que eu sentia - e queria
sentir - estava sobre mim, beijando meu lóbulo e arrancando um suspiro da minha boca.
- Tem certeza disso? - Edward num lampejo de autocontrole sussurrou para mim,
prendendo minhas mãos no cós de suas calças. - Você sabe que isso é perigoso. Não
quero te machucar.
- Edward, você prometeu! - Que horrível momento para analisar as coisas. - Nunca tive
tanta certeza em minha vida. Nós estamos aqui, juntos. Acho que eu mereço uma lua-
de-mel à forma antiga!
Edward acenou com a cabeça, mal tendo controle dos próprios movimentos. Ele soltou
minha mão e eu escorreguei a mão pelo seu zíper. Meu coração rompia no meu peito
parecendo se chocar contra as costelas. Ele se levantou e deixou as calças escorregarem
pelas suas pernas. Longas pernas alvas e musculosas. Era a primeira vez que as via,
Forks não era exatamente a cidade que favorecia o uso de shorts.Porém, olhando
Edward da minha posição na cama, sabia que chegava o momento. Só estava de lingerie
e Edward de boxes. Ficamos nos olhando por algum tempo, parecia que tinha demorado
séculos. Estávamos nos apreciando, vendo cada detalhe do corpo um do outro.
Ele se inclinou sobre mim, de alguma forma selvagem, ainda que controlasse o seu
peso e seus impulsos mais urgentes. Ele beijou meus lábios novamente por um breve
momento, logo descendo eles pelo meu pescoço, traçando um caminho que eu sabia
ficaria marcado na minha memória por toda a Eternidade. Eternidade. Eu sorri com o
som dessa palavra na minha cabeça. Edward pareceu sentir a mudança no meu humor e
apressou seus dedos ágeis no fecho do meu sutiã. Sua respiração ficou suspensa no ar
por alguns breves segundos antes dele começar a beijar o meu colo. Estava ficando
praticamente impossível não suspirar alto. Minhas mãos passavam pelas suas costas de
maneira feroz, e tenho certeza de que se ele não fosse tão perfeitamente feito de
mármore, ficaria com a marca das minhas unhas.
Rapidamente ele estava sentado, com as costas apoiadas contra a cabeceira da cama.
Com suas mãos fortes e macias ele me puxou contra ele. Movimentando seus lábios
contra os meus, de uma maneira tão sem cuidado quanto à minha, enquanto ele
deslizava o resto da minha lingerie pelas minhas pernas. Segurando-me contra o seu
corpo e sem quebrar o beijo, ele me pôs deitada. Eu pude notar a grande luta interna
que ele estava travando. De um lado o desejo de me ter mais inteiramente do que ele
jamais teve - fisicamente falando. E do outro o desejo de me manter viva - mesmo que
por alguns dias a mais - de impedir que eu me machucasse.
Essa luta interna transpareceu em seus olhos que brilhavam com uma negritude que
jamais tinha visto antes. Eu mergulhei naquela negritude no momento em que seus
olhos fitaram os meus. Senti-me zonza, parecia que estava levitando, o mundo parecia
não mais importar. Só fazia cair na imensidão daqueles olhos... foi aí que me dei conta
que estava prendendo a respiração.
Às vezes esqueço que o Edward tem esse efeito sobre mim. Pelo menos, com o meu
transe, eu não tinha me sentido envergonhada pelo fato do Edward estar me encarando,
me observando nua em pêlo em cima da cama.
Ele estendeu a mão e acariciou meu rosto com as costas da mão como sempre faz.
Aquele toque era reconfortante, no entanto havia algo de diferente dessa vez. Seus
dedos traçaram a linha dos meus lábios e desceram pelo meu pescoço. Pude notar que
estavam tremendo, não podia distinguir se era ele ou eu. Deslizaram pelo meu ombro,
escorregando pelas costelas, contornando o umbigo.
Tudo muito calmo e devagar, mas, pela primeira vez na noite, seus dedos gélidos me
deram um frio na espinha. Sua mão subiu pela minha barriga... Pela primeira vez na
minha vida alguém me vira assim, me tocava assim.
Edward acariciou delicadamente os meus seios, como se quisesse apreciar sua textura.
Como ele conseguia ficar tão calmo assim? Preferiria ele enlouquecido, pelo menos não
me daria tempo para pensar. Sua boca encostou no meu pescoço e começou a brincar
com a língua em minha clavícula. Enrijeci. Comecei a ficar zonza de novo, mas dessa vez
eu estava respirando, na verdade estava arfando.
Uma mistura de pânico, desejo, necessidade e timidez tomaram conta de mim quando
ele tomou meu seio em sua boca e deu leves sucções em meu mamilo. Eu não tinha
mais nenhum controle do meu corpo. Meu coração martelava querendo sair pela boca,
calafrios subiam e desciam a minha espinha.
