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Desenvolvimento do Plano de
Comunicação.
Passo a Passo.
Observação geral:
-Na prática, alguns itens podem ser suprimidos e outros acrescidos, de acordo com
o problema de comunicação que estamos lidando. No entanto, para efeito de
avaliação do aluno nesta matéria, nenhum item poderá ser suprimido. Somente
acréscimos serão bem-vindos.
Primeiro Passo:
O Levantamento de Informações
Planejamento de Propaganda
Seja um detetive na hora do briefing!
Além de aplicar o roteiro de briefing adaptado ao negócio da empresa,
pergunte:
* Quais são as fontes de negócio da empresa? (O que traz dinheiro? E
como?). Descubra quais são as chaves de desenvolvimento do negócio.
* Como funciona o pós-venda? É um programa ou somente ações táticas?
* Qual o motivo pelo qual compram a sua marca e não da concorrência?
E vice-versa.
* Quem abandonou a marca, saiu por quê?
* Que movimentos espera da concorrência?
* Se você pudesse, que pensamento colocaria na cabeça do consumidor?
* Além da propaganda, que outros instrumentos de comunicação utiliza e
como? (programas de incentivo interno e externo, marketing cultural,
assessoria de imprensa, relações públicas, etc.)
* O que você quer realizar nessa empresa? Qual marca (o diretor de
marketing) quer deixar?
* Não se satisfaça com respostas óbvias. Questione. Fale com
pessoas de várias áreas da empresa. Lembre-se: não entregue
um questionário por escrito, faça você mesmo as perguntas.
Planejamento de Propaganda
a) Empresa
4. Nome fantasia e razão social.
5. Segmentos e mercados em que atua.
6. Histórico da empresa
7. Histórico da comunicação da empresa.
8. Produtos ou serviços que presta.
9. Cite os serviços agregados aos produtos.
10. Cite o número de fábricas e sua localização.
11. Número e perfil dos empregados.
12. Organograma e relações de poder.
13. Quem brifa e quem aprova?
14. Qual a imagem da empresa no mercado?
Planejamento de Propaganda
Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
b) Produto
4. Nome.
5. Categoria.
6. Local de uso.
7. Embalagens (tipos, pesos, conteúdos, sabores, etc.).
8. Formas de uso/consumo, por escala de importância e sazonalidade.
9. Preços aos canais de distribuição e ao consumidor.
10. Composição industrial/matérias-primas.
11. Qual a imagem do produto no mercado?
12. Quais as principais características diferenciadoras em relação à
concorrência?
13. Quais os principais pontos positivos deste produto?
14. Quais os principais pontos negativos deste produto?
15. Outras influências ambientais, culturais, religiosas, geográficas, etc.
Planejamento de Propaganda
Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
c) Mercado
4. Qual o tamanho do mercado (volume por embalagens e R$)?
5. Quais os principais mercados (áreas, regiões, estados, etc.)?
6. Qual a participação do produto neste mercado (volume e R$)?
7. Qual a evolução deste mercado?
8. Qual é a sazonalidade?
6. Mundialmente, quais as tendências deste segmento de produto?
Planejamento de Propaganda
Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
d) Consumidor
4. Defina quem consome/usa o produto por sexo, classe social, faixa
etária, escolaridade, estado civil, ocupação profissional e área
geográfica de residência.
5. Descreva o modo de vida e os valores dos consumidores.
6. Descreva influências ambientais e culturais a que o consumidor
esteja exposto.
7. Defina hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto,
tais como periodicidade de compras, quantidades compradas,
preferências, etc.
8. Quem compra o produto e onde compra?
9. Quem decide a compra do produto e normalmente como ela é feita?
10. Defina os papéis do consumidor no processo de compra.
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
e) Distribuição
4. Quais são os canais utilizados, quantos são, e qual a percentagem de
participação do canal?
5. O que pode ser feito no sentido de que esta distribuição possa ser
melhorada (novos pontos-de-venda, outros canais, mais espaço nos
canais atuais, etc.)
6. Existem restrições legais, éticas ou políticas para que essa
distribuição seja melhorada?
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
f) Preços
4. Quais os preços do produto e sua relação com a concorrência
(baixos, normais, altos, muito altos, etc.)?
