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Profeta Isaías 6:8-10 - Ouvi a voz do Eterno, dizendo: A quem enviarei, quem há
de ir por nós? - e eu exclamei: 'aqui estou. Envia a mim!' 9 Ele disse:Vai e fala a
este povo: Certamente escutais, mas não compreendeis; olhais, mas não vos
apercebeis. 10 Embota o coração deste povo, ensurdece seus ouvidos e cerra
seus olhos para que, ao enxergar com os olhos, escutar com os ouvidos e
compreender com o coração, não se arrependam e sejam curados.
Alegação missionária:
Que estes versos aludem a Jesus, de Nazaré, que segundo um texto não judaico
falava por parábolas.
Contexto da Passagem:
Não somente os versos citados pelos missionários se refere ao próprio profeta
Isaías, como todo o capítulo 6, que relata o início de sua vocação profética. Os
versos não tem nenhuma ligação com a distorcida interpretação missionária que
Jesus "falava" por parábolas. Os missionários tiram o versículo do seu contexto
correto e transladam para uma posição que acham conveniente
"E os pilares tremiam com as vozes daqueles que clamavam, e a casa ficou
repleta de fumaça. E eu disse: 'Infeliz sou eu, um homem de lábios impuros, e no
meio de pessoas com lábios impuros eu habito; pois o Rei, o Senhor das Hostes,
meus olhos viram.'
"Então um Serafim voou na minha direção, e em sua mão havia um carvão que
ele tinha tirado do altar com o pegador. Ele o colocou sobre minha boca e disse:
'Vê, isso tocou teus lábios, e tua iniqüidade partiu e teu pecado está perdoado!'
"E eu ouvi a voz de D'us, dizendo: 'A quem Eu enviarei e quem irá
por nós?' E eu disse: 'Aqui estou; envia a mim.' E Ele respondeu:
'Vai, diz a este povo; vocês ouviram, mas não entenderam; vocês
viram, mas não sabem. Obstinado é o coração deste povo; seus
ouvidos são pesados e seus olhos fechados; ou então seus olhos
veriam, seus ouvidos ouviriam, e seus corações entenderiam, para
que se arrependam e sejam curados.'"
Assim, já no primeiro capítulo (do livro que lemos no Shabat Chazon), sua voz
troveja:
"Ouçam, ó Céus, e ouça, ó Terra, pois D'us falou. 'Os filhos que eu nutri e criei,
eles se rebelaram contra Mim. O boi conhece o seu dono, o jumento conhece o
jugo do amo, mas Israel não conhece, Meu povo não considera…'"
Assim ele conclama céu e terra como para serem testemunhas de que Israel se
mostrou ingrato e desobediente. Ele não hesita em culpar os líderes, a quem
chama de "Governantes de Sodoma", pelo baixo nível moral do povo. Repreende
severamente os devotos hipócritas que oferecem sacrifícios a D'us, mas que não
deixam de pecar, pensando que podem "subornar" D'us, como fazem os
idólatras.
Alegação missionária:
Contexto da Passagem:
O Rei Achaz não deu crédito as promessas do Eterno feitas pelo profeta Isaías e
pediu auxílio a Assíria. O profeta condenou este modo de agir do rei e
proclamou que o Eterno estaria presente, que Ele (D'us) estaria ao lado do
Reino do Sul (Judá), que "D'us Estaria Conosco" - Imanuel.
3 - Traduzem mal:
O texto diz "a jovem mulher" ou "a moça" e não diz "uma jovem mulher". Este
"a" especifica que havia uma mulher em particular que era conhecida por Isaías
como mostra o contexto do versículo:...eis que a moça grávida dará à luz um
filho, bem diferente de, eis que uma moça grávida dará à luz a um filho.
"Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel."
1 - Conta a “lenda” que o rei Ptolomeu II resolveu patrocinar a tradução da Torá ao grego.
