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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CÂMARA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL


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LEI 11.638/07 – ESTUDO PRÁTICO


DOS ASPECTOS CONTÁBEIS

PROF. ARMANDO M. BORELY


Armando.borely@globo.com

Atualização: 12.12.2008
1
SUMÁRIO

• Objetivos da lei 11.638


• Principais modificações
• Modelos de Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do
Exercício
• Aspectos contábeis
• MP 449 de 03/12/2008
• Conclusão
• Encerramento e discussão
• Bibliografia

2
OBJETIVOS DA LEI 11.638/07
• Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da lei 6.385/76 e
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à
elaboração e divulgação das demonstrações financeiras.

• Artigos alterados: 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 2
248 da lei 6.404/76.

• Harmonizar as normas contábeis praticadas no Brasil com as


normas internacionais.

• Facilitar o entendimento das demonstrações financeiras das


empresas brasileiras e, consequentemente, maior captação de
recursos originados tanto de investidores nacionais como de
internacionais.

3
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art.176. Ao fim de cada exercício social, a Art.176. Ao fim de cada exercício social, a
Diretoria fará elaborar ... Diretoria fará elaborar ...
I. Balanço patrimonial; I. Balanço patrimonial;
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos II. Demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; acumulados;
III. Demonstração de resultado do III.Demonstração de resultado do
exercício; exercício;
IV. Demonstração das origens e aplicações IV.Demonstração dos fluxos de caixa; e
de recursos. V.Se companhia aberta, demonstração do
valor adicionado.

§ 6º A companhia fechada, com patrimônio


§ 6º A companhia fechada, com líquido, na data do balanço, não superior
patrimônio líquido, na data do balanço, a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de
não superior a R$ 1.000.000,00 (um reais) não será obrigada à elaboração e
milhão de reais) não será obrigada à publicação da demonstração de fluxo de
elaboração e publicação da caixa.
demonstração das origens e aplicações
de recursos.

4
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 177. A escrituração da companhia será
mantida em registros permanentes ...

§ 2º A companhia observará em registros § 2º As disposições da lei tributária ou de


auxiliares, sem modificação da legislação especial sobre atividade que
escrituração mercantil e das constitui o objeto da companhia ... em
demonstrações reguladas nesta lei, as consonância com o disposto no caput
disposições da lei tributária, ou de deste artigo e deverão ser alternativamente
legislação especial sobre a atividade que observadas mediante registro:
constitui seu objeto, que prescrevam I – em livros auxiliares, sem modificação da
métodos ou critérios contábeis diferentes escrituração mercantil; ou
ou determinem a elaboração de outras
demonstrações financeiras. II – no caso da elaboração das
demonstrações para fins tributários, na
escrituração mercantil, desde que sejam
efetuados em seguida, lançamentos
contábeis adicionais que assegurem a
preparação e divulgação de
demonstrações financeiras com
observância do disposto no caput deste
artigo, devendo estas demonstrações
financeiras auditadas por auditor
independente, registrado na Comissão de
Valores Mobiliários. 5
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 177. § 5º As normas expedidas pela Comissão
§ 3º As demonstrações financeiras das de Valores Mobiliários a que se refere o §
companhias abertas observarão, ainda, as 3º deste artigo deverão ser elaboradas em
normas expedidas pela Comissão de consonância com os padrões
Valores Mobiliários, e serão internacionais de contabilidade adotados
obrigatoriamente auditadas por auditores nos principais mercados de valores
independentes registrados na mesma mobiliários.
comissão.
§ 6º As companhias fechadas poderão
§ 4º As demonstrações financeiras serão optar por observar as normas sobre
assinadas pelos administradores e por demonstrações financeiras expedidas pela
contabilistas legalmente habilitados. Comissão de Valores Mobiliários para as
companhias abertas.

