Professional Documents
Culture Documents
Sossegado a correr
2
Página
Miguel Torga in Diário VI
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
A GRADECIMENTOS
3
capítulo “Sobre Biodiversidade” e ao José Pereira Lopes pelo seu
Página
empenho na produção de cartografia em SIG.
Obrigada!
Até à 20ª Campanha
“Coastwatch: 20 anos a olhar pelo litoral”
Lurdes Soares
Coordenadora Nacional Coastwatch
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
1. P REFÁCIO
O Coastwatch, sempre de olho no litoral, desafiou este ano os seus participantes a lançarem
um olhar mais atento sobre a biodiversidade.
Na zona intertidal1 de uma praia rochosa observa-se facilmente uma grande variedade de
animais, entre crustáceos (camarões, caranguejos, cracas, percebes), moluscos (mexilhões e
outros bivalves, vários búzios, polvos, chocos), minhocas de diferentes tamanhos e cores,
esponjas, cnidários (anémonas e penas-do-mar), equinodermes (estrelas-, ouriços- e pepinos-
do-mar), para referir apenas os mais evidentes. Também as praias sedimentares (de areia e
vasa), que podem, à primeira vista, parecer desertos onde salta uma ocasional pulga-do-mar,
albergam dezenas a centenas de espécies de animais no seio do sedimento. Depois, há as
plantas: algas verdes, vermelhas e castanhas, de muitas formas e tamanhos, uma enorme
variedade de plantas que florescem nos sapais e dunas, sem esquecer as ervas-marinhas,
plantas com flor que vivem na água salgada. Também os líquenes estão presentes, com formas
mais discretas, que fazem pensar em rocha suja, ou mais exuberantes, formando pequenos
tufos de cores variadas.
4
Página
No cômputo da biodiversidade no litoral, há ainda que incluir todos os peixes, aves e os
ocasionais mamíferos que visitam a praia e, para concluir o inventário, não se podem deixar de
fora incontáveis espécies de fungos, bactérias e vírus que povoam estes ambientes e/ou os
organismos que deles fazem o seu lar. Falámos só de espécies e já o número é, pelo menos, da
ordem dos milhares. Considerando que cada espécie é ainda a súmula da variabilidade de
1
Definida no questionário do Coastwatch como a “Zona entre as linhas normais da maré cheia e da maré vazia”.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
todos os seus genes, nas suas infinitas combinações, que permitem aos indivíduos adaptarem-
se, melhor ou pior, aos ambientes que ocupam2, o número de diferentes formas vivas numa
dada área – a sua biodiversidade total – aumenta, provavelmente, de várias ordens de
grandeza. Deve-se ainda ter em conta a unicidade de cada ambiente, de cada praia, de cada
zona costeira. Por muito semelhantes que pareçam à primeira vista, em cada local há uma
combinação única de condições ambientais e de organismos, o que faz com que não haja,
verdadeiramente, duas comunidades iguais.
Na “zona terrestre contígua”, para onde o questionário do Coastwatch nos pede que olhemos
também, encontramos, para além de tudo o mais, um mamífero hominídeo altamente
modificador do seu ambiente. Mesmo nesta era da globalização e da normalização, ainda
assim conseguimos encontrar especificidades locais, antropológicas e sociais, que constituem a
identidade particular de cada comunidade humana costeira, mesmo nas mais
descaracterizadas. E, porque somos parte integrante da comunidade costeira, a diversidade de
hábitos, práticas e vivências humanas na e com a costa é também mais um aspecto da
biodiversidade litoral.
Porém, tanto o litoral como a biodiversidade estão, em muitos casos e cada vez mais, em
erosão. Se da erosão litoral se fala já amiúde (sem por isso se encontrarem, em demasiados
casos, respostas viáveis e sustentáveis para os problemas), já a erosão da biodiversidade é
frequentemente esquecida. No entanto, também a biodiversidade litoral se encontra em
erosão, ameaçada, entre outros aspectos, pela introdução de espécies exóticas que se
5
sobrepõem às autóctones ou pela artificialização de longos troços da costa, mas também, no
Página
que diz respeito à componente humana, pela desvalorização e perda de conhecimentos e
práticas ancestrais de utilização e ocupação sustentada do litoral – da cultura costeira.
2
Na zona intertidal os organismos estão adaptados a duras condições ambientais, com variações extremas (cíclicas e
esporádicas) do grau de humectação (imersão/emersão), salinidade, temperatura, embate da agitação e de sedimento
em suspensão, etc.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Ao longo desta campanha e enquanto monitorizávamos o litoral vimos, tal como em anos
anteriores, que continua pejado de todo o tipo de resíduos, que se continua teimosamente a
tentar estabilizá-lo, apesar de sabermos como é inerente e necessariamente dinâmico, e que
continuamos paulatinamente a depauperá-lo.
O que aprendemos então de novo ao longo desta campanha? Claro que a resposta será
diferente para cada um dos participantes do Coastwatch mas, ao lançarmos um novo e mais
profundo olhar sobre a biodiversidade, certamente que cada um de nós passou a conhecer
melhor aquilo que torna única a praia, ria ou poça, em suma, aquele pedaço da costa de que
tanto gostamos e a que chamamos “nosso”. Dessa forma, tornámo-nos cidadãos costeiros
mais informados e, quem sabe, mais pró-activos na defesa do nosso litoral.
6
Página
3
Mestre em Ecologia Marinha; Investigadora do Laboratório Marítimo da Guia – Instituto do
Mar
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
2. I NTRODUÇÃO
“Nos últimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que
em qualquer intervalo de tempo equivalente na história da humanidade, em geral para suprir
rapidamente a procura crescente por alimentos água pura, madeira, fibras e combustível”
(Millennium Ecosystem Assessment, 2005:17).
Os ecossistemas costeiros são de uma extrema fragilidade, na medida em que sofrem uma
enorme pressão, consequência das actividades desenvolvidas ao longo do litoral, concentradas
numa estreita faixa. Grosso modo cada uma destas actividades (turismo, infra-estruturas de
transporte, desenvolvimento da aquacultura, sobrepesca, entre outros), per si, é já detentora
de um impacte considerável, num todo o resultado tem sido, em alguns casos, desastroso para
o elo mais frágil: os ecossistemas
Porém, de acordo com o Relatório Millennium Ecosystem Assessment (2005), a poluição por
nitratos e fosfatos, pelo uso exagerado de pesticidas e fertilizantes agrícolas e ainda dos
efluentes provenientes da actividade pecuária e industrial é responsável pela perda
incomensurável da biodiversidade costeira.
Aliado a tudo isto surgem ainda os impactos das alterações climáticas que muito embora não
sejam a causa mais devastadora, têm um impacto considerável.
Tendo consciência que a biodiversidade está cada vez mais ameaçada e os perigos da sua
perda e extinção de diversas espécies será catastrófico a médio e longo prazo, a campanha
Coastwatch 2008/09 foi dedicada à Biodiversidade. Pretendia-se que os participantes se
7
Página
debruçassem, com um olhar de observador, sobre a biodiversidade dos ecossistemas costeiros
que os rodeiam e que fazem parte do objecto de estudo do Projecto. Assim, seria mais fácil
compreender as consequências da sua perda e a importância da sua conservação.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
instintivamente. E este é se dúvida um aspecto que está incluindo nos objectos do Projecto
Coastwatch: Sensibilizar e desenvolver hábitos de cidadania ambiental.
“Coastwatch: Um olhar sobre a biodiversidade”, pretendeu, primeiro que tudo despertar este
“olhar”, para que o apontar das causas e consequências da perda de biodiversidade fizessem
sentido. Coube, à posteriori, a cada um, participante independente, grupo ou aluno, docente
ou técnico, aprofundar o tema e compreender que existem causas directas e indirectas que
influenciam as actividades humanas e que o resultado é um estrondoso impacto sobre a
biodiversidade.
Lançou-se o desafio de cada um nos transmitir o seu olhar sobre a biodiversidade. Nesse
sentido, este relatório é composto por muitas fotografias, testemunho deste olhar de muitos
de entre os mais de 5000 participantes. No Relatório Regional está publicado o contributo de
todos os envolvidos na campanha e que nos fizeram chegar o seu testemunho.
A Natureza faz muito, cabe ao Homem fazer a sua quota-parte pela preservação e
conservação.
E, porque o Coastwatch faz 20 anos, a próxima campanha será intitulada “20 anos a olhar pelo
litoral”. O tema é vasto e permite diferentes abordagens.
8
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
3. S OBRE A B IODIVERSIDADE
Este capítulo foi elaborado em colaboração com a Sónia Borges, estagiária no
Projecto Coastwatch do Mestrado em Gestão do Território na especialização
de Ambiente e Recursos Naturais, no âmbito do protocolo entre a FCSH-UNL e
o GEOTA
9
Página
sobre a Diversidade Biológica (CDB).4
A CDB5 foi assinada em 1992 na Convenção do Rio por 175 países e ratificada por 168. No
Artigo 2º pode ler-se: "Diversidade biológica significa a variabilidade entre os organismos vivos
4
http://portal.icnb.pt – visitado em 24 de Abril de 2009
5
Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) – É constituída por 42 artigos que estabelecem um
programa para reconciliar o desenvolvimento económico com a necessidade de preservar todos os
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Desde então, o valor dado à biodiversidade foi adquirindo ênfase, não só no seio da
comunidade científica e política mas também junto da população em geral, fruto de uma maior
divulgação desta temática e de uma tomada de consciência que a perda de biodiversidade era
um facto. O aumento do conhecimento destas matérias por parte da população em geral é um
passo fundamental para uma maior participação pública, intervindo activamente na resolução
dos problemas.
Muito embora o conceito de diversidade biológica seja usado para descrever o número e a
variedade dos organismos de uma forma geral, podemos entendê-lo como a “história biológica
da terra”, resultante de mais de 3000 milhões de anos de evolução.
