Professional Documents
Culture Documents
1
Educação como prática da liberdade. 24ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004
A integração a nível cibernético, ou seja, mental, é promover e
incorporar experiências adquiridas através de imagens, sons, sabores,
odores, etc... e assim poder realizar e cumprir propostas e tomar
decisões. Ou seja, ter controle de situações. É o combate a
fronemofobia.
A integração a nível cognitivo, ou seja, de conhecimento
(entendimento), é viabilizar o rompimento de estruturas pré
concebidas.
O estudo conjunto das diferentes disciplinas gerará os Temas
Integradores, necessários para o desenvolvimento expressivo e
estético, considerando que esse é a capacidade ma transmição de
afetividade – inquietação e emoção.
Os Temas Integradores selecionados para os estudos sociológicos no
1°grau são:
- Postura de expressão: Desenvolve a expressividade dinamicamente,
através da observação e associação, criando uma postura crítica e
perceptiva, desenvolvendo a estética.
- Limites e parâmetros de expressão: Identificação de limites e
estabelecimento de parâmetros para as situações.
- Estrutura e componentes inerentes à expressão e à estética:
Identificação, descrição e discussão que torna viáveis a expressão e
determina o senso estético.
- A expressão e a vida: Identificar as diversas formas de expressão
dentro do contexto e circunstância.
- Expressão e Mudanças: Aborda a origem, diversidade e a difusão dos
componentes expressivos e estéticos, levando em conta os constantes
rompimentos e considera a capacidade de interrelação e mudança do
ser humano.
- Relações intra e extra sistêmicas na expressão: Estuda as ações e
relações, visando a compreensão da responsabilidade para a
manutenção do equilíbrio da vida como um todo.
- Cultura e Compromisso: A estética e a expressão como componentes
de um todo. O saber e conhecimento necessários para melhorar a
expressão humana.
A integração a nível conceitual visa informar ao docente acerca da
interrelação entre as demais disciplinas, colocando a antropologia
como disciplina culminante, pois trata das relações humanas quanto a
moral e suas implicações com a vida.
O desafio está em estabelecer um novo olhar sobre o aluno,
compreendendo que além da função “ensinar” o educador transmite o
saber socialmente construído e que possa fazer entender a relação que
os educandos tem com o mundo e com o conhecimento.
Para transformar a escola de forma dinâmica e renovadora é coerente
definir a função social, procurando garantir uma formação ética e
global. É importante que a escola e o educador identifique, respeite e
considere os diferentes ritmos de aprendizagem, compreendendo que
os sujeitos estão sempre em constante formação.
Uma metodologia integradora significa refletir sobre que atividades e
quais conteúdos são oportunos para a organização do tempo e espaço
tanto da escola como do aluno.
O niilismo é a impossibilidade do diálogo. É a perda da esperança, é a
ausência de propósito (West, 1994, pg. 31)2.
West e Freire se aproximam aqui pois acreditam que a transformação
e a humanização do mundo são viáveis.
Para Freire a palavra-diálogo – o diálogo-palavra também é o caminho.
West prefere a conversão política.
O niilismo, escreve, “ é aplacado pelo amor e a solicitude” (West,
1994, pg.35). Pode ser revertido, anulado, mudado.
“Não há palavra verdadeira que não seja práxis” (Freire, 2004, pg.
78).
2
West, C. Questão de raça. São Paulo: Cia das Letras, 1994.