Professional Documents
Culture Documents
2 Introdução 7
2.1 Terminologia Estereoselectividade VS Estereoespecíficidade 8
2.2 Síntese Estereoselectiva 11
2.3 Condições Para a Estereoselectividade 13
2.4 Categorias de Síntese Estereoselectiva 14
2.4.1 Síntese Diastereoselectiva 15
2.4.1.1 Introdução 15
2.4.1.2 Reacções Diastereoselectivas 17
- Redução de Alcinos a Alcenos 17
2.4.2 Síntese Enantioselectiva 18
2.4.2.1 Introdução 18
2.4.2.2 Reacções Enantioselectivas 21
- Hidrogenação 21
- Síntese de Aminoácidos 21
- Síntese de Fármacos 21
- Sínteses Diversas 22
2.4.3 Reacções de Estereodiferenciação Dupla 22
2.4.3.1 Introdução 23
3 Conclusão 23
Isómeros
Isómeros Estereoisómeros
Constitucionais
Isómeros Isómeros
Conformacionais Configuracionais
Diastereoisómeros Enantiómeros
1.3.1 Introdução
Desde a descoberta do estereoisomerismo das moléculas orgânicas e o
reconhecimento da estereoselectividade dos organismos vivos na síntese dos seus
produtos, a química tem mudado por forma a descobrir vias de preparação dos
estereoisómeros.
O aparecimento da síntese estereoselectiva na química orgânica, data provavelmente a
1890 quando Emil Fischer reconheceu que a reacção da L-arabinose com o hidreto de
cianina, originava cerca de 66 % de um dos dois diastereoisómeros possíveis,
nomeadamente , L-manononitrilo.[1]. Com os anos foram surgindo novas técnicas e
tentativas de sínteses enantioselectivas, porém eram obtidos baixa pureza enantiomérica.
De forma a contrariar estes resultados insatisfatórios, surgiram dois metais (o sódio e o
lítio) que provaram ser excelentes auxiliares na realização de sínteses altamente
estereoselectivas, conseguindo-se assim maiores níveis de pureza.
Contudo o aspecto mais importante da síntese de moléculas orgânicas que contêm um
ou mais elementos estereogénicos, é usualmente o controlo estereoquímico. Dada a
possibilidade de se ter 2n estereoisómeros para n elementos estereogénicos, torna-se
obvio a necessidade de um controlo para permitir a obtenção e separação dos
estereoisómeros.
A introdução de novos centros estereogénicos numa molécula alvo, é normalmente
conseguida por intermédio de dois processos distintos: mais comumente pela adição a
uma das faces estereoheterotópica (i.e. enantio-diastereotópica) de uma ligação dupla,
Síntese em Química Orgânica 7
mas também pela modificação estereoselectiva ou substituição de ligandos
estereoheterotópicos.[6]
Figura 1- Introdução
de novos centros
estereogénicos.[6]
Enantiómeros (de substractos quirais)
disatereoisómeros(de substractos quirais)
1.4 Terminologia
Estereoselectividade VS Estereoespecíficidade
Há uma confusão comum entre os termos estereoselectividade e
estereoespecificidade. Para esclarecer esta confusão, é oportuno ter em conta os
requesítos estereoelectrónicos de uma reacção.