10
Conquanto o número de espécies actualmente existente no nosso planeta seja desconhecido,
Página
cientistas identificaram até á data cerca de 1,7 milhões, sendo que o máximo é apontando
para 100 milhões de espécies. Proporcionalmente é como se o universo biológico fosse
“desconhecido” (Tabela 1).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
11
global
Salvaguardar os recursos aquíferos – evitando as inundações e a erosão do solo, e
Página
mantendo as reservas
Garantir a existência de organismos que possam ser objecto de investigação;
Garantir a existência de ecossistemas que possam servir de exemplos de estudo;
Assegurar o fornecimento de materiais com utilização, por exemplo, na construção e na
alimentação;
Conservar bancos de genes para utilização futura pelo homem
Garantir a existência de áreas selvagens para fins de educação e de recreio
Proporcionar lucros gerados pelo turismo
Fonte: Adaptado de Myers, 1981:141-54
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Independentemente do pressuposto que está por trás de cada razão (utilitário, filosófico, ou
outro) a perda de biodiversidade que se regista actualmente é bastante acelerada,
desaparecendo, cerca de 27 000 espécies por ano (Wilson: 1992).
Segundo, Myers, tendo em conta que os conservacionistas estão longe de poder salvar todas
as espécies ameaçadas, até porque economicamente tal era incomportável, a escolha destes
25 pontos críticos tem patente que a biodiversidade não está igualmente distribuída pelo
planeta, sendo que cerca de 60% de todas as espécies de plantas e animais estão concentradas
em apenas 1,4% da superfície terrestre.
12
7
http://www.conservation.org. Visitado em 25 de Abril de 2009
Página
8
O conceito dos Hotspots foi criado em 1988 por Norman Myers que estabeleceu 10 áreas
críticas para a conservação em todo o mundo. Esta estratégia foi adoptada pela Conservation
International para estabelecer prioridades nos seus programas de conservação, assim como
pela John D. & Catherine T MacArthur Foundation. Em 1996, um novo estudo liderado pelo Dr.
Russell A. Mittermeier, presidente da Conservation International, aperfeiçoou a teoria inicial de
Myers, identificando 17 Hotspots. Estudos mais recentes, conduzidos com a contribuição de
mais de100 especialistas, ampliaram e actualizaram esta abordagem. Após quatro anos de
análises, o grupo de cientistas estabeleceu os 25 Hotspots actuais. In
http://www.biodiversityhotspots.org – visitado em 24 de Abril de 2009
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Essa abordagem dá prioridade às acções nas áreas mais ricas - como os Andes Tropicais,
Madagáscar, Indonésia, entre outros - protegendo espécies em extinção e mantendo o amplo
espectro de vida no planeta Os critérios mais importantes na definição de Hotspots é a
existência de espécies endémicas e o grau de ameaça ao ecossistema, sendo consideradas
como Hotspots, as bioregiões onde 75% ou mais da vegetação original tenha sido destruída.
Muitas áreas mantém apenas 3 a 8% do que existia inicialmente, como a Mata Atlântica, que
hoje guarda entre 7 a 8% de sua extensão original (Myers, 2000) (figura 1).
F IGURA 1: 25 HOTSPOTS . A S EXTENSÕES DOS HOTSPOTS INCLUEM 30 ± 3% DAS ÁREAS A VERMELHO . F ONTE : B IODIVERSITY
HOTSPOTS FORCONSERVA TION PRIORITIES , M YERS 2000
13
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
14
Fonte: Hotspots: http://www.biodiversityhotspots.org
Página
De acordo com o MA, cerca de dois terços dos serviços ecossistémicos à escala global
encontram-se em declínio, incluindo o abastecimento de água doce, a produção de pesca
marinha, o número e a qualidade de locais de valor espiritual e religioso, a capacidade da
atmosfera se auto-purificar, eliminando poluentes, a regulação de desastres naturais, a
polinização, e a capacidade dos ecossistemas agrícolas de controlar pragas.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Os especialistas do MA
afirmam, ainda, que o
planeta perdeu a maior
parte das zonas húmidas e
terras agrícolas de elevado
valor natural, e que
muitos dos ecossistemas
marinhos e costeiros
encontram-se degradados,
compreendendo reduções
significativas de
populações e mesmo F IGURA 2: Í NDICE P LANETA V IVO MOSTRA AS TENDÊNCIAS MÉDIAS DE POPULAÇÃO DE
ESPÉCIES TERRESTRES , DE ÁGUA DOCE , E MARINHAS EM TODO O MUNDO . F ONTE :
extinções (Figura 2). UNEP, (2006:25)
Em Portugal, mais de 19% dos anfíbios, 26% dos mamíferos, 32% dois répteis e 38% das aves
encontram-se, actualmente, ameaçados de extinção.
15
Segundo as pesquisas levadas a cabo por cientistas da UNEP9, desaparecem, por dia, entre 50 a
Página
100 espécies. Previsões dramáticas apontam que até meados deste século desaparecerão 2
milhões de espécies de animais e 60.000 espécies vegetais (ALLÉGRE, 1996).
9
As Nações Unidas, através do Programa Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), expõem a
problemática da perda da diversidade biológica.
9
in DRAOT-N, 2002
9
In Gestão e Ordenamento das Actividades Litorâneas (2006) – 1º Seminário- Academia da
Marinha.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Se a nível global a ameaça sobre a biodiversidade é intensa, nas áreas costeiras esta encontra-
se fortemente fragilizada. Intrinsecamente ligada às elevadas densidades populacionais,
concentram-se as actividades económicas, infra-estruturas de transporte, estando ainda
sujeitas a grandes pressões turísticas, “No que respeita aos ecossistemas costeiros e marinhos,
não existem dúvidas da magnitude dos impactos da acção humana no litoral, já que estas são
as áreas com maior densidade populacional, albergando cerca de 80% da população mundial
em apenas 500 000 km de comprimento” (Andrade, 1997).
Segundo Gonçalves, os sinais de alarme, indicadores de que temos um grave problema entre
mãos são variadíssimos: a diminuição da abundância de muitas espécies com interesse
comercial (ex, bacalhau, espadarte, atuns etc.); o aumento dos fenómenos de poluição
costeira; eutrofização; a erosão costeira acelerada provocada essencialmente pela retenção de
sedimentos nas barragens, pela construção de pontões, esporões e outras obras no litoral, e
pelo aumento do nível do mar; as alterações irreversíveis de muitos ecossistemas costeiros
devido à sua devastação por artes de pesca destrutivas; as alterações faunísticas induzidas
pelas alterações climáticas etc. (Gonçalves, 2006).
16
restantes, no caso dos ecossistemas costeiros o impacto das alterações climáticas é
Página
considerável; por exemplo na Europa vários estudos afirmam que a subida do nível do mar
originará uma migração das praias para o interior e perder-se-ão até 20% das zonas húmidas
costeiras, bem como muitos habitats de espécies que se reproduzem em zonas costeiras baixas
(National Geographic, 2008).
A título de exemplo refira-se o caso do Parque Natural Litoral Norte relativo ao grau de
exposição ao risco de recuo da costa. O PNLN é um habitat único – as Falésias com vegetação
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
das costas Atlânticas e Bálticas, o estuário do rio Lima e uma importante área dunar fixa por
pinhais. Estudos levados a cabo por especialistas portugueses nestas matérias, concluíram que
o grau de exposição deste património natural ao risco de erosão é bastante elevado,
nomeadamente em 61% da costa do referido Parque, o que poderá levar à perda de espécies
relevantes e únicas em todo o país, resultante, entre outras, da perda das Dunas fixas
descalcificadas atlânticas (Pedrosa, 2007: 10-11).
17
ao dedicar a sua 19ª campanha à biodiversidade, criou oportunidades com vista a este fim,
Página
conjugando uma série de acções: Observação da biodiversidade in situ , identificação de
espécies, debates, acções de sensibilização, participação pública, entre outras. Aspectos
claramente defendidos na CBD (artigo 8 e 9)10.
10
Artigo 8 – “Cada Parte Contratante deve, na medida do possível e conforme o caso: a)
“Estabelecer um sistema de áreas protegidas ou áreas onde medidas especiais precisem ser
tomadas para conservar a diversidade biológica”.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Consumo Sustentável:
Limitar o consumo excessivo de
energia, madeira e alimentos,
especialmente carne pelos
Proteger e restaurar sectores mais ricos da
ecossistemas críticos que Proteger áreas de alto
fornecem recursos para as sociedade ;
valor para a biodiversidade
pessoas pobres, permitem e aquelas que produzem
adaptações ás mudanças serviços ambientais
climáticas, e fornecem bens e essenciais
serviços ambientais;
Cessar a exploração
excessiva de recursos
selvagens, em particular
Agricultura sustentável e
a pesca excessiva e as
práticas destrutivas de Protecção da eficiente: Aprimorar a
eficiência do uso da terra, da
pesca. Expandir as áreas Biodiversidade água e dos nutrientes na
protegidas marinhas;
agricultura, incluído
Cessar o uso de espécies
aquicultura e monoculturas
e populações
ameaçadas;
F IGURA 3: A BORDAGENS PARA A PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE (S ÓNIA B ORGES ). F ONTE : UNEP, P ANORAMA DA
B IODIVERSIDADE G LOBAL 2 (2006:68)
Crê-se que todos os esforços conjuntos poderão minimizar e, quiçá, travar a grande perda de
biodiversidade, pondo em prática os pressupostos do desenvolvimento sustentável: usufruir,
sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazer as suas próprias
necessidades.
18
Este é claramente um dos grandes desafios e paradigmas do século XXI. Que cada um de nós
Página
faça a sua parte!
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
4. M ETODOLOGIA
A metodologia do projecto não difere de ano para ano, porém, existem ligeiras adaptações
para que cada campanha vá de encontro às necessidades das entidades e participantes
envolvidos.
