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Conversores de

Sistema Analógico
para Digital
André Nogueira Guedes
Fábio de Paiva Cota
Marcos Antônio Maia Jr.
Milton Martins Vicente
Toufic Haddad Reis
Junho/2009
Introdução

O conversor analógico-digital (A/D) é um


dispositivo eletrônico capaz de gerar uma
representação digital de uma grandeza
analógica.
Por exemplo, um conversor A/D de 10 bits,
pode gerar números binários de 0
(0000000000) a 1023 (1111111111) (ou seja,
capturar 1024 pontos do sinal).

1111111111=20+21+22+…+27+28+29=1023
Exemplos
Quando você utiliza o
seu scanner para
capturar uma imagem o
que acontece na verdade
é uma conversão de um
sinal analógico para
digital: isto é feito
pegando a informação
analógica fornecida pela
imagem (luz) e
convertendo-a em sinal
digital.
Exemplos
Quando se fala ao
telefone, a voz é
convertida em um
sinal digital já que
sua voz é um sinal
analógico e a
comunicação entre
as comutadoras de
telefonia é feita
digitalmente.
Exemplos
Quando um CD de
áudio é gravado em
um estúdio, mais
uma vez uma
conversão
analógico/digital
acontece,
convertendo os sons
em números que
serão armazenados
Sinal Digital
Existem algumas razões para usar sinais
digitais em vez de analógicos, sendo o ruído a
principal delas.
Como os sinais analógicos podem assumir
qualquer valor, o ruído é interpretado como
sendo parte do sinal original. Por exemplo,
quando se ouve músicas de um disco de vinil,
pode-se ouvir ruídos porque a agulha do toca-
discos é analógica e não sabe a diferença entre
a música originalmente gravada e o ruído
inserido por poeira ou arranhões.
Funcionamento
O que o conversor
analógico/digital faz é
capturar amostras do
sinal analógico ao longo
do tempo. Cada
amostra será
convertida em um
número, levando em
consideração seu nível
de tensão. Na Figura
pode ver um exemplo
de alguns pontos de Sinal analógico. O eixo “x”
amostragem em nosso representa a tempo enquanto
que o eixo “y” representa a
tensão.
Resolução
A freqüência com que a amostragem irá
ocorrer é chamada de taxa de amostragem. Se
uma taxa de amostragem de 22.050 Hz for
usada, por exemplo, isto significa que em um
segundo 22.050 pontos serão capturados (ou
“sampleados”). A distância de cada ponto
capturado será de 1 / 22.050 segundo (45,35
µs, neste caso).
Resolução
O valor de cada ponto capturado será
armazenado em uma variável de comprimento
fixo. Se esta variável for de oito bits, isto
significa que ela poderá armazenar valores
entre zero e 255 (28= 256). Se esta variável for
de 16 bits, isto significa que ela poderá
armazenar valores entre zero e 65.535 (216 =
65.536). E assim por diante.
Portanto, um conversor A/D de 8 bits o menor
valor será zero e o maior valor será 255. Se um
conversor analógico/digital de 16 bits for
usado, o menor valor será zero e o maior valor
será 65.535.
Resolução
Para saber o número de bits necessários para
um conversor A/D é calcular o nível de ruído
desejável. Como os valores capturados do sinal
analógico original precisarão ser
"arredondados" para o valor digital equivalente
mais próximo, isto resulta no que chamamos
de ruído de quantização.
O nível de ruído tolerável depende da
aplicação. O sistema telefônico pode ter um
nível de ruído maior do que um aparelho de
CD, por exemplo, já que queremos ouvir nossos
CDs com a melhor qualidade possível.
Resolução
A relação sinal/ruído (SNR), que mede o nível
de ruído, pode ser facilmente calculada através
desta fórmula, onde n é o número de bits
usado no conversor A/D:
SNR = 6,02 x n + 1,76 dB
Quanto maior a relação sinal/ruído (SNR),
melhor. Um conversor A/D de 8 bits fornece
uma relação sinal/ruído de 49,8 dB, enquanto
que a relação sinal/ruído de um conversor de
16 bits é de 98 dB (que é, a propósito, um valor
praticamente sem ruído).
Resolução
O sistema telefônico, por exemplo, utiliza uma
taxa de amostragem de 8.000 Hz e cada
amostra é armazenada em uma variável de
oito bits. Portanto, a taxa de transmissão de
uma conversão analógico/digital é de 64.000
bits por segundo (8.000 x 8) ou 64 Kbps. Se
você deseja gravar uma conversa telefônica, o
espaço em disco necessário seria de 8.000
bytes por segundo (64.000 / 8) ou 480.000
bytes por minuto (8.000 x 60).
Estrutura do conversor
A/D
O conversor
analógico/digital
pode ser
exemplificado
como sendo uma
caixa fechada,
como mostra na
Figura.
Tipos de Conversores
Existem várias maneiras de construir um
conversor A/D e pode-se dividir em quatro
grupos principais:
Projeto Paralelo (também conhecido como
“flash”);
Projeto baseado em um conversor
digital/analógico (exemplos: contador de rampa,
contador de rampa contínuo e aproximação
sucessiva);
Projeto baseado em um Integrador (exemplos:
por inclinação única e por dupla inclinação);
Projeto sigma-delta (também conhecido como
Conversor A/D paralelo
Ele funciona comparando a tensão de entrada
–o sinal analógico – com uma tensão de
referência, que seria o valor máximo obtido
pelo sinal analógico.
Por exemplo, um conversor A/D de 8 bits
quando o sinal de entrada atinge os 5 volts
encontraríamos um valor de 255 (11111111)
na saída do conversor A/D, ou seja, o valor
máximo possível.
A tensão de referência é reduzida por uma
rede de resistores e outros comparadores são
adicionados para que a tensão de entrada
(sinal analógico) possa ser comparada com
Conversor A/D paralelo
Na Figura pode ver
um conversor A/D
paralelo de 3 bits. A
comparação é feita
através de um
amplificador
operacional. Todos os
resistores têm o
mesmo valor.
Conversor A/D paralelo
Apesar de usarem um projeto simples, eles
requerem uma quantidade grande de
componentes. O número de comparadores
necessários é de 2n-1, onde n é o número de bits
da saída. Para um conversor A/D paralelo de oito
bits são necessários 255 comparadores, e para um
conversor A/D paralelo de 16 bits são necessários
65.535 comparadores!
Por outro lado, o conversor A/D paralelo é o
circuito conversor A/D mais rápido disponível. O
equivalente digital do sinal analógico estará
disponível imediatamente em sua saída (teria
apenas o atraso de propagação inserido pelas
portas lógicas) – daí o nome “flash” (veloz).
Conversor A/D paralelo
Geralmente
conversores A/D têm
uma saída linear, ou
seja, cada número
digital corresponde a
um aumento fixo na
entrada analógica. Por
exemplo, para um
conversor A/D de 3
bits, que tenha um
valor de referência de
5 V, cada número
digital representaria
625 mV (5 V / 23).
Conversor A/D paralelo
Uma outra vantagem, é o ajuste do conversor
para se ter uma saída não linear, já que as
comparações do conversor A/D paralelo são
configuradas por um conjunto de resistores,
pode-se configurar diferentes valores para os
resistores de modo a obter uma saída não
linear, ou seja, um valor representaria um
degrau de tensão diferente dos outros valores.
Conversor A/D Contador de
Rampa
Também chamado conversor A/D de rampa
digital, é mostrado na Figura. Vin é a entrada
analógica e Dn até Do são as saídas digitais. A
linha de controle serve para ligar o contador
(quando ela está baixa) ou para desligá-lo
(quando ela está alta).
Conversor A/D Contador de
Rampa
O problema principal com este circuito é que
ele é muito lento, já que ele precisa de até
2n-1 pulsos de clock para converter cada
amostra. Para um conversor A/D de 8 bits,
seriam necessários 255 pulsos de clock para
converter uma única amostra. Para um
conversor de 16 bits seriam necessários
65.535 pulsos de clock para converter uma
única amostra.
Conversor A/D de
Aproximação Sucessiva
Conversor A/D clássico, sendo o mais usado.
Ele é mostrado na Figura. Vin é a entrada
analógica e Dn até Do são as saídas digitais.
Conversor A/D de
Aproximação Sucessiva
Uma grande vantagem deste circuito é o uso
de um buffer de saída que permite ao circuito
que está sendo alimentado pelo conversor A/D
ler o dado digital enquanto o conversor A/D já
está trabalhando na próxima amostra.
Conversor A/D por
É muitoInclinação
parecido com única
o conversor A/D
contador de rampa, já que utiliza um contador,
mas em vez de usar um conversor D/A para
gerar a tensão de comparação, ele utiliza um
circuito chamado integrador, que é
basicamente formado por um capacitor, um
resistor e um amplificador operacional.
Conversor A/D por
Inclinação única
Apesar desta implementação ser mais simples
do que o contador de rampa, ela ainda é
baseada em um contador e sofre dos mesmos
problemas básicos encontrados no contador
de rampa: velocidade. Ele requer até 2n-1
pulsos de clock para converter cada amostra.
Conversor A/D por dupla
Inclinação
Esse conversor resolve um problema inerente
da implementação por inclinação única: o
circuito sai de calibração ao longo do tempo,
que leva à perda de precisão porque o
integrador não está ligado ao sinal de clock.
Conversor A/D Sigma-
Delta
É um conversor A/D de 1 bit ou conversor A/D
por sobre-amostragem. Pode-se dividi-lo em
dois blocos principais: modulador analógico,
que pega o sinal analógico e o converte em
uma cadeia de bits, e filtro digital, que
converte o sinal em série do modulador em
um número digital “usável”.
Modulador Analógico
Parecido com um conversor A/D por dupla
inclinação, apesar de usar um conversor D/A
de 1 bit como realimentação.
Uso do Filtro Digital
Filtro passa baixa, função de remover os
ruídos, aumentando assim a relação
sinal/ruído.
FIM!

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