Contatou com o Sumo Sacerdote (Cohen Hagadol) que administrava o autogoverno judaico em
Jerusalém, lhe solicitando que enviasse um grupo de sábios versados na Lei de Moisés (Torá) e
que soubessem hebraico e grego, com condições de traduzir o texto da Torá. A tradução foi feita
por setenta e dois sábios, colocados em quartos separados e sem poder se comunicar de
nenhuma maneira durante o tempo que durou seu trabalho. Assim cada um realizou sua versão
da tradução, absolutamente sem saber o que o outro fizera. Ao final as setenta e duas traduções
eram absolutamente iguais. Não havia sequer um detalhe que as distinguisse. Esta versão da
Bíblia hebraica foi denominada “A versão dos Setenta” ou Septuaginta. Origens judaicas do
Cristianismo - Reflexões sobre a história das religiões - Parte I - Sérgio Feldman
Profeta Isaías 9:1 - Mas para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos
primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas
nos últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia
dos gentios. (texto não judaico - este versículo corresponde ao último verso -
8:23 - do capítulo 8 nas bíblias hebraicas)
Profeta Isaias 8:23 - Não se preocuparam da primeira vez, quando a terra foi
devastada, quando a Assíria exilou Naftali e Zebulon, mas agora a Assíria
assestou um golpe mais doloroso, no caminho para o mar, além do Jordão, na
região das nações.
Alegação missionária:
Que o verso 9:1 (ou 8:23) é uma profecia sobre Jesus, de Nazaré, que foi
"pregar" e levar luz para os povos de Naftali e Zebulon que se encontravam na
escuridão (trevas), conforme descrição em um texto não judaico.
Contexto da Passagem:
Alegação missionária:
Contexto da Passagem:
Profeta Isaías 42:1 - Eis meu servo a quem Eu hei de apoiar; Meu eleito, em
quem se delicia Minha alma; nele inculquei Meu espírito para que possa levar
justiça a todas as nações.
Alegação missionária:
Que o servo descrito pelo profeta - baseado em texto não judaico - é Jesus, de
Nazaré.
Contexto da Passagem:
Não pergunte a ninguém e nem deixe que digam a você quem é o servo.
Pergunte a quem escreveu, ou seja, ao próprio Isaías. Quem é o servo? "Mas
tu, ISRAEL, servo Meu;" (Isaías 41:8).
Se o servo mencionado por Isaías fosse mesmo Jesus, como explicar o não
cumprimento do verso seguinte, Isaías 42:4, onde consta que: "...Não
esmorecerá nem renunciará até conseguir estabelecer justiça na terra, e por sua
Torá todos ansiarão...". A não ser que se considere Novo Testamento como
Torá não tem explicação á aplicação do mesmo a Jesus.
Alegação missionária:
Contexto da Passagem:
O profeta Isaías diz: "...golpeado e ferido por D'us." Mas Jesus é parte de uma
trindade e se ele é o deus, como ele pode ser golpeado por D'us? Confuso...
Profeta Isaías 61:1-2 - Paira sobre mim o Espírito do Eterno, porque Ele me
ungiu para que eu trouxesse aos humildes boas novas; Ele me enviou para que
confortasse os que estão de coração partido, para proclamar liberdade aos
cativos e abrir os olhos dos que os têm cerrados; para proclamar o ano de boa
vontade do Eterno e o dia da vingança de nosso D'us; para confortar todos que
estão em luto; ...
Alegação missionária:
Baseados em texto não judaico afirmam que o verso 61:1-2 de Isaías se refere a
Jesus, de Nazaré.
Contexto da Passagem:
01 - O judeu deve ficar atento a uma manobra muito comum utilizada por
missionários, a distorção. Para criar a imagem de "cordeiro" os missionários
simplesmente cortam uma parte do versículo de Isaías.
Os missionários lêem assim: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me
ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os
contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a
restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da
graça do Senhor.
Perceba que simplesmente somem com uma parte do versículo onde o profeta
diz: e o dia da vingança de nosso D'us e mudam a ordem do texto. A
pergunta é, por que? Comparando com original hebraico a distorção fica ainda
maior.
Alegação missionária
Contexto da Passagem
O texto do profeta lido fora do seu contexto pode ser aplicado a qualquer
pessoa, mas lido em sua totalidade percebe-se que de forma alguma fala de
Jesus, de Nazaré, para isto basta continuar pelo verso seguinte.