19
de muitos professores puderem participar. A par destas reuniões
Página
técnicas foram ainda dinamizadas diversas actividades de
formação na prática de Coastwatch e no âmbito do tema da
campanha – Um Olhar sobre a biodiversidade. Por outro lado são
ainda monitorizados muitos blocos, por parte da equipa
F IGURA 6 – M ONITORIZAÇÃO C OVA Coastwatch Nacional, que não são atribuídos a escolas ou outras
DO V APOR – C OSTA DA C APARICA
( FOTO : S ÓNIA B ORGES ) entidades (Fig. 6).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Por questões de logística o projecto foi organizado em 5 fases que se complementam entre si.
A primeira fase coincide com a preparação e divulgação da campanha; a segunda com o
acompanhamento da monitorização, formação de professores, alunos e outros participantes; a
terceira com a introdução de dados, recepção dos relatórios regionais e análise estatística; a
quarta fase com a elaboração do relatório, apresentação do Seminário e divulgação dos
resultados da campanha. A quinta e última fase da campanha tem a ver com a divulgação dos
resultados em diferentes seminários, congressos, feiras de ambiente, entre outros e a
preparação da nova campanha que, por ser a 20ª, será intitulada “20 anos a olhar pelo Litoral”
(Figura 7).
-Divulgação da campanha "Um olhar sobre a
biodiversidade"
-Lançamento do concurso de fotografia "O meu Olhar
sobre a biodiversidade
1º fase - Agosto- - Formação teórico-prática no âmbito do Projecto
Outubro 2008 -Reuniões técnicas sobre o projectos e o tema da
campanha *Escolas
-Acompanhamento de escolas na prática de *Autarquias
Coastwatch *ONGA
*Outras Entidades
*Participantes Independentes
-Recolha de informação;
2º fase - Outubro a -Actividades de divulgação e sensibilização ambiental
Dezembro 2008 -Acompanhamento de escolas;
-Logística do Projecto
20
- Elaboração do Relatório Coastwatch
Página
4º fase - Março a -Organização do Seminário Coastwatch
Maio de 2009 -Apresentação do Seminário no Funchal
-Divulgação dos resultados da Camapnha
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
5. C ONTEXTO
A elaboração deste relatório é o culminar de mais um ano de Projecto Coastwatch. De entre os
principais objectivos para a Campanha de 2008/09 realça-se o aumento da área coberta, tanto
em Portugal continental como nas ilhas adjacentes, como o envolver um maior número de
participantes voluntários, o que se traduziria numa maior participação e, logicamente, numa
maior sensibilização.
Cobertura por Campanha (Km)
A área total coberta
pela monitorização foi
de 677km. Mais uma 1069,5 1086
vez, as condições 972,5
832,5
meteorológicas que se
707,5 681,5 677
fizeram sentir aquando
do período de
monitorização (15 de
Setembro a 31 de
Dezembro), com
2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09
precipitação intensa e
F IGURA 8: C OBERTURA POR C AMPANHA ( KM ) – F OTO : P AULO C AROCINHO
ventos fortes
influenciaram a concretização de muitas das saídas de campo agendadas e,
21
consequentemente, a monitorização total. (Figura 8).
Página
Considera-se que, embora não tenha sido possível concretizar o primeiro objectivo - aumentar
a área coberta - o acréscimo do número de participantes foi uma realidade alcançada,
ultrapassando-se a barreira dos 5000 voluntários, directamente envolvidos na campanha. Tal
prática é representativa da Educação e Cidadania Ambiental, característica do Projecto
Coastwatch.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Note-se que a este propósito, há a salientar que, dado o interesse de um cada vez maior
número de escolas e escuteiros em envolver-se no projecto, por questões de acessibilidade e
fácil monitorização, muitos coordenadores regionais optam por repetir a monitorização de
blocos, embora sabendo à partida que a informação é contabilizada apenas uma vez na Base
de Dados. Esta situação ocorre com frequência em áreas cuja costa oferece maiores perigos ou
é de difícil acesso como acontece nos blocos respeitantes a falésias e sapal. Também as ilhas,
pelas suas características geomorfológicas, são, disso, exemplo.
22
autarquias e outras entidades no projecto. O Grande Porto viu este ano aumentar a sua
Página
cobertura de aérea monitorizada em virtude do trabalho desenvolvido pela ONDA VERDE.
Tendo em conta a extensão do Alentejo litoral, as duas entidades envolvidas (CPAS e CEBE)
não conseguem aumentar a percentagem de área coberta. Espera-se que nas próximas
campanhas seja possível envolver as autarquias locais no projecto, de forma a alterar este
panorama.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Comparando, a área monitorizada por NUT II, desde 2002/03 até à actualidade, reconhece-se
que a região Centro e Lisboa são as que de uma forma geral atingem maior taxa de cobertura
ao longo dos anos, ultrapassando em algumas campanhas os 50% de cobertura. Na campanha
2002/03 a NUT Centro atingiu os 90% de cobertura e em 2004/05 foi a NUT Lisboa (Lisboa e
Península de Setúbal) que se aproximou deste valor - 87,4% - (Figura 11).
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
2002/03 52,8 90,6 43,4 40,4 28,4 8,2 0,0
23
2003/04 50,3 35,7 57,0 39,6 17,0 13,9 0,0
Página
2004/05 16,6 64,9 87,4 40,0 33,0 22,9 17,2
2005/06 44,5 66,7 66,1 28,2 41,5 29,7 14,2
2006/07 22,4 56,5 54,0 10,6 31,9 22,8 14,2
2007/08 21,4 54,8 38,1 7,8 19,0 23,9 9,4
2008/09 33,8 48,0 39,1 13,3 20,2 19,8 9,4
A solução para uma maior cobertura de área pode passar por um aumento de coordenadores
regionais quer sejam autarquias ou outras entidades. Actualmente as autarquias enquanto
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Quanto à abordagem a efectivar na região Norte deverá passar por uma maior sensibilização
junto das autarquias, ONGA ou outras entidades, para que na próxima campanha esta
deficiente cobertura venha a ser colmatada.
Todavia, o número de participantes acaba por ser superior ao divulgado, na medida em que
muitas das fichas de participação não chegam a ser enviadas à Coordenação Nacional, assim
como o envio da avaliação, relatórios e outra informação, nomeadamente no que diz respeito
24
à dinamização do projecto na escola ou outro organismo.
Página
Para a campanha 2008/09 reconhece-se que o número de coordenadores regionais diminuiu,
todavia salienta-se o envolvimento de novas autarquias - Alcobaça e Sintra. A desistência da
coordenação regional por parte de quatro autarquias e duas ONGA foi justificada pela falta de
técnicos que levassem avante o projecto
Esta situação é agravada no caso das ONGA, onde o trabalho voluntário é escasso. Muito
embora assuma um papel preponderante nas actividades de educação ambiental; poder-se-á
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
afirmar que o voluntariado é o motor de muitas das ONG; perante a crise sentida a este nível,
são os projectos de ambiente, muitas vezes os primeiros a serem afectados.
Contudo, existem actividade que pelas suas características mais ou menos emblemáticas
conseguem acolher mais voluntários. A título de exemplo as fotos da figura 12 exemplificam 3
momentos de diferentes campanhas de
recolha de resíduos no Parque Natural da
Arrábida.
Em contrapartida os agrupamentos de
escu(o)teiros têm vindo a aumentar o seu
contributo no cômputo geral do
Coastwatch - de 2003/04 a 2008/09
registou-se um aumento de 902
participantes. Dentro das NUT III,
25
Península de Setúbal Baixo Vouga e
Algarve são as regiões que registam um
Página
maior envolvimento de Agrupamentos de
Escuteiros (Figura 13).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
195
185
168 168
132
126
108
98 97 100
95
81
37
31
27
20 22 23 26 24
20 21 19 22 16 16
15
8 10 11 11
3 3 6
2 2
Com efeito a figura 14 permite-nos observar o comportamento das diferentes entidades face
26
ao Coastwatch. Não obstante algumas oscilações é evidente o aumento de entidades que de
Página
ano para ano aderem ao Projecto.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
27
Página
F IGURA 16: N ÚMERO DE E SCOLAS ENVOLVIDAS NA CAMPANHA F IGURA 17: N ÚMERO DE A LUNOS PARTICIPANTES NA
2008/09 (J OSÉ L OPES ) CAMPANHA 2008/09 (J OSÉ L OPES )
De realçar que em todas as NUT participantes no Projecto Coastwatch as escolas são entidades
presentes em maior ou menor número, confirmando a importância que estas têm no Projecto .
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Relacionado o número de escolas com o número de alunos por NUT III verifica-se que, embora
a Grande Lisboa, Península de Setúbal e o Algarve não detenham o maior número de
equipamentos escolares são as regiões onde a participação dos alunos foi mais expressiva
(Figura 17).
28
EVT/EV
Estudo do meio
ao projecto e a utilizá-lo como
Página
MAT
Bio/Geo
ferramenta curricular. O facto do Línguas
questionário Coastwatch permitir Hist/HistGeo
F IGURA 18: P ROFESSORES POR DISCIPLINA (%) – C AMPANHA 2008/09
uma grande abrangência temática
(Geologia, Geografia, Biologia, Estatística, Matemática, Educação Cívica, Ciências Físico-
químicas, entre muitas outras) é facilmente adoptado pelos professores que encontra nele
uma forma de integrar os conteúdos curriculares das diferentes disciplinas (Figura 18).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Nos últimos anos tem sido crescente o número de cursos profissionais que adere ao
Coastwatch, utilizando-o não só como Área de Projecto, como prática de outras disciplinas da
área ambiental. Porém, as Ciência Naturais/Ciências da Terra e da Vida são as disciplinas que
mais utilizam o projecto Coastwatch como suporte aos conteúdos curriculares, essencialmente
do 8º ano (19,8%).
Embora com expressões diferentes e variadas o recurso ao Coastwatch, por um vasto painel de
disciplinas, como parte integrante do projecto curricular de turma é uma realidade (Tabela 5).