§ 7º Os lançamentos de ajustes efetuados


exclusivamente para harmonização de
normas contábeis, nos termos do § 2º
deste artigo, e as demonstrações e
apurações com eles elaboradas não
poderão ser base de incidência de
impostos e contribuições nem ter quaisquer
outros efeitos tributários.
6
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 178. Art. 178.
§ 1º § 1º
c) Ativo permanente, dividido em c) Ativo permanente, dividido em
investimentos, ativo imobilizado e ativo investimentos, ativo imobilizado,
diferido. intangível e ativo diferido.

§ 2º No passivo, as contas serão


classificadas nos seguintes grupos: § 2º No passivo, as contas serão
a) classificadas nos seguintes grupos:
b) a)
c) b)
d) Patrimônio líquido, dividido em capital c)
social, reservas de capital, reservas d) Patrimônio líquido, dividido em capital
de reavaliação, reservas de lucros e social, reservas de capital, ajustes de
lucros ou prejuízos acumulados. avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.

7
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 179. Art. 179.
IV – no ativo imobilizado: os direitos que IV – no ativo imobilizado: os direitos que
tenham por objeto bens destinados à tenham por objeto bens corpóreos
manutenção das atividades da destinados à manutenção das
companhia e da empresa, ou atividades da companhia e da
exercidos com essa finalidade, empresa, ou exercidos com essa
inclusive os de propriedade industrial finalidade, inclusive os decorrentes de
ou comercial;
operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens;

V – No ativo diferido: as aplicações de


V – no diferido: as despesas pré-
recursos em despesas que
contribuirão para a formação do operacionais e os gastos de
resultado de mais de um exercício reestruturação que contribuirão,
social, inclusive os juros pagos ou efetivamente, para o aumento de mais
creditados aos acionistas durante o de um exercício social e que não
período que anteceder o início das configurem tão-somente uma redução
operações sociais. de custos ou acréscimo na eficiência
operacional;

8
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 182
§ 1º
c) O prêmio recebido na emissão de
debêntures;
d) As doações e subvenções para
investimento.
§ 3º Serão classificadas como reservas de
reavaliação, as contrapartidas de aumento § 3º Serão classificados como
de valor atribuídos a elementos do ativo ajustes de avaliação patrimonial,
em virtude de novas avaliações com base enquanto não computadas no
em laudo nos termos do art. 8º, aprovado resultado do exercício em
pela assembléia geral. obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor
atribuído a elementos do ativo (§
5º do art. 177, inciso I do caput do
art. 183 e § 3º do art. 226 desta
Lei) e do passivo, em decorrência
de sua avaliação a preço de
mercado.

9
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 183. I - As aplicações em instrumentos
I – os direitos e títulos de créditos, e financeiros, inclusive derivativos, e em
quaisquer valores imobiliários não direitos e títulos de créditos,
classificados como investimentos, pelo classificados no ativo circulante ou no
custo de aquisição ou pelo valor de realizável a longo prazo:
mercado, se este for menor; serão a) Pelo seu valor de mercado ou valor
excluídos os já prescritos e feitas as equivalente, quando se tratar de
provisões adequadas para ajustá-lo ao aplicações destinadas à negociação
valor provável de realização, e será ou disponíveis para venda; e
admitido o aumento do custo de b) Pelo valor de custo de aquisição ou
aquisição, até o limite do valor de valor de emissão, atualizado conforme
mercado, para registro de correção disposições legais ou contratuais,
monetária, variação cambial ou juros ajustado ao valor provável de
acrescidos; realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os
direitos e títulos de crédito;

10
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

VII – os direitos classificados no


intangível, pelo custo incorrido na
aquisição deduzido do saldo da
respectiva conta de amortização;

VIII – os elementos do ativo decorrentes


de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os
demais ajustados quando efeito
relevante.
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo,
considera-se valor de mercado:
d) Dos instrumentos financeiros, o valor
que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não
compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um
mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:

11
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
1) Dos instrumentos financeiros, o valor
que pode se obter em um mercado
ativo com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza,
prazo e riscos similares;
2) O valor presente líquido dos fluxos de
caixa futuros para instrumentos
financeiros de natureza, prazo e riscos
similares; ou
3) O valor obtido por meio de modelos
matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos
financeiros.

