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AVISO: Cumpre-nos avisar que esta apostila, que 6 na verdade Notas Taquigratadas das Aulas Gravadas do Prof. Daniel Colares, no passou por uma revisao ortogréfica. Logo, a0 Jongo de seu texto, poder-se-4 encontrar erros gramaticais primérios, onde os caros colegas devem,-portanto, relevar os equivocos e suavizar suas criticas. Assim, antes de adquirirem @ reprodugao desta apostila, verifiquem se realmente ela atendem as suas necessidades. Alexandre Linhares UNIVERSIDADE DE FORTALEZA COORDENACAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributério Professor Daniel Quintas Colares Monitor Alexandre Linhares 3 eee “<) PROJETO DE ENSINO CARGA HORARIA: 90 hla PROFESSOR: Danie! Quintas Colares MONITOR: Alexandre Linhares OBJETIVOS: Conduzir o aluno & compreenséo do Direlto Tribulério, da necessidade do aprendizado dos seus conceltos bésicos, importéncia dos seus principios e necessidade da observancia de suas regras, despertando 0 seu interesse para o estudo da disciplina e aplicagao de suas regras no exercicio profissional. METODOLOGIA DE ENSINO E ESTUDO: 2) As aulas serio ministradas por exposig&o verbal, seguida de debates e acompanhamento, sempre que possivel, de estudo de casos praticos da ‘ributagao brasileira; b) Os alunos deverao entregar, no inicio de cada aula ao monitor, as fichas de leitura correspondentes & matéria a ser ministrada no dia. Tais fichas poderao ser simples resumos dos trabalhos indicados, podendo conter conclusbes pessoais e observagses criticas do graduando, AVALIAGAO: Consoante normas da Universidade, serdo realizadas cinco avaliagdes no decorrer do curso, Sendo trés provas escritas (1 AP; 2° AP; e PF) e dois trabalhos em forma de coletanea de fichamentos. As provas escritas sero compostas de sete questdes objetivas, cada qual valendo um ponto, e uma subjetiva, valendo trés pontos. Os trabalhos sero os resultados dos fichamentos entregues em cada aula. A nota de cada avaliagdo parcial (1* e 2° AP) serd o resultado da média aritmética obtida da prova escrita + fichamento. CONTEUDO PROGRAMATICO DO CURSO: Dia 01/08/01: Apresentagto Dia 03/08/01: Atividade financeira do estado ronceito de tributo + Fungo dos tributos. 'spécles tributérias - Impostos sspécies tributérias - Impostos : Espécies tributérias - Taxas ‘spécies tributérias - Taxas : Espécies tributérias - Contribuigéio de melhoria ‘spécies tributérias - Contribuigdes sociais ‘sp6cies tributérias - Empréstimos compulsérios Dia 27/08/01: Limitagées ao poder de tributar — Principio da legalidade imitagdes ao poder de tributar — Principio da isonomia Jimitagdes ao poder de tributar ~ Principio da anterioridade : Limitagoes ao poder de tributar ~ Principio da capacidade contributiva Jimitagdes ao poder de tributar — Principio do néo confisco e da liberdade de tréfego |: Limitagées ao poder de tributar — Principio da néio cumulatividade e outros principios. + Limitagdes ao poder de tributar — Imunidades tributérias Limitagoes ao poder de tributar — Imunidades tributérias : Limitagoes a0 poder de tributar ~ Imunidades tributarias mitagbes ao poder de tributar — Imunidades tributérias |: Normas Gerais de Direito Tributério - Legislag&o tributéria : Normas Gerals de Direito Tributério - Vigéncia e Integragao da legislag&o tributéria ‘Normas Gerais de Direito Tributério - Vigéncia e Integrag&o da legislag&o tributéria Email: alexandre.linharev@meanet.com.br ‘Tel: 244-1988 UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 2 COORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributario Professor Daniel Quintas Colares Moritor Alexandre Linhares, Dia 28/03/07: Normas Gerais de Direifo Tributario ~ Interpretagao e Aplicagao da legislagdo trbutaria Dia 01/10/01: Normas Gerais de Direito Tributério - Interpretagao e Aplicagao da legislag&o tributéria Dia 03/10/01: Prova 1° AP— 1? Chamada Dia 05/10/01: Prova 2* AP — 2° Chamada Dia 08/10/01: Obrigagéo Tributdria — Concelto, natureza juridica e espécies Dia 10/10/01: Obrigagéio'Tributéria — Fato gerador e Hipdtese de incidéncia Dia 17/10/01: Obrigagéo Tributéria - Fato gerador e Hipétese de incidéncia Dia 19/10/01: Obrigagtio Tributéria — Sujeito Ativo e Passivo Dia 22/10/01: Obrigagéio Tributéria - Sujeito Ativo e Passivo Dia 24/10/01: Obrigagao Tributéria - Sujeito Ativo e Passivo Dia 26/10/01: Obrigagdio Tributéria — Responsabilidade Tributéria Dia 29/10/01: Obrigagéio Tributéria - Responsabilidade Tributéria Dia 31/10/01: Obrigagéio Tributéria — Responsabilidade Tributéria Dia 08/14/01: Obrigagdio Tributéria — Responsabilidade Tributéria Dia 07/11/01: Crécito Tributério — Conceito e Constituigao (langamento) Dia 09/14/01: Crédito Tributério — Conceito e Constituigéo (langamento) Dia 12/11/01: Crédito Tributério — Concelto e Constituigdo (langamento) Dia 14/11/01: Crécito Tributério — Conceito e Constituigao (langamento) Dia 16/11/01: Crécito Tributério — Suspenséio Dia 29/14/01: Dia 26/14/01: Crédito Tributério — Extinggo Dia 28/11/01: Crédito Tributério — Excluséio Dia 30/14/01: Prova 2 AP - 1° Chamada Dia 03/12/01: Prova 2* AP - 2” Chamada Dia 05/12/01: Crédito Tributério — Garantias e Privilégios Dia 07/14/01: Administragéo Tributéria — Fiscalizagdo, Divida Ativa, Certidtio Negativa BIBLIOGRAFIA BASICA: AMARO, Luciano da Silva. DIREITO TRIBUTARIO BRASILEIRO, 3* ed, Saraiva, S40 Paulo, 1999. ATALIBA, Geraldo, HIPOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA, 6* ed, Malheiros Editores, SP, 2000. BALEEIRO, Aliomar. DIREITO TRIBUTARIO BRASILEIRO, 11° ed, Ed. Forense, RJ, 1999. .LIMITAGSES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR, 7° ed, Ed.Forense, RJ, 1997. BECKER, Alfredo Augusto. TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTARIO, 3* ed, Ed. Lejus, SP, 1998. CARRAZZA, Roque Antonio. CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTARIO, 15* ed, Malheiros, SP, 2000. CARVALHO, Paulo de Barros. CURSO DE DIREITO TRIBUTARIO, 13* ed, Ed. Saraiva, SP, 2000. COELHO, Sacha Calmon. COMENTARIOS A CONSTITUICAO DE 1988: 2° ed., Forense, RJ, 1990. ‘COELHO, Sacha Calmon. CURSO DE DIREITO TRIBUTARIO BRASILEIRO, Forense, Rd, 1999. MACHADO, Hugo de Brito. CURSO DE DIREITO TRIBUTARIO, 17° ed, Malheiros, SP, 2000. =: OS PRINCIPIOS JURIDICOS DA TRIBUTAGAO NA CONSTITUICAO, 4* ed, Dialética, SP,2001. MORAES, Bemardo Ribeiro de. COMPENDIO DE DIREITO TRIBUTARIO, 2 vol, Forense, RJ, 2000. ‘Email: slesandre limhares@meancleom br ‘Tel: 244-1988/ 9181-7736 UNIVERSIDADE DE FORTALEZA SOORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO ja de Direito Tributario Professor Daniel Quintes Colares Monitor Alexandre Linhares, CONTEUDO PROGRAMATICO PROGRAMA DO CURSO: 1.0 Tributo 4.1 Conceito 14.4 prestagtio 44.2 pecuniéria 4.1.3 compulséria 4.1.4 institutda em tei 145 116 ‘no consitui sang cobrada mediante atvidade vinoulada 2.0 Fungo 2.1 Fiscal 2.2 Paratiscal e 3.3 Bxtrafiscal 3.0 Espécies Tributéria 3.1 Imposto 3.1.1 nfl vinculado 3.1.2 competéncia privatva 3.13 pattiménlo e renda 3.1.4 produgio e circulagdo 3.1.5 comércio exterior 3.1.6 impostos especiais e extraordindrios 3.2 Texas e 3.2.1 vineulado 3.2.2 competéncia privativa 32:3 espécies 3.2.3.4 policia 3232 senico 3.23.21 efetivo 3.2322 potenciat 323.23 especitico 3.23.24 divisvel 3.3 Contribuigdes de Melhoria 3.3.1 vinculado 3.3.2 competéncia privativa 3.3.3 limites econdmicos 3134 valor da melhoria 3.3.5 valor da obra 3.4.1 competincia 3.4.2 tibuto de intervengao 3.4.3 na ordem econdmica 3.4.4 nas categorias econdmicas 3.4.5 nas categorias profissionais, 3.5 Empréstimo Compulsério 3.5.1 competéneia exclusiva da Unido 3.5.2 lei complementar 3.5.3 hipéteses 3.5.3.1 guerra externa ou sua iminéncia 3.5.3.2 calamidade pablica 4.0 LimitagBes do Poder de Tributar 4.1 Princlpios Gerais do Direito Tributario 4.1.4 Legalidade : 244-1988/ 9181-7736 3.5.3.3 investimento pablico urgente e de relevante interesse nacional UNIVERSIDADE DE FORTALEZA COORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributario Professor Daniel Quintas Colares Monitor Alexandre Linhares A.1.1 ofiar e aumentar tibuto 41.4.2 excesses 4.4.1.3 lei complementar 4.4.1 medida proviséria 4.4.2 \sonomia 4.1.2.1 incentives fiscais 4.1.22 isengbes 4.1.3 Uniformidade Geogratica 4.1.4 Capacidade Contributiva 4.1.5 Iretroatividade 44.8.1 excegtes 4.4.6 Anterioridade 4.1.6.1 anualidade X anterioridade 4.1.6.2 Exercicio Financeiro 4.4.7 Nao Cumulatividade 4.4.8 Proibigdio de Confisco 44.9 Prolbigdo de Limitar 0 Trafego de Pessoas e Bens 4.4.40 Competéncia 4.2.\munidades Tributérias 4.2.4 Conceito 422 Casos 42.24 Recproca 2 Partidos Politicos ’3 Templos Religiosos 4 Sindicatos dos Trabalhadores 5 Inst. Educ. e de Assist. Social S/ Fins Lucrativos 6 Livros, Revistas, Jomiais, Periédicos e Pape! 4.2.3 Outros Casos, 5.0 Normas Gerais de Direito Tributério 5.4 Legislagdo Tributéria 5.1.4 Abrangéncia da Expressao (Art. 96 a 100 CTN) 5.1.2 Constituigdes 5.1.2.4 emendas constitucionais 5.1.3 Leis Complementares 5.4.4 Leis Delegadas 5.4.5 Leis Ordindrias 5.4.6 Tratados e Convengées Internacional, 5A. 5A: 54 7 Resolugdes do Senado Federal 8 Decretos ‘9 Normas Complementares de Direito Tributario. 5.1.9.1 atos administrativos normativos 5.4.92 pratica reiteradamente observados pela fazenda piblica 5.1.9.3 decisoes administratvas singulares ou coletivas 5.1.9.4 convénios, 5.2 Vigéncia da Legislagao Tributaria 5.2.1 No Espago 5.2.2 No Tempo 5.3 Aplicagio da Legisiagto Tributéria 5.3.1 Aplicag’o Imediata 5.3.1.1 sobre os fatos futuros 5.3.1.2 sobre os fatos pendentes 5.3.2 Aplicagao Retroativa 5.3.2.1 normas interpretatives 5.3.22 alos nfo defintivamente julgados 5.4 Interpretagao da Legislagao Tributaria 5.4.1 Métodos de Interpretagdo 5.4.2 _ Imposigao Legal do Método Literal 8.4.3 interpretagio Benigna 5.4.4 Utilizagao dos Princ. Gerais do Dir. Privado eva meanctcon "Tol 2AI-TORR UNIVERSIDADE DE FORTALEZA COORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributario Professor Daniel Quintas Colares Morittor Alexandre Linhares 54.5 Instlutos, Concelios e Formas do Dir. Piivado 555 Integracéo da Legislagao Tributéria 5.5.1 Analogia 5.5.2 Principios Gerais do Dir. Tributario 5.5.3 Principios Gerais do Dir. Pablico 5.5.4 Equidade 6.0 Obrigagao Tributaria 6.1 Epécies 6.1.4 Principal 6.1.1.1 pagamento do tributo 6.1.4.2 pagamento da penalidade pecuniaria 612 Acessoria 6.1.2.1 prestagdes postivas 6.1.2.2 prestagdes negativas 6.2 Fontes 62.41 Formal 622 Material 6.3 Fato Gerador 63.1 Ocorrén« 6.3.1.1 situagao de fato 6.3.1.2 situagao juridica 6.3.1.2.1 clausula suspensiva 6.3.1.2.2 clausula resolutiva 6.3.2 Interpretagao da Definigao Legal do Fato Gerador 6.4 Sujeito Ativo 6.4.1 Conceito 6.4.2 Desmembramento Territorial 65 Sujelto Passive 6.5.1 Da Obtigagao Principal 6.5.1.1 Contribuinte 6.5.1.2 Responsavel 6.5.2 Da Obrigagao Acesséria 6.5.3 Convenges Particulares 6.54 Solidariedade 6.5.4.1 conceito 6.5.42 hipsteses, 65.43 efeitos 6.5.4.3.1 pagamento 6.5.4.3.2 isengao ou remissao 6.5.4.3.3 interrupeao do prazo prescricional 65.5 Capacidade Tributaria 6.5.5.1 conceito 6.5.52 autonomia 6.5.6 Domicflio Tributario 6.56.1 concelto 6.56.2 elelgaio 6.6 Responsabllidade Tributaria 6.6.1 Consideragdes Iniciais 6.6.2 Efeitos i 6.6.2.1 exclusdo da responsabilidade do contribuinte 6.6.22 atribuigao de responsabilidade supletiva ao terceiro 6.6.3 Espécies 6.6.3.1 dos sucessores 6.6.3.1.1 abrangéncia 6.6.3.1.1.1 créditos constituldos anteriormente 6.6.3.1.1.2 créditos em fase de constituigao 6.6.3.1.1.3 créditos constituldos posteriormente 66.3.2 bens iméveis 6.6.3.2.1 sub-rogacao 66.3.2.2 prova de quitagao 6.6.3.2.3 hasta pablica ”—Tinail: alexandra linhares@meanctcom br "Tel: 244-1988 UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 4 COORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributario Professor Daniel Quintas Colares Monitor Alexandre Linhares 6.6.3.3 responsablidade pessoal 66.3.3.1 adquirente ou remitente 66.3.3. inventario 66.3.31° espolio 6.6.34 fusio, transformagao, incorporago e extingo 6.6.3.5 fundo de comércio 6.6.3.5.1 integral 66.3.5.2 subsiciria 6.6.36 de terceiros 66.6.1 solid 66.3.6.2 pessoal 6.6.3.6.2.1 atos praticados com excesso de poderes ou infrago de lei, contrato social ou estatutos dade 66.3633 por infracao 6.6.3.6.3.1 independe da intengdo do agente, dos efeitos cextenstio do ato praticado 6.6.3.6.3.2.pessoal 66.36.3.21 _ infragées tipificadas como crimes ou contravengao 6.6.3.6.3.22 infragdes em cuja defiigio 0 dolo cespecitico do agente seja elementar 6.636.323 infragdes que decorar diretamente do dolo especitico 6.6.3.6.3.24 dos administradores contra os administrados, 6.6.3.6.3.2.5 dos mandatérios, prepostos ou ‘empregados contra os mandantes, preponentes ou empregadores 6.6.3.6.3.3 denancia espontanea 7.0 Crédito Tributério 7.4 Natureza 72 Langamento 7.2.4 Conceito 7.22 Competencia 7:23 Natureza Juridica 7.2.4 Legistagto, Aplicével 72.5 Alteragao Do Langamento 7.26 Arbitragem Da Base De Céleulo 72.7 Espécies 7.2.7.1 De Ofcio 7.2.7.2 Por Homologagao 72.7.3 Por Declaragio 7.3 Suspensio da Exigibiidade 7.3.4 Consideragées Gerais, 73.2 Modalidades 7.3.2.4 Moratoria 7.3.2.2 Depésto do seu Montante integral 73.2.3 Reclamagies E Recursos Adminisativos. 7.3.2.4 Concessao de Liminares 7.3.25 Tutela Antecipada 73.2.6 Parcelamento 7.4 Extingdo do Crédito Tributério 74.AModalidades 74.4.4 Pagamento 7.4.4.1.1 imposigao de penalidades 7.4.4.4. presungtio de pagamento 7.4.1.1 local do pagamento 7.4.1.4 prazo para o pagamento 7A.4.45 descontos 744.18 acréscimos 44.4.7 consultas administratvas ‘Email alexandre linharev@meanetcombe “Tel 744-19RR UNIVERSIDADE DE FORTALEZA COORDENACAO DO CURSO DE DIREITO Disciplina de Direito Tributario, Professor Danio! Quintas Colares Moritor Alexandre Linhares 74.4.1. forma de pagamento 7.4.1.4.8.4 moeda, cheque ou vale soe 74.1.4.6.2 estampitha, papel selado... 