29
O item “Não especificadas” diz respeito a todos os professores que não citaram a disciplina em
Página
que exercem aquando do preenchimento da ficha. Verifica-se que em 2008 atingiu-se a maior
expressão deste indicador (27,7%).
E porque as escolas e o seu leque variado de disciplinas permanece fiel ao Coastwatch como
ferramenta de apoio, uma das alterações que se pretende introduzir no Projecto, prende-se
com a produção de material pedagógico.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Aguardamos pois, sugestões das escolas, algumas delas, há dez anos consecutivos, envolvidas
no projecto Coastwatch (Quadro 1).
QUADRO I
Escolas participantes na Campanha 2008/09
CASCI, Costa Nova Escola Superior de Tecnologias do ES Dr. Ângelo Augusto da Silva
Mar
Colégio Casa Mãe Escola Secundária D. Inês de Castro EB2,3D.José I
Colégio Dr. Luís Pereira da Costa E.S. Lima de Freitas (VISO) Liga dos Amigos da 3ª idade
E.B.1ºCiclo da N.ªS.ªdos Campos Escola Secundária de Peniche Escola Básica de Santo António
E.P. Agrícola D. Dinis Paiã EB do 2º e 3º Ciclos Frei Estêvão Agrupamento vertical das
Martins Ferreiras
E.S. Da Gafanha da Nazaré Escola EB 2,3 D. Luís Ataíde EB/S Gonçalves Zarco
E.S. Dr. João Carlos Celestino Gomes Colégio Rainha D. Leonor EB 2, 3 Infante D. Fernando
EB 1º ciclo da Chousa Velha EB 2,3 Padre Francisco Soares Escola Secundária Antero de
Quental
EB 1º Ciclo da Costa Nova EB1º, 2º e 3º ciclos de Peniche E B 2º e 3º Ciclos de São Roque
30
EB 2º e 3º Ciclos dos Castanheiros E.B. 2,3 Guilherme Stephens Universidade de Évora
Página
EB2, 3 António Bento Franco EB 2,3 Rainha Santa Isabel 2,3 Navegador Rodrigo
Soromenho
EB2, 3 de Forjões EB 2,3/S S. Martinho do Porto Universidade do Algarve
EB2,3 Dr. João das Regras EB2,3 de Pataias EB Dr. António da Costa
Contreiras
EB2,3 Dr. João Rocha EB 2º e 3º ciclo do Ensino Básico da ES de Lagoa
Alaparia
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
EB2.3 D. António da Costa EB2,3 Amadeu Gaudêncio EB 2,3 Dr. Francisco Cabrita
ES C/ 3º CEB de Cristina Torres Escola Básica 2,3 José Afonso Escola Secundária Manuel de
Arriaga
ES D. Inês de Castro Escola do 2º e 3º Ciclo D. João I ES Emiliano Andrade
Escola E.B. 1 do Farol da Barra Externato de Penafirme - Póvoa de Escola Secundária de Vila Franca
Penafirme
Escola Secundária Emídio Navarro Externato Cooperativo da Benedita ES Albufeira
Escola Superior de educação de Escola Secundária Dom Manuel EB2,3 Luísa Todi
Coimbra Martins Setúbal
Instituto Educativo do Juncal EB 2,3 Luís Mendonça Colégio S. Filipe
31
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
6. C AMPANHA 2008/09
6.1. O TEMA DA C AMPAN HA
A 19ª campanha teve como tema “Um olhar sobre a biodiversidade”. Pretendia-se desde o
início que os participantes olhassem de uma forma mais atenta para a biodiversidade que os
rodeia. Não apenas porque está é importante, ou é bonita, característica da zona, ou é parte
integrante de um ecossistema costeiro; acima de tudo ambicionava-se que os “coastwatchers”
se apercebessem que esta está ameaçada e, na
sua essência, o significa perda de
biodiversidade.
Foto: AAMARG
As Reuniões Técnicas realizadas ao longo desta
campanha, foram planeadas tendo já em mente
a premissa que é de todo importante e urgente
que se alerte e sensibilize para a temática da
F IGURA 19: B IODIVERSIDADE EM DUNA EMBRIONÁRIA
conservação da biodiversidade, como forma de
travar a velocidade a que os ecossistemas são
Foto: GEOTA
destruídos e devastados.
32
F IGURA 20: REUNIÃO TÉCNICA A LGARVE : A CHEGADA
DOS FLAMINGOS À LAGOA DE A LBUFEIRA
relacionadas com a biodiversidade costeira.
Página
Procurou-se mostrar a biodiversidade existente
em cada tipo de ecossistema, desde uma
simples poça de maré a uma extensão dunar ou
lagoa (figuras 19-21).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
33
em diversos computadores).
Página
Por se tratar de um concurso cujo prémio não tinha valor monetário
e envolver escolas e entidades ligadas à educação não nos ocorreu
F IGURA 26: A RRIBA DA
que houvesse viciação do concurso. Porém, tal aconteceu (ver G RALHA . S ARA B ICHO
conteúdo do blogue), assim o GEOTA decidiu não atribuir foto vencedora e todas fazem parte
da capa do relatório. As figuras 22 a 26, representam algumas das fotos concorrentes.
11
http://coastwatch-fotos.blogspot.com,
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Ao longo da campanha 2008/09 foram diversos os contactos encetados por escolas e outras
entidades para que se desenvolvessem actividades de educação e sensibilização ambiental.
Embora a maioria seja relacionada com o litoral ou com o Coastwatch propriamente dito, cada
vez é maior o número de escolas que solicita dinamização de actividades relacionadas com
outros temas dento do ambiente - alterações climáticas, consumo sustentável da água, cidades
sustentáveis, poluição, entre outros - (Figuras 27-32).
F IGURA 27 – A CÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE P OLUIÇÃO F IGURA 28 – C ONSUMO SUSTENTÁVEL DA Á GUA – E.S DA
MARINHA ( ACTIVIDADE INSERIDA NO D IA DO M AR ) RAMADA
Foto: José Sério
F IGURA 29: D IA DO MAR : A CÇÃO DE LIMPEZA DA F IGURA 30: S ENSIBILIZAÇÃO A MBIENTAL : P OLUIÇÃO -
A RRÁBIDA EBI C HARNECA DA C APARICA
34
Página
F IGURA 31: A TELIER H ISTÓRIA DO M AR B RAVIO E DE UM F IGURA 32: B IODIVERSIDADE EM Z ONAS C OSTEIRAS –
C APITÃO SEM N AVIO - P ADRÃO DOS D ESCOBRIMENTOS - M ONTE DO P AIO RNLSAS
E NTIDADES
35
Poderá ainda descobrir um pequeno vídeo
Página
representativo das actividades desenvolvidas pela
Câmara Municipal de Peniche e a Associação Maré Alta F IGURA 35: WWW . MUN - MONTIJO . PT
http://www.youtube.com/watch?v=80a_pX1tq9k. E por mera curiosidade, no mesmo motor de
busca para “Coastwatch 2008” aparece o seguinte: “Resultados 1 - 10 de cerca de 66.000 para
Coastwatch 2008”.
12
Pesquisa em www.google.pt em 10 de Abril de 2009
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
AA - I N FO R M A Ç ÕE S S O BR E QU E M P RE E N C H E O Q U E ST I ONÁ R I O
–
Como já foi referido, na 19ª campanha participaram 5214 voluntários (71% alunos, 20%
escu(o)teiros; 7% professores e 2% coordenadores regionais e participantes independentes).
4 – DATA DO INQUÉRITO
Muito embora a data de abertura da campanha tenha sido antecipada para Setembro não
houve registo de qualquer monitorização
Janeiro Fevereiro Outubro
neste mês. Outubro registou apenas 5% de 15% 2% 5%
normais, as chuvas
intensas e
concentradas
associadas a ventos
36
fortes ocorridas no
Página
período de
monitorização
goraram algumas das
saídas planeadas para
estes meses. Alguns F IGURA 37: P RECIPITAÇÃO EM 2008. C OMPARAÇÃO COM OS VAL ORES MÉDIOS 1971-
2000
transferiram as saídas
de campo para Janeiro e Fevereiro (15 e 2%, respectivamente).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Por outro lado como o maior peso das entidades participantes são escolas, a data de
monitorização é concentrada no período mais fácil em termos de calendário escolar. Assim,
Outubro é o mês em que o ano lectivo está no inicio exigindo um grande esforço de logística
aos docentes e Dezembro é o mês de maior concentração de testes e reuniões. Muito embora
o término da monitorização deva ser 31 de Dezembro, cada campanha acaba por te rum
período de compensação para que seja possível por em prática as saídas de campo.
5 – CO N HE CI M ENT O D O L O C A L
1ª ou 2ª
Quanto ao conhecimento do local, de acordo visita
17%
com a figura 38, 43% afirma ser bom e 40% Bom
43%
regular, tais valores confirmam o facto de que a
Regular
maior parte dos participantes acompanhar o 40%
Na questão 6 é perguntado se a
“Unidade ou parte dela pertence
a alguma área com designação
especial”, 6% indicaram
37
desconhecido. Dos 60% que
Página
monitorizaram unidades em área
com designação especial, o maior
peso, tal como na campanha
F IGURA 39: P ERCENTAGEM DE U NIDADES COM DESIGNAÇÃO ESPECIAL POR
transacta, vai para Área TIPOLOGIA . F OTO : CMA (P ARQUE N ATURAL DA A RRÁBIDA )
Protegida, Zona Balnear e Rede Natura 2000, respectivamente com valores percentuais de
49,4; 36,4 e 31,6. Idêntica proporção ao ano anterior (figura 39).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
A opção com veículo monitorizado pressupõe F IGURA 40: EXEMPLO DE TIPO DE ACESSO À UNIDADE “ A PÉ ”
38
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
B B– A NÁ L I SE G E RA L D A U N ID A D E
–
Neste ponto será analisada a faixa de 500m paralela à linha de costa. De uma forma geral,
tendo em conta que a área monitorizada é proporcionalmente idêntica às campanhas
anteriores, não existe grandes alterações percentuais no que se refere ao tipo de costa, altura
e inclinação da arriba. A referir que, na presente campanha, dos 45% que assinalaram tratar-se
de costa rochosa, 17,8% não a caracterizou quanto à inclinação da arriba e 23,1% quanto à
altura da arriba (Figura 44).