§ 2º A diminuição do valor dos elementos § 2º A diminuição do valor dos elementos


do ativo imobilizado será registrada do ativo imobilizado, intangível e
periodicamente nas contas de: diferido será registrada
periodicamente nas contas de:

12
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
§ 3º os recursos aplicados no ativo § 3º A companhia deverá efetuar,
diferido serão amortizados periodicamente, análise sobre a
periodicamente, em prazo não recuperação dos valores registrados
superior a dez anos, a partir do início no imobilizado, no intangível e no
da operação normal ou do exercício diferido, a fim de que sejam:
em que passem a ser usufruídos os I – Registradas as perdas de valor do
benefícios dele decorrentes, devendo capital aplicado quando houver
ser registrada a perda do capital decisão de interromper os
aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado
se destinavam, ou comprovados que que não poderão produzir resultados
essas atividades não poderão produzir suficientes para recuperação desse
resultados suficientes para amortizá- valor; ou
los. II – Revisados e ajustados os critérios
utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo
da depreciação, exaustão e
amortização.

13
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Art. 184. No balanço, os elementos do
passivo serão avaliados de acordo com os
seguintes critérios:
III – as obrigações sujeitas à correção III – as obrigações, encargos e riscos
monetária serão atualizadas até a data do classificados no passivo exigível a longo
balanço. prazo serão ajustados ao seu valor
presente, sendo os demais ajustados
Art. 187. A demonstração do resultado do quando houver efeito relevante.
exercício discriminará:
III – as participações de debêntures,
empregados, administradores e partes
beneficiárias, e as contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou Art. 187. A demonstração do resultado do
previdência de empregados; exercício discriminará:
III – as participações de debêntures,
empregados, administradores, mesmo na
§ 2º O aumento do valor de elementos do forma de instrumentos financeiros, e as
ativo em virtude de novas avaliações, contribuições para instituições ou fundos
registrado como reserva de reavaliação de assistência ou previdência de
(art. 182, § 3º), somente depois de empregados, que não se caracterizem
realizado poderá ser computado como como despesa;
lucro para efeito de distribuição de
dividendos ou participações.
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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
SEÇÃO VI SEÇÃO VI
Demonstração de Origens e Aplicações de Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do
Recursos Valor Adicionado
Art. 188 – As demonstrações referidas nos
Art. 188 - VETADA incisos IV e V do caput do art. 176 desta
lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as
alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa,
segregando-se essas alterações em, no
mínimo, 3 (três) fluxos:
a) Das operações;
b) Dos financiamentos; e
c) Dos investimentos;
II – demonstração do valor adicionado – o
valor da riqueza gerada pela companhia, a
sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para a geração dessa
riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros,
bem como a parcela da riqueza não
distribuída.
15
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Reserva de Incentivos Fiscais

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por


proposta dos órgãos de administração,
destinar para a reserva de incentivos
fiscais a parcela do lucro líquido decorrente
de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que
Art. 197. poderá ser excluída da base de cálculo do
§ 1º dividendo obrigatório.

II – o lucro, ganho ou rendimento em II – o lucro, ganho líquido ou rendimento


operações cujo prazo de realização em operações ou contabilização de ativo e
financeira ocorra após o término do passivo pelo valor de mercado, cujo prazo
exercício social seguinte. de realização financeira ocorra após o
término do exercício social seguinte.
Art. 199. O saldo das reservas de lucros,
exceto as para contingências e de lucros a Art. 199. O saldo das reservas de lucros,
realizar, não poderá ultrapassar o capital exceto as para contingências, de incentivos
social; ... fiscais e de lucros a realizar, não poderá
ultrapassar o capital social; ...