Miquéias 5: 2-5
[2] Entretanto, Ele os entregará pelo tempo que leva a parturiente até dar à luz.
Então, o resto de seus irmãos retornará com os filhos de Israel [3]Ele se erguerá
e liderará com a força que lhe concederá o Eterno e com a majestade do Nome
do Eterno, seu D’us; e habitarão, porque então ele se terá engrandecido até os
confins da terra, [4] e isto assegurará a paz. Se vier o assírio à nossa terra e
tentar destruir nossos palácios, levantaremos contra ele sete pastores e oito
príncipes dentre nossos, [5] e assolarão a terra da Assíria com suas armas, e a
terra de Nimrod com a espada afiada; ele nos livrará do assírio quando este
vier à nossa terra e quando ameaçar nossas fronteiras.
O Profeta Miquéias em todo seu contexto está falando da pessoa que livrará o
povo de Israel da Assíria.
Estas são algumas perguntas para serem feitas aos missionários que sempre as
respondem com absurdos maiores, totalmente desalinhados com a cultura da
Torá, sempre citando versos de outros livros estranhos ao judaísmo.
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Miquéias 5:1:
Quando questionado sobre isto os missionários respondem que ele foi uma
espécie de "rei", "líder" ou "governante" espiritual. Mas o problema com esta
resposta - que Jesus é um "rei" no sentido figurado - não encontra respaldo na
Bíblia. Nos 13 (treze) lugares onde a palavra "moshel" (governador) aparece é
sempre em referência ao poder físico, visível e terreno. Sem pelo menos um
outro local na bíblia onde o uso da palavra apareça para indicar a perspectiva
missionária - uma autoridade "virtual" - o argumento desta resposta demonstra
o quanto ela é, de certa maneira, desesperadora e fraca.
Alegação Missionária
Contexto da Passagem
Zacarias 9:10
Destruirei qualquer carruagem de guerra de Efráim, e eliminarei todo cavalo
de combate de Jerusalém; será destruído o arco de batalha, e ele falará somente
de paz ás nações. Seu domínio se estenderá de um mar a outro, e desde o rio até
os confins da terra.
Mas, quem é este guerreiro que destruirá os carros de guerra? Com certeza
sabemos que não foi Jesus, de Nazaré até porque o tempo histórico do verso é
muito anterior a ele.
Nesta época, ele marcha pela Síria, depois pela Fenícia, e finalmente pela
Filistia.
Profeta Zacarias - Capítulo 12 versículo 10
Zacarias 12:10 - ...e derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de
Jerusalém o espírito da graça e das súplicas, e olharão para Mim por causa
daqueles que foram traspassados e gemerão como se fosse pela morte de seu
filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito
Alegação Missionária
Contexto da Passagem
Guerra civil
Em Zacarias 12:10 as traduções não judaicas levam a crer que o texto se refere a
uma determinada pessoa, no entanto se o leitor der atenção ao sistema de
pontuação semítico, perceberá que se trata de algo como uma guerra entre
irmãos. O profeta deixa bem explicado que a profecia trata de Israel (o povo
judeu) quando diz: "palavra do Eterno acerca de Israel..."
Mesmo rabinos do passado, como Rabi Abraham ibn-'Ezrá, optou por escrever
sua exegese neste verso utilizando o sistema chamado "derach", ou seja, não
literal.
Para uma melhor compreensão segue duas traduções dos textos do Profeta
Zacarias, sendo o texto em negrito oriundo de fonte judaica.
Na tradução de Almeida não fica claro o fato que "Judá participará de todo
cerco a Jerusalém..."
3 -E naquele dia farei com que Jerusalém se torne uma carga
pesada sobre todos os povos, que lacerará os que a carregarem; e
todas as nações da terra se unirão contra ela.
3 - Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos;
todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela
todas as nações da terra.
