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É bem melhor fazer do que falar
E
m incontáveis pales- que temos visto, a palavra é bem melhor fazer do que
tras e artigos repe- da moda de conferencistas falar. Mas como fazer (referi-
te-se uma palavra e consultores vem vindo a mo-nos a inovação)? Isso nos
– “inovação” – que seria a galope para atropelar a outra ensinam no dia-a-dia, na prá-
glória dos executivos, a salva- propalada competência dos tica, empresas bem sucedi-
ção das empresas e a garantia brasileiros além da futebo- das, cuja ação inovadora esta
de crescimento sobre a con- lística – que, é bom lembrar, revista procura mostrar todos
Wilson Palhares corrência. Um site eletrônico recentemente negou fogo. os meses em suas páginas.
de consulta informa que em Do ponto de vista negocial, Até outubro.
inglês ela aparece mais vezes, torcemos para que a coisa •
A palavra em todos os contextos, do ganhe proporções americanas Registramos aqui o pesar da
“inovação” em que outra palavrinha, supos- e não fique só em palavras. equipe de EMBALAGEMMAR-
inglês é mais tamente mais do agrado das Pois suspeita-se que onde CA pelo falecimento de Rober-
pessoas: “sexo”. Nesse site, o inglês prevalece “inova- to Hiraishi, editor da revista
usada do que
sex perde para innovation por ção” aparece tanto porque é Embanews. Embora concor-
“sexo”. Talvez
613 milhões a 560 milhões. posta em prática, em vez de rentes nos negócios, tínhamos
seja por ser mais Já em português, não se sabe ser apenas citada e evoca- por ele grande apreço pessoal,
posta em prática por responsabilidade de qual da como um abre-te-sésamo além de reconhecer a impor-
do que usada povo de fala lusa, “sexo” sem conseqüências. Saltou-se tância de seu trabalho pioneiro
em teoria. Em dá de 5 a 1 em “inovação” do estágio do what para os do no jornalismo especializado
português, “sexo” (32 milhões a 6,35 milhões). how to e do do it. Acredita- em embalagem no Brasil e o
dá de 5 a 1 No entanto, pelas amostras mos que, como no outro caso, incentivo que deu ao setor.
nº 85 • setembro 2006
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
12 Celulósicas
Paletes de papelão ganham
força com ascensão de norma
36 Metálicas
Novas latas de aço cônicas da
Renner prometem vantagens
Reportagem
Diego Meneghetti
fitossanitária internacional logísticas e de vedação redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
16 Híbridas
Novo big box para alimentos
e itens químicos quer tomar 38 Entrevista: Antonio
Carlos Franchini Filho
Vice-presidente da Associação
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
espaços do tambor de aço dos Fabricantes de Refrigerantes Leandro Haberli Silva
do Brasil fala de embalagens e leandro@embalagemmarca.com.br
marketing das marcas regionais
18 Reportagem de capa:
Impressão digital
Fortalecendo o conceito
42 Prêmio ABRE
Os vencedores da edição de
Departamento de Arte
Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
arte@embalagemmarca.com.br
de one-stop shop, converte- 2006 do prêmio de embalagem José Hiroshi Taniguti (Assistente)
dores de rótulos auto-adesi-
vos investem na tecnologia Administração
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
Raquel V. Pereira
assinaturas@embalagemmarca.com.br
52
Metálicas Assinatura anual: R$ 99,00
Laminação com filmes plásticos
surge como opção para o acaba- Público-Alvo
mento de embalagens metálicas EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
26
e supervisão em empresas integrantes da
Vidro
56
Celulósicas cadeia de embalagem. São profissionais
Novas embalagens de Fanta Cartuchos de papel cartão com envolvidos com o desenvolvimento de
destacam momento favorável às abas impressas reforçam exposi- embalagens e com poder de decisão colo-
garrafas retornáveis de vidro ção de medicamentos OTC cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
28 Híbridas
Desejos de ampliar mercado e
barrar importados dão fôlego ao 62 Evento
Feira Embala tem bom desem-
penho no Nordeste e já planeja
cosméticos e medicamentos.
Filiada ao
bag-in-box entre vinhos nacionais
edição em Minas Gerais
64 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
publicitárias nesta edição
EMBALAGEMMARCA é uma publicação
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
3 Editorial Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
6 Display Filiada à
FOTO DE CAPA: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY
32 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
58 Conversão e Impressão resguardado por direitos autorais. Não é per-
mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
66 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
Para todo tipo de pele
Baumgarten Natura lança linha de bases com tam-
(47) 3321-6666 pas plásticas injetadas com serragem
www.baumgarten.com.br
As mulheres brasileiras têm mais uma
Design com Z opção no arsenal de cosméticos dispo-
(11) 3742-7010
www.designcomz.com.br níveis no mercado. A Natura inaugurou a
Canudo
anudo inédito
linha de bases Aquarela, com um portfolio
Globalpack de oito variações de cores, destinadas a Água de coco em caixinha estréia produto
(11) 5641-5333
cada tonalidade da tez feminina. da Tetra Pak com furinhos laterais
www.globalpack.com.br
Segundo a empresa, as bases contêm FPS A água de coco Kero-Coco, da Amacoco,
8 e possuem textura líquida, que unifica ganhou novas embalagens. A grande novidade
o tom da pele e corrige pequenas imper- é o canudinho Tri-Kero, trazido ao Brasil pela
feições. O novo produto vem em bis- Amacoco em parceria com a Tetra Pak, que tam-
nagas de polietileno produzidas pela bém fornece as embalagens cartonadas assépti- Tetra Pak
Globalpack. A empre- cas. O acessório apresenta dois furinhos laterais, (11) 5501-3200
sa também fornece além da abertura no topo, que distribuem melhor www.tetrapak.com.br
as tampas em poli- a bebida na boca. Os desenhos nas caixinhas Nucleo 3 Comunicação
propileno com injeção foram trocados por fotos e a logomarca ganhou (11) 2244-1350
de 50% de serragem www.nucleo3com.com.br
cores mais vivas. A Galera Kero Coco, formada
de madeira certificada. pelos personagens Keco, Cokota, Cocoleke,
As embalagens são Mikoko e A Sede, aparece praticando esportes.
impressas em uma cor O design da embalagem, cujo verso traz jogos
no sistema dry off-set, educativos, foi criado pela agência Núcleo 3.
com arte desenvolvida
pelo estúdio Design com
Z. O cartucho que envol- Café sem tampa?
ve a bisnaga é feito pela Complementando a nota "Diferenciação nos grãos e na
Baumgarten, em cartão decoração" (EMBALAGEMMARCA 84, agosto de 2006, pági-
na 8), a Sonoco For-Plas é a fornecedora das tampas
TP Hi-Bulky da Suzano,
presentes na nova embalagem do Café Iguaçu Gourmet.
impresso em off-set. www.sonocoforplas.com.br - (11) 5097-2750
Arco Convert
Sobremesa em oito cores
(11) 6161-8099 Direcionado ao público infantil, Royalzinho
explora praticidade dos sachês
Vitral Design
(41) 3254-5907
www.vitraldesign.com.br
Tendo lançado em 2005 gerados prontos para
uma linha de sobreme- consumo. A nova
sas em pó distribuídas embalagem é conver-
em sachês, a Kraft tida pela Itap Bemis,
Foods Brasil recente- unidade de flexíveis da
mente colocou nesse Dixie Toga, em estru-
Impressora Paranaense tipo de embalagem um tura de PET laminada
(11) 6982-9497
novo item direcionado com alumínio e filme
Itap Bemis ao público infantil. É o interno de polietileno.