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Transformação, Incorporação, Fusão
e Cisão
Art. 226
§ 3º Nas operações referidas no caput deste
artigo, realizadas entre partes
independentes e vinculadas à efetiva
transferência de controle, os ativos e
passivos da sociedade a ser incorporada ou
decorrente de fusão ou cisão serão
Avaliação do investimento em contabilizados pelo seu valor de mercado.
coligadas e controladas
Art. 248. No balanço patrimonial da Art. 248. No balanço patrimonial da
companhia, os investimentos relevantes companhia, os investimentos relevantes
(art. 247, parágrafo único) em sociedades (art. 247, parágrafo único) em sociedades
coligadas sobre cuja administração tenha coligadas sobre cuja administração tenha
influência, ou de que participe com vinte por influência, ou de que participe com vinte por
cento ou mais do capital social, e em cento ou mais do capital votante, em
sociedades controladas, serão avaliados controladas e em outra sociedades que
pelo valor de patrimônio líquido, de acordo façam parte de um mesmo grupo ou
com as seguintes normas: estejam sobre controle comum, serão
avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes
normas: 17
MP 449 (03/12/2008) x Lei 11.638/07 (28/12/2007)
• Art. 18 - A MP determina que a parcela do lucro líquido do exercício decorrente das doações e
subvenções governamentais para investimentos deve ser mantida em reserva de lucro
específica.
•Art. 18 - A MP determina a exclusão no LALUR, do valor referente à parcela do lucro líquido
decorrente de doações e subvenções, para fins de apuração do lucro real.
• Art.19 – A MP determina que a parcela do lucro líquido do exercício decorrente do prêmio na
emissão de debêntures deve ser mantida em reserva de lucro específica. (A lei 11.638/07 não
determina essa posição)
• Art.19 – A MP determina a exclusão no LALUR, do valor referente à parcela do lucro líquido
decorrente do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração do lucro real.
• Art. 36 – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
• Art. 36 – A MP duplica o que as notas explicativas devem conter.
• Art. 36 – A MP inclui as participações de partes beneficiárias em quanto a lei 11.638 não cita
tal participação.
• Art. 37 – A lei 6.404 ........ Passa a vigorar acrescida dos artigos 184-A, 299-A e 299-B:
‰ Art. 299-A. O saldo existente em 31/12/2008 no ativo diferido,..., que não puder ser alocado a
outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo... até sua completa amortização, ...
‰ Art. 299-B. O saldo existente no REF em 31/12/2008 deverá ser reclassificado para o passivo
não circulante em conta representativa de receita diferida.

18
Ativo Imobilizado

Transação com imobilizado:


Valor de custo: 3.000
Valor de venda: 5.000, sendo $ 1.000 à vista e 5 parcelas anuais de $ 800
Taxa de juros anual: 20%
Obs.: Não consideramos a depreciação. O registro será efetuado
normalmente considerando o prazo de vida útil (econômica) do ativo
reduzindo-se o valor residual.

19
Ativo Imobilizado

Temos a seguinte planilha de amortização:

Período Juros Amortização Prestação


À vista 0 1.000 1.000
1º ano 133 667 800
2º ano 245 555 800
3º ano 338 462 800
4º ano 414 386 800
5º ano 478 322 800

Total 1.608 3.392 5.000

20
Ativo Imobilizado

Contabilização do vendedor:

D – Caixa 1.000
D – C.Receber – Principal 2.392
D – C.Receber – Juros 1.608
C – Imobilizado 3.000
C - Result. Venda Ativo a apropriar 392
C – Receita Financeira a apropriar – juros 1.608

Obs.: 1. Considerar os valores de curto e longo prazo


2. Apropriar as contas retificadoras do ativo como receita em cada
um dos exercícios (vide planilha)

21
Ativo Imobilizado

Contabilização do comprador:

