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Complexidade e mente
1. Introdução
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entre diversos aspectos é também uma característica dos sistemas
complexos.
A mente processa?
O que processa?
A partir de que princípios esse processamento acontece?
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3. A MENTE COMO UM SISTEMA DE PROCESSAMENTO
Descartes (1641)
Mas o que sou eu, portanto? Eu sou a rigor apenas uma coisa que
pensa, isto é, sou uma mente, ou inteligência, ou intelecto ou
razão. (...) Que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida,
que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que
imagina também e que sente. (Descartes: Meditações, II, 7-9, p.
93-95)
Locke (1690)
Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão,
nas próprias coisas, tão unidas e misturadas que não há
separação, nenhuma distância entre elas, é claro que as idéias,
produzidas na mente, entram pelos sentidos, simples e sem
mistura. (Locke: Ensaio acerca do entendimento, p.166).
Berkeley (1710)
2. Mas ao lado da infinita variedade de idéias ou objetos do
conhecimento há alguma coisa que os conhece ou percebe, e
realiza diversas operações como querer, imaginar, recordar a
respeito deles. Este percipiente, ser ativo, é o que chamo mente,
espírito, alma ou eu. (Berkeley: Tratado sobre os princípios do
conhecimento humano, p. 13)
Hume (1739)
13... todo poder criador da mente se reduz à simples faculdade de
combinar, transpor, aumentar ou diminuir os materiais fornecidos
pelos sentidos e pela experiência. (...) Em resumo, todos os
materiais do pensamento derivam da sensação interna ou externa;
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só a mistura e composição destas dependem da mente e da
vontade. (Hume: Investigação sobre o entendimento humano, p.
139)
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humana e também uma tentativa de sua aplicação em outros
campos.
Por outro lado, grande parte das tentativas de aplicação trilhou dois
caminhos fundamentais: aquele que busca mostrar como
funcionamos e aquele que busca uma extensão desse
conhecimento aplicado às máquinas.
Esquema geral
Correlações
((corpo (mente) →
(((corpo) cérebro) mente) →
((((corpo) cérebro) mente) máquinas)
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Nos comentários que Ryle (doutrina ou teoria oficial da mente)
desenvolve sobre Descartes, ele contrapõe alguns elementos para
tratar de modo sintético dessa dicotomia. De um lado, aponta-se
que o corpo está em um espaço e, por essa razão, como todos os
corpos, é governado por leis mecânicas; a mente não está em
espaço algum, logo não está sujeita a leis mecânicas. Outras
contraposições são lembradas pelo autor: externo/interno,
observável/não-observável etc.
Essa concepção teve ampla influência sobre a maioria dos estudos
sobre a mente, mas foi também criticada por colocar em evidência o
dualismo mente/corpo. O argumento que justificou o dualismo
costuma ser apresentado da seguinte forma:
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MENTE E MÁQUINA > fronteiras entre mente e algoritmos
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Esquema geral:
A mente É
... tudo isso
... nada disso
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6. Visão teórica sobre os processos mentais
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7.Referências básicas
1. BERKELEY, G. Tratado sobre os princípios do conhecimento humano.
In: Pensadores, Abril Cultural, 1984.
10. PUTNAM, H. The theefold cord - mind, body and world. New York:
Columbia University Press. 1999. (há tradução em português).
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