Equívocos no Versículo 9 e 10
Na tradução missionária o texto do verso nove (12:9) termina nele mesmo (veja
acima), como se ali fosse o fim do 'pensamento' do profeta. Isto induz o leitor
que o versículo seguinte, dez, (12:10) trata de um novo assunto, totalmente
desvinculado do versículo anterior (12:9). E não é isso que acontece, pois
enquanto os missionários lêem este versículo assim: "Mas sobre a casa de Davi,
e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de
súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como
quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se
chora pelo primogênito." , no judaísmo se lê assim: " Naquele dia, tratarei de
destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém, e derramarei sobre a
Casa de Davi e sobre os moradores de Jerusalém o espírito da graça e das
súplicas, e olharão para Mim por causa daqueles que foram traspassados e
gemerão como se fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem
sofre por seu primogênito". O verso não fala de uma pessoa.
Diferença na tradução:
"...e olharão para aquele a quem traspassaram..." - não judaica, no singular
induzindo que se fala de uma pessoa específica;
"e olharão para Mim por causa daqueles que foram traspassados" - a hebraica,
no plural dentro do contexto;
"Naquele dia..."
Profecia que também fala de nossos dias, posto que jamais os não judeus se
ocuparam tanto de internacionalizar Jerusalém. Tampouco os judeus estiveram
tão divididos entre si com respeito a sua própria terra.
Notas:
Profeta Zacarias Capítulo 12, Profeta Zechariá (Zechariah) Capítulo 12.
Em negrito, Bíblia Hebraica, por David Gorodovits e Jairo Fridlin, baseada no
Hebraico e à luz do Talmud e das Fontes Judaicas; acompanhado de A Bíblia
Sagrada, versão da Imprensa Bíblica Brasileira, baseada na tradução de João
Ferreira de Almeida.
Zacarias 13:7: Desperta, ó espada, contra Meu pastor e contra os que deveriam
estar próximos a Mim – diz o Eterno dos Exércitos – Fere o pastor, e as ovelhas
se espalharão, e voltarei Minha mão contra estes desqualificados.
Alegação Missionária
Contexto da Passagem
A explicação para este versículo do Profeta Zacarias só pode ser entendida com
a leitura através dos versículos 12:9-10:
Zacarias 12:9-10:
[9]Naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem contra
Jerusalém [10] e derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de
Jerusalém o espírito da graça e das súplicas, olharão para Mim por causa
daqueles que foram traspassados e gemerão como se fosse pela morte de seu
filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito.
Na Brit Cadashá messiânica dois autores citam este Salmo, como segue.
João 19:23-24:
Depois de os soldados crucificarem Yeshua, tomaram as suas vestes e fizeram
delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de
alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: 'Não a
rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será.' Assim se
cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte
sobre a minha túnica (Sal 21:19).
Mateus 27:35
Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando à sorte.
Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e
sobre meu manto lançaram à sorte (Sal 21:19).
O Salmo 22, cujo autor é o Rei Davi, é uma das expressões mais profundas do
sofrimento nas orações bíblicas. É composto de duas partes:
Este Salmo se refere ao próprio Rei Davi, que lamenta a sua própria sorte, não
sendo portanto uma profecia, mas originário de um fato histórico.
João 15:23-25:
“Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles
obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram e
odiaram a mim e a meu Pai. Mas foi para que se cumpra a palavra que está
escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo”
Lamenta o ódio não justificado de seus inimigos contra ele (Versículos 11-16);
É provável também que este salmo tenha sido composto em uma época que Davi
estava sendo perseguido por Saul (I Samuel 24:15).
A oração que Davi faz não está direcionada contra o próprio Saul, pois Davi
poupara a sua vida, mas a oração é destinada contra aqueles que fomentavam o
ciúme doentio que Saul sentia de Davi.
Este Salmo trata de fatos relacionados e vividos pelo próprio Davi. Portanto,
não é uma profecia .
João 13:18-19:
“Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra
esta palavra da Escritura: Aquele que come o pão comigo levantou contra mim
o seu calcanhar (Sal 41:10)."
Mais tarde foi anunciado a Davi que Aquitofel estava entre os conjurados de
Absalão. Davi disse: “Fazei que se frustrem, ó Senhor, meu Deus, os desígnios de
Aquitofel!” (II Samuel 15:31).