5. Existem restrições legais para se estabelecer o preço?
6. Se não existem restrições legais, comente a política de preços para
este produto, critérios utilizados, etc.
7. Qual é a reação do consumidor em relação ao preço deste produto?
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
h) Concorrência
4. Defina os principais concorrentes diretos, produtos e fabricante.
5. Quais os preços praticados pelos concorrentes?
6. Qual a política de vendas praticada pelos concorrentes, como
descontos, bonificações, prazos de pagamento, que de certa forma
facilitam a comercialização?
7. Pontos positivos e negativos dos produtos dos concorrentes.
8. Comente os produtos/serviços concorrentes indiretos e sua influência
sobre o mercado e sobre o produto.
9. Comente as principais campanhas de propaganda do concorrente
quanto a temas, verbas, sucesso/insucesso, mídia, época, etc.
10. Comente a atuação da concorrência na área de merchandising,
promoções e outras ações de comunicação que não propaganda
(peças, temas, presença, atuação, receptividade junto ao público e
ao trade, etc.)
Planejamento de Propaganda
Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
i) Pesquisas
4. Que tipo de pesquisa são/foram realizadas para este produto?
5. Dê os principais resultados, mas somente se as informações ainda
não foram mencionadas.
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
j) Objetivos de mercado
4. Defina os objetivos de mercado para este produto no ano/semestre
“x”
- As vendas devem aumentar em x%
- Devemos aumentar nosso share para x%
- Devemos manter nossa participação atual
- Devemos colaborar para que o mercado total aumente em x%
- Etc.
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
l) Objetivos de comunicação
4. Defina os objetivos de comunicação para este produto no
ano/semestre “x”
- X pessoas devem passar a conhecer o nosso produto
- X pessoas devem conhecer o benefício tal de nosso produto
- X% do mercado deve ser levado a uma atitude favorável de compra
para o nosso produto
- Devemos elevar o status do nosso produto
- Devemos mudar a imagem de marca do nosso produto para ....
- Etc.
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
n) Mídia
4. Quais os meios recomendados?
5. Qual a verba de veiculação?
6. Qual a verba de produção?
7. Quais os períodos para veiculação?
8. Quais as praças que devem ter mídia?
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Roteiro para Coleta de Informações de Briefing
Segundo Passo:
Entendendo o Mercado de Atuação
da Empresa
Planejamento de Propaganda
Antes de mais nada é preciso entender que a comunicação é uma das
variáveis, dentre outras disponíveis, que o departamento de marketing
que uma empresa pode usar para obter sucesso e longevidade no
mercado
(veja figura ao lado). Logo, a comunicação é um
meio de uma empresa e/ou produto ser bem- Macroambiente
sucedido e não um fim em si mesmo
(nesse caso, seria arte e não negócio). Microambiente
Mercado em Mercado em
Crescimento Declínio
Mercado
Maduro
Volume
de
Vendas
Linha do Tempo
Mercado
Morto
- Nível de maturidade da empresa em relação aos
seus concorrentes;
- Outras características e particularidades, como maturidade da
comunicação.
Exemplo de situação de mercado: Shopping Center Crystal em setembro de 2002:
Terceiro Passo:
Análise Comparativa - Produto ou Serviço
Planejamento de Propaganda
Jerome McCarthy estabeleceu um dos parâmetros mais importantes para
o estudo do marketing: os 4 PS, de Produto, Preço, Praça e Promoção.
No nosso Modelo FIC 2003 acrescentamos ainda outros 2 PS importantes:
Pessoas e Política. Há autores que trabalham com até 8 PS, como Phillip
Kotler.
No item ANÁLISE COMPARATIVA DE PRODUTO OU SERVIÇO, o
planejador deve demonstrar seu entendimento genérico e específico
sobre produto(s) ou serviço(s) da empresa e de seus concorrentes,
considerando as possíveis diferenças entre o que é percebido e o que é
real.
E qual a razão dessa consideração sobre o que é percebido e o que é
real?
Por que em comunicação “percepção é realidade”: o que um
determinado público apreende sobre determinado produto é o que julga
ser real, o que significa que a comunicação tem um papel de extrema
importância na condução da percepção do público.
Um bom produto com uma comunicação ruim é percebido como ruim.