D – Imobilizado 3.392
D – Juros a transcorrer 1.608
C – Caixa 1.000
C – Financiamento – Principal 2.392
C - Financiamento – juros 1.608

Obs.: 1. Considerar os valores de curto e longo prazo


2. Apropriar a conta retificadora do passivo como despesa em cada
um dos exercícios (vide planilha)

22
ASPECTOS CONTÁBEIS
Aplicação do MEP
- Controlada (Mais de 50% do capital votante)
- Coligada (Entre 10% e 50% do capital total), desde que:
a) Influência significativa (depend. Econômica, tecnológica, eleição de
administradores), ou
b) Participação de 20% ou mais do capital votante

23
ASPECTOS CONTÁBEIS

• Exemplo c.receber embutida com receitas financeiras:


• 1º ano: D – C.Receber 1.100
• C – Vendas 1.100

• D – Ajuste p/ red. Vr.presente (desp.- Red.rec.financ.) 100


• C - Prov. p/ajuste red.valor pres. (ret.ativo) 100

• Demais exerc. D - Prov.Ajuste Vr.Presente 100


(Pro-rata) C – Ajuste vr. presente (Rec.Financ.) 100

24
ASPECTOS CONTÁBEIS - EMPRÉSTIMO
Dados: Captação em 31/12/0 = $ 1.000 mil
8 pagamentos anuais consecutivos de $ 161 mil
Custo da transação: $ 109 mil
Juros totais: $ 288 mil
Entrada no caixa: $ 891 mil ( $ 1.000 - $ 109)

• Lançamentos na captação:
D – Caixa 891
D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 109
C – Financiamentos 1.000

BP: Empréstimos 1.000


( - ) Custos a amortizar ( 109 )
891

25
ASPECTOS CONTÁBEIS - EMPRÉSTIMO
Lançamentos em 31/12/1 (apropriação dos encargos financeiros) :
D – Desp. Financeiras - juros 60
D – Desp. Financeiras Amortização de custos 20
C – Financiamentos 60
C – Custos a amortizar (redut. Passivo) 20

Lançamento em 31/12/1 (parcela de pagamento de empréstimo)


D – Financiamento (Juros) 60
D – Financiamento (Amortização de custos) 101
C – Caixa 161

BP: Empréstimos 899


( - ) Custos a amortizar ( 88 )
811

26
ASPECTOS CONTÁBEIS - DEBÊNTURES
Dados: Captação via debêntures: $ 1.000 mil
Prazo: 8 anos
Pagamentos consecutivos de $ 161 mil
Custos: $ 60 mil
Valor bruto captado com a emissão dos títulos: $ 1.100 mil
Valor líquido captado com a emissão dos títulos: $ 1.040 mil ( $ 1.100 - $ 60 )
Total desp.financ.líq.: $ 228 mil ($ 288 juros - $ 40 amortização de custos )

Lançamento no momento 0 (captação):


D – Caixa (líquido) 1.040
D – Custos a amortizar (custos da transação) 60
C – Financiamentos 1.000
C – Prêmios a amortizar 100

BP: Financiamentos $ 1.000


( + ) Prêmio a amortizar $ 100
( - ) Custos a amortizar ( $ 60 )
$ 1.040

27
ASPECTOS CONTÁBEIS - DEBÊNTURES
Lançamento em 31/12/1 (Encargos financeiros):
D – Despesas financeiras (juros) 60
D – Amortização de custos 12
D – Amortização do prêmio ( 20 )
D – Prêmios a amortizar 20
C – Financiamentos 60
C – Custos a amortizar 12

Lançamento em 31/12/1 (pagamento)


D – Financiamentos – juros 60
D – Financiamentos – Principal 101
C – Caixa 161

BP: Financiamentos $ 899


( + ) Prêmio a amortizar $ 81
( - ) Custos a amortizar ( $ 48 )
$ 931

28
Aspectos Contábeis - Doações e subvenções

Registro no resultado do exercício ou R.E.F. e não mais diretamente no PL.