Cartoon em (11) 5516-2000
www.dixietoga.com.br
Royalzinho, que mistu- O design do sachê,
embalagem de rado com leite vira uma que traz ilustrado o
sobremesa semelhante personagem Bocão, foi
macarrão
Narita Design
(11) 3167-0911 a pudins e flans refri- elaborado pela Narita
www.naritadesign.com.br
Personagens da Warner Design e impresso
estampam produtos do em rotogravura oito
Grupo Zadville cores. Os displays de
ponto-de-venda são
O macarrão instantâneo
produzidos em cartão
recém-lançado pelo grupo
duplex com gramatu-
paranaense Zadville estampa
ra de 275g/m2, com
os personagens dos desenhos
aplicação de rele-
animados Os Flintstones e Tom
vo e hot stamping
e Jerry, da Warner Bros, em
pela Impressora
suas embalagens. Os invólu-
Paranaense, empre-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Mondicap
(15) 3225-1650
www.mondicap.com.br
Sonoco For-Plas
(11) 5097-2750
www.sonocoforplas.com.br Rótulos destacam ferro no mingau
Nestlé fortalece propriedades nutricionais de cereal infantil
FOTOS: DIVULGAÇÃO
estrear novos rótulos no produ- Plas e pela Mondicap. Segundo
to. Os grafismos destacam que a Nestlé, 57% das crianças de
a linha Mucilon, composta por 6 a 24 meses sofrem de falta de
mais de seis versões, agora é ferro no Brasil.
Sister Studio
Inspiração em esportes de elite
www.sisterstudio.com.br
Kopenhagen desenvolve estojos especiais de olho
Mattavelli no público requintado e nos entusiastas de pólo e golfe
(11) 3342-2121
www.mattavelli.com.br A nova linha de chocolates golfe e pólo. O Palito Crocante,
Sport, da Kopenhagen, dire- coberto com chocolate ao leite,
cionada ao público masculino, é acondicionado individualmen-
ganhou diferentes versões te em papel alumínio dourado
de embalagens sofisti- dentro de um exclusivo “bag”
cadas inspiradas em de golfe com alça de cordão. A
dois esportes de elite: embalagem contém dez palitos.
Por sua vez, a versão Bola de
Coco, coberta com chocolate
ao leite, é embalada em papel
alumínio branco, simulando
bolinhas de golfe dentro de uma
embalagem sextavada com
seis bombons. O design das
duas embalagens foi criado pela
Sister Studio, e a execução dos
cartuchos ficou por conta da
gráfica Mattavelli. As embala-
gens dos palitos são de papel
cartão triplex com gramatura de
250 g/m², e a das bolinhas de
papel cartão duplex 275 g/m².
celulósicas >>> transporte
DESIGN
– INLAB
CANTON
RENATO
U
ma norma internacional tem movi- foi totalmente internalizada, mas possui caráter
mentado a logística de exportação emergencial através de instruções normativas
de produtos brasileiros nos últi- recentemente reaprovadas. Como a NIMF15
mos meses. Trata-se da Norma também se aplica aos paletes, ela tem avivado a
Internacional de Medidas Fitossanitárias nº 15 validade do papelão ondulado como alternativa à
(NIMF15), um conjunto de diretrizes edita- madeira, agora refém de uma série de condições
do pela Organização das Nações Unidas para para transitar lá fora. “Os paletes de papelão são
a Agricultura e Alimentação (FAO) que visa ideais para os produtos de exportação porque
evitar o trânsito de pragas quarentenárias em possuem um grande apelo ecológico, sendo
embalagens de madeira. reciclados e recicláveis, e dispensam o trata-
De acordo com a norma, qualquer emba- mento por fumigação requerido para a madeira”,
lagem de madeira precisa ser submetida a tra- explica Aguinaldo Jacomini, diretor da Wilke-
tamentos especiais e receber uma certificação Zelepel, empresa que lançou recentemente uma
de que está apta a viajar internacionalmente. A linha de paletes de papelão reforçado.
fiscalização desse “passaporte” nos mercados Segundo Jacomini, os paletes de papelão
importadores, com conseqüente embargo a car- podem ainda ser impermeabilizados através de
gas não-certificadas, aumenta cada vez mais, à aplicação de resina e usados em câmaras frias.
medida que cresce a adesão dos países à norma. Outro diferencial é que eles aceitam a impres-
Os Estados Unidos, por exemplo, aderiram a ela são de logomarcas e de outras informações por
no fim de 2005. No Brasil, a regra ainda não flexografia em até três cores. A Wilke-Zelepel
Sem fragilidade
Engana-se quem pensa que o papelão não
suporta cargas. Mais leves que os de madeira,
com peso variável de acordo com o modelo, os
paletes de papelão suportam por volta de duas
toneladas na armazenagem e de 600 quilos em
movimentações. Sua leveza, além de facilitar
o transporte, diminui o preço de fretes aéreos,
por exemplo. Na logística de armazenamento,
esses paletes têm melhor aproveitamento do
espaço físico disponível para estocagem e,
devido à sua praticidade de movimentação,
não obstruem corredores e pátios de carga
e descarga quando fora de uso, como desta-
ca Emílio Martinez, gerente de pesquisa e
desenvolvimento de outra fabricante, a Irani.
“Temos o objetivo de quebrar o paradigma do
uso inviável do palete de papelão”, ele ressalta.
Martinez sublinha ainda o design dos paletes,
“com dobraduras especiais e encaixes perfei-
tos, o que facilita a montagem das peças”.
Quem também procura difundir os atributos
positivos do produto é a Embrart, fabrican-
te com unidades industriais no Paraná e em
Santa Catarina. Danielle Machado, consultora
de marketing da empresa, conta que os pale-
tes de papelão ondulado são até 60% mais
leves que os tradicionais e aceitos em qualquer
país importador. “A participação desse produto
aumentou significativamente no mercado, como
ÃO
Híbrido ataca
Desmontável, descartável, reciclável e calçado,
novo bag-in-box quer sapatear sobre o tambor
D
epois dos tambores em camada dupla, a bolsa plás-
plásticos e dos de tica é dotada de dois bocais de 2
fibra, entra em cena polegadas, um no topo e o outro
um novo concorren- na parte inferior, o que facilita o
te para os tambores metálicos envase e o escoamento de pro-
de 200 litros, tão arraigados nos dutos por bombeamento, suc-
processos logísticos no Brasil. ção ou gravidade. A construção
Solução do tipo bag-in-box para do envoltório plástico colabora
o transporte de líquidos não- também com a segurança, pois
FOTOS: DIVULGAÇÃO
perigosos, o Bulk 200 litros minimiza o contato do produ-
foi apresentado pela Rigesa na to envasado com o ambiente
Movimat 2006, feira do setor externo.
de movimentação de materiais
realizada em São Paulo no início Pé e cabeça
de agosto. Uma inovação fica por conta de
Indicado para transporte uma base plástica na embala-
de produtos químicos ou ali- gem, produzida em polietileno
mentícios, o Bulk é constituído de alta densidade (PEAD) pela
por uma armação octogonal de parceira gaúcha Linpac Pisani. VAZÃO – Com armação octogonal e bolsa da
Embaquim no interior, Bulk 200 litros traz válvulas
papelão ondulado especial cujas O calço, patenteado pela empre- na base (na foto) e no topo para facilitar drenagem
paredes têm espessura reduzi- sa e pela Rigesa, propicia o
da, o que resulta num contêiner arrasto do contêiner sem dani-
com cerca de 7 quilos. Além da ficar seu fundo. Composta por
leveza maior em relação a um material reciclado ou virgem, a Embaquim Linpac Pisani Rigesa
(11) 6166-2333 (54) 2101-8700 (11) 3644-9990
similar metálico, que pesa em base plástica oferece alta barrei- www.embaquim.com.br www.linpacpisani.com.br www.rigesa.com.br
média 17 quilos, o Bulk 200 ra contra umidade e pode tam-
litros custa, numa estimativa da bém ser acoplada na parte supe-
Rigesa, a metade do preço dos rior do Bulk, funcionando como
tambores tradicionais. O resul- tampa. A Rigesa oferece ainda a
tado é uma economia significa- opção de tampas produzidas em
tiva nos custos logísticos. “As papelão ondulado.