Mateus 13:34-35:
Tudo isso disse Yeshua à multidão em forma de parábola. De outro modo não
lhe falava, para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em
parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação.
O leitor pode perceber que a tradução mal feita não passa nem perto do original
hebraico. Pergunte-se, qual o intuito de tradução tão grosseira?
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Tehilim - Salmo 35
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Tehilim - Salmo 41
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Tehilim - Salmo 78
Um “Maskil” de Assaf. Escuta, meu povo, a minha Torá; inclina teu ouvido às
palavras que pronuncia minha boca. Contarei uma parábola e enunciarei
enigmas de tempos que já passaram há muito. O que ouvimos e aprendemos,
exposto por nossos pais, não ocultaremos a seus descendentes, até as mais
longínquas gerações, relatando o louvor do Eterno e os atos maravilhosos que
praticou em Seu poder. Um testemunho Ele estabeleceu para Jacob e uma Torá
(Lei) para Israel, e ordenou que os transmitissem a seus filhos. Para que possam
conhecê-los os componentes da última geração – para que os filhos que ainda
não nasceram venham em seu tempo narrá-los a seus filhos. Assim saberão
depositar suas esperanças no Eterno, não esquecerão os prodígios de Suas
obras e saberão cumprir Seus mandamentos. Eles não se comportarão como
seus pais, uma geração contumaz e rebelde, uma geração que não soube dedicar
a D'us seu coração e cujo espírito não manteve fidelidade ao Eterno. Os filhos de
Efraim, destros arqueiros, recuaram no decisivo dia da batalha, não
guardaram o pacto com o Eterno e, sob Seus ensinamentos, se recusaram a
andar, esquecendo Suas façanhas e as maravilhas que lhes mostrou. Diante de
seus pais havia realizado prodígios nas terras do Egito, nos campos de Tsôan.
Fendeu o mar e fê-los passar através dele, ergueu as águas, com elas formando
muralhas. Conduziu-os com uma nuvem durante o dia e com uma coluna de
fogo durante a noite. As rochas do deserto fendeu e dessedentou-os à satisfação.
Fez com que do rochedo jorrasse água, abundante como a de um rio. Tornaram
porém a pecar, rebelando-os contra o Altíssimo no deserto. Ousaram em seus
corações submeter a testes o Eterno, pedindo a comida pela qual ansiavam,
dizendo: “Poderá Ele prover uma mesa no deserto? De fato, feriu a rocha e dela
fez jorrar água como um rio caudaloso. Entretanto, poderá prover pão e
preparar carne para Seu povo?” Irou-Se o Eterno ao ouvi-los e um fogo
acendeu-se contra Jacob, e Sua ira fez fluir contra Israel; porquanto Nele não
creram e em Sua salvação não confiaram. Entretanto, deu às nuvens instruções
e abriu as portas do céu, fazendo sobre eles chover o maná para comer,
provendo-os com grãos celestes. Puderam comer o manjar dos céus; provisões
em abundância Ele lhes enviou. Desencadeou no céu o vento do Oriente; com
Seu poder fez soprar o vento do sul. Como se fora pó, fez sobre eles chover carne,
e como areia dos mares, aves em quantidades intermináveis. Ao redor de suas
moradas no meio do acampamento fê-las cair. Comeram, então, e muito se
fartaram com o que Ele lhes trouxe, atendendo seu desejo. Ainda não se haviam
saciado e comida havia ainda em suas bocas, quando contra eles se ergueu a ira
do Eterno e causou a morte dos mais fortes entre eles, e aos escolhidos de Israel
fez prostrar. Apesar disto, voltaram a pecar, descrendo em Suas maravilhas.