É facultada a criação de reserva de incentivos fiscais até o montante do
valor das doações e subvenções registradas no exercício.

D – Ativo Permanente; D – Resultado


C – Resultado C – L.Acum.;

D – L.Acum.
C – Res. Incent. Fiscal

29
Modelo de DVA
Demonstração do Valor Adicionado
Início Final
Receitas Operacionais

( - ) ou ( + ) PCLD – Reversão/Constituição

+ Receitas Não Operacionais

- Insumos adquiridos de terc.

= Valor Adicionado Bruto

( - ) Depreciação, amort., exaustão

= Valor Adic. Liq. Produzido pela Entidade

+ ou ( - ) Result. Equiv. Patrimonial

+ Receitas financeiras

= Valor Adicionado a distribuir 30


Modelo de DVA
Distribuição do Valor Adicionado

Início Final

Pessoal e encargos

Tributos

Juros e aluguéis

Juros s/ capital próprio/dividendos

Lucros retidos

Total distribuído

31
Demonstração de fluxo de Caixa - Método Direto
Ativ. Operacionais
Rec.Clientes 29.500
Receb. Juros 5.300
Pagamentos
Fornec.mercadorias (10.000)
Impostos (2.000)
Salários (21.000)
Juros (3.600)
Caixa Líq.ativ.operac. (1.800)
Ativ. Investimentos
Rec.Venda Imobilizado 15.000
Pag.aquis.Imobilizado (20.000)
Caixa Líq.Investimentos (5.000)
Ativ.de Financiamentos
Aumento Capital 20.000
Distrib.dividendos (1.500)
Caixa Líq.Financ. 18.500
Aumento Líq.Caixa 11.700
Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300 32
Demonstração de fluxo de caixa - Método Indireto
Atividades Operacionais
Lucro líquido 3.900
Mais: depreciação 1.500
Menos: Lucro venda imobil. (3.000)
Lucro ajustado 2.400
Aumento dup.receber (10.000)
Aumento estoques (3.000)
Aumento fornecedores 16.500
Redução salários a pagar (7.000) (4.200)
Caixa Líq.Ativ.Operacionais (1.800)
Atividades de Investimentos
Receb.venda imobilizado 15.000 (5.000)
Pagamento aquis.imobilizado (20.000)
Atividades de Financiamento
Aumento de capital 20.000 (1.500) 18.500
Distribuição dividendos
Aumento líq.disponibilidades 11.700
Saldo anterior caixa 5.600
Saldo final de caixa 17.300
33
ASPECTOS CONTÁBEIS – Arrendamento Mercantil

• Em 02/01/2010 a Cia. ABC firmou um contrato de arrendamento mercantil


de um veículo:
• Dados:
Prazo: 48 meses
Valor nominal das prestações: $ 800,00
Tempo de vida útil econômica: 60 meses
Valor de mercado à vista (fair value): $ 30.875,00
Valor residual garantido na opção de compra: $ 800,00
Valor estimado do bem na data da opção: $ 12.000

34
PAGAMENTOS – Arrendamento Mercantil

Amortização Juros Total

1º ano 6.230,10 3.369,90 9.600,00

2º ano 7.020,25 2.579,75 9.600,00

3º ano 7.910,66 1.689,34 9.600,00

4º ano 9.713,99 686,01 10.400,00

35
CONTABILIZAÇÃO – ARRENDAMENTO MERCANTIL
FINANCEIRO

Lançamentos em 02/01/2010
D – Imobilizado 30.875,00
C – Passivo Circulante 13.250,00
C – Passivo Exig.Longo prazo 17.625,00

D – Juros a transcorrer (Retif. Passivo) CP 5.950,00


D – Juros a transcorrer (Retif. Passivo) LP 2.375,00
C – Juros a pagar – PC 5.950,00
C – Juros a pagar – LP 2.375,00