Todas as reacções concertadas, são consideradas como tendo requesitos espaciais
precisos no que concerne à orientação da espécie reactiva e reagente. Alguns exemplos
Síntese em Química Orgânica 8
são as reacções de substituição SN2, reacções de (anti)eliminação E2 de haletos de alquilo,
adição de cis e trans a alcenos e muitas reacções de rearranjo. No caso de espécies
reactivas geométricas ou quírais, a natureza estereoisomérica do produto é toalmente
dependente dos requesitos estereoelectrónicos da reacção. Tais reacções são consideradas
estereoespecíficas.[4] O termo estereoespecificidade é usado apenas quando a
configuração do produto está relacionada com a do reagente e quando os processos da
reacção estão mecanisticamente confinados a ocorrerem de uma forma estereoquímica
defenida. A estereoespecificidade está então focada nos reagentes e na respectiva
estereoquímica. Porém também considera-se que está relacionada com os produtos de
reacção na medida em que eles fornecem a prova de uma diferença de comportamento
entre os reagentes.[4]
Uma reacção estereoselectiva por outro lado, é aquela em que o requisito
estereoelectrónico do mecanismo da reacção é tal que, para a mesma interacção
mecanistica entre a espécie reactiva e o reagente, é possível ter-se duas vias igualmente
válidas. Desta forma temos a formação de mais do que um estereoisómero, porém um dos
isómeros é formado preferencialmente. A estereoselectividade diz então respeito apenas
aos produtos de reacção e à respectiva estereoquímica.[4]
A redução da colestan-3-ona é um exemplo típico de uma reacção estereoselectiva. O
ataque equatorial (i) ou ataque axial (ii) do ião hidreto é possível mecanisticamente e
definido estereoelectrónicamente. Porém interacções estéricas entre a molécula dadora do
ião hidreto e a molécula esteróide conformacionalmente fixa, bem como considerações
termodinâmicas e cinéticas da reacção, vão determinar se esta está a ocorrer de uma
forma estereoselectiva.[5]
(1)
De uma forma semelhante a equação (2), mostra que o Cis-2-buteno quando bromado
origina apenas a mistura racemica do 2,3-dibromobutano.
(2)
Cl Cl Cl
cloreto de sec-butilo 2,3-diclorobutano
ona.[6]
podemos dizer que há reacções diastereoselectivas que levam à formação de misturas não
racémicas de enantiomeros.[1]
4.1.0 Introdução
geral, ao facto dos dois hidrogénios ligarem-se ao mesmo lado do alcino colado à
superfície do catalizador.[4]
protólise.[6]
2.4.2Síntese Enantioselectiva
Esta categoria de sínteses estereoselectivas inclui os processos que tradicionalmente
são conhecidos por síntese assimétrica. Neste capítulo apenas abordaremos alguns
exemplos desínteses enantioselectivas.
2.4.2.1Introdução
2.4.2.2Reacções Enantioselectivas
Hidrogenação
A síntese indústrial (Monsanto) da L-DOPA (aminoácido opticamente activo usado no
tratamento da doença de Parkinson) é efectuada por hidrogenação enantioselectiva de
uma olefina.
Síntese de Aminoácidos
Síntese de Fármacos
Sínteses Diversas
Até então temos tratado de reacções em que apenas um dos participantes maioritário é
quiral, que é ou o substracto ou reagente ou o catalizador. Neste classe de reacções
estereoselectivas abordaremos a situação em que mais do que um participante é quiral.
1.0.3.1Introdução
3 Conclusão
Até pouco tempo os processos estereoselectivos mais efectivos eram dominados pelas
enzimas, porém existêm cada vez mais excelentes perspetivas de reagentes sintéticos
igualmente poderosos, mais com ainda maior flexibilidade em termos de acetação de
substractos e nalguns casos melhores níveis de estereoselctividade.
Neste últimos anos, têm se regiatado espectáculares avanços ao nível do
estereocontrolo de reacções o que permitiu a quase “irmandade” dos processos
catalizados pelas enzimas e daqueles realizados ao nível do laboratório. Porém muitos
destes processos baseiam-se somente uma base empírica pelo que ainda muitos estudos
têm de ser efectuados e muitas reacções de bancada têm que ser implementadas. Uma das
grandes vantagens desta evolução é a obtenção de sistemas reaccionais em que a
quantidade bem como a qualidade do estreoisómero pretendido é controlada face à
presença dos possíveis produtos de reacções secundárias.[1,6]
[3]-http://www.chem.uic.edu/web1/OCOL-II/WIN/STEREO.HTM
[5]- Furniss, B.S. Harmoford, A.J. et all; “Vogel’s Textbook of practical organic
chemistry”; Fifth edition; Lonman Scientific & Technical: Great Britain; 1989.
[8]- Tedder, J.M. Nechvatel A.; “Basic Organic Chemistry Part 4 Natural Products”; John
Wiley and Sons; Chichester; 1981
[9]- Warren Stuart; “Organic Synthesis the Disconnection Approach”; John Wiley &
Sons; Chichester; 1993.
[10]- http://www.farmasi.uit.no/EN/SUP/Magnus/PosterOKV16.ppt
[11]- http://www.bentham.org/cmccnsa1-1/ravina/ravinams.htm
[12]- http://www.chem.wayne.edu/acs-organic-division/essays_2001/wiener.pdf