Então Ele fez seus dias serem vãos e seus anos envoltos em terror. Somente
quando já os fazia findar seus dias, O buscavam, se arrependiam e oravam ao
Eterno. Recordavam então que o Eterno era sua Rocha, o D'us Altíssimo seu
redentor. Mas tentavam seduzi-lo com suas palavras, Lhe mentiam com suas
línguas. Não Lhe era dedicado seu coração, nem a Seu pacto eram fiéis. Mas
Ele, o Misericordioso, perdoou a iniqüidade e não os destruiu; reteve muitas
vezes Sua cólera, não acendendo contra eles toda Sua ira. Pois lembrou que
eram apenas carne frágil, um sopro de vida que passa e acaba. Quantas vezes O
provocaram no deserto e Lhe trouxeram dor e aflição! Vez por vez continuaram
a pô-Lo à prova; do Santo de Israel exigiram sinais. Não se lembraram de Sua
mão poderosa nem do dia em que os redimiu do atormentador, quando
milagres realizou no Egito e Suas maravilhas praticou em Tsôan. Em como
transformou em sangue os seus rios e fez suas torrentes de água não poderem
ser bebidas; contra eles enviou bestas que devoravam e que os infestavam. Deu
suas colheitas aos insetos, o fruto de seu trabalho ao gafanhoto; destruiu com
granizo suas vinhas, e suas figueiras com a geada. Com granizo exterminou
suas crias e com raios seus rebanhos; desfechou contra eles Sua cólera ardente,
indignação e atribulações, uma legião de mortais mensageiros. Deu livre curso
à Sua fúria; não poupou da morte sua alma, e seus corpos castigou com a peste.
Abateu todos os primogênitos do Egito, as primícias das tendas de Chám.
Conduziu então em jornada Seu povo, guiando-os através do deserto como se
fossem um rebanho. Inspirou-lhes seguir para que não temessem, enquanto o
mar cobria seus inimigos, e os trouxe à Sua santa terra, à montanha que Sua
Destra conquistou. Expulsou ante eles vários povos, e acomodou as tribos de
Israel em suas tendas, atribuindo a cada uma seu quinhão. Entretanto,
novamente, se rebelaram contra o Altíssimo, e não cumpriram Seus preceitos.
Afastaram-se de Seu caminho e foram rebeldes como seus pais; se deformaram
como um arco empenado. Provocaram Sua ira com seus altares erigidos para
idolatria, despertaram seu zelo com seus ídolos. Ante isto acendeu-se a ira do
Eterno, e Ele rejeitou a Israel. Abandonou o tabernáculo de Shiló, a tenda que
era Sua morada entre os homens. Permitiu que cativo se tornasse Seu poder –
seus eleitos – e nas mãos de malévolos estivesse Sua glória. À espada entregou
Sua nação, indignou-Se com o povo de Sua herança. O fogo consumiu Seus
jovens, e Suas donzelas não tiveram cantos nupciais. Seus sacerdotes tombaram
à espada, suas viúvas não entoaram lamentações. Então despertou o Eterno
como de um sonho, como um guerreiro que o vinho impulsiona. Fez Seus
inimigos baterem em retirada e sobre eles lançou desgraça eterna. Desprezou a
tenda de José e não escolheu a tribo de Efraim. Escolheu, sim, a tribo de Judá, e
o Monte Tsión que Ele tanto ama. E construiu Seu templo, elevado como os céus
e firme como a terra, a que Ele assegurou a existência. Escolheu David, Seu
servo, e o retirou de seu aprisco. Fez com que abandonasse as crias de seu
rebanho e viesse pastorear a Jacob, Sua nação, a Israel, Sua possessão. Ele os
governou com a retidão de seu coração, e com habilidade os passou a dirigir.
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Esclarecido isto, este Salmo expressa gratidão e confiança. Assim como David
foi levado de seus problemas para um reinado marcado por glórias e realizações,
assim também Israel pode esperar pela redenção Divina dos apuros do exílio e
da opressão.
Vejamos:
Quem foi rejeitado por todos os impérios da história?
Foi Jesus? Não, os judeus, Israel!
Durante a 2ª Guerra Mundial, quem era o rejeitado que o mundo não queria?
Quem era aquele que não encontrava abrigo em nenhum país?
Os cristãos? Não!
As nações, o mundo, rejeitou os judeus, deixando-os encontrar a morte certa em
campos de assassinato em massa. Os judeus, Israel, um povo sem pátria, uma
pária no mundo.
Como pode ser percebido, esta aplicação cai muito bem em Israel, distorcer é
fácil.