7.4.4.1.9 ordem do pagamento 7.4.1.2 Dacao Em Pagamento 74.4.3 Compensago 74.1.3.4 Autorizagao Legal 7.41.32 Créditos Vencidos Ou Vincendos ( Suj. Passivo ) 741.33 Redugdes 74.4.4 Transagio 74.1.4. autorizagao legal 74.4.4°2 concessées mituas 7.4.4.4.3 terminacao de itigio 7.4.4.4 indicagdo da autoridade 74.4.5 Remisso 7.4.41.5.4 autorizagao legal 7.44.52 conceito 74.4.5; hip6teses de concessio 744.54 especies 744.54. geral 74.1.5.42 individual 7.4.1.8.4.24 condicionada 744.5.4.22 nao gera direito adquiido 74.45.42 3revogacio com penalidades 74.4.5.4.2.4 revogagao sem penalidades 74.45.4.25 prescrigdo 7.4.1.6 Decadéncia TAAGA conceito 7.4.1.6 2inicio do prazo : 7.4.16.2.1 1* dia do exercicio financeiro seguinte 7.4.1.622 da notf de qualquer ato preparatorio do langamento 7.4.1.6.2.3 da decisio definiiva que anulou o langamento anterior por vicio formal 744.7 Prescrigs0 744.74 Conceito 7.4.1.72 Inicio Do Prazo 74.1.73 Intertupga0 Do Prazo 7.4.1.7.3:4 Cltagao Pessoal Do Devedor 741.732 Protesto Judicial 7.4.1.7.3.3-Qualquer Ato Judicial Que Constitua Em Mora O Devedor 7.41.7.34 Reconhecimento Adm Da Divida 7.4.1.7.4 Suspensio Do Prazo 7.4.1.8 Conversao De Depésito Em Renda 7.4.4.9 Pagamento Antecipado E Homologacao 74.1.10 Consignagao Em Pagamento 74.4.40.1 recusa do recebimento 7.4.4.10.2 subordinagéo ao pagamento do tributo, penalidades ou ‘curmprimento de obrigagao acessoria 7.4.4.10.3 subordinago a cumprimento de exigéncias adm. sem fundamentagao legal 7.4.1.10.4 exigtncia por mais de um sujeito ativo 7.44.41 Decisdio Adm. ou Judicial recorrivel 7.4.4.12 Pagamento Indevido TAAA2A restituigio 7.4.4.42.2 quem pode conceder TAAA23-acréscimos 74.4.12.4-decadéncia 74.4.12 5:prescrigao 7.5 Exclusdio Do Crédito Tributario UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (COORDENAGAO DO CURSO DE DIREITO iplina de Direito Tributario Professor Daniel Quintas Colares Monitor Alexandre Linhares 7.5.1 Nao Dispensa O Cumprimento Das Obrigagbes Acessorias 7S2sengio ~ 7.5.2.4 Conceito 7.5.2.2-Previsao Legal 75.23 Espécies 7.5.2.3.4 Por Tempo Determinado Ou Indeterminado 75.232 Geral 752.33 Individual 7.52.34 Nao E Extensiva 7523.44 As Taxas 7.52.3.42 As Contribuigdes De Melhoria 75.23.43 Aos Novos Tributos 7.5235 Revogagio 7.5.2.35.1 Por Tempo Determinado 7.5.2.3.5.2 Por Tempo Indetermir 75. ido '5.3 Por Petiodo Certo De Tempo 7.5.3 Anistia 7.5.34 Conceito 75.3.2 Espécies 7.5.3.3.1 Infragdes Cometidas Antes Da Vigéncia Da Lei 7.5.3.4. Nao E Extensiva 7.5.3.4.4 Aos Crimes 7.5342As Contravengoes 7.5.34.3 Aos Atos Praticados Com Dolo, Fraude, Simulag&o Ou Conluio 8.0 Garantia E Privilégios Do Crédito Tributario 8.1 Bens Que Respondem Pelo Crédito ~s:' 8.2 Presungo De Fraude Na Alienacao De Bens E Direitos, 8.3 Preferéncia Do Crédito = 8.4 Nao Se Sujelta A Concurso De Credores 8.5 Nao Se Habilta Em Faléncia, Concordata, Arrolamento, Inventétio Ou Liquidago De Pessoa Juridica De Direito Privado 8.6 Concurso De Preferéncia 8.7 Concessao De Concordatas 8.8 Declarago De Extingo Das ObtigagBes Do Falido 8.9 Julgamento Da Partiha E Adjudicagao Em Inventérios Ou Arrolamentos 8.10 Apresentacao De Proposta Em Concorréncia Pablica 8:11 Celebragao De Contratos Com A Administragao Publica 10.0 Administragio Tributaria 10.1 Fiscalizagao 10.1.1 Atvidade Vinculada 10.1.2 Poderes Da Fiscalizagao 10.1.3 Pessoas Obrigadas A Prestar Informacdes 10.1.4 Auniio De Forga Policial 10.2 Divida Ativa 10.2.4 Divida Ativa Tributaria 10.2.2 Divida Ativa Nao Tributéria 10.2.3 Termo De Inscrigéio 10.24 Presungdo De Liquidez E Certeza 10.2.5 Certiddo De Divida Ativa 10.2.6 Certidao Negativa 10.2.7 Certiddo Postiva Com Efeito De Negativa 10.28 Certiddo Expedida Com Dolo Emil alexandre linhares@imeanctcom.br "Tel 244-1ORR Monitoria de Direito Tributdrio Alexandre Linhares 1 Dinero TRIBUTARIO - Notas Taquigraficas - Professor: Daniel Colares 4° ESQUEMA DE AULA F-InTRODUGAO 1-Conceito de Tributo 2~Fungées do Tributo 2.4 fiscal 2.2 parafiscal 2.3 extrafiscal 3~ Espécies de Tributo 3.4 Impostos 3.2 Taxas 3.3 Contribuigdes de Melhoria 3.4 Contribuigdes Sociais 3.5 Empréstimo Compulsério -INTRODUGAO © Tributo existe na sociedade humana desde seus primOrdios, desde que a sociedade humana tinha divistio de classes, e com esta surgiu 0 aparelho do Estado. Surgiu quando o hormem deixou de viver numa sociedade igualitaria, primitiva pois nesta sociedade nao havia necessidade de tributos, © homem vivia da caga, da pesca; sé usava o que precisava. Quando a sociedade evoluiu~ com a descoberta da agricultura, da pecuaria ~ 0 homem passou a produzir mais do que @ natureza the dava. Nao precisando mais ser némade, no precisando mais ir atrés de comida em outros lugares. ‘A.cada momento que 0 Estado comega a crescer, comega a afastar os homens da atividade produtiva, além disso também vieram as guerras que afastavam os homens da atividade produtiva logo 0 Estado tinha que prové-los. O tributo existe desde que surgiu 0 Estado, Onde existe o Estado, existe o tributo. “Tributo € condigao de cidadania". Estado sem cobrar tributo é Estado sem dinheiro nenhum, pois 0 Tributo é a grande fonte de receita do Estado. A cidadania é substanciada pelos direitos a saiide, a educagdo& habitagao... ‘Se o Estado no tem recurso para assegurar isso, estariam as pessoas sem dinhelro 8 margem da cidadania. S6 teria direito a isso quem tem dinhelro. A légica da tributagdo €: “O tributo tira daquele que tem dinheiro para dar para aquele que néo tem nada". © Tributo é de uma importancia social inquestiondvel. 1-Conceito © Tributo pode ser Imposto, Taxa ou Contribuigao. A Taxa é um tributo, o Imposto € outro tipo de tributo e a Contribuig&o € outro tipo. Tributo é o género. O tributo se encontra conceituado no préprio CTN, no ar. 3°. Este artigo traz 0 conceito legal de tributo. Embora seja um conceito legal, a propria norma conceituando o tributo, a doutrina tem se posicionado no sentido de entender que 0 Conceito que esté no Cédigo € 0 conceito mais pleno, mais acabado, mais completo de tributo. A Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 <2 > Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 2 prépria doutrina tem sido undnime em entender que este conceito do Cédigo € o melhor conceito de tributo, Alguns autores acrescentam alguns elementos 20 conceito, mas quase todos estes acréscimos recebem crticas de outros autores. Ou seja, a unanimidade é 0 que esté no Cédigo.-Os acréscimos que a doutrina faz néo so undnimes. Ndo ha quem discorde de nada do que esté no art. 3°do CTN. Art. 3°, Tributo é toda prestagao pecuniéria compulséria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sangdo de ato ilcito, institulda em lel e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. © ait. 3° diz que o tributo € uma prestagao, 6 algo que se entrega a alguém. E diz-se que é uma “prestagio compuls6ria paga em dinheiro’, portanto, é uma prestagéo pecuniéria — paga em dinheiro. Nenhum tributo € pago mais em dias de servico, trabalho; nenhum tributo 4 mais pago em. ‘gneros alimenticios ~ voce tem que produzir feljo, vender o feilfo transformando-o em dinheiro @ deste dinheiro, produto da venda, voc8 tira a parte da tributagdo do Estado; mas vocé primeiro converte aquele bem em dinheiro e apés isso paga o tributo, Nao ha mais nenhum tributo sendo pago com parte da produc&o, com parte dos seus bens, vocé transforma esses bens em dinheiro e paga ao Poder Pablico. Até al ndo ha novidade, no distingue esta prestagao de outras tantas prestagées, pois sio muitas as prestagSes pagas em dinheiro e que nao tem natureza tributéria. © CTN diz que é uma prestagto peounigria ~ paga em dinheiro ~ e compulséria. © que 6 uma prestag&o compulséria? E algo que vocé néo 6 chamado para discutir se quer ou nao pagar, se voce aceita ou ndo. Ele € imposto e retira seu patrimdnio compulsoriamente, sem a sua permisséo individual. Vocé néo é perguntado se quer pagar, quando quer pagar, quanto quer pagar de Imposto de Renda. Portanto, o tributo € uma prestagdo compuls6ria, nfo Ihe pergunta, nao Ihe consulta individualmente para que voo8 possa assumir essa obrigagao. As demais prestagdes decorrem-da vontade da partes, do contrato firmado, do acerto firmado entre as partes. O tributo nfo, 6 uma imposigao legal, € a norma que te impbe a obrigagdo. Nao € a tua concordancia que impée a obrigagao. Alguns tributos tem 0 que nés chamamos de operacao de débito e crédito. Sdo os chamados tributos néo cumulativos..O que vocé jé pagou antes, s@ voc8 val pagar hoje voc8 abate o que j& pagou. Eu tenho um armazém e compro bolsas e tenho muitas, comprei milhares dessas bolsas. Eu vendo essas bolsas para outros comerciantes, para revendedores, e estes vendem para 0 consumidor. Quando eu compro essas bolsas e coloco no meu armazém para vender, no alo da compra eu paguei Imposto, paguei ICMS, e quando eu vendo para o varejista este também paga ICMS, me entregou o ICMS; e no final do més eu vou pagar o ICMS do més. Entao olha. Ele me pagou 100 de ICMS quando me comprou a bolsa, mas quando eu comprei essa bolsa eu paguei 50 de ICMS da compra, portanto, eu no vou ter que pagar 100, porque eu ja paguei 50, s6 te pagarei 50 que é a diferenga: 100-50=50. E isso que ocorre no ICMS, que é um Imposto no cumulativo,’ paguel 50, vendi e recebi 400 no vou pagar'100 de novo no, porque no 6 cumulativo, nfo acumula Imposto sobre Imposto. Eu vou tirar 0 que eu jé paguei na operagao anterior. Mas de qualquer forma é assim que a lei define, allel diz que o ICMS ¢ um tributo néo cumulativo, a CF/88 diz isso e a lei oficial do ICMS estabeleceu ‘como € que € feita a apuragdo do ICMS. Feito isso, 6 compulsério, vocé querendo ou nfo terd que pagar 0 tributo desta forma que a lel defini. Nao decorre da minha vontade, eu terei que pagar 0 {ributo querendo ou ndo. Se eu n&o tiver dinheiro o Estado me interrompe e eu terei que pagar, nao depende da minha vontade, eu no vou decidir se posso, se quero ou se vou pagar agora ou amanha; eu vou pagar quando a lei disser que eu vou pagar. Entio, 0 tributo é uma prestag&o compulséria. Porque 0 tributo € compulsério? Porque a Obrigagao Tributaria, a natureza da Obrigacdo Tributaria, € de Direito Pablico obrigacional. Na relagéo juridica nés temos de um lado 0 Estado ~Sujeito Ativo-, do outro lado o contribuinte - Sujeito Passivo — e no centro dessa relagdo nés temos a Obrigacio Tributéria, que faz a ligago entre 0 Suleito Ativo @ 0 Sujeito Passivo. Entéo 0 Direito Tributério € um Direito obrigacional, a relagéo Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributdrio Alexandre Linhares 3 Juridica € uma relagéo obrigacional tendo no seu centro a Obrigagéio Tributéria. E diferente da ‘Obrigagiio do Direito Privado (Direito Civil, Direito Comercial), pois nos demais ramos do Direito a ‘obrigagao decorre da vontade das partes, sua natureza é contratual. es A Obrigagdo Tributéria é de natureza legal, a obrigagdio surge pela vontade da lei e nZo-por nossa vontade, nés no somos consultados. As demais obrigagées surgem em deoorréncia da propria vontade das partes — principio da vontade das partes. No Direito Tributério a obrigagio decorre da vontade de lei sem observar @ vontade do individuo. Daf porque uma crianga de dois meses de idadé, se registrada, tera capacidade tributaria embora nao tenha capacidade civil. Por que? Vamos supor que essa crianga seja filha de um homem muito rico, ela ganha por dia um milho e vai ter que pagar Imposto de Renda como qualquer outra pessoa. Tem capacidade tributaria, se no for pago 0 Imposto, seré acionada, seré executada, A capacidade tributéria ndo tem nada a ver com 0 a capacidade civil, nem poderia ter. Porque a obrigagao de Direito Privado decorre da vontade das partes, para vocé ter capacidade civil & preciso que vooé saiba manifestar sua vontade com lucidez; j4 que a obrigagdo surge como decorréncia da sua vontade, ent&o é preciso que voc8 saiba bem manifestar a sua vontade. Se vocé 6 uma crianga de dois meses, vooé nao tem como firmar um contrato, porque vacé no sabe discernir entre 0 bom e o ruim para vocé. No Direito Tributério, independentemente de vod ter capacidade civil, sua obrigagao nao surge como decorréncia do teu ato ldicido e sim como decorréncia da vontade da lei. Se vocé ganha dinheiro, voce tem capacidade tributéria e, portanto, tem que pagar teu Imposto, nao importando se voc8 tem dois meses de nascido. Alguém vai administrar os sous bens, 0 seu patiiménio, mas para a rolagdo tributéria & voc que responde. Entéio, a Obrigagao Tributéria 6 compulséria por isso, porque ela no depende da vontade das partes, ela depende exclusivamente da vontade da lei. ‘Além disso, o tributo é uma prestag&o instituida por lei. £ outra caracteristica que distingue © tributo das demais prestagBes. A obrigagdo tributaria s6 pode ser institulda por lel. © decreto ndo pode criar tributo nem aumentar tributo, assim como a portaria. Somente a lel em “stricto sensu" pode Criar tributo, pode aumentar tributo. -—— - Lei - ato do Poder Legislativo, a lei ordinéria a regra. Somente esta lei pode criar tributo. Nao pode ser uma norma do Poder Executivo, tem que ser norma do Poder Legislativo ~ que tem a participagao do Poder Executivo sim. Em matéria tributéria a iniciativa da lel 6 privativa do Executivo. 'S6 quem faz projeto de lei e apresenta 6 o Executivo. A no ser que o legislador faga um projeto, chamado indicativo, se 0 Executivo ~ seu chefe ~ quiser tudo bem. Pois a iniciativa € do chefe do Executivo. Entéo a participagdo é dos dois Poderes. Do Executivo ao apresentar o projeto, e posteriormente 0 Legislativo sancionard ou vetaré o projeto dele, Nao hé tributo sem ser instituldo em Tei. Nenhum tributo pode ser criado a n&o ser em lei © tributo ndo confunde com sangao, com penalidade ou castigo. Tributo nao penalidade e em poderia ser, porque ele sempre decorre de atividades licitas. Seria bem possivel 0 Estado do Cearé ao criar 0 ICMS colocar na lei “paga ICMS 25% sobre a venda de cocaina’, poderia fazer isso? “Cada grama de cooaina paga X% de ICMS", seria possivel? Nao, porque é uma atividade ilicita e como tal ndo pode ser tributada. Entio, o tributo teré que ter sempre como suporte uma atividade licita. Se o tributo sempre € necessariamente tera que ter como hipétese uma atividade licita, Isso significa que o tributo no pode ‘ser uma sang&o. A sang4o se aplica quando vocé comete uma ilicitude, somente. E uma decorréncia de um ato antijuridico, se 0 seu ato foi perfeitamente licito, vocé néo pode entender 0 tributo como sango, como uma punig&o, porque n&o houve ilicito para ser punido. Entdo 0 Tributo no 6 sangao. “Ah, mais eu paguei este ano meu Imposto de Renda mais uma multa de tantos reals porque atrasel a declaragao do imposto de Renda’. Voc8 pagou duas coisas distintas, voo8 pagou 0 tributo ~ Imposto de Renda e vocé pagou a sangéo — a multa pela jtude ~ atraso da entrega da declaragao do Imposto de Renda. Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988, de Direito Tributério Alexandre Linhares 4 Imaginem que um fiscal da Receita Federal encontra 10 milhdes de reais na conta de um contribuinte. Dinheiro este que nao foi deciarado no Imposto de Renda. O que & que o agente fazendario vai fazer? Vai langar um Imposto de Renda. Vai dizer que ele no declarou esse dintiero, ‘Vamos supor que este contribuinte ganhou dinhelro no jogo do bicho & dono de uma banca de jogo do bicho, portanto ganhou o dinheiro ilictamente. Ele vai pagar Imposto de Renda disso. O ‘que nao pode sor tributado ¢ a atividade : jogo do bicho. A lei ndo pode tributar isso. A lei val tributar © ganho, vai tributar “ganhar dinheiro*. Como ganhou dinheiro, 0 art. 118 CTN diz que n&o importa como ganhou, no importa ‘como realizou 0 Fato Gerador. Nao importa como ganhou os dez milhbes, ganhou, paga Imposto. ‘Mas af no esté tributando uma atividade ilicita? Nao; estaria tributando se dissesse: ‘sobre o jogo de bicho se pagara X% de Imposto de Renda". O que é que a auloridade faz? Cobra o Imposto de Renda e paga toda documentagao, onde o contribuinte nao demonstra a fonte, no demonstra a origem desse dinheiro, e encaminha para a autoridade policial ou para 0 Ministério Pablico. E estes sim, vao instaurar o inquérito policial a fim de apurar se houve ou nao crime. A relacdo tributéria se esgota al langou-se acabou; néo demonstrando a origem encaminha-se para a policia ou Ministério Piblico para ver de onde veio. Essa discusséo {é existia na doutrina tributaria intemacional. Alguns autores entendiam que numa hipétese dessa no poderia cobrar Imposto de Renda — todo mundo sabe que ele é bicheiro, como é que vai cobrar. Outra parte da doutrina entendia que podia e devia cobrar. Isso aconteceu nos EUA, ‘A Suprema Corte Norte Americana decidiu no devolver o Imposto e a mula pagos sobre 0 dinheiro adquirido de forma ilcita, porque no momento em que foi debitado efetivamente o individuo tinha no seu patriménio aquele ganho, aquele dinheiro. Entdo se ele realizou o Fato Gerador ~ ganhar dinheiro — tinha que pagar Imposto de Renda independente de como ganhou. E se posteriormente se constatar que houve crime aplica-se a sango penal, mas o tributo tem que ser pago. No Brasil, o art. 118 do CTN jé define isso legalmente, dizendo que interpreta-se a definicgo legal do Fato Gerador do Tributo independentemente, abstraindo-se -do..que -efetivamente 0 contribuinte fez. O fiscal é agente da Fazenda Pablica e no autoridade policial para ir atrés para saber como 0 contribuinte ganhou o dinheiro. O que importa é saber se ele ganhou dinheiro. Ganhou Ginheiro, paga Imposto. Nao ganhou, nao paga © Tributo, além disso, serd cobrado mediante att o art. 3°do CTN. idade administrativa vinculada, 6 o que diz © Ato Administrative arbitrério é aquele que 6 fruto do livre arbitrio do administrador piblico, da autoridade administrativa, E aquele que ndo tem previsdo legal. E comum nas monarquias absolutas — “todos pagam impostes, menos os meus amigos". Isso no 6 admissivel num Estado de Direito, E inadmissivel na ordem democratica © alo discricionério é aquele que esta previsto na norma. A norma diz como se realiza este ‘Ato Administrative mas al entroga & autoridade administrativa certa parcela de Poder. A autoridade pode decidir sobre a conveniéncia e sobre a oportunidade. Ex: um advogado de prestigio atropela cinco pessoas. Ele tem que ser condenado, s6 que © juiz tem um certo poder, pois € muito melhor aplicar uma pena altemativa para este cidado do que colocé-lo numa priséo e transformé-lo em marginal. Portanto, & um ato discriciondrio em que a autoridade administrativa tem poder para decidir sobre a conveniéncia e a oportunidade. Mas o que nos interessa 6 o Ato Administrativo Vinculado, que 6 aquele também chamado de ato regrado. E aquele em que a legislagao defina todos os’ procedimentos, e a autoridade ‘administrativa néo tem poder nenhum para decidir sobre a conveniéncia e oportunidade. Ela teré a norma como se fosse uma formula quimica, terd que seguir rigorosamente, sob pena de se inverter a ‘ordem dos elementos provocando uma exploséo. Ou seja, sob pena de no cumprindo rigorosamente © que est na norma viciar de nulidade o Ato Administrativo. Somente o Ato Administrativo vinculado 6 admissivel por ocasi8o da cobranga do Tributo. Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 5 Par que 0 Cédigo é t&o rigoroso para com a Administrago Publica Fazendéria? Porque o Poder'do Estado de cobrar Tributo € uma invas4o do Estado no patriménio particular. O Estado invade nosso patriménio e retira parte deste para compor o patriménio puiblico. isso é necessério, tem que se fazer, mas pelo menos que o Poder da autoridade seja legalmente instiuido, rigorosamente definido, e que essa autoridade no possa decidir sobre o que 6 oportuno e conveniente. A lei-é que diz isso, © Tributo tem trés fungées basicas Fungo Fiscal Fiscal ver de fisco, este, etmologicamente falando, & um cesto onde se paga o tributo, ou seja, & 0 coffe publica, o eréro. A funcdo fiscal do Tributo é quando Tributo tem como func&o arrecadar dinhelro para os cofres da Unido, para os cofres Estados membro, para os cofres Distrito Federal e para 0s cofres Municipios. Entdo, a fungao fiscal 6 quando o Tributo visa, primordialmente, arrecadar receitas para a Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios, para 0 cofre Pablico. Fungo Parafiscat E quando o Tributo visa arrecadar dinheiro mas nao para os cofres do fisco e sim entidades para-estatais, que so alongamentos do Estado mas nao se confundem com este, tem personalidade Juridica propria, Ex.: pagar Contribuigo previdenciéria do INSS (pessoa juridica de Direito Pablico, mas com personalidade juridica propria, distinta da Unido Federal, com arrecadacdo prépria); Contribuigdo da (OAB; ete. Fungao Extrafiscal Estranha & fungdi fiscal, E quando 0 Tributo realiza qualquer outra fungo menos a funcdo de arrecadar dinheiro, Nao visa formagao de receita. Ex: uma lei disp3e que as indistrias localizadas na Zona Franca de Manaus ndo pagardo Impostos. Esta lei tributaria realiza a. fungdo fiscal do Tributo? Nao. Dizer que ndo paga Tributo, no pode estar exercendo fungao fiscal. Realiza que fungao? Fungao de promover o desenvolvimento sécio-econdmico da zona norte do Pais; esta fungéio ngo tem nada a ver coma fungao fiscal nem muito menos coma parafiscal. Uma lei que aumente a aliquota de importacdo de carros de 30 para 75%, esta lei realiza a fungo fiscal do Tributo? Aparentemente poderia se dizer que sim, pols aumentou a alfquota e Conseqtientemente aumenta a arrecadagao. Mas nao é, pois aumentou-se a alfquota para impedir a importaco, para diminuir a importacdo. Esta que é a fungdo, ndo foi para aumentar a aliquota no. Talvez se arrecadasse bem mals antes, pois antes muita gente comprava caro importado e depois, com 0 aumento da aliquota, muitos deixaram de comprar. Diminuindo ou ndo a arrecadagéio, néo importa. © que importa é que fez com que essa norma fosse editada ndo foi a fungSo fiscal e sim a funcdo extrafiscal — equilibrar a balanga comercial brasileira. Para que o Tributo realize a fungao extrafiscal quase sempre 6 preciso que o Tributo exista, Voc 86 vai montar uma indistria na Zona Franca porque se vocé montar em outra regio do Pais aga Tributo. O Tributo existe para todo 0 Brasil, 86 no 6 cobrado naquela regio, Art. 150, § 6°, CF/88 — qualquer subsidio ou isengéio, redugdo de Base de Célculo, concessao de crédito presumido, anistia ou remisséo relativa a impostos, Taxas e Contribuigées, 56 poder ser concedida mediante lei especifica. Qualquer subsidio em matéria tributéria s6 pode ser mediante lei ~ observar-se-& o principio da estrita legalidade. Emai alexandre.inhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares » 6 © incentivo fiscal em matéria Tributéria é fung&o extrafiscal. Reforma Fiscal x Reforma Tributaria ~ Reforma Tributdria € s6 na matéria Tributéria; e Reforma Fiscal é em relagdo a finangas Pablicas em geral (Tributo e mais que Tributo) como, por exemplo, Agua gratuitamente. Dizer que um Tributo 6 marcado pela fungdo extrafiscal néo quer dizer que o Tributo nao realiza também a fungao fiscal. Ex: 0s Impostos de importag&o e exportago so marcados pela fung&o extrafiscal. Isso quer dizer que estes Impostos nfo realizam a fungao fiscal? Nao. Realiza sim a fung&o fiscal, também arecadam recelta para o Estado. Mas 0 que marca estes Impostos é a extrafiscalidade. Eles sio uitiizados como instrument do governo para controle da politica econdmica, e 6 isto que marca nestes dois Impostos. Embora possa fazer isso para arrecadar. Como? Para incentivar ou desincentivar a exportagao 6 preciso que eu diga “Eu quero que exporte muito tal produto”, se voo8 quer que exporte diminua a aliquota, se quer que no se exporte aumente a aliquota. E todo mundo pudesse exportar livremente a fungo extrafiscal nao existiria porque nem o Tributo existiia. Para existir a fungdo fiscal 6 preciso existir 0 Tributo, para existir este & preciso ‘ributago — no existe Tributo sem ser cobrado, claro ~ e ai o governo utiliza o Tributo na forma extrafiscal. Nao quero exportar café, entéo aumenta a aliquota da exportacao de café. Ninguém iria ~ para a.Zona Norte se ninguém pagasse Imposto. E preciso fungaio fiscal no Brasil todo para garantir a extrafiscalidade, © Tributo pode ser: Imposto, Taxa, ou Contribuigdo. Dizer as espécies de Tributo ¢ a mesma coisa de natureza juridica do Tributo. ‘© Tributo teré natureza juridica de Imposto, natureza Juridica de Taxa ou natureza juridica de Contribuigao. O Tributo 6 0 género. O conceito de Tributo se aplica a todas as espécies, assim como suas fungbes também. Apesar de a fungdo extrafiscal ser mais prépria para os Impostos, mas no s6 para eles. Imposto —Competéncia Privativa = Nao vinculado ~ Classificagées Federal, estadual, municipal, distal . = Patriménio e Renda, produg&o e circulago, comércio exterior e extraordindrios — reais e pessoais =direto e indiretos Como todo Tributo, se aplica tudo que esta no conceito — tem que ser criado por lei, ‘Compulsério, no € sangéo, € cobrado vinculadamente... ~, tudo e aplica ao imposto. ‘© Imposto 6 de Competéncia Privativa. Os arts. 153 e 154 da CF/88 indicam os Impostos que a Unido pode oriar, somente a Unido pode criar estes Impostos ~ 0 Estado de Ceara nao pode criar Imposto de Renda, nem IPI, somente a Unido. No art. 155 CF/88 nds temos os Impostos que os Estados € 0 Distrito Federal podem criar, a Uniao nao pode eriar estes Impostos. No art. 156, CF/88 és temos os Impostos que s6 os Municipios podem criar, ou seja, em matéria de Imposto a Competéncia € Privativa. A Constituiggo Federal ao fazer isso, distribuiu a competéncia entre os diversos entes que compée a federagso. Emi lexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 COCK O ToC OC COCO CEO ROO ORS ee0e Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 7 © art. 7° do CTN diz que a Competéncia Tributaria 6 indolegavel. Se 0 Tributo é do Municipio, ninguém mais podera criar o Tributo a nao ser o Municipio. © Municipio nao pode sequer delegar, ou ele cria ou ninguém oria Em matéria de Tributos federais a Competéncia 6 Exclusiva da Unido Federal. Em imatéria de Tributos distrtais, estaduais-e municipais a Competéncia 6 concorrente, como? O Estado cria 0 seu Tributo mas a Unio pode legislar sobre as normas gerais sobre o Tributo. a Unido concorre com a parcela de Competéncia. No modo de ver do Daniel nestes casos a Competéncia € concorrente. Sé ‘quem cria 0 Tributo o Estado ou 0 Municipio, neste aspecto seria Privativa; mas a Unido pode editar ainda normas gerais. De todos os Tributos, 0 Imposto 6 0 nico Tributo nao vinculado. © Imposto para ser ‘cobrado néo requer qualquer atividade estatal drigida ao contribuinte ~ 0 nao vinculado mencionado no conceito no tem nada a ver coma atividade vinculada mencionada acima. Aatividade administrativa de cobrar imposto é uma atividade vinculada, 0 fiscal ao ira uma ‘empresa cobrar 0 ICMS, ele tem que cobrar o Imposto do jeito que a legislacdo manda que ele cobre. E vinculada a cobranga do Imposto como & vinculada a cobranga de qualquer Tributo. Agora, 0 Imposto quando dizemos que ele é néo vinculado é porque para vocé se obrigar a pagar ICMS oe no precisa o Estado fazer nada para voce. Diferentemente da Taxa, que para voc8 pagé-la é preciso que o Municipio de Fortaleza faca alguria coisa para vocé ~ iluminagio Publica - voce paga somente se houver iluminagao onde voce ‘mora, neste caso tem que haver atividade estatal; caso contrario, vocd no precisa pagar a Taxa, O Imposto, no. O que foi que a Unido fez, te deu em troca para vocé pagar Imposto de Renda? Nada especifico para vocé. Ela vai fazer estradas, Servigos Pablicos, hospital. © inico Tributo vinculado é aquele que vocé tem algo especifico, drigido a Sua pessoa; tipo ‘© Municfpio limpar a cidade, ele timpou para voc8. Entéo Municipio fez algo dirigido a vocé contribuinte da Taxa de Limpeza Publica. Se voo8 mora fora da cidade onde ndo_tem servico de limpeza piblica, vocé no esta obrigado a pagar a taxa de limpeza piblica porque ndo existe atividade estatal A Constituigtio Federal diz no art. 167, IV que os Imposto néo podem ter sua receita vinculada aos gastos especifices, tipo o Imposto de Renda seré empregado na sade piiblica ou na seguranga pablica.... A lei nao pode vincular a arrecadagdo de um Imposto a uma despesa pré- determinada, porque os Impostos representam a arrecadacdo para as atividades gerals do Estado ~ pagar funciondrio Pablico, Obras Piblicas. “A Constituigéo Federal proibe a vinculago até em homenagem ao tipo de governo que nés temos, ao tipo de presidencialismo nosso". Se nés estamos no presidencialismo , no ha como vincular a arrecadag&io de Imposto a gastos especificos, porque se todos os Impostos fossem vinculados, ndo se precisaria do Presidente, bastaria o parlamento. A lel diria em que e como era para ser gasto os Impostos. E o presidencialismo é caracterizado pelo Fato do Presidente apresentar © plano dele, o projeto de governo dele; e vai ter sua prioridade (saiide, educagdio etc.).. Jaa Taxa, esta sim é vinculada. Ex: Taxa de lluminagao Piblica € para pagar 0 gasto com iluminago das ruas e pragas. AS Taxa jé sto vinculadas no restando ao Prefeito fazer nada nas suas vinculagdes, a ndo ser injetando tum pouco mais para suprir alguma falta. Mas os Impostos representam a Gnica receita onde ele pode fazer sua politica elegendo prioridades para ele. Todos 0s Impostos so ndo vinculados. Se surgir um Tributo vinculado af ele € Taxa ou sera Contribuigo. A natureza juridica de Imposto é de ser nao vinculado, Ex: 0 Fato Gerador do ICMS 6 um Fato no vinculado: vender mercadoria. Exige-se que © Estado faga alguma coisa para vocé vender mercadoria? Nao. : alexandre.linhares@mcanet.com.br Emai Tel: 244-1988 Monitoria de Alexandre Linhares ‘A CPMF € para ser aplicada na satide, mas nem por isso deixou de ser Imposto. A CPMF é ‘um Tributo Figo vinculado. O que é vinculado na CPMF ¢ a aplicago da verba: s6 pode ser aplicada. A destinagao da verba € que esta vinculada. Qual o Falo Gerador da CPMF? E a movimentag&o financeira; por exemplo, se eu passo um cheque para voc8 eu pago CPMF. A atividade de passar um cheque vincula alguma atividade estatal? Requer do Estado algo em nossa direcio? Nao, 0 Fato Gerador € desvinculado de qualquer atividade estatal, portanto, é um Tributo nao vinculado. Sé que ja se havia dito que 0 Imposto néo pode ter destinacdo pré-determinada em lei, mas a CPMF tem. A Constituigo Federal diz que n&o pode ter, mas a Constituiggo