embalagens de papelão têm uma O custo menor, a leveza e a
boa relação entre custo e bene- alta resistência aliam-se à prati-
fício porque são descartáveis, cidade: por ser desmontável, o
recicláveis e fabricadas com Bulk reduz em até 80% o espaço
insumo renovável”, argumenta para estocagem antes e depois
Marcelo Perucci, especialista de do uso. Por ser descartável e
desenvolvimento de negócios da reciclável, elimina os custos com
Rigesa. frete de retorno da embalagem,
A retenção dos produtos fica lavagem e manutenção, sendo
a cargo de uma bolsa plástica também indicado para mercados
de polietileno da Embaquim, exportadores, uma vez que se
conhecida fornecedora de siste- adequa às normas fitossanitárias CHAPÉUS – Contêiner pode acoplar tampa plástica, feita
mas bag-in-box. Com estrutura internacionais. (DM) do mesmo material do calço, ou peça superior de papelão
Evolução
N
o ano 2000, quando a impressão tiragens de impressão digital estão
digital começava a ganhar espaço
no mercado brasileiro de rotula-
subindo ano a ano no Brasil. Em
2003, por exemplo, o consumo
das tiragens
gem e decoração de embalagens, médio de substrato por modelo digitais no Brasil*
o consumo médio de substrato por modelo de rótulo produzido com a tec-
Ano Metragem
de auto-adesivo produzido com a tecnolo- nologia já havia saltado para a
gia era de apenas 80 metros quadrados. Tal faixa de 120 metros quadrados 2000 80m²
índice parecia fiel à proposta da impressão no país. Hoje o índice gira em 2003 120m²
digital no segmento: viabilizar a produção torno de 300 metros quadrados.
de mock-ups e testes de mercado e a adoção “Nos últimos cinco anos, houve 2006 300m²
de rótulos com alta qualidade entre usuários uma grande mudança em relação *por modelo de rótulo
com baixíssimas demandas. às tiragens que a tecnologia pode produzido
Porém, as coisas mudaram com velo- atender”, avalia Fábio Setton, diretor
cidade maior do que a esperada, e o lugar- da SetPrint, uma das únicas gráficas do
comum segundo o qual “o futuro é digital” país especializadas em impressão digital de
deu espaço à constatação de que esse futuro rótulos e etiquetas.
já chegou – ainda que esteja muito longe de Em compasso com a evolução das tira-
substituir os demais sistemas de impressão, gens, um número cada vez maior de con-
solidamente consolidados em espaços dos vertedores aposta na tecnologia. A crescente
quais seguramente não arredarão pé. Mas, a adesão às máquinas digitais mostra que o
julgar pelo aumento do consumo de material processo se consolidou como um comple-
por modelo produzido, e também pela cres- mento ao parque gráfico dos convertedores
cente adesão de convertedores à tecnologia que, buscando adaptar-se ao conceito de
digital, esse processo de impressão alcançou one-stop shop, vêm investindo de maneira
patamar bem acima do que o que se previa progressiva em equipamentos e tecnologias
há seis anos no mercado brasileiro de auto- para diferentes demandas.
adesivos. O aumento das tiragens, no entanto, não
De acordo com os dados disponíveis, as significa que a impressão digital se tornou
Um projeto
É certo que a participação do processo digital
no mercado brasileiro de rótulos auto-adesi-
vos ainda é muito baixa. No caso da Gumtac,
os substratos para impressão digital (ver
quadro abaixo) representam menos de 5% do
faturamento obtido com a linha de laminados
auto-adesivos. Mesmo assim, à medida que
traz a possibilidade de atender demandas
outrora represadas, a tecnologia atrai cada
vez mais olhares. “Para nós a impressão
digital é um projeto dentro da filosofia de
O nó do preço
No outro lado do balcão também ecoa a
necessidade de desatar o nó representado
pelo preço das tintas e de outros consumí-
veis. Walter Cassini, gerente de produto da DIFERENTES SUBSTRATOS Além do preço pouco competitivo dos
Comprint, que representa a linha de impres- No mercado de consumíveis, outro gargalo da impressão
cosméticos, filmes
soras digitais da HP no mercado brasileiro transparentes e
digital estaria na dificuldade de importação
de embalagens, concorda que o custo das impressão digital no de peças de reposição dos equipamentos.
tintas precisa cair para aproximar a tecnolo- verso dos rótulos “Fazer uma troca em garantia é quase impos-
ganham força
gia digital da demanda de maiores volumes. sível, pois as leis brasileiras não simplificam
“Na verdade a HP ainda não possui hardware o processo”, queixa-se Fábio Setton, da
para o mercado de grandes tiragens”, lembra SetPrint. Para ele, as dificuldades logísticas
Cassini. “Mas o objetivo da empresa é incre- e a burocracia explicam em grande parte a
mentar a performance de suas impressoras e diferença entre os cenários brasileiro e euro-
reduzir o custo dos insumos.” peu de impressão digital de auto-adesivos.
(11) 4195-9997
www.punchgraphix.com mentalidade só está travando o crescimento
do pequeno empresário brasileiro, que está
SetPrint
(11) 2133-0007
entre os principais usuários da tecnologia
www.setprint.com.br de impressão digital”, avalia Fábio Setton,
lembrando que grande parte de seus clientes
Stora Enso
+1-715-345-8060
demonstra interesse em modelos de rótulos
www.storaenso.com adequados a estratégias de exportação.
À parte a dificuldade de importação,
Vilac
(19) 3741-3300 torna-se evidente que, apesar do gradual
www.vilac.com.br ganho de participação na indústria de con-
MAIS FRAGMENTAÇÕES
Geléias e lubrificantes automotivos são exemplos
versão de rótulos, a tecnologia de impressão
de categorias nas quais as linhas de produto são digital não foi concebida para concorrer com
progressivamente segmentadas, impulsionando os métodos convencionais de impressão.
aplicações de rótulos impressos em sistemas digitais
Pelo contrário, a tendência é a junção das
tecnologias, desembocando em equipamen-
tos híbridos, que misturam conceitos digitais
e convencionais.
Basta dizer que, assim como uma off-set
hoje pode ser dotada de um CtP, uma impres-
sora digital possui um laser de gravação de
chapa. Outros dispositivos comuns, caso da
chapa gravada e da blanqueta, também aju-
dam a aproximar na prática os diferentes pro-
cessos. Em outras palavras, as impressoras
digitais estão “copiando” as convencionais,
ao passo que estas agregam cada vez mais
tecnologia eletrônica, visando diminuir o
tempo de acerto e gerar agilidade nas trocas
entre um trabalho e outro. São essas as van-
tagens que prometem continuar projetando a
tecnologia digital no setor de impressão de
rótulos auto-adesivos, ajudando a consolidar
no mercado brasileiro de conversão o concei-
to de one-stop shop.
