You are on page 1of 2

Quero ser uma gaivota como qualquer outra, mas quero aprender a voar mais alto,

quero ser a gaivota que voa mais alto e com mais velocidade para depois ensinar o
meu bando a voar muito alto. Este era o seu sonho. Mas o seu bando, os seus pais
não entendiam. Não importava o tempo que ia levar, só importava que iria conseguir.
O seu bando não o entendia, talvez achasse que queria mais do que os outros, que
estava a quebrar todas as regras impostas pelo seu bando, por isto o bando decidiu
julgá–lo e afastá–lo achando que ele estava a ultrapassar os limites impostos pelo
seu bando.
Ele já não teria mais a sua protecção e teria que voar sozinho. Ele estava num sítio
onde ninguém o compreendia.
Ele sentia – se sozinho … dizendo mesmo que a solidão era má, como para todos nós.
Mas mesmo assim ele não desistia, a sua força era grande, e ele queria aprender
mais… Não importava o tempo que iria levar mas que iria conseguir.
Ele estava sempre a tentar mais… e cada vez com mais perfeição … queria atingir a
perfeição e o limite.
Mas qual seria o seu limite?
Numa das suas tentativas para alcançar esse limite, o seu bando expulsou – o
porque achava que ele estava a pôr em perigo as outras gaivotas.
Mesmo assim ele não desistiu.
Voltou novamente a alcançar a sua velocidade e o seu limite, só, viu – se com alguns
obstáculos à sua frente, mas mesmo assim não desistiu e agarrou força e voltou a
voar, mais frágil … mas voltou a voar. Ferido e só, aprendeu que se não tem asas
pequenas como um falcão, que se não tem uns olhos para ver na escuridão como uma
coruja, que pode voar e fazer o mesmo treinando e “agarrando” técnicas” para
aperfeiçoar com o que tem, então, descobriu que se pusesse as asas mais
reflectidas que poderia voar mais alto, apanhar mais velocidade e aterrar bem
como pretendia.
Ele não queria fechar os olhos como o resto do seu bando e percorrer o tempo e o
lugar do seu mundo, voou por todo o lado e viu coisas que ninguém do seu bando
queria ver.
Ele encontrou a Maria, a gaivota com quem se identificou. Abriu o seu coração e foi
compreendido.
Enquanto estava com Maria conheceu a gaivota que para ele, era a gaivota que
voava melhor que já tinha visto na sua vida.
Ele pediu – lhe para lhe ensinar a voar como ele “Eu quero aprender mais, ensine –
me”.
Estava sempre disposto a aprender.
A gaivota que voava bem disse – lhe em primeiro lugar tens que aprender a ouvir o
seu mestre.
O seu corpo está, onde está o seu pensamento.
Ele ouvindo isto, voltou para o seu sítio para pôr em prática, queria voar, mas
naquele momento ele não conseguia… escureceu… e ele ainda não estava no mesmo
sítio … talvez porque o seu pensamento estava ali e não conseguia voar, o seu corpo
também permanecia ali.
O seu professor disse – lhe que ele estava pronto e que tinha nascido para ser
mestre, para ensinar aos outros.
Ele respondeu que não, que ainda nem tinha começado….
E o seu professor disse – lhe vai… compartilha o que sabes com quem quer
aprender.
Ele sabe que o seu bando não quer aprender, que não quer ver mais do que os seus
olhos, mas ele precisa de voltar para compartilhar o que aprendeu e amar.

Nunca desistas dos teus sonhos.


Nem deixes que ninguém os destrua por pensar diferente de ti.

Lúcia, 8º B

You might also like