Lançamentos em 31/12/2010
D – Juros a pagar - PC 3.370,00
D - Principal – PC 6.230,00
C – Bancos 9.600,00

D – Despesas de juros 3.370,00


C – Juros a transcorrer – PC 3.370,00

36
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2010

BP DRE

Imobilizado
Veículos arrend. 30.875,00
Despesas Operacionais
Dep.Acumulada ( 6.175,00) Desp. Depreciação 6.175,00
24.700,00 Desp. Financ. - juros 3.370,00

Pas.Circ.
Arrend. Merc. A pagar 9.600,00
Juros a transcorrer ( 2.580,00)
7.020,00

ELP
Arrend.Merc. A Pagar 20.000,00
Juros a transcorrer ( 2.375,00)
17.625,00

37
Aspectos contábeis - Intangível

Intangível

- Bens incorpóreos (marcas, patentes, concessões, ágio por conta de expectativa


de rentabilidade futura – fundo de comércio – “goodwill”)

- Estimar os lucros para amortizar o ágio previsto:


D – Investimentos (MEP – valor de mercado)
D – Ágio p/ rentab. Futura (Intangível)
C – Bancos

D – Amort.ágio p/ rentab.futura (desp.operac.)


C – Amort.acum. Ágio p/ rent.futura (retif.ativo)

- Pesquisa e Desenvolvimento:
Intangível somente quando demonstrada a viabilidade técnica e comercial dos
produtos e, recursos suficientes para produção e comercialização. Caso contrário,
são contabilizados como despesas.

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Investimentos Temporários

I. Avaliados ao valor de mercado


a) Disponíveis para negociação imediata
D – Perda por Avaliação ao valor de mercado 100
C - Investimentos Temporários 100

b) Disponíveis para venda (sem data acertada)


D – Ajuste de Avaliação Patrimonial 300
C – Investimentos Temporários 300

II. Custo atualizado conforme contrato ou valor de realização, entre os


dois, o menor. Utilizados para investimentos resgatados no
vencimento e direitos e títulos de créditos (aplicado à
mercadorias)
D – Perda pela desvalorização de investimentos/estoques 400
C – Prov. Para perda na desvalorização de invest./estoques 400

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Teste de irrecuperabilidade – Imobilizado, intangível
e diferido
1º exemplo:
Máquina X em 2008:
Custo: 35.000
Deprec.Acumulada: (25.000)
Valor contábil: 10.000
Valor realizável líquido 10.500
Valor dos benefícios futuros: 2008 2009 2010 2011 2012 2013
11.960 12.000 9.980 9.960 11.700
Considerando a taxa de desconto de 10% ªª e a vida útil remanescente de 5 anos,
teremos:
Valor presente líquido dos benefícios
Futuros: 2008 2009 2010 2011 2012 2013
42.354 10.873 9.917 7.483 7.265 6.816
O valor contábil ($ 10.000) é menor que o maior valor entre o realizável
Líquido ($ 10.500) e em uso ($ 42.354) não de se reconhecer qualquer
Perda por irrecuperabilidade.
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Teste de irrecuperabilidade – Imobilizado, intangível
e diferido
2º exemplo:
Máquina Y em 2008:
Custo: 60.000
Deprec.Acumulada: (40.000)
Valor contábil: 20.000
Valor realizável líquido 16.400
Valor dos benefícios futuros: 2008 2009 2010 2011/2013
6.000 5.750 11.704
Considerando a taxa de desconto de 10% ªª e a vida útil remanescente de 5 anos,
teremos:
Valor presente líquido dos benefícios
Futuros: 2008 2009 2010 2011/2013
19.000 5.455 5.750 8.793

41
Teste de irrecuperabilidade – Imobilizado, intangível
e diferido
Teste de recuperabilidade:

Valor contábil 20.000


Maior valor entre real.líquido e em uso (19.000)
Perda por irrecuperabilidade 1.000

D – Despesas c/ provisão por irrecuperabilidade 1.000


C – Provisão para perda por irrecuperabilidade 1.000

42
LEI 6.404 X 11.638
ATIVO
• CIRCULANTE • CIRCULANTE
Disponibilidades Disponibilidades
Créditos Créditos
Investimentos Investimentos
Estoques Estoques
Desp.Exerc.Seg. Desp.Exerc.Seg.

