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A Pesonagem

Luis Felipe Gomes 28 de junho de 2013

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Estou a andar em c rculos por n ao sei quanto tempo. Cruzo com outros que n ao possuem faces e como falta-me espelho, n ao posso ver como apresentome diante deles. S ao todos iguais, perambulando por a , subindo e descendo escadas, alguns andam no teto, seria um teto? daqui parece-me que sim, ou sou eu que caminho no teto? Prero n ao pensar nessas coisas, j a estou a subir essa escada a anos e nem sei ao certo se ela sobe ou se desce, ali ` a frente, h a uma corrente d agua que de algum modo parece subir em vez de descer, desaando a gravidade. Eu at e diria meu nome, mas, ao que parece, n ao o tenho. Tentei perguntar ao outros seus nomes, por em todos deram de ombros, ademais, n ao seria de muito proveito, posto que faltava-lhes a boca, os olhos, os ouvido e os narizes. Eram bonecos, talvez eu fosse um deles. Finalmente, cansado que estava sentei-me nos degraus, pensei que continuar andando era in util, isso causou certa estranheza entre os demais, pois todos pararam de andar e viraram a cabe ca em minha dire c ao, ser a que eu era o u nico que tinha olhos para ver o absurdo daquela sina, o despero tomou-me de repente, queria de alguma forma sair dali e todos aqueles bonecos tando-me inexpressivamente causavam-me um mal estar. N ao hevia muito o que fazer, ou andava-se, ou cava-se parado

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