DAR AS MÃOS

O BOM SAMARITANO
Lc 10, 25-37
Drama em três actos

 Situação inicial de carência, caos

e vazio;
 Acção criadora do Senhor sobre
as personagens;
 Transfiguração no final da
• Situação inicial: o
vazio
«No princípio» era o
nada

 ESCRIBA: não sabe como aceder à “vida

eterna”, não sabe quem é o seu próximo;
 JESUS: situação de vulnerabilidade,
desvantagem;
 DEUS: “grau zero”;
 SAMARITANO: fama duvidosa, objecto de
suspeição, na época.
“Quem é o meu
próximo?”
No centro há um homem
meio-morto e todas as
personagens encontram um
lugar a partir dele…
Discussão de valores, juízos,
costumes e papéis
estabelecidos tidos como
correctos.
Sacerdote

Levita
Samaritano

O verdadeiro
conhecedor de
como se herda a
vida eterna.
2. Passagem:
acção de Deus

«[...] Então, o Senhor formou o homem

do pó da terra e insuflou-lhe nas
narinas o sopro da vida"»

(Gn 1,26; 2,7)

Jesus
Oleiro experiente

Feito
«à imagem e
semelhança» de Deus

Samaritan
Pescador
experiente

Jesusatira as redes e
lança os seus anzóis
Escriba
Bom pastor
Procura fazer sair o
escriba do deserto da
superficialidade e do
intelectualismo,
Guia-o,
Aponta-lhe o caminho.
Mestre de
sabedoria
Hábil conversador,
 Pergunta, dialoga,
argumenta, propõe, conta,
sugere, afirma, avalia a
situação do outro,
Provoca!
Amigo
 Cria relações pessoais,
 Não julga,
 Não acusa,
 Prefere dialogar e propor,
 Não responde à pergunta do
Escriba, cria um «espaço vazio»
entre os dois para que possa
descobrir sozinho.
Perfeito artista
e pintor
 Desenha os traços do
samaritano, fazendo o seu
auto-retrato.

Compaixã
o
Perito de
humanidade
 Lêo coração do Escriba;
 Sublinha a compaixão no
comportamento do
samaritano para com o
homem ferido.
Profeta

Deus como Pai e os

seres humanos
como próximos
 Permanecer
nas suas
velhas
convicções Escriba
Deixar-se arrastar pela
Nova Criação
oferta de transformação
e de «transfiguração»
de Jesus
3. Situação final:
Transformação
«Abençoando-os, Deus...

(Gn 1,28)

«... e o homem transformou-se

num ser vivo»

(Gn 2,7)
“Processo
Pascal”
Da Lei às
Relações
Humanas
 Não se concentrar em si mesmo.
 Contacto com pessoas reais, com
comportamentos reais.
 Aprender que a verdadeira
sabedoria consiste em mostrar-
Do Saber ao Agir
 Conhece bem a Lei, mas ignora
quem é o próximo que deve
amar. Jesus oferece-lhe um
«saber alternativo» e convida-o a
fazendo e
deixar os seus «múltiplos
não
 Algumas
personagens
transfiguradas
Samaritano
 Um Samaritano
 “Aquele que se encheu de
compaixão”
Escriba

 “Herdar”

 “Dar”
“Próximo”
 Nas palavras do Escriba –
sem rosto nem nada de
concreto e de difícil
identificação.
 Nas palavras de Jesus –
alguém de concreto, com
carne e osso.
 Jesus
 No início era um rabi.
 No fim, revela-se alguém que
tem uma autoridade que lhe
permite exprimir-se com a
linguagem imperativa dos
«Vai e faz tu também
mandamentos
o mesmo»
divinos.
Deus
 Não é o Deus impávido e distante que dita
Leis e mora em santuários.
 Através de Jesus, revela-se um Deus
gerador de vida.
 Revela a sua presença nas pessoas feridas
que jazem nas valetas.
 O Samaritano levava no seu íntimo a única
Um final aberto
 Jesus oferece um novo horizonte que
representa um desafio, uma porta de
saída imprevisível e surpreendente
para uma relação vivificante

«Vai e faz tu também o

Escriba
 Não sabemos se permanecerá fechado na
sua prisão da legalidade,
 Se «passará adiante» ou se,
 Como o Samaritano, procurará a vida eterna
onde ela se encontra:
 naqueles que estão privados da vida
«Não te compete decidir quem é o teu
próximo; mas deves mostrar-te
próximo de todo o ser humano que
se encontra em necessidade.
O centro não és tu, é o outro para
quem deves voltar-te.»
De quem podes tu hoje
ser próximo?
Que transformação
Jesus te propõe hoje?