Enquanto isso, Edward fazia uma dança com a mão que ia do meu quadril até o joelho,
fazendo o seu caminho pela minha perna, ora deslizando pelo lado externo da minha
coxa, ora deslizando pelo lado interno. Não tinha mais noção de nada, pelo que sei essa
dança pode ter levado dias, só o que me prendia a atenção era sua mão gelada no meu
corpo em brasa. Comecei a sentir tremores por todo o corpo, agarrei os seus cabelos
com força, mas, não me agüentando, soltei um gemido. Era um som estranho para mim,
havia medo, excitação e súplica contidos nele.
Edward parou tudo o que estava fazendo e olhou para mim com aquele sorriso torto. Ele
estava satisfeito consigo mesmo. Ele pousou a mão no meu umbigo e olhou novamente
para mim.
Então, sua mão deslizou para o meu baixo ventre.
Eu segurei minha respiração. O toque gelado dele contra a parte interna da minha coxa
fez com que eu expelisse todo o ar dos meus pulmões. Eu pude notar - entre meus
lapsos de lucidez - que ele estava se redescobrindo como humano - como homem. Ele
deslizou os seus dedos gélidos, contornando o meu sexo e eu não pude pensar em nada.
Foi como um aneurisma cerebral. Eu me desliguei de tudo a não ser dele e do toque
dele. Eu acho que ele ficou um pouco preocupado com alguma possível parada cardíaca
da minha parte - já que meu coração parecia explodir, tão alto e forte que batia - e ele
parou com a carícia e subiu com a mão e a boca trilhando caminhos no meu torso.
- Eu juro... Eu não vou te machucar - ele sussurrou com urgência e convicção.
- Oh, Deus. Eu sei Edward - eu falei tentando controlar a minha respiração para que as
palavras saíssem - Você seria incapaz de fazer isso. - eu sorri com o canto dos lábios, e
eu podia sentir que minhas bochechas estavam coradas.
Eu acho que ouvi ele sussurrar um “amor”, mas não posso dizer com certeza, porque o
que veio depois arrebatou todos os meus sentidos. Eu podia morrer naquele instante e
eu não me arrependeria nem um centésimo. A boca dele encontrou o meu seio
novamente, enquanto sua mão desceu novamente para o meu sexo.
Eu gemi entre suspiros. Uma energia que eu nunca senti antes percorreu todo o meu
corpo. Desde a ponta do meu pé até a minha cabeça. Eu estremeci. Minha respiração
nunca foi tão pesada quanto agora. Edward sustentava um sorriso perfeito no seu rosto
e ele encontrou a sua testa com a minha.- Eu não vou te machucar - ele repetiu, a
certeza brilhando nos seus olhos escuros de desejo.
Eu pude sentir uma leve pressão no meu sexo e uma leve dor aguda me fez contrair os
ombros. Ele parou.
- Eu não sei se... - ele começou.
- Não - eu meneei a cabeça. - É assim. Eu acho. Quer dizer, eu não sei. Mas já me
falaram e... - eu fiquei quieta.
- Ok... - ele respirou fundo
Ele empurrou o seu corpo contra o meu novamente e eu fiquei rígida novamente. Eu
senti a boca dele na minha e após alguns segundos eu relaxei.
O seu cheiro doce inebriava meus sentidos e eu senti ele empurrar o seu corpo contra o
meu mais um pouco. Dessa vez não houve dor. Ele permaneceu imóvel por um tempo.
Apenas beijando os meus lábios com carinho e seus dedos percorrendo os fios do meu
cabelo.
Seus carinhos eram tão lentos quanto suas investidas para dentro de mim. Havia algo de
tenso nele, seus desejos lutando com a sua cautela. Era um novo mundo para ele
também e perceber isso me fez relaxar mais ainda, me fez amá-lo mais ainda.
- Não tenha medo. – murmurei quase sem voz – Nós pertencemos um ao outro.
Edward olhou profundamente em meus olhos, toda a preocupação que transparecia em
seu rosto desapareceu. Seu rosto se abriu num sorriso largo, caloroso.
- Para sempre.
Num movimento rápido e delicado Edward estava totalmente dentro de mim.
Soltei um gemido de surpresa e dor, mas assim que seus lábios tocaram os meus, toda a
dor desapareceu.
E ficamos assim, colados um no outro. Movimentando-nos em um só ritmo.
Nossas respirações entrecortadas. Nossos olhos fixos um no outro. Uma dança de
corpos, de sensações, de desejos se complementando um no outro.
Sentia explosões por todo o corpo, a sensação de seu membro em mim era
desconcertante. Me preenchia, me embebedava de prazer, não há palavras nesse mundo
para descrever o que eu sentia.