Inclinação da arriba
N caracterizada 17,8
Moderada a suave
29
29,5
26
Forte a moderada 17,2
45
Abrupta 35,5
N caracterizada 23,1
Altura da arriba
28
Baixa 21,8
35
Média 24,2 2007
37 2008
Alta 30,9
38,4
39
Pouco rolados 31,8
18,0
Página
Rolados 26,0
57,4
bloco 47,3
Dimensão
calhau 32,5
35,6
10,2
seixo 17,0
2008 2007
F IGURA 45:C ARACTERIZAÇÃO DA COSTA R OCHOSA – D IMENSÃO E GRAU DE ROLAMENTO DOS SEDIMENT OS (%)
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Na caracterização dos 371,5km de costa não rochosa, pode-se constatar que 72,8% são de
sedimento tipo arenoso e 27,2%, sedimento lodoso Dentro do sedimento arenoso predominam
as areias finas (71,1%) e as médias e grosseiras (42,2%). O questionário prevê que no caso do
tipo de sedimento arenoso com areias muito grosseiras se identifique o grau de rolamento.
Assim, dos 16, 1% que assinalaram sedimento de areias muito grosseiras, 62,2%.considerou
que estes eram pouco angulosos (Tabela 6).
Médias e 42,2%
Grosseiras
(Ǿ 0,6-
5mm)
Muito 16,1% Grau Rolados 33,7
Grosseiras de
Ǿ > 5mm rolamento Pouco rolados 62,2
F IGURA 46: G RANULOMETRIA DO SEDIMENTO Angulosos 28,6
ARENOSO Lodoso 27,2%
40
Não obstante a campanha 2008 ter registado
Página
menos 7,4% de monitorização em duna face a praia 56,4 49
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Na questão a assinalar duna com vegetação e duna sem vegetação, 214,5km foi caracterizado
como duna com vegetação, ou seja 84% do total encontrado neste tipo de formação
sapal são menos atractivas para os F IGURA 48: KM DE COSTA MONITORIZADOS POR TIPOLOGIA
2 – ARTIFICIALIZAÇÃO DA COSTA
41
anterior, verifica-se um aumento 22,5
Página
Medianamente artificializada
27,5
(39,6%) e do pouco artificializado
24,0
Pouco artificializada
(24%), o pode ser justificado pela 11,2
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
F IGURA 50: EXEMPLO DE TIPO COSTA F IGURA 51: EXEMPLO DE TIPO COSTA F IGURA 52: EXEMPLO DE TIPO COSTA
MUITO ARTIFICIALIZADA POUCO ARTIFICIALIZADA NÃO ARTIFICIALIZADA
No que respeita ao uso do solo na zona interior contígua a monitorização não oferece grandes
oscilações entre a campanha
de 2007 e a de 2008; a maior 30,4
Matos 37,7
ocorrência assinalada foi em 28,7
Outros 32,0
Matos. Os restantes
18,5
Culturas agrícolas
indicadores apresentam, 15,3
proporcionalmente, as 11,6
Sapal 12,9
mesmas percentagens, 9,9
Floresta 11,2
exceptuando Pastagem que 2007
12,8
Pastagem 8,8 2008
regista um ligeiro acréscimo
42
(figura 53). F IGURA 53:U SO DO SOLO NA Z ONA INTERIOR CONTÍGUA (%)
Página
No indicador Outros surge alguma confusão na medida em que os participantes pretendem
assinalar a área artificializada, contudo, esta já está prevista na questão anterior. Quando a
opção Outros é assinalada, embora o predomínio seja para jardins, campos de golfe, espaços
de lazer, etc; há um considerável número de participantes que o assinala especificando
posteriormente exemplos que se prendem com a artificialização. Tal justifica a percentagem
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
alcançada neste item do questionário. Será portanto necessário desenvolver melhor esta
questão nas notas explicativas.
As figuras 54 a 56 são exemplificativas de alguns tipos de uso do solo na zona interior contígua.
F IGURA 54:E XEMPLO DE U SO DO SOLO F IGURA 55: EXEMPLO DE USO DO SOLO F IGURA 56: EXEMPLO DE USO DO SOLO
“ SAPAL ” 4 “P ASTAGEM ” “ MATOS ”
43
ribeira, etc. – N1) com 46%; surgência A1
Página
38%
(nascente, fonte, etc. –N2) com 5%. A
tipologia Drenagem artificial foi
N2
reconhecida em 49% das unidades, 5%
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
A figura 58 concentra as
características das descargas Sinais vida na água 38,9
líquidas analisadas. Como o Cor alterada/ espuma 24,4
questionário é de resposta Esgoto doméstico/ industrial 23,2
múltipla, pode acontecer que a 22,3
Mau cheiro
mesma entrada registe tantos
Despejo de lixo 20,2
indicadores como os que o
Vestigios óleo ou derivados 7,2
questionário prevê.
Peixe morto 2,7
O despejo de lixo junto às linhas F IGURA 58: C ARACTERÍSTICAS DAS DESCARGAS LÍQUIDAS (%)
F IGURA 59:E XEMPLO ” DESPEJO DE LIXO ” F IGURA 60: EXEMPLO DE “ COR F IGURA 61: EXEMPLO DE “ PEIXE
ALTERADA ” M ORTO ”
Em relação aos
44
nitratos, nas 332
unidades
Página
caracterizadas,
foram
encontradas 100
F IGURA 62: A NÁLISE Á ÁGUA COM FITAS DE F IGURA 63: MEDIÇÃO DOS NITRATOS . F OTO
unidades com NITRATOS F ERNANDO S ALVADO
registo de nitratos. Em média o valor foi de 58,4% por entrada, o que é um valor bastante
elevado (Figuras 59 e 60).
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
C C– Z O N A S UP R AT I D A L
–
A zona supratidal é a zona entre a linha normal de maré cheia e a linha máxima atingida nas
marés vivas.
1 L A R G U R A A P R O X I M A D A D A Z O N A S U P R A T I D A L (Z S) A O L O N G O D A U N I D A D E
Porque a largura ZS pode ser variável ao longo dos 500 metros que compõem a unidade, este
parâmetro permite assinalar até duas opções. Assim, do total de unidades monitorizadas, a
maior largura da ZS, concentra-se entre os 2 e os 50 metros (Figura 61).
>250m 0,5
51-250 3,8
6-50m 40,0
2-5m 43,0
0-1m 11,0
F IGURA 64: L ARGURA DA Z ONA S UTRATIDAL (%) F IGURA 65: E XEMPLO DE TIPO D LARGURA DA ZS. F OTO :
COASTWATCH
2. P R I N C I P A I S R E P R E S E N T A N T E S D A F L O R A D A Z O N A S U P R A T I D A L
A ZS está sempre emersa excepto no período de marés-vivas. A flora daqui existente é variada
e adaptada a estas Junco 9,7
Lodosa
Caniço 7,8
características.
Tábua 1,9
45
A figura 66 mostra a Outro 1,9
Cravo-das-areias 7,0
Rochosa
Página
Funcho-marítimo 7,2
Líquenes 13,9
encontradas na Zona Outro 4,2
Planta pioneira 20,8
Supratidal. A predominância
Estorno 24,7
Arenosa
46
item “Outros”. Na costa rochosa há uma
Página
F IGURA 70: L ÍQUEN : V ERRUCARIA MAURA
preponderância dos líquenes (13,9%). Porém o cravo
das areias e o funcho-marítimo também foram
referenciados. As espécies mais identificadas no item
“outros” foram salgueiros e Zimbro.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
3. P R I N C I P A I S R E P R E S E N T A N T E S D A A V I F A U N A
A avifauna do litoral português é muito diversa e variada, de acordo com a região. Com efeito,
cada ecossistema contém em si espécies que poderão ser únicas. Espécies que existem nas
ilhas não ocorrem no continente e, muitas vezes, a mesma espécie apresenta algumas
características divergentes. Acresce ainda o facto de uma mesma espécie ter nomes diferentes
em regiões diferentes.
Assim, este é um item do questionário que oferece alguma reclamação, não obstante ter um
espaço assinalado com “outros” – o que permite acrescentar as espécies não indicadas. Para
resolver esta situação, particularmente nas regiões autónomas, onde as espécies divergem
mais relativamente ao continente, seria interessante criar um questionário adaptado.
Garajaus 2,6
Flamingo 3,1
Guincho 3,7
Cegonha-branca 4,7
Andorinhão 4,8
Corvo-marinho 7,3
Garça-real 8,0
Outros 11,1
Gaivota 69,5
47
Como não seria de esperar a espécie dominante é a gaivota, com uma clara preponderância
Página
(69,5), tal como é visível quando caminhamos ao longo do litoral português. Todas as outras
espécies existem em menor quantidade por serem específicas às unidades monitorizadas
(Figura 72).
No item “outros” com 11,1% as espécies encontradas foram diversas. A título de exemplo aqui
ficam algumas das assinaladas: pato-real, Pilrito-das-praias, Alveola cinzenta, maçarico-das-
rochas, Pato-preto, Borrelho-de-coleira-interrompida, cagarro, etc.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
E porque a campanha 2008/09 foi acima de tudo o observar a biodiversidade, eis algumas das
espécies que testemunham o olhar dos participantes (Figuras 73 a 80).