Federal disse que a CPMF teria criado assim uma excegao. A Constituicao Federal pode fazer isso, criar a regra e criar uma excegdo a ela, Da mesma forma € o Imposto de guerra. A Constituigdio Federal de 88 no art. 154, I! diz que no periodo de guerra podera ser criado 0 Imposto de guerra, e vincula este a guerra. Se a Constituig&io Federal nd tivesse criado essas excegdes a lei nao poderia criar. Existem varias classificagbes para os Impostos. A Constituigfo Federal classifica os Impostos com sendo: federais; estaduais ou distritais; e municipais. O CTN classificou os Impostos como sendo: Impostos sobre producto e circulac&o; Impostos sobre o patriménio ea Renda; Impostos sobre comércio exterior, e Impostos extraordinarios ou especi Alguns autores classificam os Impostos ‘como sendo reais ou pessoais. Reais aqueles que incidem sobre o patrimSnio do contribuinte — IPTU ~ e pessoais aqueles que incidem sobre 0 préprio Contribuinte — Imposto de Renda, incide sobre sua Renda. Para Daniel, esta classificagao doutrinéria do ponto de vista juridico, n&o tem valor. Para ele s6 existe Imposto pessoal, pois do seu apartamento quem paga Imposto é ele, 6 a sua pessoa que responde por ele. A doutrina classifica também os Impostos em diretos e indiretos. Diretos: seriam aqueles em que © contribuinte arca como énus da tributagao — Imposto de Renda, quem paga 6 vocé mesmo. Indiretos: seriam aqueles em que o contribuinte passa o nus para outra pessoa que no é ccontribuinte — ICMS, 0 contribuinte é 0 comerciante mas quando o cliente chega na sua loja e compra algo, o comerciante joga para ele 0 ICMS, pois cobra 0 prego da coisa e do ICMS. Taxa —Competéncia Privativa = vinculado —espécies de Policia de Servigos ‘especificos isiveis *efetivo “potencial — nfo pode ter o Fato Gerador do Imposto Contribuiggio de Methoria — Competéncia Privativa Email: alexandre.linhares@mcanet.co1 Tel: 244-1988 CeCCCCC HAR OC CORE EDS £0 eeee e Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 9 ~ vinculado = limites econdmicos _ ~valor da Obra 5 valor da Melhoria ~ procedimento Administrative Taxa € um Tributo que alguns autores afirmam se tratar de um Tributo de Competéncia comum, Afirma-se isso porque a Constituicao Federal quando fala das Taxas ela diz apenas no art. 145, Il, CF, que a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios Poderdo instituir Taxas. Como a Constituigéo Federal diz isso e depois praticamente no fala mais de Taxa, alguns autores chegaram a conclusdo que a Taxa seria um Tribulo de Competéncia comum a todos. Em relagao aos Impostos a Constituigée Federal fez um aclara distribuigéio entre Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios. A Taxa nao possui essa distribuiggo clara, todos podem criar Taxas. E por Isso que alguns autores chegaram a conclusio que a Taxa é um Tributo de Competéncia comum; todos tem ‘Competéncia para criar Taxas e a Constituic&o Federal nao disciplinou quais Taxas que Cada um dos entes federals poderiam instituir. Porém outros autores ndo concordam com esse entendimento, eles acham que a Taxa , como qualquer outro Tributo seré sempre de Competéncia Privativa — podendo ser Exclusiva ou no maximo concorrente, Carraza diz que a Taxa 6 de Competéncia Privativa, pois a Constituigo Federal diz que a Uniéo, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios poderdo instituir Taxas da atividade de Policia ou da prestagdo de Servico Pablico. $6 podem cobrar, instituir, criar a Taxa quem realiza a atividade estatal, Ex.: se 0 Municipio de Fortaleza limpou a cidade de Fortaleza s6 quem pode instituira Taxa de Limpeza Piblica para Fortaleza o Municipio de Fortaleza. No pode o Estado do Ceard cobrar a ‘Taxa de Limpeza Pablica pois isso é Privativo do Municipio. Se o Municipio quiser cria a Taxa, se no quiser no cria, mas ninguém mais poder criar. A Competéncia € Privativa, a Constituigdo Federal no fez 0 que fez com os Impostos. Aqueles Impostos so da Unio, aqueles outros so dos Estados e outros dos Municfpios e nao o fez porque no caberia fazé-1o. Esses Servicos Publicos so da Unido, esses outros do Estado ¢ aqueles do Municipio, a Constituic&o Federal nao fez isso, mas esta implicito no texto constitucional que a Competéncia é Privativa de quem realiza o Servigo. Se o Tributo é um Tributo vinculado a um servigo, ninguém poderd cobrar a Taxa, criar Taxa sobre aquele Servigo a nfo ser a pessoa politica que realizou a atividade vinculante, a atividade estatal. Entdo é Privativa desses pessoas. Dizer que a Competéncia é comum ¢ aceitar que a Unifio poderia criar a Taxa de Limpeza Publica e 0 Estado e 0 Municipio também cobrar essa mesma Taxa sobre 0 mesmo contribuinte, sobre a mesma afividade. A Competéncia € Privativa de quem realiza a atividade estatal vinculante. A Taxa diferentemente dos Impostos 6 um Tributo vinculado, porque requer uma atividade estatal, se n&o for realizada a atividade estatal especifica, direcionada ao Sujeito Passivo, a0 contribuinte da Taxa nao hé com se cobrar Taxa. Ex.: se no Municipio de Fortaleza nao tivesse 0 Servico de limpeza Piblica nfo haveria ‘como cobrar a Taxa de Limpeza Pablica; 6 uma atividade, portanto, vinculada. E um Tributo vinculado a uma atividade estatal, a atividade de Limpeza Piblica, de limpar a cidade. O dnico Tributo no vinculado s&0 os Impostos, todos os demais so vinculados, esto a requerer uma atividade estatal prévia para que a possa cobrar ou mesmo institu. Email: alexandre.jinhares@mcanet.com.br Tel: 244-1968 Monitoria de ito Tributério Alexandre Linhares 10 A Constituigfio Federal estabeleceu dois tipos de Taxas — art. 145, II. A primeira sao as ‘Taxas decofrentes da atividade de exercicio regular de poder e a segunda sao as Taxas decorrente da prestagdo de Servigo Pablico. Entao s4o dois tipos de Taxas distintas. ATaxa de Policia 6 aquela que decorre da atividade de Policia do Estado nao tem nada.a ver com a Policia militar, Policia civil ou guarda municipal. Tem a ver com aquilo que decorre do Poder de Policia do Estado. 0 Poder do Policia 6 a atividade estatal que decorre diretamente do Poder de império do Estado. Vocé tem seus direitos individuais constitucionais assegurados e quando vocé exerce esses Diréitos vocé sofre determinadas limitages, voo8 no pode extrapolar determinados limites, sob pena de colocar em risco 0 interesse social, a coletividade, a ordem piblica, a saide publica, a tranglilidade pablica, Entdo a atividade pablica que val limitar 0 exer chamamos de atividade de Policia do Estado: ¢ atividade de fiscalizaco, de controle, de vigilancia do Poder Pablico sobre 0 exercicio dos Direitos individuais. Ex: vocé € proprietério de um imével, voc€ quer construir um prédio de 20 andares, no basta ter dinheiro para construir esse prédio. Voc® primeiro deverd apresentar um projeto ao Poder Pablico, ‘ele examinaré esse projeto, verificar se um arquiteto e um engenheiro assinaram, se um engenheiro acompanha a obra verifica se naquelé local onde vocé pretende construir o prédio pode ser edificado um prédio de 20 andares, se ha condigées de seguranga, se ha um bom sistema de elettificagao. Vocé tem 0 dinheiro para construir 0 prédio, mas quando vocé vai exercer esse seu direito individual, direito de propriedade privada, a iniciativa privada, ver o Estado e limita 0 exercicio desse poder, por exemplo, aqui no pode ser construido um prédio com mais de trés andares, acabou-se, ‘Zo pode, voo8 no construiré um prédio de 20 andares. E 0 teu direito individual controlado, limitado vigiado pelo Estado, essa atividade estatal se chama atividade de Policia do Estado, que decorre do poder de império do Estado. é o interesse coletivo se sobre pondo ao interesse individual, Aalividade do Estado que controla 0 exercicio dos direitos individuais, vigiando, controtando € fiscalizando 0 cidadao nesse exercer dos direitos individuals para garantir.a ordem piblica,. a saide € higiene publica, toda essa atividade estatal se chama atividade de Policia do Estado. entdo quando 0 Estado realiza, exerce 0 seu poder é possivel a cobranga de Taxas, as chamadas Taxas de Policia ou Taxas decorrentes do exercicio regular do Poder de Policia — art. 145, II, CF. Quando voo’ monta um restaurante, antes de comecar a funcionar, voce terd que receber 0 ‘que nés chamamos de alvard de funcionamento. © 6rg&o piblico verificara'se esse restaurante tem uma boa qualidade de agua, se as instalagdes sanitérias S80 boas, se a cozinha tem condigées de higiene para funcionar o restaurante, verificaré se aquele local 6 um local em que se possa ser explorada aquela atividade, ou seja, o Poder Pablico examinard essa tua iniciativa privada, se & possivel na forma como vocé pretende. Depois que o restaurante ja estiver pronto ele s6 poderd comegar a funcionar depois que receber 0 alvard do funcionamento. Vai no pagar o alvard de funcionamento e sim a Taxa de Policia. Depois de pagar essa Taxa vocé recebe o alvara de funcionamento, O alvard 6 a liberacdio oficial da tua atividade, estéo liberando voc8 agora pode exercer, realizar um atividade. O alvaré é uma liberago esté liberando aquilo que voc pretende fazer, esta permitindo que vocé faca isso. © que voc paga mesmo é a Taxa, chamada Taxa decorrente do Poder de Policia, ou Taxa de Policia. Se vocé vai construir vocé recebe 0 alvara de construc&o, mas antes de expedir esse alvard o Poder Pablico exige o pagamento da Taxa de Policia. Essa Taxa decorre do exercicio regular do Poder do Estado. Essa Taxa € paga normalmente se 0 alvard é liberado, a nossa legislagio ao estabelecer a ‘Taxa na liberacdo, o Fato Gerador é o momento em que vocé vai receber o alvard se pagar. Se nao for liberado a legislagao normalmente nao te exige pagar. Por que essa Taxa? Porque 0 Poder Pablico gastou dinheiro te vigiando, verificando essa sua atividade nao é justo que 0 coletividade toda pague esse gasto a Administragdo teve por isso voo8 paga a Taxa de Policia, Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 CoOeoeeowvrecccecere eeevcoccce Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 11 E facil distinguir a Taxa de Policia, basta saber qual for 0 Fato Gerador, por exemplo, fiscalizago, liberagdo da tua atividade, sendo uma dessas hipdteses serd Taxa de Policia. A. Taxa de Servigo é aquela que decome da prestagdo de Servico Piblico para contribuinte. Precisa apenas que 0 Servigo tenha sido prestado pelo Poder Piblico, bancado pelos cofres Piblicos. A Administragdo Piblico, o Poder Publico gastou dinhelro na realizago, na prestado deste Servico. Servigo Piblico 6 todo aquele que se submete a um regime juridico proprio. E aquele Servigo realizado pelo Poder Pablico e que se submete a um regime juridico, a legislago diz como se presta esse Servigo. © Servigo Piblico pode ser gerador de uma Taxa de Servico. Entéo, qual a diferenca do Servigo de fiscalizagdo da Taxa de Policia ¢ 0 Servigo Paiblico? A diferenga 6 que no Servigo Pablico a Taxa de Servico em geral, é um Servigo prestado para 0 contribunte que vai pagar. Ex: eu estou pagando a Taxa de limpeza Publica porque o Municipio de Fortaleza limpa a minha cidade, eu no preciso pagar pessoas para limpar a minha rua, par limpar as pragas, porque 0 Municipio jé faz, se nfo fizesse nés teriamos que fazer. A diferenga da Taxa de Policia para Taxa de Servigo, € que nesta ultima vocé recebe 0 Servico, na Taxa do Policia vocé néo recebe o Servigo para vocé, mas a sociedade recebe. Ex.: fiscalizar tua construgdo nao é um Servigo para vocé e sim para a sociedade, para quem vai comprar um apartamento, para quem vai passar debaixo desse prédio. Na verdade, quando 0 Poder Publico fiscaliza ele no esté fazendo nada para vocé, ele esta fazendo para a coletividade. Na verdade o contribuinte nem gosteria de ser fiscalizado, gostaria de montar o restaurante com a gua mais barata que tivesse, com a cozinha mais barata, gostava de construir um prédio da forma que gastasse menos dinheiro: fio, ferro, cimento, alcerce mais baralos. E a sociedade quem quer que seja 0 prédio seja bem feito, seja seguro, quer que o restaurante tenha condigdes de higiene, mas nao é um Servigo prestado para © contribuinte, na verdade a fiscalizago é em favor da sociedade e normalmente contra 0 contribuinte.'A fiscalizagdo vigia, controla o contibuinte, limita 0 Direito do contribuinte, Por isso que 0 Hugo de Brito Machado diz que a Taxa de Policia no 6 uma Taxa contraprestacional. Na Taxa de Servigo o Poder Pablico faz uma prestago, que ¢ a prestagao do Servigo, vocé em contrapartida faz uma contra prestagao, que € pagar esse Servigo que foi prestado. Entio a Taxa de Servigo € um Tributo contraprestacional, voce esté pagando a contraprestago. Foi-the feita a prestago do servigo e vocé est pagando a contraprestago, esté devolvendo ao Poder Piblico aquele servigo aquilo que ele vem desembolsado diariamente, mensalmente na prestagéo_desse servico. E por isso que os autores chamam de Tributo contraprestacional pois 6 um Tributo que representa contraprestacéo, (© Hugo de Brito Machado diz que a Taxa de Policia no & contraprestacional. O contribuinte da Taxa de Policia nao recebe uma prestagtio, quem recebe a prestago é a sociedade nfo o contribuinte. Na verdade, 0 contribuinte passaria muito bem sem a atividade estatal, sem a vigiléncia, sem a fiscalizagdo, a sociedade é que ndo passaria bem. © Poder de Policia & mais restrito porque ou voce realiza algo que demanda a atividade Publica ou voc8 néo paga. Na Taxa de Servigo, prestado 0 servigo vooé tem que pagar obrigatoriamente, Todo o Tributo é Compulsério realizar o Fato Gerador tem que pagar, pois que 0 Fato Gerador da Taxa de Policia é voc8 obrigar o Poder Pablico a realizar a atividade de policia. A Taxa de Servigo tem que ser um Servigo Publica e a Constituicdo Federal diz esse Servigo Pablico deverd ser especifica e divisivel, ou seja, o que é um Servico Pablico especifico? E aquele que é especificado, aquele que no é genérico.'O Municipio de Fortaleza ou o Estado de Cearé ou a Uniéo Federal no poderiam criar no lugar dessas Taxas de Servigo, uma Taxa dnica sobre 0s servigos em geral. Nao Poderia criar Taxa sobre servigos em geral, tem que ser Servigos especificos. Email: alexandre.tinhares@mcanet,com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 12 5. Ex Taxa sobre Servigo de empresa, Servigo de saneamento, Servigo de iluminago Publica, tem que especificar 0 Servigo,, nao pode ser Servic genericaniente falando. Necessariamente deve-se indicar qual € 0 Servigo. ‘Todo Municipio ou Estado ou a Unidio Poderiam criar um Cédigo de Tributos 0 de Taxas. Entao, na mesma lei tem art. 1° ~ Taxa sobre Servigo de limpeza Publica, af regulamenta, define como é essa Taxa, art.10 Taxa sobre Servigo de saneamento, todos na lei, mas devera especificar Servigo a Servigo necessariamente. Esse Servigo além de