Amigo vaivém
Retornáveis de Fanta ganham ondas e novos mercados
R
etomado com força há quase cente. “A garrafa de vidro é extremamente
quatro anos, o estratagema competitiva: tem uma vida média de trinta
das embalagens retornáveis da vezes de retorno, além de ser reciclável”,
Coca-Cola brasileira respinga argumenta Márcio Américo Palmeira, da
cada vez mais sobre outros refrigerantes da área comercial da O-I do Brasil. O pro-
companhia que não o carro-chefe homô- fissional não revela o volume, mas diz
nimo. Mesmo sem números oficiais da que, com a estratégia dos fabricantes de
Coca-Cola, tudo leva a crer que as garrafas comercializar produtos com preços mais
de vidro retornáveis de Fanta com design em conta, houve um aumento expressivo
exclusivo, lançadas no fim de 2005, vêm do share das garrafas retornáveis no mer-
desempenhando bem seu papel. Da estréia cado de refrigerantes. As tampas metálicas
em praças restritas do país, as embalagens, da Fanta são fornecidas pelas empresas
nos volumes de 290 mililitros e 1 litro, Mecesa, Aro e Tapon Corona.
invadiram em julho os pontos-de-dose e os A Coca-Cola prepara novidades para
pequenos varejos paulistas. ampliar o sortimento de retornáveis. Na fila
As novas retornáveis de Fanta possuem de lançamentos ainda para este ano estão o
gargalo ondulado, em formato de balão. Kuat Zero e o Sprite Zero. Desta vez ofi-
Essa espécie de domo destaca “verrugas” ciais, informações dão conta de que o siste-
em alto relevo, que, além de diferenciarem ma Coca-Cola Brasil registrou um aumento
a garrafa, facilitam sua pega. Batizada de de 7% nas vendas do segundo trimestre de
Splash pela Coca-Cola, a silhueta foi pri- 2006, em comparação às do mesmo período
meiramente adotada nas garrafas de PET do ano passado, e que o crescimento da divi-
da marca, e trasladou-se para o vidro nas são brasileira foi superior à média global das
versões para consumo individual (além da operações da empresa, de 4%. Certamente
FOTOS: DIVULGAÇÃO
garrafa de 290 mililitros, foi lançada uma as retornáveis têm mérito nisso. (DM)
com 200 mililitros). No início de 2006, a
Aro Owens-Illinois do Brasil
família de retornáveis Splash cresceu com a (11) 6462-1700 (11) 6542-8000
introdução dos tamanhos 1 litro e 1,25 litro. www.aro.com.br www.oidobrasil.com.br
Com o mesmo propósito das garrafas Mecesa Tapon Corona
retornáveis de Coca-Cola, atingir as classes (85) 4009-2244 (11) 3885-8662
www.mecesa.com.br www.tapon-corona.com.br
C e D, os novos vasilhames de Fanta são
precificados, isto é, contam com marcação BULBO – Garrafa
de preço sugerido nas tampas. Seus focos Splash é projeto
mundial para a Fanta
comerciais são bares, padarias, minimerca-
dos e quitandas.
Alinhamento mundial
Folhas realçadas
Garrafas de Kuat ganham alto relevo
Conforme explica a assessoria de imprensa
da Coca-Cola, a conversão de todas as garra- Na disputa pela preferên- Illinois do Brasil, as gar-
fas da marca Fanta ao formato Splash, retor- cia nacional no segmento rafas de 200 e 290 mili-
de guaranás, a Coca- litros, 1 litro e 1,25 litro
náveis a tiracolo, é uma iniciativa mundial.
Cola também aposta do guaraná Kuat ganha-
Para a Owens-Illinois do Brasil, forne-
nas embalagens de vidro ram uma decoração em
cedora das garrafas retornáveis em questão
retornáveis com dife- alto relevo, que destaca
e de outras embalagens de vidro para a
renciação no formato. folhas de guaraná, um
Coca-Cola, o investimento no vaivém de
Fabricadas pela Owens- equity da marca.
vasilhames para refrigerantes tem sido cres-
Estilingue e escudo
Bag-in-box começa a deslanchar no mercado vinícola nacional como meio de
explorar o consumo por taça e represar a invasão das marcas dos vizinhos
FOTOS: DIVULGAÇÃO
S
ucesso retumbante na Austrália, mular o consumo diário de sua principal grife, a Marcus James, em
onde já abocanha mais de 50% de Marcus James, sua bag-in-box.
principal marca
do mercado, e em franca ascensão No entender da Aurora, a nova embalagem
nos países europeus e nos Estados será uma ferramenta para difundir o hábito do
Unidos, o vinho em bag-in-box dá importantes consumo diário de vinhos entre os brasileiros.
passos para se firmar no neófito mercado brasi- Com volume de 3 litros, o equivalente a quatro
leiro. Instalada em Vinhedo (SP), a sucursal da garrafas convencionais da bebida, o bag-in-box
americana Scholle, referência nessa embalagem conta com uma válvula plástica especial, que
que, como o próprio nome em inglês denuncia, facilita a dosagem ao mesmo tempo em que
consiste em bolsas plásticas conformadas em impede a entrada de ar, evitando a oxidação e
caixas de papelão, vem fechando negócios com prolongando a vida do produto. “Esse é o grande
diversas vinícolas nacionais nos últimos meses. diferencial”, aponta Lourdes Conci, gerente de
Em setembro de 2004, quando EMBALAGEM- marketing da Aurora. “Com o bag-in-box é pos-
MARCA publicava reportagem sobre o tema, sível consumir de uma ou duas taças diariamente
nenhuma vinícola utilizava o bag-in-box. Hoje sem desperdício, uma vez que, após aberto, ele
elas já são dezoito, e um significativo contrato conserva o vinho por trinta dias mantendo todas
acaba de ser fechado com a Cooperativa Viníco- as suas características.” O formato da embala-
la Aurora, maior produtora de vinhos do país. gem permite o armazenamento em geladeira.
Aproveitando a ocasião da ABAD 2006, Além de garantir o consumo paulatino nos
feira da Associação Brasileira de Atacadistas e lares, o bag-in-box acena ainda com outro
Distribuidores realizada no início de agosto em aspecto promissor para a massificação do hábito
Curitiba, a Aurora apresentou ao mercado suas da dose diária. “Queremos que o bag-in-box
variedades Cabernet Sauvignon e Chardonnay motive o consumo em taças nos restaurantes”,
Olá, Vino-Lok
Tampa de vidro para vinhos desembarca no Brasil
P
ara horror dos sommeliers, total da garrafa, impedindo a entrada de
estudos apontam que as oxigênio e mantendo inalteradas as pro-
perdas de vinhos engarra- priedades dos vinhos. Como meio de
fados por problemas com proteção e de garantia de autenticidade,
as rolhas de cortiça – sobretudo pela a tampa de vidro é envolvida por uma
chamada “síndrome da rolha podre”, cápsula de alumínio.
também conhecida pela sigla TCA Há quatro meses, sob o nome
(vide EMBALAGEMMARCA nº 61, setem- comercial Vino-Seal, e com cápsulas
bro de 2004) – já superam os 10% da de aço em vez das de alumínio, a
produção anual. Diante disso, alternati- rolha de vidro da Alcoa CSI estreou no
vas para o fechamento de vinhos como mercado vinícola americano. A mais
a rolha de vidro Vino-Lok, da Alcoa recente adepta dessa tampa por lá é a
CSI, têm ganhado força. Lançada há californiana Léal Vineyards. “Evitar
quase dois anos na Europa, hoje ela já o TCA é o mais importan-
é utilizada por mais de 500 produtores te benefício, mas o visual
de vinhos ao redor do mundo. Agora, elegante da tampa de vidro
chega ao mercado brasileiro. ajuda a compor uma emba-
Inicialmente, a Alcoa CSI brasilei- lagem de ponta”, diz Frank
ra oferecerá a Vino-Lok às vinícolas Léal, proprietário da viní-
nacionais sob importações provenien- cola. (GK)
tes da Alemanha. A tendência é que o
Brasil se torne o hub para a expansão APORTE – Agora
da tampa na América do Sul, abaste- disponível no Brasil,
Vino-Lok já é utilizada
cendo produtores chilenos, argentinos por mais de 500 marcas
mundo afora, como a Léal
e de outros países vizinhos.
