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A TV no Banco dos Réus

Evocação: Excelentíssimo Senhor Juiz que preside este tribunal,


Excelentíssimos Senhores Jurados, Excelentíssimos Senhores Advogados de
Defesa, meus senhores, minhas senhoras.

Introdução: Neste julgamento os senhores jurados terão a sagrada missão de


julgar a televisão pelo o que ela é, e a influência que ela exerce sobre as
pessoas. Como nos ensina Salomão em Eclesiastes 17 onde diz que: Não serás
demasiadamente justo, nem exageradamente sábio, mas, diante de Deus,
ponderai as coisas. É exatamente isso que a promotoria espera, que os
senhores jurados, a quem cabe a decisão final, saibam usar a razão e não o
sentimentalismo, que é o que a televisão mais propaga, mas se as Vossas
Excelências souberem usar a razão, isso é diante de Deus, ponderar as coisas.

• O que os escritores de novelas passam para o público?

Descrevem acontecimentos que derrubam as barreiras da lei e da


restrição do próprio eu, e muitos são possuídos pelo espírito dessas
imaginações. Inclusive alguns jovens são influenciados pela TV e são levados
a pratica de crimes ainda piores que os descritos por esses escritores
sensacionalistas.

Mediante tais influências a sociedade está se desmoralizando. As


sementes da anarquia são amplamente espalhadas. Mesmo que ao final a
novela ou o programa mostre a punição do mal, o exemplo ficou na mente do
jovem e ninguém precisa espantar-se com o resultado, que será uma colheita
de crimes.

Não foi a toa que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro


entrou com uma Ação Cautelar, e obteve uma Liminar, impedindo que fosse
levado ao ar, alguns capítulos da novela “Laços de Família”, pelo Contágio
Deletério da Sociedade (Pernicioso; Faz mal; Contamina)

• E os filmes?

Não foi por acaso que os terroristas imaginaram o ataque ao “World


Trade Center”. Eles se espelharam no “Independence Day”, “The Day After
(O Dia Seguinte)”, etc.

A TV abre a mente desperta, estimula, dá a idéia. Isso se chama


“SUGESTIBILIDADE”.

A perspectiva mais geral sobre a questão do negativismo é proposta por


Bleuler (psiquiatra) que a sugestibilidade negativa ou a compulsão produz
associações por contraste. O mecanismo de contraste é uma função autônoma
que se contrapõe à atividade de associação normal e está enraizado na
“AFETIVIDADE”, manifesta-se, portanto, fundamentalmente nas idéias, nas
decisões, com forte tonalidade afetiva.

O mecanismo da sugestibilidade consiste na faculdade de acolher e


realizar idéias com fortes tonalidades afetivas.
Logo, o controle central da mente torna-se de tal modo enfraquecido
que a pessoa não é mais capaz de estimular os atos positivos, nem evitar os
negativos.

Os psicanalistas chegaram a conclusão que há uma redução na mente,


da atenção para o que é correto. A visão do pernicioso fica na mente de uma
maneira mais geral é o “EMBOTAMENTO APERCEPTIVO”.

A capacidade de observação ao assistir TV, parece não se alterar durante


um agravamento geral, não surpreende à primeira vista, mas a idéia que fica
gravada é quase fotográfica, que ressalta as coisas mais insignificantes, que
escapariam caso não tivéssemos visto.

A descoberta da psicanálise não é novidade.

A Bíblia diz que o apóstolo Paulo, mesmo querendo fazer o bem, fazia o
mal, que não queria.

Uma outra questão a ser ressaltada é a questão do tempo. Uma pessoa


que gasta usualmente 2 horas por dia assistindo novelas e outras banalidades
oferecidas pela TV terá gasto ao final de um ano 730 horas dissolutamente.
Mas há estatísticas comprovando que crianças brasileiras gastam em média 6
horas diárias em frente à televisão.

Sendo que de acordo com o que diz Eclesiastes 3:17. “...Deus julgará o
justo e o perverso; pois há tempo para todo o propósito e para toda obra.”; ou
seja, Deus pedirá conta de todo o tempo que foi dado a cada ser humano sobre
a face da terra, se foi gasto de maneira positiva, ou de maneira vã, portanto a
distancia entre a salvação e a perdição eternas podem estar associados a um
botão de LIGA/DESLIGA (ON/OFF).

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