especifico, deverd se divisivel. A norma que ctia a Taxa de Servigo deverd estabelecer critérios que dé a esse Sorvigo divisibiidade entre os contribuintes para que alguns paguem mais do que outros. Por exemplo: eu tenho um apartamento e pago Taxa de Servigo de limpeza Pablica, mas & natural que uma usina de beneficiamento de castanha de caju pague mais Taxa de limpeza Pablica do que eu, porque me parece uma concluséo natural que meu apartamento produziré menos lixo do ‘que uma usina, entéio ela deve pagar mais. E natural que o hospital pague mais que 0 comércio, Porque o hospital produz um lixo altamente perigoso, que deve o Poder Pablico adotar cautelas, cuidados ‘especials com aquele lixo para evitar contaminacao a populago. Entio as Taxas devergo estabelecer critérios de divisibilidade, paga mais quem requer mais Servigo ou o Servigo mais onerosoe paga menos quem requet um Servigo menos oneroso. A norma deverd estabelecer instramentos que garantam a essa Taxa a divisibilidade do Servigo entre os contribuintes. Voce paga essa Taxa de Servigo, mas esse Servigo pode ser efetivo ou potencial. Efetivo & quando voce efetivamente se utiliza desse Servigo. © Servigo foi prestado ou fol posto a tua disposigao e vocé se utlizou desse Servigo, entéio Servigo Piblico efetivo. Potencial quando voce no se utiliza do Servigo mas ele foi posto a tua disposi¢ao. Eu posso viajar, sair do Cearé, passar dez anos morando fora e todo ano eu terel que pagar a minha Taxa de Limpeza Publica do meu apaitamento no Ceard. Embora eu-ndo esteja:me ulilizando do servigo, porque ndo estou morando aqui, o servigo esta posto a minha disposigo, Entao a Conslituig&o diz que esse Servigo pode ser efetivamente utiizado pelo contribuinte ou.apenas pode ter sido posto a disposig&o do contribuinte, ele ja est obrigado a pagar. Quem consome mais energia paga mais Taxa de lluminagao Pablica, esse € um critério de divisibilidade. Em alguns casos essa presungao pode ser falha numericamente, quantitativamente, mas socialmente € justa. Nao é um critério perfelto, nfo garante a divisibiidade da Taxa, parte de uma presung&o sujeita a falha e a injustigas — quem gasta mais energia tem mals gente em casa. De qualquer forma garante a divisibilidade da Taxa, de forma falha ma garante. “A Taxa, diz 0 §2° do art. 145, Constituigo Federal , no pode ter Base de Calculo proprio da Base da Célculo do Imposto. Porque a Taxa tem natureza juridica distinta da natureza do Imposto. © Imposto é um Tributo no vinculado entao o Fato Gerador, a Base de Célculo é qualquer coisa que © legistador escolha. Jé 0 da Taxa deve refletir 0 Servigo Publico, o gasto com esse Servigo Piiblico ‘nao seria justo que 0 Municipio de Fortaleza gaste 100 mil reais coma lluminagao Publica e cobre 1 milhéo de reais de Taxa, a Base de Calculo dessa Taxa deverd garantir isso o servigo. A prestacao do servigo, até um melhoramento do servico, mas nunca extrapolar o gasto com esse servigo, com a conservagdio, com a manutengéo do servigo. Porque néo é s6 pagar o que foi gasto de energia padblica, tem que pagar o poste, o fol, o transformador, a lampada, garantido isso nfo ha mais porque {ributar. ‘A Base de Calculo deve refletir 0 custeio © n&o ultrapassar esse custeio porque é um Tributo vinculado, esté vinculado & atividade. Nao pode gastar 100 e cobrar 1 milhao porque ai perdeu 0 vinculo, n&o & mals para servigo de iluminagdo e sim para encher os cofres do Estado e para isso ai presta o Imposto que é para receita do Estado em geral Contribuig&o de Melhoria trata das ContribuigSes de Melhoria e diz que a Unio, os Estados, o Distrito ios Poderdo institui ContribuigSes de Methoria decorrente de Obra Pablica. Email: alexandre.tinhares@mcanet,com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 13 Alguns autores afirmam que a Contribuigdo de Melhoria seria de Competéncia comum, porque’a Constituigao Federal nao diz quais so as Obras da Unido, a dos Estados, 0 Distrito Federal icfplos, ela diz que todos podem criar Contribuigbes de Melhioria decorrente de Obra Pablica. ‘Como a Constituigo nfo indicou quais as Obras que cada ente que compbe a Federagdo Poderia edificar para cobrar Contribuig&o de Melhoria, esses autores também chegaram a conclusio de que a Contribuigo seria um Tribute de Competéncia comum, tades possuem Competéncia. Outros autores discordam desse entendimento e acham que a Contribuigao de Melhoria assim como a Taxa é de Competéncia Privativa. Pertence Exclusivamente ao ente federado que edificou a Obra Pablica. Se 0 Municipio faz uma Obra Publica e por conta dessa pode cobrar Contribuigaio de Melhoria , somente o Municipio pode cobrar, o Estado nao pode instituir Contribuigao de Melhoria decorrente de uma Obra Pablica que o Municipio fez. A Competéncia pertence Privativamente a pessoa que edificou a Obra Piiblica. Se mais de um ente construir a Obra, seré criada uma tinica Contribuigéio de Melhoria, nesta lei serd escolhido quem @ que vai cobrar a Contribuigdo de Melhoria e essa norma podera estabelecer o repasse, distribuindo a Contribuicgo de Methoria entre os entes. Nao podem, todos cobrar uma Contribuigaio de Melhoria sobre a mesma Obra, s6 pode cobrar uma Contribuiggio de Melhoria, como vao decidir, eles lé decidam, mas somente um tera Compeléncia. A Competéncia seria definida por uma formacao de convénio e nesse convénio ficaria acertado que o Municipio cobraria ou que a Unido cobraria e que repassaria ou n&o para os demais , mas teria que ser de um apenas. >A Contribuig&o de Melhoria 6 um Tributo vinculado, porque s6 pode ser instituida quando 6 realizada uma Obra Piblica, esta presente a atividade estatal — Obra Publica. Ou o Estado realiza a atividade: edificar uma Obra Publica ou no poderia cobrar @ Contribuigéio de Melhoria. Entéo 6 um Tributo vinculado, se no existir atividade a construgZo da Obra, ndio ha como cobrar Contribuig&o de Methoria. Essa vinculagdo no é para onde vai o dinheiro, onde seré gasto 0 dinheiro da Obra. Estado construlu uma Obra, esse dinheiro que ele cobrar da Contribuig&o de Melhoria nao ecessariamente iré para a Obra, Poderé ser qualquer outra coisa. A vinculago € com 0 Fato Gerador, 0 Fato Gerador esta vinculado a uma atividade que a construgdo da Obra, onde serd gasto 0 dinheiro arrecadado no importa, importa que a minha Obrigagao de pagar o Tributo esta vinculada a uma atividade do Estado — construir uma Obra, A legislagao infraconstitucional ~ CTN ~ defina tratamento, regulamenta a Contribuigao de Methoria no Brasil e definiu dois limites econdmicos para a cobranca da Contribuicao de Melhoria, primeiro limite € o valor da Obra e 0 segundo limite o valor da Melhoria. A Contribuigdo de Melhoria esta vinculada no 4 Obra e sim a Melhoria que essa Obra trouxe. Ex.: eu tenho um imével que vale 10 mil reais, construfram uma Obra Publica e esse imével, por conta dessa Obra Pablica, passou a vale 0 mil reais. Eu tive uma Melhoria patrimonial de 40 mil reais. Ent&o, para cobrar Contribuigo de Melhoria é preciso que haja a conseqtiéncia de Melhoria no meu patrimdnio. A Obra Publica edificada provocou uma Melhoria, uma valorizago no mou patriménio, O Fato Gerador da Contribuigzo de Melhoria no é a Obra, é a Melhoria. Ex: construlram na Av. 13 de maio um viaduto, quem tem iméveis ali em volta no estava obrigado a pagar Contribuigdo de Melhoria, porque os iméveis nao valorizaram. Apesar de ter havido a Obra Pablica nao serd preciso pagar 0 Tributo. Porque a Obrigagdo Tributaria ela surge, o Fato Gerador dessa Obrigagao nao é a Obra Publica, € a Melhoria. Se a Melhoria fiver ocorrido eu pago, caso contrério poderd ser feita dezenas de Obras Piblica que eu ndo pago nada, porque nfo ocorreu 0 Fato Gerador da Melhoria. A pessoa talvez tivesse direito a indenizagao pelo prejuizo e no pagar Conttibuig&o de Melhoria. Ent¥o, Contribuiggo de Melhoria requer um acréscimo patrimonial, a valorizagio do seu patriménio. Sem a valorizagao do seu patrimGnio no existe Obrigagdo de pagar Contribuigsio de Methoria Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 14 ‘Quem compra um imével responde pelos Tributos que incidem sobre este imével. Ao ‘comprar ur imével vocé responde pelos Fatos Geradores ocorridos antes da compra. ‘A Contibuigao de Melhoria tem uma fungo maior do que qualquer outro Tributo, que 6 a fungao de justificar o Seu enriquecimento. . Ex.: eu tinha um imével que vale 10 mil reais, apds uma Obra Pablica o meu imével passou a valer 50 mil reais, eu fiquei mais rico em 40 mil reais, eu no del causa a esse enriquecimento, foi uma Obra Pablica que custou esse enriquecimento, fol o dinheiro dos contribuintes que causou o meu enriquecimento, foi o dinheiro da sociedade que me tomou mais rico. Entéo, a Contribuigio de Melhoria tem como finalidade repor esse dinheiro aos cofres Pabticos, com isso fazendo com que eu Justifique o meu enriquecimento, com que eu dé causa a ele. ‘A Contribuigdio de Melhoria & um dos Tributos, do ponto de vista politico-social mais justos que existem, porque isso da mais rigor as prioridades dessas Obras. Este enriquecimento como no caso da continuagao da Av. Santos Dumont em que os terrenos da dunas, que antes nada valiam, passaram a custar muito, ‘© imével € @ prova inconteste da Capacidade de Contribuigdo que vocé em, ele néo comprova liquidez, mas capacidade econémica de Contribuigdo que voce tem. Se o teu padrao financeiro, se as tuas finangas nao te permitem manter esse padrao econdmico, a solugao 6 vender esse imével, pois voc no pode ficar com um imével sem pagara a Tributo - castelo Inglaterra. E dificil dizer que ofende 0 Principio da Capacidade de Contribuigdio porque é um bem que comprova a capacidade de Contribuigo.. ‘A Contribuig&o de Melhoria é o mais justo de todos os Tributos porque voc® ficou rico © esta pagarido por essa riqueza voc8 esté devolvendo algo que vocé concretamente recebeu, os outros Tributos voc8 paga por algo que néo entrou no seu patriménio. A lei definiré como sera paga a Contribuigo de MelNoria, se em uma prestaco, se em vinte ou cinquenta anos, a lei definiré isso porque dependera de cada caso. Ex: $e a tua Melhoria foi de 500 reals nao hé sentido pasar cinglienta anos pagando, vocé pode pagar em dois ou trés anos. Dependerd de cada caso o modo em que a tributagao seré feita, 0 legislador deveré utilizar 0 bom senso. Existem duas limitages econdmicas: 0 valor da Obra e o valor da Melhoria. E assim que a nossa legislagdo infraconstitucional defina, regulamenta a Contribuigo de Melhoria. ‘Vamos supor que a Melhoria tenha sido de 50 mil reais, 0 seu imével foi valorizado em 50 mil reais, foi um ganho. Mas foi Estado quando construiu essa Obra s6 gastou 10 mil reais. Uma Obra barata que trouxe uma grande valorizagéo, melhoria para o imével dos contribuintes. Entdo, diz a nossa legislagao infraconstitucional , os contribuintes s6 pagardo até o valor da Obra. Pagou 0 10 mil reais, devolveu o que o Estado gastou, néo se cobra mais nada, Ent, o primeiro limite & 0 valor da Obra © ‘outro limite & o valor da Melhoria. Nesse caso vamos supor que o Estado tenha gasto 50 mil reals na Obra, mas somando as Melhorias s6 alcangam 10mil reais. Um Obra cara que trouxe uma valorizagao pequena, entéo, neste caso, passa a ser 0 valor da Melhoria, s6 pagard 10 mil reais. Essa segunda situagdo € mais perfeita, porque imaginemos que eu seja o tinico contribuinte desta Contribuigao de Melhoria. Eu tinha um imével que valia 10 mil reais, depois da Obra passou a valer 20 mil reais, a Melhoria foi de 10 mil reais, eu tive um ganho de 10 mil reais, Vamos supor que esse imével fosse 0 Gnico patrimdnio que eu tivesse, apenas isso, meu patrimdnio se resumiria a 10, mil reais e depois da Obra passou a representar 20 mil reais. ‘Vamos supor que a Obra tivesse custado 60 mil reais, seria um absurdo 0 Poder Piiblico me cobrar 60 mil, porque antes eu tinha um patrimdnio de 10 mil, agora eu tenho (60 mil - 20 mil) uma divida de 40 mil. Eu vendo meu imével por 20 mil e ainda fico devendo 40 mil, Nesse caso no houve Methoria e sim uma piora, porque antes eu tinha um patrim6nio positivo de 10 mil e agora eu tenho Email: alexandre.linhares@meanet.com.br Tel: 244-1988 SCOTCOOCHOHOHSHOHOHHSECROHECE SOCEOCHCOCOHCES COLO SECEEEBOE Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 15 um divida de 40 mil. € por isso que a Contribuiggo de Melhoria nunca pode ser acima da Melhoria sob pena de deixar de ser Contribuigao de "Methoria’. Muitos . autores“ questionam veementemente 0 tratamento que‘ a _legislago infraconstitucional deu & Contribuic&o de Melhoria. Segundo eles néo era para constar da lei esse limite do vator da Obra, néo era para existir isso, era s6 0 valor da Melhoria que era para existir. A ‘Obra pode custar até 1 mil reais, Se a Melhoria dos contribuintes foi de 1 milho de reais, cobra-se 1 milh&o de reais do contribuinte, para que voc8 justifique sua riqueza, seu enriquecimento, para que vooé dé causa a seu enriquecimento. A nossa legislagao, 0 nosso sistema néo pode defender 0 enriquecimento sem causa, todos devem justificar 0 porqué de sua riqueza. Nao é justa que 2 especulago dos que sabem que as Obras sero construidas no fuluro, enriquega a essas pessoas que esto préximas de Poder em detrimento da populagéo, que sera a Gnica a ser prejudicada. ‘A Contribuiggo de Melhoria busca justificar a sua riqueza, por isso, o valor da Obra nfo importa, Entéo, a doutrina mais especializada na Contribuigdio de Methoria questiona muito isso. No Brasil raramente se cobra Contribuigao de Melhoria. A legislagao infraconstitucional diz que 0 Poder Publico publicaré a relagdo dos contribuintes, a relagdo das Melhorias que cada Contribuinte obteve e o valor da Obra. O contribuinte tem o prazo de 30 dias para impugnar qualquer desses dados, inclusive 0 valor da Obra. Se um Prefeito faz uma Obra e resolve cobrar a Contribuigéo de Methoria, 0 contribuinte Poderd dizer que essa Obra que o prefeito fez por 10 mil, foi superfaturada ele poderia ter sido feita por dois mil e arranjaria todo tipo de prova para desmoralizara ‘Administragao desse prefelto, por mais honesta que fosse. E por isso que no Brasil nenhum politico institui a Contribuig&o de Melhoria. © valor da Obra no tem nada a ver com Contribuigo, na indenizagao & que vale saber 0 quanto gastou, para ser ressarcido. Mas a Contribuiggo de Melhoria ndo € ressarcimento, e sim Justificar 0 seu ganho, seu enriquecimento, & devolver ao Poder Pablico aquilo que ele colocou no teu patriménio, aquele que ele acresceu do ponto de vista da valoragao. (© procedimento Administrativo é a publicagdo da relagdo dos contribuintes, a valorizagéo do imével de cada contribuinte, 0 valor da Obra, enfim, todos esses dados deverdo ser publicados, 0 contribuinte tera 0 prazo de'trinta dias para impugnar esses dados administrativamente. Entdo, se