Com design moderno, a tampa de
vidro Vino-Lok é de simples aplicação
e garante fácil abertura pelo consu-
midor, sem necessidade de uso de
saca-rolhas. Propicia a vedação
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ciparem de uma gincana, os participantes recebem um
produção, mesmo porque embalagem é
copo de vidro da Nadir Figueiredo com o slogan da cam-
um item de primeira necessidade no mo-
delo atual de comércio. Não dá para ima- panha e a logomarca da Abividro. Iniciada em agosto, a
ginar nenhum produto sem ela”, disse ação se estenderá até setembro.
Rogério Mani, presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Embalagens
Plásticas Flexíveis (ABIEF). Vale lembrar Para variar, americanos na ponta
que as resinas sofrerão novo reajuste em Estados Unidos são os líderes em máquinas para embalagem
setembro.
A Confederação dos Fabricantes de Unidos lideram o ranking, pelo décimo
LatinCan aqui Máquinas de Embalagens (COPAMA) ano consecutivo, com vendas totali-
O LatinCan’ 2007 será no Brasil, simul- acaba de consolidar sua mais recente zando 6,413 bilhões de dólares – ou
taneamente ao encontro anual da As- radiografia das vendas de equipa- 23% das vendas mundiais de maqui-
sociação Internacional de Embalagem mentos de embalagens no mundo, nário da área. Veja abaixo os quinhões
(IPA), que deverá reunir fabricantes de referente ao ano de 2004. Os Estados dos principais países.
embalagens metálicas de todos os con- 6%
3%
tinentes. É o que diz Luiz Barbosa, repre- 4% 23%
2%
sentante da LatinCan no Brasil. EUA
1%
China
Novos adesivos na Henkel França
14% Alemanha
Com base em tecnologia alemã, a Henkel
Itália
está lançando os primeiros adesivos do Japão
mercado brasileiro que vedam caixas Outros
plásticas transparentes de poliéster ou Rússia
12% Espanha
polipropileno. Os produtos, Technopur Suíça
CB 2004 e Technopur CB 2005, garantem 2% Reino Unido
14%
aplicação isenta de bolhas e evitam que
os produtos fiquem amarelados quando 19%
expostos aos raios UV.
Rumo à Amazônia
Norte brasileiro ganhará fábrica de tampas da Rexam
Líder mundial na produção de latas de embalagens a preços competiti-
para bebidas, a Rexam anunciou que vos”, afirma Balbi. “E a logística, sem
instalará uma nova fábrica na América dúvida, tem um papel importante
do Sul, no Pólo Industrial de Manaus. nessa estratégia.”
Orçada em 33 milhões de dólares,
a unidade produzirá tampas para o
mercado doméstico e iniciará suas
operações no começo de 2007, abrin-
do 120 postos de trabalho. Segundo
André Balbi, presidente da Rexam no
setor de latas para bebidas na Améri-
ca do Sul, o novo projeto aumentará
a presença da fornecedora numa
importante região do país. “A idéia
é estarmos cada vez mais próximos Rexam fará
dos nossos clientes, atendendo-os de tampas em
Manaus
forma ágil, com as melhores opções
metálicas >>> processos
L
atas cônicas não chegam a cons-
tituir uma grande novidade para
quem atua na seara das metalgrá-
ficas. Embalagens de aço cuja
base tem diâmetro inferior ao do
bocal foram lançadas no Brasil
em 2000, pela metalgráfica
gaúcha Renner. O aspecto de
cone visava gerar economia
de espaço na área de estoca-
gem, prerrogativa cada vez
mais desejada por profissio-
nais de logística e distribui-
ção de indústrias usuárias de
embalagem. Agora, uma segun-
da geração de latas cônicas está
sendo lançada pela Metalgráfica Renner,
DIVULGAÇÃO
prometendo avanços técnicos em relação
àquelas divulgadas anos atrás.
Em primeiro lugar, os novos acondiciona-
mentos são constituídos de duas peças – corpo
ESPAÇO
e tampa. Trata-se de uma diferença impor- Ganho na área
tante em relação à primeira geração de latas de estocagem mente a lata, mas possibilita vazamentos e a
cônicas, que eram produzidas em três peças subiu para 82% entrada de oxigênio”, comenta Rocha.
– fundo, corpo e tampa. Gilmar da Luz Rocha, A característica de vedação é essencial
gerente comercial da Metalgráfica Renner, em dois mercados-alvo vislumbrados pela
afirma que a mudança amortizou o consumo Metalgráfica Renner para suas latas cônicas:
de folhas e a porcentagem de sucata gerada. tintas gráficas e alimentos. No primeiro caso,
“Também é possível obter, com um número o fechamento a vácuo impede a criação da
menor de passadas em máquina, uma área chamada casca oxidada. Já na indústria de
mais ampla de impressão, inclusive no fundo alimentos, a barreira contra oxigênio conserva
da embalagem”, fala Rocha. as propriedades nutricionais dos produtos por
Outra vantagem da redução do número de mais tempo.
peças está ligada aos aspectos de vedação da Metalgráfica Renner Quanto ao ganho de espaço na área de
lata cônica. Sem a solda lateral e com uma www.metalgraficarenner.com.br estocagem, que era de 62% nas latas lançadas
única peça compondo seu fundo e corpo, a (51) 3489-9700 em 2000, o gerente comercial da Metalgráfica
lata é “totalmente estanque”, nas palavras do Renner afirma que ele subiu para 82%, graças
gerente comercial da Renner. Rocha observa à otimização do encaixe de uma lata sobre a
que essa característica permitiu desenvolver outra, diminuindo a altura da pilha de embala-
um sistema de fechamento a vácuo. Com ele, gens. Por fim, Rocha afirma que a conicidade
a estanqueidade da embalagem seria total, evi- das embalagens foi ampliada com ajuda da
tando a entrada de oxigênio na lata e garantin- chamada estampagem profunda. “É o pro-
do a conservação do produto acondicionado cesso de conformação da folha-de-flandres
por mais tempo. que repuxa o material ao limite do seu escoa-
“A tampa convencional não confere essa mento, na maior profundidade que o material
propriedade. Ela somente fecha mecanica- suporta sem romper.” (LH)
De tubaínas dispersas
a emergentes associadas
U
ma boa e uma má notícia para as marcas Quais os critérios para uma marca de refrigerantes ser
líderes de refrigerantes. A boa é que de considerada regional?
cerca de dois anos para cá as vendas dos O fabricante regional é basicamente o pequeno fabricante.
refrigerantes regionais estacionaram na Convém esclarecer que no nosso ramo não existem produ-
casa dos 29% do volume de vendas do tores médios, dada a elevadíssima concentração de merca-
setor, freando uma escalada iniciada no início dos anos do. Há as megaempresas, multinacionais, e as pequenas.