F IGURA 73. C AGARRO . F OTO : A MIGOS DOS A ÇORES F IGURA 74. A NDORINHA - DO - MAR . F OTO : S ÉRGIO C AETANO
F IGURA 75:G ARAJAU . F OTO : S ÉRGIO C AETANO F IGURA 76: P IRLITO . F OTO S ÉRGIO C AETANO
48
F IGURA 77. P ATO - REAL . F OTO : RNET F IGURA 78: GARÇA BRANCA . F OTO C. M ONTIJO
Página
F IGURA 79: GAIVOTA . F OTO . C OASTWATCH F IGURA 80: F LAMINGO . F OTO . C OASTWATCH
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
DD– Z O N A I N T ER T I D A L
–
Os organismos que vivem na Zona Intertidal estão expostos à alternância de marés sendo
obrigados a suportar períodos de extrema salinidade e hidratação, interpolados com períodos
de secura e concentração salina. Sofrem ainda com os ciclos de intensa precipitação e radiação
solar. Por outro lado os períodos de grande agitação marítima induzem um forte efeito da
acção mecânica das ondas sobre os organismos que aqui residem.
Assim não é de estranhar que muitos deles desenvolvam uma grande capacidade de fixação ao
substrato.
1 L A R G U R A A P R O X I M A D A D A Z O N A I N T E R T I D A L (Z I) A O L O N G O D A U N I D A D E
5-50m 58,7
<5m 28,5
51-250m 6,8
N/caracterizadas 4,4
>250m 1,6
F IGURA 81: L ARGURA DA Z ONA I NTERTIDAL (%) F IGURA 82: E XEMPLO DE “ LARGURA DA ZI”
Tal como na Zona Supratidal, o questionário prevê duas opções para a caracterizar a largura na
Zona Intertidal. As maiores percentagens de cobertura dizem respeito a menores ZI - 5-50m
58,7% e <5m 28,5% - (Figura 81).
49
Tendo em conta a cobertura de costa rochosa e de praias com grandes obras costeiras,
Página
nomeadamente pontões, compreende-se as dimensões apontadas para a variedade de largura
da Zona Intertidal (Figura 82).
Dos 4,4% de unidades não caracterizadas convém sublinhar que 24 foram consideradas
interditas e 42 inacessíveis o que dificulta e/ou invalida a sua caracterização. Em alguns casos
estas unidades são monitorizadas com auxílio a binóculos.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
2. P R I N C I P A I S R E P R E S E N T A N T E S D A F L O R A D A Z O N A I N T E R T I D A L
Outro 2,3
Arenosa
Erva-marinha 5,2
Salicórnia 4,0
Morraça 5,5
50
característico das áreas de sapal
Página
F IGURA 84 – VESTÍGIOS DE CONCHAS
predomina a morraça (5,5%). Na
NA LINHA DE MARÉ
3. P R I N C I P A I S R E P R E S E N T A N T E S D A F A U N A D A Z O N A I N T E R T I D A L
51
1,9
Estrelas-do-mar 4,4
3,1% morta. De entre os Ouriços-do-mar 5,5
8,9
Página
0,8
Cabozes
assinalados como vivos realça-se 3,6
3,0
Cracas 16,7
búzios, camarões, polvos, etc. E Caranguejos 12,5
23,4
6,6
Lapas 23,3
mortos: percebes, choco, lulas, 12,8
Mexilhões 13,9
1,8
camarões e peixes cuja espécie Anelídeos e Poliquetas 4,6
0,6
Anémonas 4,5
não foi identificada (Figura 90) Alforrecas 2,9
Mortos Vivos
4,0
F IGURA 90:P RINCIPAIS REPRESENTANTES DA FAUNA DA Z ONA I NTERTIDAL
(%)
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
4. A V E S E N C O N T R A D A S A O L O N G O D A U N I D A D E
classe, embora em maior número de unidades (401) no intervalo de classe (1-10) – Figura 91.
52
F IGURA 92: GANSO - PATOLA . F OTO S OFIA . Q UARESMA F IGURA 93: G AIVOTA : F OTO : S OFIA Q UARESMA
Página
F IGURA 94: G AIVOTAS . F OTO : CM M ONTIJO F IGURA 95: F LAMINGOS . F OTO : CM M OITA
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
E E– RE S ÍD U OS E P O LU IÇ Ã O NA S V Á R IA S Z ON A S DA C O S TA
–
1 – PRINCIPAIS OBJECTOS D E GRANDES DIMENSÕES
Sabendo que na mesma unidade podem ser encontrados diversos tipos de resíduos é de todo
um exercício pouco atractivo imaginar a paisagem costeira em período fora da época balnear.
Contudo, o que é preocupante é que muitos destes resíduos, por se encontrarem fora de áreas
consideradas balneares, permanecem de ano para ano no mesmo local servindo de pólo
atractivo para despejo de novos resíduos.
53
elevado, aumentou F IGURA 96: R ESÍDUOS DE GRANDE DIMENSÃO (%)
Página
7,1%.em relação ao ano passado.
Não deixa de ser preocupante constatar que em 677km de costa monitorizada apenas 16% não
assinala qualquer tipo de resíduo de grande dimensão. Contudo, estes 16% contêm, em si,
outros resíduos, nomeadamente plásticos.
Quanto à distribuição da tipologia dos resíduos, continua idêntica ao longo dos anos: Resíduos
de construção e demolições, lixo doméstico em sacos ou amontoado e objectos metálicos de
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
A notícia foi divulgada no blogue14 feita uma denúncia ao IGAOT, indicando o local e enviando
fotos (Figura 97).
54
façam a denúncia sempre que depararem com situações semelhantes; esta é, também, uma
Página
forma de exercer cidadania ambiental.
13
Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território. No site http://www.igaot.pt/,
no item reclamações poderá deixar a informação sobre resíduos de grandes dimensões
encontrados ao longo do litoral.
14
http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
15
Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, www.gnr.pt
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
2. T I P O L O G I A D O S R E S Í D U O S E N C O N T R A D O S
É nos meses de Outono e Inverno, que se concentra, ao longo do litoral, a maior quantidade de
resíduos. Dois factores são responsáveis por esta situação: a precipitação intensa e
concentrada que contribui para caudais mais intensos de rios e ribeiras e consequente
arrastamento dos resíduos até ao mar e período das marés vivas, essencialmente as
equinociais (Figuras 98 e 99).
F IGURA 98: R ESÍDUOS EM LINHA DE MARÉ . S OFIA Q UARESMA F IGURA 99: R ESÍDUOS EM LINHA DE MARÉ . M ARIANA C OSTA
Como é sabido a limpeza das praias pelas entidades responsáveis é efectuada em período
balnear, porém, todos os resíduos que ficaram junto á linha de maré voltam a ir para o mar.
55
o mar os “devolveu”. Concludentemente,
Página
contribuía-se para uma limpeza mais eficaz da
costa e do oceano
concentração nos diferentes intervalos de classe a realidade é que existem resíduos em quase
toda a costa monitorizada. Se imaginarmos que a mesma unidade pode conter todos os tipos
de resíduos, o resultado não será certamente uma paisagem agradável.
T ABELA 7: P ERCENTAGEM DE UNIDADES MONITORIZADAS COM PRESENÇA DE RESÍDUOS
Tipologia de resíduos 2007/08 2008/09
Embalagens de bebida - Vidro 70,5 70,2
Embalagens de bebida - Metal 66,3 63,9
Embalagens de bebida - Plástico 80,4 82,2
56
Embalagens de bebida - Cartão 59,5 54,7
Pneus 41,9 37,2
Página
Sacos de plástico 71,3 65,7
Aparelhos de pesca 57,5 53,8
Embalagens em material sintético 43,0 38,4
Material médico e sanitário 34,5 30,4
Recipientes de substâncias potencialmente perigosas 36,1 32,9
Têxteis [artigos de vestuário, sapatos, luvas] 52,2 49,1
Papel, cartão e/ou madeira 64,9 54,2
Vidros [não incluindo de bebidas] 40,1 31,1
Latas (não incluindo de bebidas] 43,8 39,1
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
O plástico, tal como desde sempre, assume um papel preponderante – sacos plástico em
65,7% das unidades; embalagens de bebida em plástico 82,2% - Embalagens de bebida em
vidro 70,2%; embalagens de metal 63,9%; eis apenas alguns exemplos. E porque uma imagem
vale mais do que as estatísticas, como testemunho de quem monitorizou o litoral, eis o olhar
sobre os resíduos ao longo do litoral… (Figuras 103 a 108).
57
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
F F– P E RC E P Ç Ã O D E RI SC O S
– 1. I D E N T I F I C A A L G U M R I S C O D E D E G R A D A Ç Ã O A M B I E N T A L ?
Pretendeu-se com este item do questionário avaliar qual a percepção de cada participante face
aos riscos existentes na costa. De acordo com o assinalado, em relação a este indicador na
campanha transacta, 51% da área monitorizada foi apontada como tendo pelo menos um risco
ambiental. Este ano para uma menor área monitorizada os participantes, indiciaram 65% de
risco ambiental.
2. I N D I C A D O R E S D E R I S C O A M B I E N T A L
58
presença de infestantes que acabam por destruir a
Página
biodiversidade autóctone F IGURA 110: TIPO DE RISCO : E ROSÃO COSTEIRA .
GG– O B SE RV A Ç ÕE S
–
Este é um espaço que se encontra em aberto. Aqui qualquer participante pode anotar o que
não foi previsto no questionário, comentar, dar sugestões, desenhar… enfim é um espaço livre
para que cada coordenador complementar a caracterização da unidade.
Os comentários recebidos foram diversos. Como testemunho aqui fica a transcrição de alguns:
NUT Comentário/Observação
112 Verificamos mais erosão. As protecções que existiam nas dunas para combater a
erosão, estão a ficar a descoberto e a duna cada vez mais pequena;
Formação de dunas através de barreiras de protecção. Pedras e dique a acompanhar
o percurso da ribeira;
Praia que até há pouco tempo era favorável à acumulação de areias e neste
momento, a erosão está bem presente formando balcões de areia. Esta situação
piorou depois do arranjo do esporão;
Praia e dunas estragadas pelos tractores dos pescadores;
Erosão costeira cada vez mais acentuada;
Acumulação de areias a Sul do esporão;
Esta unidade tem mais lixos do que em anos anteriores. Erosão acentuada do cordão
dunar.