discordar de alguma coisa dessas ele entra com impugnagao na propria Fazenda Pablica, na propria ‘Administragdo fazendéria. Se ele ndo se conformar com a decistio dessa impugnagao, ele entra com uma ago propria questionando os dados que constituem a Contribuigéo de Melhoria. Empréstimo Compulsério — Competéncia Exclusiva da Unigo ~Lei Complementar ~ hipéteses “guerra extema ‘*iminéncia de guerra externa *Calamidade Publica “investimento Pablico = devolugao ~ destinagao dos recursos Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 ia de Direito Tribitério Alexandre Linhares 16 “© Empréstimo Compulsério esta previsto na Constituigdio Federal no art.148. S6 quem pode instituir’ Empréstimo Compulsério 6 a Unido Federal. Portanto, nao existe a possibilidade de os Estados, Distrito Federal ou Municfpio instituirem Empréstimos Compuls6rios, pois a Competéncia é Exclusiva da Unido. esta ao insttuir 0 Empréstimo Compulsério teré que fazé-lo através de Lei ‘Complementar. Apesar da maioria dos Tributos serem feitos através de lel ordindria, ~ © Empréstimo Compulsério € um Tributo que seré instituido em situagdes especiais extraordinarias. O Empréstimo Compulsério, em si, é uma tributagdo extraordindria ~ fora da ordem, fora das situagbes normais do dia a dia -, fora da tributagao normal. E sé pode ser criada em situagSes extraordindrias, situagdes estas que a Constituigdio Federal diz quals so: em caso de ‘guerra, Calamidade Pablica ou investimento Pablico. s6 nessas trés hipéteses Poderdo ser instituidos os Empréstimos Compulsérios. A arrecadag&o normal do Estado pelo Tributo deve ser suficiente para arcar com todas as despesas Pablicas, com todos os gastos Pablicos. Ocorre que excepcionalmente pode-se surgir uma guerra neste pais, excepcionalmente pode-se enfrentar uma Calamidade Pablica e excepcionalmente poderé ser necessério investir em alguma situagdo inesperada. Se isso acontecer, a arrecadagio normal vai ser insuficiente , pois o Brasil nao tem reserva para fazer frente a esses gastas. Os brasileiros:vao ter que pagar um Tributo extra para resolver isso. Mas como a tributagdo normal jé devia ser suficiente para tudo, cobra-se, resolve-se 0 problema da guerra e, em seguida, solucionado os problemas, devolve-se ao contribuinte, porque 0 ‘que ele paga jé é 0 suficiente para tudo. Naquele momento n&o tinha disponibilidade arrecadar-se mais, resolve-se 0 problema posteriormente devolve-se o dinheiro que foi emprestado — Empréstimo Compulsério. Ent&o, 6 um Tributo diferente dos demais porque ocorre provisoriamente, em determinados periodos, e porque depois é devolvido ao contribuinte — Unico Tributo devolvido. Daf Porque o constituinte brasileiro permitiu, colocou na Constituigdio Federal a previséo do Empréstimo Compulsério, autorizou a instituig&o do Empréstimo Compuisério quando ocorrer alguma dessas situagao que a Constituigao Federal diz. 1° hipotese: guerra. Nao precisard da guerra, basta a iminéncia da guerra — percebe-se que o Brasil esta prestes a declarar guerra contra outra nagdo — para instituir o Empréstimo Compulsério. Essa guerra tera que ser extema; n&o pode ser uma guerra intera, uma revolugdio, uma guerra civil. © Empréstimo Compulsério de guerra € para ser utilizado na guerra, e nao para reconstrugéio de prédios, dos estabelecimentos — é para armamentos, treinar pessoal, pagar salérios par os soldados etc. Cessada_a causa do Empréstimo Compulsério seré posteriormente devolvido, paulatinamente devolvido. Terminou a guerra. Isso significa que pare o Empréstimo Compuls6rio’ Nao, pode-se passar um ou dois anos cobrando Empréstimo Compulsorio para a reconstrugao nacional. Isso geraria um estado de Calamidade Pablica. 2° hipétese: Calamidade Pablica E dificil de voc delimitar, definir a proporedo dessa Calamidade Pablica. Nuim pais como 0 nosso de dimensées continentais, praticamente todo ano tem uma Calamidade Pablica: 6 uma enchente numa regio, € uma seca em outra regio. Que Calamidade Pablica justificaria a instituigo do Empréstimo Compuls6rio? ‘© Empréstimo Compulsério para Calamidade Pablica nao se justifica contra uma seca, uma enchente ou uma geada. embora isso represente uma Calamidade Pablica nfio parece ao Daniel justificavel para a instituigo do Empréstimo Gompulsério. Primeiro porque precisa ser uma Calamidade Poblica de repercussao nacional; nao precisa atingir todo 0 territério nacional, a repercussao € que & nacional. Tipo resolver 0 problema deixado pela Calamidade Pablica traz repercussdes nacionais; tipo: para resolver aquele Calamidade Piblica vamos ter que parar os gastos de varios setores que sdo vitais e nfo podem sofrer corte, como a Email: alexandre,tinhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 SSCHOSHSOHESSOSOHHH SHOHCHHHHEHHHHHHHHSHOS © SOKO 8 eeoecevecesecoaoonce eeoonvece SCCCHSHCEOOOHCREEEOELE Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 17 saiide, a educago... Se uma Calamidade que ocorre em Sao Paulo tem repercussfo nacional do ponto de vista financeiro justifica o Empréstimo Compuls6rio. Para este € necessério que seja um Calamidade Pablica extraordinéria, fora do normal. Seca, enchente e geada sao Calamidades t80 ormais , 80 ordinérias, que tem dotago orcamentéria prépria para elas. Ex: Departamento Nacional de Obras contra a Seca — receba anualmente dotagao orcamentéria para ser gasto na seca. Seca é algo que se encontra na normalidade no Brasil. A nossa arrecadacao jé € para ter isso previsto: estes gastos com a seca. Nao justfica, portanto, a instituig#o do Empréstimo Compulsorio. Da mesma forma enchentes e as geadas. Entio, vocé nfo pode entender isso como uma Calamidade extraordinéria, Nao se esta dizendo aqui que uma seca ou uma geada no possa justificar Empréstimo Computsério. Esta se dizendo regularmente nao se justifica, mas se houver uma seca que dure cinco anos, sem Agua, esta Calamidade pode justficar Empréstimo Compulsério sem diivida, Um exemplo de Empréstimo Compulsério extraordinaria foi o terremoto que destrulu boa parte da cidade do México. ‘A doutrina entendeu que a Calamidade Pablica, para justificar Empréstimo Compulsério, deverd ser extraordindria, imprevisivel, que ninguém possa guardar reservas para aquele tipo de atividade. Entéo, quando isso ocorre resolve-se com a tributago extra que depois deveré ser devolvida ao contribuinte. 3° hipétese: Investimento Publico E mais dificil de se imaginar. No Brasil, tudo que vooé possa imaginar de investimento Piblico 6 urgente e de relevante interesse nacional. Investir em educago, em saiide Pablica, em estradas, em Seguranga Pablica, em habitag&o é urgente e de relevante interesse nacional. Todo Servigo Pablico prestado no Brasil 6 precario, ndo atende a todos. investimento Pablico urgente e de relevante interesse nacional € que justifica a instituico do Empréstimo Compulsério, portanto, no poderfamos ter permanentemente Empréstimo Compuls6rio. E af este deixaria de ser um tributacSo extraordindria e passaria a ser uma tributagao normal, ordinaria, o que € inadmissivel para este tipo de Tributo que deve se passageiro; vem, arrecada, recolhe, resolve e devolve. Daniel entende que esse investimento Pablico deverd ser da mesma natureza que a guerra, que a Calamidade Pblica. deve ser um investimento numa rea absolutamente imprevisivel, urgente e relevante. Ex: na década de 70, os paises arabes produtores e exportadores de petréleo se reuniram e aumentaram ao prego do petréleo, sendo este prego igual em todos os paises arabes. Foi surpresa a nivel internacional, para todos os paises que importavam petréleo, dos quais o Brasil era um. NOs no tinhamos economia com condigBes para conviver com aquele preco. No mesmo ano o Brasil criou 0 Préalcool, incentivando sobretudo que as montadoras crlassem motores movidos & cool. De um ano para Obra Piblica outro o Brasil mudou, teve que gastar_ muito para fazer com que nossos caro passassem a ser movidos a alcool para evitar a importagdo. Isto foi um investimento Pablico urgente de relevante interesse nacional para qual nenhum estava preparado. Entéo, um negécio desses inesperado, imprevisto e de repercusséo nacional justificaria a instituigao do Empréstimo Compulsério. \Voo8 nio pode permitir © Empréstimo Compulsério para satide, porque a satide Pablica do Brasil precisa de maiores investimentos mas que tém que estar em tributagSo normal, pois a satide no € algo que vocé investindo agora, depois nao precise mais investir. E permanente, Se vocé achar que qualquer investimento piblico justifique a instituigo do Empréstimo Compulsério, nés vamos mudar 0 conceito de Empréstimo Compulsério, vai se uma tributagdo normal regular — dez anos para a satide, dez para energia... varios passar a vida pagando este Empréstimo Gompulsério. ‘A nossa Constituigdo Federal 6 muito vaga ao definir essas duas hipdteses: investimento Pablico e Calamidade Piblica. nada limita o Poder ~ investimento Pablico urgente de relevante interesse nacional. A doutrina dé uma interpretagao melhor ao Tributo de Empréstimo Compulsério. Mas nds temos que ter em vista que isto Sao critérios politicos e ndo juridicos. S40 os deputados, Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 18 senadores e Presidente que vao definir se é ou nao urgente e relevante, se é investimento Pablico ou Calamidade Pablica que justifique a instituigo do Empréstimo Compulsério. © nosso Poder Judiciario, em questées no passado, disse que nao se mete nisso no | 0 STF disse que 0 critério € politico € no juridico. O politico é que deve decidir se cabe ou-nao Empréstimo Compulsério para isso, s¢ 0 Legislativo aceitou como urgente e relevante, acabou-se, 0 STF aceita como urgente € relevante. Tem sido essa a deciséo o STF em todas as quest6es que envolvem essa discusséo se € urgente ou relevante, se cabe ou néio Empréstimo Compulsério. Nao se esté dizendo que o STF vai decidir assim, mas no passado ele decidiu dessa forma, s6 que o STF mudou muito de Ié para c&, e nd se sabe se numa nova aco o STF continuaria a achar isso. Contribuigdes Sociais —Competéncia ~ intervengéo *categorias econdmicas *categorias profissionais *atividades econémicas ~ parafiscalidade As Contribuigées sociais so também chamadas de contibuigbes parafiscais ou de Contribuigdes especiais. Sto as Contribuigdes sociais que. arrecadam receita para as entidades Parafiscais — OAB, que arrecada dos advogados; INSS, que recebe de empregados e empregadores 2 Contribuigo previdenciéria do INSS etc. As Contribuigdes sociais visam arrecadar receita, dinheiro no para 0 fisco e sim para as entidade parafiscais, que margelam o aparelho do Estado mas que nfo se confundem com ele, tendo personalidade juridica propria e orcamento proprio distinto orgamento do Estado. A Constituigao Federal no seu art. 149 diz que as Contribuigbes socials so criadas pela Unido Federal ~ 0 INSS foi criado pela Unido Federal, a Contrbuiedo previdencidria do INSS do INSS criada por lei Federal; a OAB criada pela Unido, a Contribuigdo também criada pela Unido Federal, etc. Ea Unio Federal que tem Competéncia para instituir Contribuigo social ou Contribuigso parafiseal Q pardgrafo ‘nico do art... 149 estabeleceu excegdes ~ *o Estado, o Distrito Federal ¢ os Municipios Poderéo criar apenas uma pinica Contribui¢o parafiscal, que 6 a Contribuig4o para custeio da previdéncia dos servidores Pablicos do Estado, do Distrito Federal ou do Municipio". O Estado do Ceara sé pode criar uma Contribuiggo parafiscal que 6 Contribuigo do IPEC; 0 Municipio de Fortaleza s6 pode criar a Contribuigdo do IPM — Instituto de Previdéncia dos Servidores Pablicos do Municipio de Fortaleza. Todas as demais Contribuigdes serdo criadas pela Unido. A Constituigso Federal diz que as contribuighes parafiscais so intervengao, junto as categorias econdmicas € profissionais ou junto &s categorias econémicas. E a intervencdo nas atividades econdmicas; intervengao na categorias econdmicas; e 6 a intervengao nas calegorias profissionais. Seria inadmissivel se voc8 pegasse seu info e resolve-se operé-lo e levasse para 0 hospital e 18 chegando a pessoa resolvesse operé-lo € vocé sem saber se ele era médico, se era ‘competente. Seria uma temeridade voo8 ir a um posto de sade sem saber sequer que a pessoa 6 médico. S erla uma temeridade se esses profissionais mesmo formas dos pudessem fazer o que quisessem e 0 Estado nao pudesse usar seu Poder de intervengdo. “vocé cometeu um erro médico, portanto, sua licenga sera cagada’. O Estado tem que controlar 0 exercicio dessas profissbes. Para Email: alexandre.tinhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 C0000 0000000500008 8000 020020000 HOEEROO® evsecece Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 19 isso a lei criou a OAB, conselhos de Medicina etc. Estes conselhos se fiscalizam; se renovam a cada dois anos pér eleigéo e os conselheiros vo julgar administrativamente, vo vigiar 0 exercicio da atividade profissional. i Eritéo, 0 Estado intervém nessas atividades indiretamente através dessas Autarquia que a propria Unido instituiu. © Estado intervém nas atividades econdmicas e diz, por exemplo, "Todo mundo vai pagar a previdencia e empregado, para garantir a aposentadoria, para garantir atendimento médico...para garantir 0 minimo necessério, Eu vou intervir nas atividades econdmicas e profissionais para retirar uma parcela dos salérios e dos lucros a fim de garantiristo Aqueles que mais, ha frente vao necessitar’. Entéo, 0 Estado intervém. retira parte do lucro para garantir 4 sociedade para garantir & sociedade qualificagdo da m&o de obra e lazer dos filhos dos comerciérios, dos operérios, Ha alguns autores que ainda hoje insistem em dizer que Contribuigbes sociais © Empréstimo Compulsério no séo Tributos, néo tem natureza Tributaria, Na verdade, hoje em dia, aqueles mais afoitos dizem que Empréstimo Compulsério no é Tributo, mas ha um quadro de unanimidade que a Contribuigo social & Tributo, hd se aceita que € Tributo, Em relag&o eo Empréstimo Compulsério ainda ha alguma rejeicao, diz-sé que nao é tributo. ‘Se analisarmos 0 CTN no seu art. 5° perceberemos isso, art. 5°: *6 Tributo: |- Taxa; Il - Imposto; Ill = Contribuigéo de Melhoria’. E Tributo s6 isso. Deixou de fora a Contribuigdo social e Empréstimo Compulsério. Isso porque a equipe de juristas que elaborou o ante projeto do CTN se filiava a corrente que entendia que Empréstimo Compulsério e Contribuigdo social ndo eram Tributos. Nao esta no art. 5°, mas no art. 15 0 Congresso Nacional trata dos Empréstimo Compulsério. Ora, se 6 CTI, porque que ele esté tratando de Empréstimo Gompulsério se este nao 6 Tributo? Deveria estar fora do Cédigo Tributario. © CTN foi editado em 1986; em 1967 nés tivemos uma nova Constituicéo Federal. Em 1969 outra Constitulgdo Federal. E em 1988 a atual Constituigdo Federal. Desde a Constituigéo Federal de 67 até a Constitui¢ao Federal de 88, as conslituigdes ao definir “do sistema Tributério nacional “oolocaram Empréstimo Compulsério e Conttibuigso social - ver art, 145 a 149, CF/888. A CF/88 assim como a de 1967 € 1969 jé colocaram Empréstimo Compulsério e Contribuicao social como Tributo néo quer. dizer que ndo seja; porque as constituigdes de 1967 para cA ja alteraram 0 entendimento, a definig&o do Cédigo. Hugo de Brito Machado 6 um dos que acha que ndo € Tributo o Empréstimo Compulsério, e tenta dar argumentos a isso. Primeiro o GTN, mas ai ele mesmo d diz que a Constituigao ja mudou isso. Depois ele diz que Empréstimo Compulsério nao 6 Tributo porque tem a Simula 418 do STF que diz que Empréstimo Compulsério nao 6 Tributo. Mas se vocé analisar Direito essa simula, vocé vai perceber uma coisa interessante. Diz a simula: “Empréstimo Compulsério nao ¢ Tributo. Por isso no se submete ao principio da anualidade oramentéria”. E interessante se veriicar. A Conslitui¢ao Federal de 1946 instituiu no Brasil a principio da anualidade orcamentaria. Emenda constitucional n° 18 em 1965 — foi abolido 0 princfpio da anualidade orgamentaria e fol instituido 0 principio da anterioridade. Nés s6 tivemos 0 principio da anualidade orgamentéria em matéria tributéria de 1946 a 1965. Portanto, a simula 418 foi editéda sob a vigéncia da Constituigdio Federal de 1946. Naquela época a nossa legislagéo que estava em vigor que Empréstimo Compulsério nao era Tributo mesmo. A prépria Constituigdo Federal ndo*instituia no sistema: Tributario o Empréstimo Computsério. De 1967 para cd tudo foi elterado. Esta Sémula, minimo, teré que ser examinada levando- ‘se em consideragao que 0 ordenamento juridico que Ihe serviu de suporte no existe mais, foi revogado em 1967. De 1967 para ca, nés temos trés ConstituigGes Federals que dizem 0 oposto & simula A simula 418 até hoje nao foi revogada, mas também até hoje no se tem conhecimento que e 0 STF tenha aplicado esta stimula. Ele nao fez reexaminar a matéria até os dias atuais. Mas se chegar nas maos s6 do Supremo uma discuss dessa, ele teré, pelo menos, que alterar a simula. Porque ele a fundamentou num principio que nao existe mais. Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 ak Monitoria de Dit ito Tributério Alexandre Linhares 20 © principio da anterioridade n&o tem nada a ver com orgamento, é totalmente diferente de rincfpio da anualidade orgamentaria, © Hugo de Brito Machado diz que 0 Empréstimo Compuls6rio no 6 Tributo. 1° - por causa a da sdmula 418; 2° - porque o Tributo teré que ter necessariamente uma prestag&io econdmica Empréstimo Compulsério € uma Contribulgdo financeira. Ou seja, 0 Imposto de Renda vocé paga, parte do seu patriménio sale passa a integrar 0 patriménio piblico, parte de sua economia se desioca e passa a compor a economia a piblica e entdo uma Contribuigo econdmica. Hugo ‘de Brito com muita propriedade diz que o. Empréstimo Compulsério no é uma Contribuiggo econdmica é uma Contribuigo financeirase sim uma Contribulcdo financeira, voc8 entrega a titulo de Empréstimo e depois deverd ser restituldo, sera uma operagao financeira de Empréstimo. E 0 Tributo no pode ser uma contribuigo financeira, tera que ser uma Contribuigio econémica. Os conceitos de Tributo no dizem isso. Tributo uma prestac3o paga em dinheiro; 0 Empréstimo Gompulsério 6 uma prestagao paga em dinheiro. Na da existe no conceito do Cédigo nem da doutrina dizendo que é Tributo néo pode ser uma prestagao paga em dinheiro e que depois Poderé ser restituido. Hugo de Brito diz ainda que nao é Tributo porque a lel orgamentaria, a lel dos orgamentos, a lei 4320, que diz como se faz orcamento. Quando trata das receitas Tributérias diz “a receita ‘Tributéria fica no campo X", depois diz que “a receita de Empréstimo Compulsorio fica no campo Y". A lei 4320 diz que Empréstimo Compulsério no & Tributo, tanto que colocou a recelta advinda de Empréstimo Compulsério em outro campo que nao os da recelta dos demais Tributos. Este é um arqumento que de juriieo no tem nada, & um argumento préprio de um contador o prof. Hugo & ‘um grande jurista — A lei dos orgamentos diz. com se faz um orgamento. Nao poderia ter colocado de modo diverso. As demais receltas Tributérias significam ingresso de dinheiro endo implica'em Obrigacéo, ‘em gastos. Eu pago meu Imposto de Renda, entra no orgamento e isto n&o implica para Unido uma Obrigaggo de me pagar nada. Jé o Empréstimo Compulsério é um Tributo que entra no orgamento, ‘mas que quando entra tem que estar no campo préprio porque vai justficar uma Obrigagao de pagar depois. Isto 6 contabilidade € nao Direito. Esta lei € uma cartilha que diz apenas como se monta um ‘orgamento. Em nenhum momento, essa lei teve como preocupago aquilo que o CTN tem, de defini ‘conceituar 0 que € Tributo. Até porque ndo diz respeito ao orgamento 0 conceito de Tributo. © Tributo 6 antes do orcamento, Pagou o Tributo, a partir dai € Direito Financeiro, nao tem mais nada a ver como Direito Tributario, Como gastar, como utilizar os gastos, estabelecer previso de arrecadagdo etc. € Direito financeiro. O Direito Tributério se esgota a na arrecadago de Tributo, regra geral. A no ser quando vocé paga indevidamente e tem Direito de pedir de volta. Fora isso acabou a relagio de Direito Tributério. Roque Carraza encara essa discussao quando diz que saber a natureza juridica de alguma coisa, se isso tem a natureza Juridica de Tributo, ou de Direito Privado, Direito.civil...voc8 sabe esta natureza Juridica é examinando o regime juridico ao qual este negécio, por exemplo, a compra e venda esta submetido, que & de Direito civil, no ha divida. Se 0 regime juridico € Direito Tributério entdo Direito Tributario, néio pode ser outra coisa. Se a Constituig&o Federal tem “do sistema Tributério nacional’ e trata de Empréstimo Compulsério; se © proprio CTN trata de Empréstimo Compulsério, para que estaria uma coisa que néo tem nada a ver com Tributo no meio de Direito Tributério? Portanto, o Regime Juridico ao qual esta submetido o Empréstimo Compulsério 6 de Direito Tributario. ‘Todos os principios gerais do Direito Tributério o Empréstimo Compuls6rio acerta: principio da legalidade, principio da isonomia, principio da irretroabilidade, principio da anterioridade etc. Todos 0s principios gerals de Direlto Tributério se aplicam ao Empréstimo Compulsério e 2s Contribuig6es socials, voc€ s6 estuda Empréstimo Compuls6rio na disciplina de Direito Tributario, em livros de Direito Tributério. Até a jurisprudéncia que existe hoje néo pode ser outra que nao a de Direito Tributério, porque os principios de Direito Tributario, o regramento & de Direito Tributario, Email: alexandre.Jinhares@mcanet.com.br SOCHCHOSESSSSSSSHOHH SOHHHHOES SOHHSOOHOS eonveeeee SHSHRHSHHSSSSHSSHSHHHSHSSHHHSHSHOSCHSOOHOOHHSCEHSS F©88SHOROO Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 21 Entéo, 0 Regime Juridico é de Direito Tributério, ndio pode ser outra coisa, vai ter quer ser Direito Tributdrio forgosamente. Se 0 Regime Juridico do Empréstime Compulsério & de Direito Tributério, ele 6 um Tributo. Pode-se discutir qual tipo de Tributo e no se é Tributo. sone ‘Se no é Tributo, entéo 0 que &? O professor Hugo chegou 20 ponto de dizer que se trata rato Coativo, pois contrato no existe. Nao sendo proprio da natureza do contrato rege-se pelo da vontade das partes. Contrato coativo: - desnatura o contrato quando diz que € coativo; 2 = inexiste esse contrato. Dizer que € contrato coativo & fugir da questo, Nenhum autor que nao considera Empréstimo Compulsério como Tributo, conseguiu dizer o que é entao. Natureza Juridica do Tributo Veremos hoje como identificar a natureza juridica do Tributo, Nés jé dissemos que o Tributo pode ter natureza juridica de Imposto de Taxa, de Contribuigdes — 6 para alguns.o Empréstimo Compulsério e as Contribuigées sociais. Veremos, como se distinguir uma natureza juridica da outra, como saber se aquele Tribulo € um Imposto, uma Taxa ou uma Contribuiggo, Na maioria das vezes descobre-se a natureza juridica do Tributo lendo o préprio texto, mas nem sempre € tdo facil assim, por exemplo, tem leis que criam Tributos e ngo dizem, textualmente, qual a sua natureza juridica. Ex.: em 1985 foi criado um Tributo chamado selo pedagio. © selo ndo identifica a natureza Juridica, Nao se sabe se a natureza juridica desse pedagio € Tributo ou Tarifa. E necessério se que se tenha algum critério, conhecimento para poder identificar a natureza juridica daquilo que e foi instituido, As vezes a lei dé até 0 nome de Tributo, por exemplo, fica criado 0 Impasto tal e quando voo8 examina direitinho aquilo nfo é um Imposto’é sim uma Taxa de Contribuigio. Nem sempre 0 legislador acerta quando indica o nome do Tributo, &s vezes o legislador comete equivocos ao indicar © nome do Tributo e vocé precisa conhecer para poder reparar 0 equivoco do legislador. E nevessério saber distinguir para Poder dizer se 0 Tributo 6 constitucional ou inconstitucional, se é legal ou ilegal, se & devido ou indevido. Q Cédigo Tributatio, no art.. 42, diz que vooé conhece a natureza juridica dos Tributos, ou seja, voc8 sabe se um Tributo € Imposto, Taxa ou Contribuigo examinando o Fato Gerador do Tributo, Nao importa ~ diz o art. 4° —o nome que a lei da 2 esse Tributo nao importa a destinagao da arrecadagao onde sera aplicado 0 dinheiro arrecadado, no importa o nome que a lei dé a esse é. Vocé conhece a natureza juridica do Tributo no comisso, mas através do Fato Gerador. E 0 Fato Gerador que define a natureza juridica do Tributo, ¢ 0 Fato Gerador que revela a natureza juridica de Tributo, néio importa para onde vai o dinheiro arrecadado, no importa sequer 0 nome que a lei der a esse Tributo, O que importa Exclusivamente é o Fato Gerador do Tributo, € isso que vai dizer que Tributo é este. E 0 que esta dito literalmente no art. 4° do CTN. Isso foi colocado no texto no Cédigo para que, por exemplo, a Unido dissesse que néo Poderia criar um determinado Imposto porque a Constituigéo nao permite, ela no criaria esse mesmo Imposto como nome de contribuigo. Ma o cédigo diz que nao importa 0 nome que o legislador der, importa o Fato Gerador. Entao, se a lei diz que é Contribuigo, nés veremos p Fato Gorador para saber se Imposto, Taxa ou Contribuigao. Fato Gerador © Direito Tributério & um Direito obrigacional. Fato Gerador é o Fato que gera a Obrigago Tributaria. Sem que ocorra o Fato Gerador nao existe Obrigago Tributéria, de aspecto material, $6 cexistiré Obrigago do aspecto formal. A lei diz que quem for proprietério de imével urbano para IPTU, Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 22 ‘a Obrigagdo existe, legalmente definida. Se néo ocomre o Fato Gerador, nio existiria Obrigagéo no aspecto material, pois 6 preciso que Jogo seja_ proprietério de imével urbano na rua tal, nimero tal, quando 0 Jodo é proprietario daquele imével urbano determinado, ele fica obrigado a pagar IPTU, Entéo, materialmente a Obrigagdo s6 existe quer dizer alguém realiza algo que esté-na lei definido, quando alguém é proprietério de um imével corre o Fato Gerador, surge a Obrigagao no seu aspecto material, quando tem que pagar o IPTU. Eu nunca tive um imével urbano, entdo eu até hoje, nunca assumi a Obrigagdo Tributéria do IPTU, porque eu nunca realizei o Fato Gerador, nunca adquiri a propriedade de um imével urbano, para mim a Obrigagao do IPTU s6 existem no aspecto formal. Porque eu sei que tem uma lei definindo essa Obrigagao. Materialmente nao existe essa ‘Obrigagdo porque eu nunca realizei o Fato Gerador nunca adquiriu um imével urbano. Fato Gerador é 0 Fato que gera a Obrigacao, sem a ocorréncia do Fato Gerador nao existe ‘a Obrigagdo. Tem chamado de Fato disponivel, Hipdtese de Incidéncia é um equivoco chamar de Hipétese de Incidéncia 0 Fato Gerador, ha distingaio entre os dois. Para se saber qual 0 Fato Gerador do Tributo é preciso que se examine a lei do Tributo. Ex. na lei do Imposto de Renda diz que paga o Imposto de Renda quem na aquisi¢go de rendimentos de proventos de qualquer natureza do lucro. Entéo, a lei do Imposto de Renda diz que 0 Fato Gerador é 0 lucro, 0 rendimento, os proventos de qualquer natureza. A lei esté dizendo qual o Fato Gerador o Imposto de Renda. Ex. ICMS, a lei diz que 6 Fato Gerador do ICMS.a circulagSo de mercadoria - compra e venda de mercadoria, S6 terei Obrigago de pagar ICMS coma venda ou a compra de mercadoria. Ex: IPI, a lei diz que o Fato Gerador do IPI 6 a saida da mercadoria do estabelecimento industrial. Voc8 pode produzir, encher 0 patio de produtos industrializados e no tem a Obrigagao Tributéria de IPI; quando vocé vender essa mercadoria e tirar do patio da empresa, do estabelecimento. industrial, ocorreu 0 Fato Gerador do IPI, entdo, vocé tem, a Obrigago de. pagar 0 PI. Ento, vocé sabe o Fato Gerador examinando a {ei Vocé vai a lei propria do Tributo. 