90 rotulada como “tubainização do mercado”. A ruim: os Por maiores que elas sejam, as pequenas não chegam a
donos das marcas emergentes decidiram se unir e criar atingir um grau que possa ser considerado médio e inva-
uma entidade de classe própria, para brigar por mercado riavelmente suas distribuições não atingem a totalidade do
e estimular a adoção do marketing agressivo em seus mercado nacional. Abrangemos desde empresas com ven-
modelos de negócios. das médias mensais de 10 000 pacotes a 15 000 pacotes de
Fundada em meados do ano passado, a Associação dos refrigerante até aquelas com 800 000 pacotes, 1 milhão de
Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFREBRAS) já pacotes por mês. É um leque bem diversificado.
pleiteia revisões tributárias junto ao governo e, no terreno
do marketing, planeja lançar embalagens mais vendedoras Quais as reivindicações da AFREBRAS em relação à
para competir com as multinacionais. Seu vice-presidente, carga tributária que incide no setor?
Antonio Carlos Franchini Filho – mais conhecido como Buscamos justiça tributária, ou seja, proporcionalidade.
Kakalo, diretor da Franchini Indústria e Comércio Ltda., Hoje o sistema tributário brasileiro, em nível federal
de Franca (SP), detentora dos refrigerantes Fors –, deu a – IPI, PIS e COFINS –, baseia-se em cotas fixas. A tribu-
seguinte entrevista a EMBALAGEMMARCA. tação sobre o preço de venda do meu produto é a mesma
sobre os preços do das grandes corporações. O IPI, por
Por que a AFREBRAS foi criada? exemplo, tem valor fixo de 1,43 real por pacote. Ele vale
Alguns pontos levavam nosso setor ao desespero. Os tanto para o fabricante regional, que vende um pacote a
pequenos fabricantes de refrigerantes ficavam desagre- 9 reais, quanto para uma multinacional, que vende um
gados, afastados uns dos outros, e acabavam tendo uma pacote a 13 reais, 14 reais. Resumo: a carga tributária
força muito aquém daquela que deveriam ter. Isso nos sobre os pequenos acaba sendo proporcionalmente maior.
trouxe desvantagens tributárias e falta de estratégias cole- Hoje, a tributação por valor agregado sobre um regional
tivas, o que acabou provocando o fechamento de mais da fica numa média de 54,06% do que ele gera de divisas.
metade das empresas de nosso segmento. Em 2000 havia Enquanto isso, nas gigantes esse número cai para 45,6%.
830 fabricantes regionais de refrigerantes no Brasil. Hoje, Sabendo de distorções como essas, decidimos oficializá-
temos 304. Por isso, resolvemos nos unir para ganhar las. Contratamos o Instituto Brasileiro de Planejamento
maior organização e dispor de uma palavra de força, que Tributário (IBPT). Foi feita uma radiografia do nosso
pudesse ser ouvida com credibilidade. mercado no que tange à questão tributária. Com o estudo
Parece que a participação da garrafa de PET, embalagem a cada dia. Embora a lata já não represente nenhuma difi-
associada ao crescimento dos refrigerantes regionais, caiu culdade para o pequeno fabricante, certamente a embala-
ligeiramente nos últimos anos. Trata-se de uma estratégia gem de aço de duas peças poderá facilitar ainda mais seus
do setor para fugir um pouco dos progressivos aumentos negócios.
de preços dos plásticos?
A participação da garrafa de PET no segmento diminuiu, A distribuição limitada, com uma qualidade de abaste-
sem dúvida. Mesmo sem estatísticas oficiais, creio que o cimento diferente daquela das multinacionais, sempre é
share atual deva ser de 60%, 65%. destacada como uma das razões do
Já foi maior. Certas empresas de “A maioria dos sucesso dos refrigerantes regionais.
fato optaram por ampliar o mix de Quais os princípios desse modelo?
embalagens por estratégia, mas con-
sidero importante ressaltar que sem-
fabricantes regionais já Uma quantidade maciça de fabri-
cantes regionais tem uma tradição
pre tivemos um canal aberto não muito grande. São empresários que
só com os fornecedores de resinas, possui linhas de envase estão no mercado de bebidas há
mas com toda a cadeia do plástico. muito tempo e que são conhecidos
Procuramos utilizar esse diálogo, de garrafas retornáveis. há muitos e muitos anos, cada um
essa abertura toda, para minimizar em sua respectiva região. O aten-
o impacto dos repasses. Além de O vidro poderia ser dimento é totalmente diferenciado.
gerar força nas conversações com O cliente já conhece a empresa.
fornecedores, já que o poder de bar-
ganha das multinacionais é muito
uma barreira cinco, dez Tem amizade com os proprietá-
rios. É um tipo de atendimento
maior, a Associação também serve que jamais uma grande corporação
como um fórum de informações.
anos atrás, mas não poderá oferecer, até pela dificulda-
Os associados sempre são alerta- de implicada pelos seus modelos de
dos: “Olha, logo haverá um repasse, é mais. Inclusive nós atendimento nacional. Enquanto as
então é melhor você se preparar, se multinacionais pronunciam custo-
antecipar a possíveis reajustes”. temos o projeto de uma mer intimacy, falamos em negócios
lado a lado com a clientela. Essa
Em que pé se encontra a atual embalagem de proximidade também reverte favo-
estrutura produtiva de embalagens ravelmente no que diz respeito ao
de PET dos fabricantes regionais consumidor final.
de refrigerantes? A maioria das
vidro universal para
empresas já conta com sopradoras Como assim?
próprias? nossas marcas” Nosso consumidor muitas vezes
Sim. Grande parte dos fabricantes tem sopradora em demonstra uma espécie de bairrismo. Já detectamos
fábrica. As sopradoras, periféricos e outros equipamentos muitas vezes a questão do “ah, esse fabricante é daqui,
de embalagem tornaram-se mais acessíveis nos últimos é da nossa região, então temos que prestigiá-lo”. É um
anos. Uma sopradora de pequeno porte não sai caro para o comportamento que varia de intensidade de acordo com
produtor regional. Porém ainda temos algumas empresas a região. No Paraná e no interior de São Paulo esse senti-
que utilizam terceiros para o suprimento de embalagens e mento é muito forte. Como mantínhamos no passado certa
outros praticando a modalidade in-house. distância, agora percebemos de forma mais palpável, nas
reuniões e conversas, como isso é importante.
A lata de aço, agora produzida em duas peças, ensaia uma
retomada de espaços no mercado brasileiro de bebidas. Da mesma forma que ocorre com as emergentes cerveja-
Considerando o aspecto custo, essa nova latinha poderá rias pequenas e médias que vêm crescendo no Brasil, os
ser uma embalagem atraente para as marcas regionais? quadros das empresas de refrigerantes regionais também
Veja só: já foi difícil para o pequeno produtor consumir são compostos por profissionais egressos das grandes
latinhas de alumínio no passado, mas isso também desa- corporações?
pareceu. Não existem mais embalagens inalcançáveis Não sei se é a maioria, mas uma parcela significativa de
pelos refrigerantes regionais. Novamente não disponho proprietários dos refrigerantes regionais vem de experiên-
de um número certeiro, mas um volume significativo de cias em grandes empresas do setor de bebidas. É por isso
marcas de nosso segmento utiliza latas, e a adesão cresce que o respeito às pequenas vem crescendo nas grandes
Inovação e funcionalidade
Agências de design, convertedores e empresas usuárias são premiadas pela Associaç
E
m evento que reuniu cen- cer as empresas que investiram no apri- gem. A citação como vencedor cabe à
tenas de representantes da moramento das embalagens de seus empresa que inscreve o projeto.