114 Os estaleiros do porto marítimo e a actividade destes aparentam ser um dos
principais poluidores da zona imediatamente envolvente. Areal extremamente
contaminado com óleos e combustíveis. Aparência viscosa e odor característico.
Fauna da zona intertidal também contaminada com óleo e diesel;
O areal encontra-se totalmente saturado de óleos, tornando-o pastoso e brilhante,
além de possuir um odor característico. Os principais representantes da fauna na
zona intertidal apresentam-se também oleosos e viscosos;
Houve ampliação do Porto de Leixões -terminal de cruzeiro, tendo alterada a
paisagem;
Houve ampliação do Porto de Leixões -terminal de cruzeiro, tendo alterada a
59
paisagem;
A linha de costa da foz (nevolgide) sofreu diversas intervenções este Verão tendo em
Página
vista tornar estas praias (6 a 10) acessíveis à prática balnear. Destaco as obras ligadas
com o saneamento básico e as infra-estruturas de acesso à praia. Verifica-se que na
presente data as obras não estão concluídas a 100%. Não obstante há uma
significativa melhoria na qualidade da água e na limpeza das praias. Refiro apenas
como nota negativa, a fraca qualidade do projecto de intervenção na parte fronteira
da praia, onde a aplicação de betuminoso e outros materiais de pouco carácter
biofísico transmitem um carácter pouco apropriado para a área.
161 A presença de uma elevada quantidade e diversidade de tipo de Resíduos e a
diminuição na extensão do areal levam-nos a concluir do risco efectivo da perda de
qualidade ambiental do bloco;
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
60
Zona com escarpa erosiva dunar elevada (erosão de risco elevado). Zona interior com
Página
a maior piscicultura de Portugal (Pescanova).;
Zona com escarpa erosiva dunar elevada derivada da presença do esporão sul da
Praia de Mira, situado a norte desta unidade (erosão de risco muitíssimo elevado;
Unidade entre dois esporões e com alguma recuperação da frente dunar (erosão de
baixo risco devido a situar-se entre esporões);
A pressão turística e urbanística e os resíduos no areal apresentam-se como riscos de
degradação ambiental;
Escarpa erosiva dunar muito acentuada e início de pequenos galgamentos oceânicos
(erosão de risco muito elevado);
Duas frentes extensas (maiores que 30 metros) com galgamentos oceânicos e onde a
maioria dos lixos se encontram para o interior dunar;
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Zona de maior erosão em toda a área deste levantamento, com duna praticamente
destruída a partir de 150m para sul do esporão e com galgamentos frequentes;
61
Recuo da arriba já destrui parte do miradouro de frente das azenhas do mar;
Escadaria muito danificada e intransitável. Risco permanente da sua utilização de
Página
acesso à praia da Aguda;
Presença de vários resíduos de embalagens de plástico (Mac Donald);
Área de grande movimentação/obras transporte fluvial;
Inacessível devido às obras de intervenção na zona ribeirinha;
150 Passa a linha do comboio, e é uma zona de pastoreio de vacas;
Zona mais urbanizada a sul da linha do comboio;
Picadeiro para a prática desportiva equestre;
A praia estava em bom estado de conservação de um modo geral, tendo um
conjunto de ecopontos numa quantidade significativa. A zona dunar apresentava-se
um pouco suja, evidenciando a presença humana, sendo possível concluir que
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
muitas pessoas pisam as dunas. Esta praia foi requalificada em termos ambientais,
tendo melhorado bastante;
Apesar da modificação da paisagem com a construção do aeroporto já possui há
algum tempo, o movimento constante de aviões que prejudicam;
Existência de uma reserva de aquacultura;
Presença em abundância de patos, bastantes plantas invasoras (chorão e acácia);
Recentemente modificação com um campo de golfe o que mudou por completo a
paisagem;
Relacionada com o ponto 4, existe um tubo de origem doméstica com sinal de ter
sido utilizado;
Grande presença de actividade piscatória;
Unidade 01 - O tipo de veículo motorizado utilizado para chegar até à ilha foi o
barco carreira. Depois de efectuar todo o percurso pode-se concluir que pelo menos
estes 5 km2 apresentam no geral um bom estado de conservação apesar de se
encontrar alguma poluição (é residual), é necessário que se tomem medidas de
modo a preservar o património biológico existente, estas ilhas.barreira são únicas
em todo o Portugal - Continental
Passam vários barcos no canal do sapal, a longo prazo poderá afectar a zona
húmida (poluição ambiental);
Zona de erosão costeira relativa. O declive da duna acentuado e zona supratidal
reduzida mostram que nessa parte o processo de erosão é maior que o processo de
acumulação. Reduzida ausência de areias médias. Unidade 07- A pressão turística
na época estival pode originar pisoteio nas dunas o que pode interferir com as
plantas pioneiras das dunas embrionárias. Encontrada ave morta. Unidade 09 - O
chorão é vegetação exótica. Unidade 10 - A pressão turística é excessiva na época
estival. A espécie infestante é o chorão. Este inquérito abrange parte da zona do
canal da Ria Formosa (Barra Grande) e uma pequena parte do Sapal. Depois do
canal de circulação de barcos existem bancos de vasa onde há mariscadores a
apanhar bivalves. Pessoas que estão a trabalhar na ilha disseram que a estação de
tratamentos de águas residuais está a ser construída. Estes questionários foram
preenchidos uma semana depois das marés vivas da lua nova;
Aves mortas. Garças, pardais, cegonhas e outras;
Redução significativa na qualidade de resíduos relativamente ao levantamento de
62
2007;
Esta zona coincide com o molho (esporão) não havendo nada a assinalar sendo
Página
totalmente artifiacializado. Algumas garrafas de plástico deitada s pelos pescadores
200 Houve modificações na aparência da paisagem devido à abertura de uma estrada;
Devido a uma confluência de correntes marítimas esta é uma zona de risco, surgindo
um relativo amontoado de lixos;
Observação efectuada com binóculos, devido á dificuldade de acesso ao local.
Contudo, esta área é bastante homogénea relativamente às suas características
físicas;
Este inquérito foi observado numa parte da Marina da Horta. Pela utilização do
espaço é necessária uma monitorização ambiental frequente;
Zona Balneária com Parque de Campismo;
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Vários acessos à beira-mar que não se encontram ordenados, sendo uma fonte de
poluição pelos seus utentes (pescadores, caçadores submarinos;
Muitos copos de plástico, papéis e beatas de cigarros;
Muito lixo de todos os tipos;
Muitas Fezes de origem humana;
Não há organização da área habitacional - construção de edifícios;
Grande quantidade de plásticos de grandes dimensões;
Muita espuma na costa (da chuva da noite anterior) e sacos de plástico de grandes
dimensões;
Zona onde a possibilidade de construção deve ser planeada;
Presença de plantas endémicas e nativas dos Açores Festuca jubata, Feto-marinho e
Perrexil-do-mar e de aves migratórias;
Muito lixo doméstico;
Presença de uma descarga líquida para o mar, derivada de uma fábrica de peixe.
(líquido com mau cheiro e amarelo);
Presença de plantas endémicas dos Açores - Festuca jubata, Pericalis malvifolia,
Euphorbia azorica e de aves (subespécies endémicas dos Açores) - a foz da Ribeira
(seca no momento da análise) encontra-se com muito lixo.;
Presença de plantas (Euphorbia azorica, Festuca petraea) e de aves nativas dos
Açores
63
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
7. C ONCLUSÃO
O Projecto Coastwatch concluiu mais uma campanha, este ano dedicada à biodiversidade. Em
Setembro inicia-se nova campanha: a 20ª. 20 anos a olhar pelo litoral, a sensibilizar jovens e
cidadãos em geral, a mobilizar voluntários, a integrar currículos escolares, a criar hábitos de
cidadania e participação pública, a desenvolver técnicas de observação e trabalho de campo.
Muitos dos que hoje são professores; técnicos responsáveis por grupos de jovens (escuteiros
ou similares); técnicos de ambiente; ou outros que têm a responsabilidade directa ou indirecta
de dinamizar a educação e cidadania ambiental; ou simples cidadãos; foram voluntários
praticantes de Coastwatch em algum momento do seu percurso ambiental.
Numa altura em que a perda da biodiversidade quer por causas antrópicas – directas e
indirectas – quer por causas naturais, é assustadora, atingindo valores sem precedentes.
Procurou-se, com a adopção deste tema, sensibilizar e alertar os mais de 5000 voluntários que
directamente participam na campanha, para a importância de se conservar e respeitar a
biodiversidade costeira.
64
Consolidando a sensibilização sobre o tema a que nos propusemos impulsionar e alertar, foi
Página
lançado um concurso de fotografia “O meu olhar pela biodiversidade”. Pretendia-se, assim,
que os alunos olhassem com atenção para a variedade de espécies que compõem os diferentes
ecossistemas sobre os quais o Coastwatch actua, sejam de sapal, dunares ou outros. Aos
professores e técnicos que os acompanharam competia informá-los e motivá-los, despertando-
-os para a biodiversidade vigente e as consequências da sua perda.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Com agrado comprovámos que em muitos casos este objectivo foi conseguido, recebemos
fotos dentro da temática, alguns docentes dinamizaram o tema em área de projecto ou nos
clubes do ambiente; por isso, estamos convictos o Coastwatch conseguiu o seu intento: colocar
mais de 5000 voluntários a olhar pela biodiversidade.