0 Cédigo Tributério que define 0 Fato Gerador do Tributo. A natureza juridica é definida pelo Fato Gerador do Tributo. © Imposto € 0 Gnico Tributo nao vinculado quer dizer, o Imposto eo dnico Tributo qu surgir’a Obrigago de pagar o Estado, o Poder Publico nao precisa fazer nada, nenhuma atividade direcionada, dirigida a contribuinte. ‘Como é que se sabe se uma lei que criou um Tributo, criou um Imposto, uma Taxa ou uma Contribuigao? Pelo Fato Gerador do Tributo. © Fato Gerador do Tributo, para que esse Tributo tenha natureza juridica de Imposto, nao requer nenhuma atividade estatal. Ex: 0 Fato Gerador do ICMS é a circulagao de mercadorias. Para que o comerciante venda mercadoria nfo requer que o Estado faga algo dirigido ao comerciante. Par que surja a Obrigago nenhuma atividade estatal prévia foi necessaria, Ex: Imposto de Renda; Fato Gerador 6 adquirir rendimentos, proventos. Para que eu ganhe dinheiro nao € preciso que o Estado faga algo para mim antes. Para que eu assuma a Obrigado de pagar Imposto de Renda néo é preciso que o Estado faga alguma coisa para mim, 6 necessério apenas que eu ganhe dinheiro e isso néo se vincula a nenhuma atividade estatal, no é decorréncia de nenhuma atividade estatal, entéio s6 pode ser Imposto, que 6 Tributo no vinculando. © Fato Gerador do Imposto no revela qualquer atividade estatal previamente prestada ao contribuinte, entio esse -Tribulo nao pode ser outra.coisa-a nao ser Imposto, porque & 0 dnico Tributo.n&o vinculado. © Fato Gerador da Taxa de limpeza Pablica é a limpeza da cidade. Se o Municipio nfo limpa a cidade, eu ndo tenho ObrigagSo de pagar Taxa de limpeza Piblica. a lei 6 editada “fica criada a Taxa de limpeza Péblica", mas eu s6 terei a Obrigagéo de pagar quando o Municipio colocar 0 Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 @ 88S CH SESEH FCOHHS O8HBOHOS SC$OCHOCHEHES CO88S 200 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 23 Servigo de limpeza Pablica, enquanto 0 Municipio nao prestar esse Servigo, néo tenho Obrigagao de pagar a Taxa d limpeza Pablica. entéo, esse Fato Gerador € vinculante, vincula a uma atividade estatal, & sabemos entio que no é Imposto porque é um Tributo vinculado, o Fato Gerador 6 vinculainte. Para saber se 6 Imposto 6 s6 examinar o tipo de Fato Gerador, que no caso do Imposto é um Fato Gerador nao vinculante, um Fato Gerador que nos revela qualquer atividade estatal especifica, direcionada ao contribuinte. Geraldo Ataliba faz bem essa distingo, ele diz que de um lado vocé tem 0 Sujeito Ativo, que & a Fazenda Piblica, e de outro lado vocé tem o Sujeito Passivo que é o contribuinte. No centro dessa relago juridica nés temos a Obrigago Tributéria. Jé que se trata-de Direito obrigacional. A Taxa 6 um Tributo que a Obrigagéo_ surge em decorréncia dieta da atividade estatal, Ex.: eu $6 assumo a Obrigagéo de para a Taxa de limpeza Pablica se o Municipio realizar a atividade: limpar a sujeira. A minha Obrigagao decorre diretamente da limpeza da cidade. Se a cidade fol impa eu tenho 2 Obrigago de pagar a Taxa de limpeza Pablica. Ex.: Taxa de Policia, eu sé tenho a Obrigagao de pagar se o Estado realizar a atividade de Policia. Tipo fiscalizar meu restaurante para saber se pode funcionar, enquanto o Estado no realiza a atividade de Policia eu néo tenho a Obrigagdo de pagar a Taxa de Policia, Entéo uma Obrigacao decorre diretamente, esta vinculada diretamente a atividade estatal,. © tnico Tributo cuja Obrigagao 6 uma decorréncia natural direta da atividade estatal é a Taxa TAXA Sujeito Sujeito Ativo => Passivo ATIVIDADE ESTATAL Na Contribuigdo é diferente De um lado esté 0 Sujeito Ativo, do outro lado esta o Sujeito Passivo, no centro a Obrigagao Tributéria. Diz Geraldo Ataliba: esta Obrigagao Tributéria da Contribuigéo, ela decorre nao da atividade, mas da conseqiiéncia da atividade. Qual seria a atividade da Contribuigo de Methoria? © Municipio de Fortaleza constréi um viaduto sobre avenida Santos Dumont, construiu um viaduto € uma alividade estatal, mas eu ndo tenho Obrigagéo de pagar a Contribuigdo de Melhoria, porque 0 viaduto foi construido © o meu imével continua valendo a mesma coisa e se continua valendo a mesma coisa eu néo tenho Obrigagao nenhuma de pagar a Contribuigo. Enléo Geraldo Ataliba diz: na Contribuigao a Obrigagao esta vinculada na atividade mas a conseqiiéncia da atividade, no caso da Contribuigdo de Melhoria a conseqiéncia é a methora. Ex: 0 Estado realizou a obra de construir 0 viaduto, mas meu imével néo foi valorizado do, ento eu continuo sem Obrigagdo nenhuma, n&o pago Contribuigao de Melhoria. Mas se 0 seu imével foi valorizado, vocé tem a Obrigado de pagar a Contribuigao, porque houve em relagdo a vocé a conseqiiéncia que é a valorizagdo do imével. Entéo ele diz: esta Obrigago Tributéria na contribuigao, no se vincula a atividade se vincula & conseqiiéncia da atividade Sujeito, Sujeito Ativo P: Decorre da conselyiéncia da atividade Entdo, quando a Obrigagao decorre da conseqiiéncia da atividade nés dizemos que 0 Tributo tem natureza juridica de Contribuigao. Na Taxa, a Obrigagdo decorre da atividade, basta que Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 24 esta seja realizada, néo é preciso nenhuma conseqliéncia. Para ser Contribuigdo & preciso que a Obrigagao decorra de um conseqiiéncia da atividade Pablica, da atividade estatal. Daf porque uns ‘tem a Obrigago de pagar a Taxa de Melhoria e outros nao; porque a Obra houve, a atividade realizada, mas a consequéncia no se gerou para todos, mas sd para alguns. Esses alguns, cujo Fato Gerador ocorreu — houve Melhoria ~ pagaro a Contribuigao, aqueles outros cujo Fato Gerador no ocorreu, ou seja, no houve Melhoria, ndo pagardo a Contribulgo. Pagam apenas aqueles em que se verifica a ocorréncia de Fato Gerador, que no caso da Contribuicdo de Melhoria, 6 a Melhoria E um Feto Gerador que demonstra uma atividade estatal, a Obra Pablica, mas a Obra Pibblica nao basta, é preciso que ela produza uma conseqiléncia, que na Contribuig&o de Melhoria é a valorizagao do imével. Pode-se criar outras Contribuigdes em que a lei defina outra conseqiiéncia que nao seja a valorizagao. Hé alguns anos atrés fol criado o IPMF — Imposto provisério sobre movimentagao financeira =. posteriormente, como era provisério, foi extinto. Atualmente foi criada a CPMF ~ contribuigdo provisério sobre movimentagao financeira. Qual é o Fato Gerador de CPMF e qual o Fato Gerador do extinta IPMF? A movimentagdo financeira é o mesmo Fato Gerador entre os dois. Sendo 0 mesmo Fato Gerador como € que ora se chama Contribuigo, ora se chama Imposto, quando 0 cédigo “Tributario diz que o que indica a natureza juridica no 6 o nome e sim o Fato Gerador? ‘Se 6 o mesmo Fato Gerador jé percebeinos um equivoco ou isso 6 contribuig&o e nunca fol Imposto, ou isso é Imposto, portanto, nunca foi Contribuigdo, ou isso é Taxa e nunca foi o nada do que disseram, Se é 0 mesmo Fato Gerador no pode uma hora ser chamado de Contribuigao e outra hora ser chamado de Imposto, nao hé como ocorrer isso. © Fato Gerador da CPMF & a movimentagdo financeira. Eu pego 0 meu talao de cheques, asso para voc8, vooé vai ao banco e desconta: é isso 0 Fato Gerador da CPMF. Esse Fato Gerador 6 vinculante, vincula atividade estatal ou decorre de alguma conseqiiéncia de atividade estatal? Nao , 6 um ato realizado entre dois particulares — passar dinhelro de uma conta para outra conta -, isso ni revela, nao indica nenhuma vinculagdo. Que tipo de Tributo é esse, qual a natureza juridica? Imposto, 0 Fato Gerador e tipico de Imposto. © art.4° do CTN diz que néo importa o nome quea tei vier dando.a.esse Tributo. Nao porta, pode chamar de Imposto, de contribuigdo, de selo peddgio, pode chamar do que quiser, vocé saberd a natureza juridica nao é através do nome indicado 6rgéo sim através do Fato Gerador. Nao importa onde seré gasto esse dinheiro amecadado, nfo importa a destinagao da arrecadagao, 0 CPMF pode ser para satide, INSS ~ se 6 para 0 INSS & Conttribuigdo -, 0 Cédigo diz que.ndo importa onde sera gasto, importa somente o Fato Gerador, pode ser gasto na saiide, ‘educag&o, seguranga, onde quiser, 0 Fato Gerador 6 quem revelard a natureza juridica do Tributo € do a destinagao do produto da arrecadagao. Entéo a CPMF é efetivamente um Imposto, mas um Imposto que 0 legislador deu o nome de Contribuiggo. Isso pode ter ocorrido, talvez por Contribuigao — como 6 para previdéncia, para satide é Contribuigao -, talvez porque nao conhega 0 Cédigo Tributario, o Direlto Tributatio. Pensa-se que tudo que vai ser para a previdéncia & Contribuigio, mas € preciso examinat o Fato Gerador. Geraldo Ataliba diz hoje no Brasil, na verdade, nds sé temos uma Gnica Contribuigo que & 2 Conttibuigo de Melhoria, temos em termos, porque nunca foi criada. Mas a tinica Contribulg&o que ‘nés temos com previsto legal constitucional é a Contribuigio de Melhoria, que realmente o Fato Gerador se vincula a conseqiiéncia da atividade Publica, todas as demais Coniribuigdes que a lei chama, nao so Contribuigdes, ou sao Taxas ou sao Impostos. Os advogados pagam uma Contribuigéo & Ordem do Advogados; qual 6 o Fato Gerador 40? Ser advogado porque o contribuinte & o advogado, o Fato Gerador & a ati que a ordem nos presta — nés advogados. Nés credenciamos’ para advogar e vigiando, acompanhando 0 exercicio de nossa atividade profissional. Isso 6 a atividade que a ordem realiza, ‘nos obtiga @ pagar a Contribuigo chamada de Contribuigao da Ordem do Advogados. Esse Tributo, nna verdade, 6 uma Taxa, cuja a Obrigagao se vincula apenas, Gnica e Exclusivamente a atividade Email: alexandre.linhares@mcanet.com.br Tel: 244-1988 Coeseese HOES C08 080 00 CCeCeeee 89000 68 e e e e e e e e e @ © @ e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e ° ce e e e Monitoria de Direito Trivutério Alexandre Linhares 25 tealizada pela ordem dos Advogados. E um Taxa apesar da Constitui¢ao chamar de Contribuigo ‘Social,’1ss0 foi feito por ignordncia do constituinte, isso nunca tera natureza juridica de Contribuigdo e sim de Taxa. = Nés pagamos sobre o nosso salério 8% para_a_previdéncia Social, Porque, qual-0oFato Gerador, 0 que é que nos obriga pagar essa contribuigéo? E a alividade que a previdéncia Social nos presta: médica, hospitalar, aposentadoria, pensées, licengas. Tudo isso que ela nos presta Obra presta por conta dessa atividade de previdéncia, nos nés obrigamos - a pagar Contribuigao previdenciéria, esta vinculado a prépria atividade, por isso é uma Taxa, sobre 0 Servigo médico- hospitalar; sobre a assisténcla social que nos presta na aposentadoria, garantindo 0 nosso salério, a nossa remuneragdo, a nossa penséo, isso é a atividade estatal. Sobre essa atividade, como esse atividade é prestada nos nés obrigamos a pagar a Contribulgdo previdenciaria. Do ponto de vista do Direito tem natureza juridica de Taxa. Entéo, € assim que 0 Geraldo Ataliba distingue os Tributos, pela sua natureza juridica. Por exemplo: foi criado 0 selo pedégio, a lei nao dizia se era Tributo, nfo dizia nada. Pagava esse selo todos os proprietérios de veiculos que trafegassem em vias federais. 0 Fato Gerador era 0 Servigo de manutengao e conservagao, o selo decorre da conservago da via Publica da estrada Federal. A primeira tarefa da Justiga foi definir que tipo de Tributo, ou até mesmo se é um Tributo. Disseram que isso decorre da atividade Publica ~ conservacao de estradas -, € isso que nos faz pagar para manter 0 Setvigo de conservagao das estrada . voc® paga porque a Unido esta mantendo as estradas conservadas. Entéo a Justiga Federal decidiu, 19) 0 Fato Gerador é préprio de taxa de Servigo Pitbico, entao isso é uma Taxa, a natureza juridica 6 de Taxa; 2*) a Base de Calculo o valor do veiculo, quanto mais caro mais selo pedagio paga. A Justiga Federal decidiu que é inconstitucional essa Taxa, porque como Taxa 0 §2° do art. 145 diz ‘a Taxa no pode ter Base de Célculo propria de Base de Calculo de Imposto", porque essa Base de Cétculo nao revela nenhuma.atividade estatal, ndo se vincula a qualquer atividade estatal, ‘como assim? O correto seria que eu pagasse bem mals selo pedagio do que quem tem um.carro super novo, porque 0 meu carro é um carro velho, todo desregulado, desalinhado, o normal é que um carro desse estrague mais a estrada do que um’ carro zero que anda muito meihor. E ébvio que 0 desgaste da estrada € muito maior num carro antigo. Entdo essa Base de Célculo ~ valor do vefculo— néo revela o Servigo prestado. E certo que um caminh&o pague mais porque ele é mais pesado, gasta mais asfalto, mas se eu tenho uma Ferrari zero pago mais do que quem tem um carro zero de um outra marca, Isso nfo 6 Base de Célculo de Taxa e sim de Imposto. A Taxa deverd ser sobre Servigos Piblicos divisiveis e essa Base de Calculo no garante a divisibilidade do servigo piblico, pelo contrério. Entdio o Poder Judicidrio disse que essa Taxa era inconstitucional, primeiro porque tem Base de Célculo prépria de Imposto e isso nao pode porque a Constituigdo expressamente profbe, eno s6 por isso j4 € considerada inconstitucional. Um dos critérios que poderiam ter sido usados nesse ‘caso seria 0 peso do carga 0 ndo simplesmente o seu valor. Alguns autores dizem que tem alguns Tribulos que so mais confusos tipo Contribuigo previdenciéria, Alguns autores vo mais longe e dizem que a Contribuigdo previdenciéria em determinado momento ela se mostra com natureza de Taxa e em outros momentos ela se mostra com natureza de Imposto, Eu trabalho para tua empresa, ganho o salério e vocé desconta na fotha 8 % a titulo de Contribuigao previdencidrio. Entéo, sai do meu salério 8%, a natureza desse Tributo é Taxa, Porque a previdéncia Ihe presta uma atividade estatal., um amparo estatal especifico, direcionado a minha pessoa, a pessoa do empregado que esta pagando, serd minha aposentadoria, a pensdo, a licenga remnunerada, assisténcia médica hospitalar. Email: alexandre.linhares@mcanet.comm.br Tel: 244-1988 Monitoria de Direito Tributério Alexandre Linhares 26 Entéo, presta um a atividade direcionada a minha pessoa, entao para mim isso é Taxa. Mas © empregador sobre 0 meu salério desconta 12%, a Contribuigo previdenciéria do trabalhador é na verdade de 20 %, o trabalhador arca com 0 salério dele, descontando do salario, 12 % relirado do ‘empregador em favor do empregado. Para que eu me apresente eu preciso todo més descontar 20% sobre 0 que eu ganho,.s6 que diz que eu ganho realamente s6 & descontado 8%, os outros 12 %, para completar 0 empregador tira do bolso dele para pagar um meu favor, em favor de empregador, para. completar 0 desconto do empregado que & para ser 20%. Gomo 0 empregado ganha pouco Fesolveram tirar apensas 8%, .0 resto.o empregador paga do bolso dele, paga em favor do ‘empregado. Essa parte de 12% o que 6? E Imposto, 0 empregador esta tirando do bolso dele @ no existe a atividade direcionada para ele, 0 empregador tira 12% e ele n8o se aposentar com isso, quem vai se aposentar é 0 empregado e néo.o empregador. Entao para o empregador.esses 12 % no esto vinculados a nenhuma atividade estatal direcionada 20 empregado, esté direcionado a ao empregado. Entéo esses 12%, dizem que alguns autores, tem natureza juridica de Imposto, porque o empregador tira do bolso dele e nao existe nenhuma atividade do Estado para ele empregador. Existe se empregador pagar a Contribuigdo previdencidria dele. proprio empregador como empregador ,ai ele paga os 20% do empregador, essa parte que o empregador paga para ele se aposentar é Taxa. io previdenciéria, afirmam’ alguns autores, porque tem coisas dela que é de natureza Juridica de Taxa e tem essa outra parte que tem natureza juridica de Imposto, porque nao vincula cada em relago ao contribuinte. Os Empréstimos Compuls6rios, dizem os autores, na verdade, na maioria deles que tivemos até hoje tem natureza juridica de Imposto. Ex.: 0 Empréstimo Compulsério sobre © combustivel, eu paro no posto, encho tanque.e ago a gasolina mais o Empréstimo Compulsério. Existia uma atividade estatal nesse Fato Gerador? Nenhuma atividade estatal, entéo os Empréstimos Compulsérios,-na ‘tmaioria dos ‘casos revelam-se Impostos na sua natureza juridica, mas nem todos, é preciso examinar cada Empréstimo. Mas ndo se deve chamar Empréstimo Compulsério de imposto, isso é um equivoco. Pode ser instituido em Empréstimo Compulsério que nao tenha natureza juridica de Imposto. Imposto de guerra + Empréstimo Compulsério de guerra Podemos aceitar até que empréstimo compuls6rio seja imposto, mas é um tipo diferente de Imposto, € 0 Imposto tipo Empréstimo, Compulsério, que sera restituido posteriormente, Distingao entre hipétese de incidéncia e Fato Gerador AL wammeratizagto <

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