cadeia de embalagens na produtos. Instituído em 2001, o Prêmio
noite de 23 de agosto, no De acordo com a ABRE, foram ins- ABRE tem apoio da ULADE – União
Espaço Contemporâneo, em São Paulo, critas 310 embalagens, que concorre- Latino-Americana de Embalagem
foi entregue o 6º Prêmio ABRE de ram nos módulos Design, Embalagem e do Programa Brasileiro de Design
Design & Embalagem. Promovido pela e Estudante, divididos em 27 catego- do Ministério de Desenvolvimento da
Associação Brasileira de Embalagem, rias, incluindo o voto popular, resulta- Indústria e do Comércio. As embala-
o concurso tem como objetivo incenti- do da escolha dos visitantes da Fispal gens vencedoras, apresentadas a seguir,
var o desenvolvimento da embalagem Tecnologia, realizada em junho último serão expostas em outubro na Pack
FOTOS: DIVULGAÇÃO
nacional e o crescimento de todos os em São Paulo. A avaliação técnica das Expo 2006, em Chicago, e concorrerão
elos desta cadeia produtiva, além de embalagens foi feita por um grupo de ao WorldStar, prêmio internacional do
estimular o interesse da indústria em profissionais especializados em diver- setor realizado pela WPO – Organização
investir em novos projetos e reconhe- sas áreas do segmento de embala- Mundial de Embalagem. (FP)
Design Miscelânea
Estojo flipbox para lápis de cor
Vencedor: Faber-Castell
Design: Gad Design • (11) 3040-2222 • www.gad.com.br
Convertedor: Embraplás • (19) 3208-0299 • www.embraplas.com.br
Usuário: Faber-Castell
Design Bricolagem
Embalagem Visual para Torneira de Parede – Linha Aspen
Vencedor: Deca
Design: Deca
Convertedores:
Gráfica São Januário • (11) 6246-7552
Fenicce Embalagens • (11) 6280-0866 • www.fenicce.com.br
Usuário: Deca
Embalagem Alimentos
Nescau Edição Limitada
Vencedor: Nestlé
Design: FutureBrand (11) 3821-1166 www.futurebrand.com
Convertedores:
Cia. Metalúrgica Prada (11) 5682-1000 www.cabenalata.com.br
Sonoco For-Plas (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br
Usuário: Nestlé
Embalagem Bebidas
Coleção Balde Copa
Vencedor: Nestlé
Design: Pande Design Solutions (11) 3849-9099 www.pande.com.br
Embalagem Higiene e Limpeza Convertedor: CBL – Cia. Brasileira de Latas (11) 6090-5005 www.cbl.ind.br
Tixxan Ação Máxima Usuário: Nestlé
Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens
Design: Seragini Farné • (11) 2101-4300 • www.seraginifarne.com.br
Convertedor: Rigesa • (19) 3707-4082 • www.rigesa.com.br
Usuário: Química Amparo
Embalagem Exportação
Fechamento Ploc Off VP (vacuum packing)
Café Toleno
Vencedor: Brasilata
Embalagem Promocional Design: Encma • (11) 3885-6837 • www.encma.com.br
2ª Edição dos Melhores Cafés do Brasil – ABIC Convertedor: Brasilata • (11) 3871-8500 • www.brasilata.com.br
Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens Usuário: Café Toleno
Design: GSB2 Propaganda • (19) 3661-1313 • www.gsb2.com.br
Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens • (19) 3707-4082 • www.rigesa.com.br
Usuário: ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café
Estudante
Ybá – sistema de embalagens para frutas brasileiras
Vencedor: Henrique de Souza Gomma
Ecodesign
Poli Bio – nova tecnologia em embalagens biodegradáveis
Vencedor: Poly-Blow
Design: Poly-Blow • (11) 4178-0011 • www.polyblow.com.br
Convertedor: Poly-Blow
Usuário: Brascola
Embalagem do Futuro
Kraft Cap – embalagem
para transporte de vidros
Vencedor: César Zanchet
Voto Popular
Coleção Balde Copa
Vencedores: Nestlé / Pande
Design: Pande Design Solutions • (11) 3849-9099 • www.pande.com.br
Convertedor: CBL – Cia. Brasileira de Latas • (11) 6090-5005 • www.cbl.ind.br
Usuário: Nestlé
Empresa do Ano
Natura Cosméticos
www.natura.com.br
E
m mais um capítulo da série “idéias a Novus-1200 lamina chapas metálicas com
virtualmente singelas, mas, na prá- o Hostaphan RBL, um filme transparente
tica, extraordinárias”, uma recém- de PET biorientado criado pela Mitsubishi
lançada laminadora da alemã especialmente para o processo. Em bobinas
Billhöfer, a Novus-1200, pinta como a catali- impressas, para a decoração externa, ou inco-
sadora de uma nova proposta de produção de lores, para o revestimento interno, a película
embalagens metálicas. A máquina possibilita o é laminada no metal por meio de um adesivo
acabamento de latas e tampas, de aço ou alumí- hot melt especial da Jowat (veja o infográfico
nio, com películas plásticas, numa alternativa na pág. 54).
à tradição do envernizamento interno aliado Metalúrgicas do mundo inteiro vêm se
à decoração litográfica. Aplicável a diversos ouriçando frente à tecnologia, e não é difícil
formatos de recipientes e tampas – latinhas, entender por quê. “Acontece que a produção
baldes, tubos de aerossóis, potes e rolhas de embalagens metálicas não sofre alterações
metálicas, entre outros –, a tecnologia foi des- radicais há décadas”, levanta Peter Bartsch,
cortinada na mais recente edição da feira de diretor de operações da Billhöfer. Embora
negócios Metpack, ocorrida em abril do ano tenha evoluído nos últimos anos com os sur-
passado na cidade alemã de Essen, e apresen- gimentos de máquinas mais velozes, capazes
tada em caráter oficial ao mercado em janeiro de aplicar com alta precisão de registro até
último, num open house realizado na oito cores numa única passagem, e do com-
sede da Billhöfer, em Nuremberg. puter-to-plate, que trouxe maior flexibilidade
Para o desenvolvimento do novo e qualidade à pré-impressão, o acabamento CASCAS – Uma amostra
conceito em acabamento, a Billhöfer convencional continua refém de certos incô- de latas e tampas cujas
chapas foram laminadas
costurou acordos de cooperação modos. “O padrão atual implica num investi-
com películas plásticas
com a fabricante de filmes plásti- mento altíssimo para aquisição de máquinas na máquina da Billhöfer
cos Mitsubishi Polyester Film, com e em grandes espaços para sua instalação”,
a fornecedora de adesivos Jowat argumenta Bartsch. “Ademais, os custos com
AG e com a convertedora suíça energia para os fornos de secagem vêm
Kleiner AG. Em linhas básicas, aumentando, assim como as recla-
ÃO
VULGAÇ
FOTOS: DI
DIVULGAÇÃO
6
3
MODUS OPERANDI – Na Novus-1200, as chapas de metal são desempilhadas por um alimentador automático (1), para passarem por tratamento
Corona (2) e ganharem tensão superficial adequada para o processo de laminação. O filme da bobina (3) é revestido com adesivo, num processo
sem contato realizado no sistema de aplicação de adesivo (4), e então laminado nas chapas de metal na unidade de laminação (5) por meio de
dois cilindros. O painel central de operações (6) controla todas as funções da máquina. As chapas são novamente separadas por um dispositivo
laser (7), que corta o filme precisamente nas bordas das chapas antes de elas serem transportadas à saída (8), onde são empilhadas
S
e a ascensão dos genéricos veio
relativizar a força da marca nos
remédios éticos, no chamado seg-
mento OTC, aquele dos medica-
mentos isentos de prescrição (MIPs), a propa-
ganda e o marketing de varejo cantam cada vez
mais alto. Uma das ações que ganham força
para destacar nomes e atrair o olhar do consu-
midor no ponto-de-venda é o uso de cartuchos
de papel cartão com corpulentas abas
impressas integradas. Muitas dessas
extensões, também conhecidas
como testeiras, possuem furações
para a exposição em gancheiras. O
OUTDOOR – Abas
que volta e meia se vê, porém, é que a maioria garantem maior
dessas embalagens pára nas prateleiras. Ou comunicação de
seja: se não era para ser, o maior destaque às informações. No
destaque, verso do
marcas acaba sendo a principal funcionalidade cartucho de Hipoglós
das testeiras, verdadeiros mini-outdoors nas
farmácias.