Um produto ruim com uma comunicação boa terá sucesso por pouco
tempo, até sua “hora da verdade” de consumo, em que decepcionará o
Planejamento de Propaganda
A análise comparada entre produtos e serviços também demonstra o
entendimento do planejador sobre quem de fato são seus concorrentes
importantes, sejam diretos ou indiretos. Não é rara a situação em que um
planejamento de comunicação reformula o entendimento das partes
(especialmente do profissional que atua no departamento de marketing)
sobre quem é quem na concorrência.
Dados-chave para a comparação:
- Aspectos “reais”: Marcas e fabricantes, especificações de embalagem,
características físico-químicas, usos indicados e benefícios, modelos,
cores, fragrâncias, sabores, tamanhos, especificações de serviços, locais
de uso, tangibilidade x intangibilidade, emprego de tecnologia, design,
nível de maturidade de cada produto (ciclo de vida), garantias.
- Aspectos “percebidos”: quem é melhor, mais bonito, mais cheiroso,
mais gostoso, mais confiável, mais barato, faz bem para a saúde, é um
dos melhores produtos, produto de qualidade média, ruim, cumpre o que
promete, é para rico, é para pobre, e outras qualidades denominadas
pelo consumidor final.
- Concorrentes indiretos que realmente influenciam, nos aspectos “reais”
e “percebidos”.
- Tendência de modificação na concepção desses produtos, se houver.
Queremos descobrir quais são nossos pontos fortes e fracos e
também
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Mercado de Desodorantes
(203 milhões de
unidades/ano)
Quarto Passo:
Análise Comparativa - Preço
Planejamento de Propaganda
Fazer uma ANÁLISE COMPARATIVA DE PREÇO é uma das melhores
maneiras de compreender a adequação de um determinado produto ou
serviço e de seus concorrentes em relação aos segmentos de
consumidores com capacidade de comprá-los.
São 3 os caminhos que uma marca pode seguir:
- Adotar preço acima da média do mercado ou do seu principal
concorrente;
- Adotar preço em paridade com o praticado pelo mercado;
- Adotar uma política de preços baixos.
As melhores práticas do marketing dizem que quem determina o preço é
o mercado – quanto um consumidor está disposto a pagar pelo produto
ou serviço “x”.
Cabe às empresas avaliarem se é vantajoso fabricar produtos e oferecer
serviços
de acordo com as expectativas do mercado. “Os preços são formulados
em um ambiente de competição por market share. É função do
marketing descobrir o preço que otimiza o valor da empresa em cada
situação. Dependendo do cenário, a formulação estratégica resultará em
ações de aumento de preço com renúncia a market share ou no
contrário.”
Planejamento de Propaganda
VISÃO GENÉRICA
Perfumes importados top – premium price
consumidores classe A, mulheres sofisticadíssimas.
Perfumes importados – high price
consumidores classe A e B, mulheres com bom poder aquisitivo.
Perfumes nacionais com matéria-prima importada – medium price
consumidores classe B e C, que aspiram ser A.
Perfumes nacionais com matéria-prima nacional – low price
consumidores classes C, D e E.
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Exemplo da prática de preços na categoria perfumes femininos:
VISÃO DETALHADA
Preço Consumidor Preço Lojista Percepção
Consumidor
Marca A R$ 350 R$ 200 Justo
Marca D R$ 69 R$ 49 Justo
Marca E R$ 36 R$ 20 Barato
Quinto Passo:
Análise Comparativa - Praça
Planejamento de Propaganda
Devemos entender a variável praça em 3 aspectos:
1) Cobertura geográfica:
São as regiões em que um produto ou serviço é ofertado ao consumidor
final.
A cobertura pode ser nacional, regional ou local.
Observamos, ao estudar a cobertura, quais são as áreas mais fortes
(de maior demanda e/ou melhor performance diante da concorrência)
e mais fracas (de menor demanda e/ou pior performance diante da
concorrência).
No caso de marcas nacionais ou regionais, a identificação das
características por áreas dá ao planejador a oportunidade de criar ações
customizadas, que visam atuar sobre problemas de comunicação
específicos.
O mesmo pode ocorrer dentro de um mercado local com vários pontos-
de-venda:
o planejador pode decidir por ações diferenciadas por bairros, por
exemplo, de acordo com os diferentes problemas identificados.
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2) Distribuição:
Sistema que garante a entrega de um produto ou serviço ao consumidor
final.