65
49% das unidades monitorizadas foram efectuadas no mês de Novembro;
Página
43% dos participantes afirma ter um bom conhecimento do local, o que confirma a tendência
de continuidade no projecto, verificada nas ultimas campanhas;
49,4% das unidades monitorizadas ocorre em Áreas Protegidas;
Oeste, Grande Porto e Pinhal Litoral foram as NUT com maior taxa de monitorização,
respectivamente, 90.8%; 77,3% e 62,5%. A Península de Setúbal registou uma taxa de
cobertura de 46,8%. Minho-Lima não obteve qualquer monitorização:
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
45,1 % da área monitorizada ocorre em costa não rochosa. Do total de costa não rochosa,
304km apresenta sedimento arenoso e 114km lodoso. A inacessibilidade e características
próprias do estuário – o que lhe confere alguma dificuldade – reflectem uma fraca
monitorização nesta zona, o que não foge ao padrão de anos anteriores.
De acordo com a visão dos participantes, 36,4% da área monitorizada era não artificializada
(natural); 24% pouco artificializada e 39,6% muito artificializada;
Foram analisadas descargas líquidas no mar em 332 unidades, 46% das quais eram drenagem
natural - Linha de água (rio, ribeira, etc.) e 38% Drenagem artificial (entubado). Embora 38,9%
contivessem sinais de vida animal na água, todas as descargas, em maior ou menor
percentagem, apresentaram vestígios de poluição, quer fosse por despejo de lixo (20,2%), cor
alterada/espuma (24,4%), mau cheiro (22,3%) peixe morto (2,7%), esgoto
doméstico/industrial (23,2%), vestígios de óleo ou derivados (7,2%). Como a mesma descarga
pode ter mais do que um parâmetro, fácil será concluir que muitas necessitam de uma
intervenção urgente. Da análise aos nitratos, em média foram encontrados 58,4 mg/l.
A adopção de intervalo de classe para assinalar a quantidade de resíduos pode ter um menor
impacto porque não transmite um valor absoluto. Contudo, ele facilita a monitorização. Na
verdade, independentemente da quantidade e tipologia de resíduos o que importa é
compreender que encontrar objectos de grande dimensão, em 84% das unidades
66
monitorizadas é deveras preocupante, muito para além de saber o seu valor exacto.
Página
Tal como ocorreu em campanhas transactas: resíduos de construção e demolição, entulhos
vários e lixo doméstico em sacos ou amontoado aparecem em maior expressão
(respectivamente 24% e 21,6%); 16% do total da área monitorizada em 2008 não assinalou
qualquer resíduo de grande dimensão, em 2007 este indicador registou-se em 23%;
Fruto das práticas de consumo vigentes da sociedade actual, no litoral português continuam a
sobressair predominantemente plásticos, sejam em embalagem de bebidas ou outros.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
67
Lurdes Soares
Página
Coordenadora Nacional Coastwatch
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
B IBLIOGRAFIA
Allégre, C. (1996) “Ecologia das Cidades: Ecologia dos Campos”. Lisboa: Instituto Piaget
Cabral, M.J.M.; Magalhães, CP.; Oliveira, M.E.; Romão, C (coord.), (1990), “Livro Vermelho dos
Vertebrados de Portugal”, Vol I – Mamiferos, Aves, Repteis e Anfibios, Serviço Nacional de
Parques, Reservas e Conservação da Natureza, Lisboa.
Costa, Maria José, (2009) “Explorando o Mar na Escola”, Museu Ciência Viva, Lisboa
DF/ MMA (2000), A Convenção sobre Diversidade Biológica- CDB - Cópia do Decreto Legislativo
no. 2, de 5 de Junho de 1992, Brasília.
DRAOT- Norte (2002). Litoral Norte. Aplicação Multimédia Interactiva. Ed. Direcção Regional de
Ambiente e Ordenamento do Território.
Garcia, R. (2006 2ªed), “Sobre a Terra: Um guia para quem lê e escreve sobre ambiente”,
Público - Comunicação Social, SA, Lisboa.
MIGUEL, J. P.; ROSA L. R.; Barros S. (2008). “Ganhar com a Biodiversidade”, ed. Actual Editora,
68
Lisboa
Página
Millennium Ecosystem Assessment (2005), Ecosystems and Human Well-being: Biodiversity
Synthesis. World Resources Institute, Washington, DC.
Myers, N. (1981), “Conservation needs and opportunities in tropical moist forest, in Biological
aspects of rare plant conservation”, ed. H.Synge, Wiley, Chichester.
Myers, N., Mittermeier, R., Mittermeier, C.,Fonseca, A. & Kent, J.(2000), “Biodiversity hotspots
for conservation priorities”, ed. Nature, Vol. 403.
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
National Geographic (2007), Agenda Verde 2008. RBA Edipresse, S.L. Edição Portuguesa
Pereira, H.M, T. Domingos, and L. Vicente (editors) (2004): “Portugal Millennium Ecosystem
Assessment: State of the Assessment Report”. Centro de Biologia Ambiental, Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa.
Wilson, E. O. (1992),”The diversity of life, The Belknap”. Press of Harvard University Cambridge,
MA.
Sítios visitados
http://diario.iol.pt/noticias/mar-praia-perigo-estudo-esmoriz-costa/777463-291.html
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=9335
69
Página
http://www.greepeace.org
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1007503-EI299,00.html
http://portal.icnb.pt
http://www.conservation.org.
http://www.biodiversityhotspots.org
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Í NDICE G ERAL
Agradecimentos .......................................................................................................................................... 3
1. Prefácio .................................................................................................................................. 4
2. Introdução ............................................................................................................................. 7
4. Metodologia ........................................................................................................................ 19
5. Contexto .............................................................................................................................. 21
70
E– resíduos e Poluição nas várias Zonas da Costa ..................................................................... 53
Página
F– percepção de riscos ................................................................................................................ 58
G– Observações .......................................................................................................................... 59
7. Conclusão ............................................................................................................................ 64
Bibliografia 68
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Índice Geral 70
Í NDICE DE F IGURAS
Figura 1: 25 hotspots. As extensões dos hotspots incluem 30 ± 3% das áreas a vermelho. Fonte:
Biodiversity hotspots forconservation priorities, Myers 2000 .................................................................. 13
Figura 2: Índice Planeta Vivo mostra as tendências médias de população de espécies terrestres, de água
doce, e marinhas em todo o mundo. Fonte: UNEP, (2006:25) .................................................................. 15
Figura 3: Abordagens para a preservação da biodiversidade (Sónia Borges). Fonte: Fonte: UNEP,
Panorama da Biodiversidade Global 2 (2006:68) ...................................................................................... 18
Figura 6 – Monitorização Cova do Vapor – Costa da Caparica (foto: Sónia Borges) ................................. 19
Figura 9: área coberta por NUT III (%) -Foto Amigos dos Açores............................................................... 22
71
Figura 10: Monitorização Alentejo litoral (Grupo independente). Foto: Fernando Salvado ..................... 23
Página
Figura 11: Taxa de coberta por NUT II de 2002 a 2008 (%) ....................................................................... 23
Figura 13: Agrupamentos de Escu(o)teiros participantes na campanha2008/09 por NUT III (José Lopes)25
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Figura 16: Número de Escolas envolvidas na campanha 2008/09 (José Lopes) ........................................ 27
Figura 20: reunião técnica Algarve: A chegada dos flamingos à lagoa de Albufeira ................................. 32
Figura 21: Reunião Técnica Sintra - Observação de Poças de marés, Praia do Magoito ........................... 32
Figura 27 – Acção de sensibilização sobre Poluição marinha (actividade inserida no Dia do Mar)........... 34
Figura 31: Atelier História do Mar Bravio e de um Capitão sem Navio - Padrão dos Descobrimentos - ... 34
72
Figura 32: Biodiversidade em Zonas Costeiras – Monte do Paio RNLSAS ................................................. 34
Página
Figura 33: www.cm-alcobaca.pt ................................................................................................................ 35
Figura 37: Precipitação em 2008. Comparação com os valores médios 1971-2000 ................................. 36
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Figura 39: Percentagem de Unidades com designação especial por tipologia. Foto: CMA (Parque Natural
da Arrábida) 37
Figura 41: Exemplo de tipo de acesso à unidade “com veículo monitorizado”. Foto: Fernando Salvado . 38
Figura 40: Exemplo de tipo de acesso à unidade “interdito” – Áreas portuárias (www.google.pt ........... 38
Figura 42: Exemplo de tipo de Acesso “Inacessível”. Foto: Ecoteca do Faial ............................................ 38
Figura 45:Caracterização da costa Rochosa – Dimensão e grau de rolamento dos sedimentos (%) ......... 39
Figura 47: Caracterização da costa quanto ao tipo de formação. Foto AAMARG ..................................... 40
73
Figura 53:Uso do solo na Zona interior contígua (%) ................................................................................. 42
Página
Figura 54:Exemplo de Uso do solo “sapal” ................................................................................................ 43
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
74
Figura 75:Garajau. Foto: Sérgio Caetano ................................................................................................... 48
Página
Figura 76: Pirlito. Foto Sérgio Caetano ...................................................................................................... 48
75
Figura 97: Lixeira “espontânea” na falésia - Praia de S. Lourenço – Ribamar. Mariana Costa .................. 54
Página
Figura 98: Resíduos em linha de maré. Sofia Quaresma ........................................................................... 55
Figura 101: Apanha de resíduos por um grupo de participantes independentes. Foto: Fernando Salvado
56
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Í NDICE DE TABELAS
Tabela 1: seres vivos ainda estão por identificar (Exemplos) .................................................................... 11
76
Tabela 4: Evolução do número de participantes por campanha ............................................................... 24
Página
Tabela 5: Evolução do número de participantes por campanha ............................................................... 29
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
F ICHA T ÉCNICA
Apoios:
77
Página
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009
COASTWATCH EUROPE
Relatório da Campanha Coastwatch 2008/09: Um Olhar sobre a Biodiversidade
78
formado de forma tão singular, ao longo de bilhões de
Página
anos, na história evolutiva de nosso planeta.
In Conservation International
www.geota.pt | http://coastwatch-coastwatch.blogspot.com
coastwatch@netcabo.pt 30 de Abril de 2009