De repente as sensações mudaram, tornaram-se crescente. Olhei para Edward e seus
olhos estavam cerrados. Estava novamente lutando consigo mesmo. Seus movimentos
tornaram-se mais rápidos. Mas mesmo assim não sentia dor. Só sentia um calor
emanando da ponta dos pés até a o fio dos meus cabelos. Cada movimento irradiava
correntes elétricas por lugares que nem sabia existir.Parecia que me aproximava de um
precipício, a adrenalina corria a mil, as mãos de Edward me agarraram com força, uma
força que ele nunca havia usado antes.
Mas não me importava, aquilo era grande demais, sentia vontade de gritar para
aliviar toda aquela força que rompia dentro de mim.
De repente, todo aquele estupor pareceu explodir. Um som gutural escapou da garganta
de Edward, seus olhos irradiavam puro ouro, seu corpo enrijecido em cima do meu.
Meus olhos enuviaram e me sentia atordoada por todas aquelas sensações estarem, aos
poucos, abandonando meu corpo. Mas eu me sentia feliz, despreocupada e muito
apaixonada. O Edward cumprira sua palavra, pude sentir que ele não se reprimiu, que
confiou no nosso amor. Um sorriso estampou meu rosto.
Edward sorriu de volta.
Ele relaxou e caiu ao meu lado. Olhando-me com ternura, ele tirou alguns fios de
cabelos suados do meu resto. Minha respiração lutava para encontrar a normalidade. Eu
olhei para rosto dele. Eu estava errada. Eu achava que não podia amar ele mais do que
eu amava, e eu descobri que podia. Exponencialmente mais. Os olhos dele encontraram
os meus e ele torceu a boca.
- O que? - eu arfei, puxando os meus joelhos para o meu peito.
- Eu tenho uma impressão que não foi tão bom pra você quanto foi excepcional para
mim - ele retorquiu, olhos ambivalentes.
- Oh - eu revirei os olhos - Edward, você realmente vai me fazer falar sobre o quão
surreal isso foi pra mim?
Ele revirou os olhos de volta para mim e beijou a ponta do meu nariz. Eu te machuquei?
- ele perguntou com a tez enrugada.
- De forma alguma. Eu estava certa. Como sempre - eu falei com um sorriso.
Ele riu baixinho e me puxou para junto dele.
- Eu sinto muito, eu estou me redescobrindo, você sabe. Eu vou fazer melhor para você.
- ele murmurou na minha orelha, fazendo novos arrepios percorrerem o meu corpo
exaurido.
Eu bufei.
- Edward pare com isso. Isso foi... surreal em muitos sentidos. Eu nunca... sensações
que eu nunca tinha tido... - eu estava tendo problemas em formar frases sem corar
absurdamente.
Ele riu no meu ouvido.
- Eu te amo. Minha Bella. Minha esposa. - ele entrelaçou seus dedos com os meus e
eu admirei o anel dourado repleto de diamantes.
- Eu te amo também - eu murmurei descansando minha cabeça no seu ombro.
E deixei meu corpo relaxar enquanto eu sincronizava as batidas do meu coração com a
respiração dele.
Ele começou a cantar a minha cantiga de ninar, e eu resmunguei.
- Você está cansada - ele atestou.
- Aproveite enquanto pode - eu falei baixinho, mas eu sei que ele ouviu porque ele ficou
rígido.
- Agora Bella, realmente...
- Nem vem Edward - eu interrompi. - Eu casei com você. Eu dei um "encerramento" e
um álibi bom o suficiente para Charlie e para Reneé. Você realmente não vai me
convencer a adiar mais.
Ele suspirou.
- Nós discutimos isso amanhã. Nós temos uma vida toda para discutir isso. - ele
acrescentou com um sorriso torto.
- Em breve vamos ter a eternidade - eu lembrei a ele, que soltou um muxoxo. - Sério,
às vezes parece que te desagrada a possibilidade de passar a eternidade comigo.
- Oh Bella! - ele falou - Você está sendo absurda de novo. Eu só, realmente, não
concordo com a parte na qual a sua vida tem que acabar para podermos ficar juntos
para sempre.
- Ela não está acabando Edward. Ela está só começando. E eu mal posso esperar para
começar a vivê-la - eu disse com um sorriso e com um tom de quem encerra a
discussão.
Ele não me retorquiu. Só suspirou baixinho e recomeçou a cantar.
Eu me aproximei mais dele e ele beijou minha cabeça.
Não demorou muito para que eu caísse em um sono repleto de sonhos. De Edward, de
mim, e da eternidade.

(Existem Duas versões da lua mel Leia a outra e tire suas conclusões...)

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