• REAL.LONGO PRAZO • NÃO CIRCULANTE


(Incluem valores a receber de REAL.LONGO PRAZO
sócios, diretores, col./cont.) (Incluem valores a receber
de sócios, diretores,
col./cont.)

(Continua)

43
LEI 6.404 X LEI 11.638/07

• PERMANENTE • PERMANENTE
Investimentos Investimentos
Imobilizado Imobilizado
Diferido Intangível
Diferido

44
LEI 6.404/76 X LEI 11.638/07
PASSIVO
• CIRCULANTE • CIRCULANTE

• EXIGÍVEL A LONGO • NÃO CIRCULANTE


PRAZO
– Exigível a longo prazo
• RESULT.EXERC.
FUTURO – Result.exerc. Futuro
Receitas Exerc. Futuro Receitas Exerc. Futuro
( - ) Custo/desp.exerc. futuro ( - ) Custo/desp. Exerc. Futuro

45
LEI 6.404/76 X LEI 11.638/07

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• CAPITAL SOCIAL • CAPITAL SOCIAL
( - ) Capital Não Realizado ( - ) Capital Não Realizado

• RESERVAS DE CAPITAL • RESERVAS DE CAPITAL

• RESERVA DE REAVALIAÇÃO • AJUSTES DE AVALIAÇÃO


PATRIMONIAL
• RESERVAS DE LUCROS
• RESERVAS DE LUCROS
• LUCROS (OU PREJUÍZOS) • ( - ) Ações em Tesouraria
ACUMULADOS • ( - ) Prejuízos Acumulados

46
LEI 6.404/76 X LEI 11.638/07

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


• REC. OPERAC. BRUTA DE • REC. OPERAC. BRUTA DE
VENDAS/SERVIÇOS VENDAS/SERVIÇOS
• Deduções da receita • Deduções da receita
(Abatimentos, tributos, (Abatimentos, tributos,
devoluções,...) devoluções,...)
= REC. OPER.LÍQUIDA DE = REC. OPER.LÍQUIDA DE
VENDAS/SERVIÇOS
VENDAS/SERVIÇOS
• CMV/CPV
• CMV/CPV
= LUCRO OPERAC.BRUTO
= LUCRO OPERAC.BRUTO
• DESPESAS OPERACIONAIS
• DESPESAS OPERACIONAIS – VENDAS
– VENDAS – FINANCEIRAS (-)
– FINANCEIRAS REC.FIN.
( - ) REC.FIN. – ADMINISTRATIVAS/GERAIS
– OUTRAS
– ADMINISTRATIVAS/GERAIS
– OUTRAS
(Continua)

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CONCLUSÃO

• Oportunidades para o Contador


– Empresário, autônomo, auditor interno ou externo,
consultor, funcionário, ...
• Estudo contínuo
• Pesquisa
• Dedicação
• Perseverança
• Projeção da profissão
• Reconhecimento profissional

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BIBLIOGRAFIA

• CVM – Instrução 469 de 02/05/08


• CVM – Comunicado ao mercado – 14/01/2008
• Contabilidade Geral – Introdução à Contabilidade Societária
(Natan Szuster, Ricardo Lopes e outros – Ed.Atlas – 2ª ed. 2008)
• CVM – Comissão de Valores Mobiliários
• CFC – Conselho Federal de Contabilidade
• CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis
• IASB - Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)
• Lei 11.638/2007
• Manual de Contabilidade das S/As (7 ed.)
• Manual de Contabilidade das S/As (suplemento da 7 ed.)
• Medida Provisória 449/2008

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