Despertos para essa oportunidade, alguns
laboratórios vêm até acondicionando produtos departamento de assuntos regulatórios da
em cartuchos cujas “cristas” já nem possuem Dorsay Monange, fabricante da Maracugina.
mais os furos para fixação em ganchos. A “É uma estratégia bastante utilizada nos Estados
lâmina do cartucho das cápsulas Maracugina, SEM FUROS – Alguns Unidos e ainda não muito presente no Brasil.”
por exemplo, funciona exclusivamente como medicamentos ignoram Detentora de marcas como Benegrip, Doril
função de gancheira e
um plus para comunicação. “Trabalhamos esse e Melhoral, a Dorsay Monange também se uti-
trabalham a aba superior
recurso em determinados produtos já há algum exclusivamente como liza do expediente da aba promotora no cartu-
tempo”, comenta Ana Cláudia Braghetto, do extensão da embalagem cho da famosa pomada para dores musculares
Gelol. Ana Cláudia confessa que a utilização da
aba exclusivamente para aumentar a exposição
nas gôndolas já estava prevista nos projetos das
embalagens.
Também em bisnagas
Outro caso que mostra bem como as grandes
testeiras de cartuchos podem ser mídias impor-
tantes é o do creme para assaduras Hipoglós,
produzido pela Procter & Gamble. O tubo de
90 gramas do produto ganhou cartucho com
uma generosa aba impressa. Na parte frontal,
a aba vem servindo para comunicar ao público
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Sua empresa não pode ficar de fora. Para saber mais detalhes sobre como fazer
parte desse espaço, entre em contato conosco agora mesmo.
showroom@embalagemmarca.com.br
evento >>> embala nordeste
Na rota da regionalização
Feira de embalagens estréia em Pernambuco e terá edição em Minas Gerais
Flávio Palhares, enviado especial a Olinda
D
e forma relativamente acelerada ante o quadro visitantes de outras cidades e Estados da região mostrou que
de ampla abrangência temática, repetitiva e de o Nordeste tem demanda para uma feira como a Embala”. Na
proporções gigantescas há décadas predomi- interpretação de Rodrigo da Fonte Maciel, gerente de negó-
nante no Brasil no campo de feiras de negócios, cios da Greenfield, “o setor de embalagens sempre esteve
tema de reportagem de capa da edição anterior de EMBALA- presente na região de forma agregada em congressos e feiras,
GEMMARCA, começam a pipocar no país eventos de embala- e havia o interesse por parte de visitantes e compradores em
gem localizados, focados e de dimensões menores. O mais um evento direcionado, que apresentasse possibilidades de
recente deles foi a Embala Nordeste – Semana Internacional implementação da indústria regional, mais do que de soluções
de Embalagens, Artes Gráficas e Design, cuja primeira de consumo”. A Embala Nordeste procurou situar-se nesse
edição ocorreu de 14 a 17 de agosto último no Centro de vácuo. Assim, não foi uma feira de lançamentos de produtos,
Convenções de Pernambuco, em Olinda. mas sobretudo um evento de apresentação de máquinas, equi-
Parece ter começado bem: recebeu mais de 12 000 visi- pamentos e embalagens ao mercado regional.
tantes e atingiu as expectativas da organizadora, a Greenfield
Business Promotion. “Cerca de 90% dos quase 200 exposi- Bons resultados
tores já confirmaram presença no evento em 2007”, revela Expositores ouvidos por EMBALAGEMMARCA disseram estar
André Mozetic, um dos diretores da Greenfield. Segundo satisfeitos com a edição de estréia da feira. Para Fernando
Mozetic, mais importante que o número de visitantes foi o Pirutti, da paulista SetPrint, que produz rótulos auto-adesivos
fato de eles serem, em quase sua totalidade, profissionais em impressão digital, o número de consultas de visitantes
qualificados no segmento industrial e de surpreendeu, “talvez por o Nordeste ser
embalagem. “O público que compareceu um mercado carente desse tipo de indús-
à feira tinha o objetivo claro de avaliar as tria”. Também elogiou o evento Alexan-
novidades e também de fechar negócios.” dre Leme, da Orvic, empresa curitibana
De acordo com as previsões da Green- que produz embalagens anticorrosivas
field, o volume de negócios desencadeados para materiais metálicos. “Tivemos con-
durante a Embala Nordeste deve alcançar tatos com clientes em potencial e vamos
algo em torno de 350 milhões de reais. criar uma representação no Nordeste”,
“Os expositores também receberam afirmou.
encomendas de projetos que devem resul- A diretora de desenvolvimento de
tar na tropicalização dos produtos apre- negócios da Sonoco For-Plas, Daisy
sentados”, explicou o diretor da empresa, Spaco, ressaltou o foco do evento no setor
referindo-se ao fato de visitantes que de embalagens, o que restringiu a presen-
representam indústrias terem solicitado ça dos chamados sacoleiros no Centro
aos fornecedores de máquinas e insumos de Convenções de Pernambuco. Por sua
para o setor de embalagens produtos que vez, Maurício Groke, diretor comercial
se adaptem mais à realidade da região da Antilhas, que forneceu as sacolas
tanto em questões como resistência de oficiais da feira, destacou a importân-
materiais e ao clima quanto no que se refe- cia de um evento regional. “Assim,
re ao design. Neste aspecto, o que a maioria podemos atingir empresas que não têm
deles pede é o desenvolvimento de emba- acesso à região Sudeste”, comenta.
lagens que sejam mais bem percebidas Entusiasmado com esses resulta-
pelos consumidores do Norte e do Nordes- dos, Luiz Fernando Pereira, diretor da
FOTOS: BÁRBARA WAGNER
ÃO
cado no Brasil pelo imigrante a noiva de um amigo chamada pertence à mexicana
AÇ
LG
italiano José Gessy. Adotou Femsa. Posterior a ela,
VU
DI
S:
Milani, era tão o nome para a Colônia é produzida
TO
FO
popular que o sabonete pela Indústria Nacional
de Bebidas (INAB), antiga
permitiu a ele imaginando
Cervejaria Sul Brasileira.
rivalizar no que daria ao
Mas o que chamava a atenção não
mercado bra- produto uma eram essas diferenças. Eram as
sileiro com a aura interna- semelhanças da decoração das gar-
multinacional cional. Deu tão rafas das duas marcas. Ocorre
Lever, hoje Unilever, que aca- certo que virou nome de muita que, aproveitando o apelo da
bou comprando sua empresa. menina brasileira na primeira Amazônia sobre o imaginá-
O nome surgiu de um acaso metade do século 20. rio do público americano,
a Xingu era vendida