Devemos observar aqui os diferentes modais utilizados (meios de
transporte) e sua implicação com prazos de entrega para lojistas e para
os diferentes distribuidores constantes da cadeia produtiva. Observamos
ainda o uso ou não de centros de distribuição próprios ou terceirizados,
exclusivos ou compartilhados.
Com esse tipo de informação, o planejador pode chegar à conclusão, por
exemplo, que o uso de uma ação de comunicação estimulará uma
demanda que não poderá ser atendida em menos de 45 dias. Logo, a
época para a ação de comunicação será determinada em função do
timing da distribuição.
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Observe o exemplo:
Fábrica de = 3 dias
Cosméticos produzindo
Modal: Rodoviário –
terceirizado
– de 48 a 72 horas Modal: Rodoviário – Internet e
Distribuidora Regional terceirizado telemarketing
Terceirizada Modal: Aéreo –
Modal: Rodoviário – próprio – de 48 a 72 horas terceirizado
– de 24 a 48 horas Loja (Correios) – de 24 a
Própria 72 horas
Loja Multimarcas
Consumidor Final
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3) Ponto-de-venda:
O local onde o consumidor adquire o produto ou serviço.
Há casos em que produtos e serviços não possuem ponto-de-venda,
como pedidos por catálogo, venda porta-a-porta, venda por
telemarketing.
No entanto, o estudo do ponto-de-venda revela muito sobre o sucesso ou
insucesso de produtos e serviços: a imagem que a comunicação prega
corresponde ao que o consumidor encontra no ponto-de-venda? É limpo?
É amplo? É fácil de comprar? É fácil de pagar? Expõe bem os produtos? A
loja do concorrente é melhor? Tenho vantagem ou desvantagem em
vender em postos de gasolina e o concorrente em quiosques próprios?
O planejador pode até sugerir pontos-de-venda promocionais e
temporários para ajudar na performance de um produto.
A ANÁLISE COMPARATIVA DE PRAÇA, em resumo, possibilita ao
planejador embasar corretamente a criação de peças adequadas aos
pontos-de-venda e aos canais de distribuição, além do planejamento de
promoções mais eficientes e customizadas.
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Sexto Passo:
Análise Comparativa - Promoção
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Sétimo Passo:
Análise Comparativa - Pessoas
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Para uma empresa oferecer ao mercado produtos ou serviços, ela
depende de gente. E gente, como sabemos, é diferente de máquina e
está sujeita a erros, mau humor, preguiça, cansaço, stress e muito mais.
Cabe ao planejador de comunicação, antes de elaborar uma estratégia,
entender qual é o “clima” da organização, se as pessoas estão
motivadas, se possuem um espírito de colaboração, se estão dispostas a
mudanças, as relações de poder, se sabem quais os objetivos da
empresa, etc. Ao entender isso, o planejador também entenderá se as
pessoas envolvidas no processo de produção e venda do produto ou
serviço são capazes de cumprir as promessas que a comunicação trará. E
se é necessário criar algo específico para intervir nessa situação ou
alguma recomendação a ser feita à direção da empresa.
Ao fazer uma ANÁLISE COMPARATIVA DE PESSOAS, o planejador não
conseguirá tanta profundidade na análise dos concorrentes, mas terá
acesso a bons dados vindos da percepção do consumidor e de outros
públicos envolvidos.
De nada adiantará uma boa comunicação se a empresa tiver, por
exemplo, vendedores desmotivados, que realmente não estejam se
importando sobre se venderão mais ou menos.
Planejamento de Propaganda
Oitavo Passo:
Análise Comparativa - Política
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Fazer uma ANÁLISE COMPARATIVA DE POLÍTICA é lançar um olhar
sobre a legislação do segmento.
Quais são as restrições?
O que dizem as leis?
Como a sociedade vê o comportamento do seu segmento?
Quais as tendências de mudanças?
Analise comparativamente com setores semelhantes.
Exemplo: a propaganda de bebidas alcoólicas tende a sofrer as mesmas
restrições que a propaganda do cigarro já sofreu.
Cabe ao planejador estar ciente desses movimentos.
Nono Passo:
Análise Swot
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OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Categoria em expansão Proibição de publicidade de bebidas
Poucos anunciantes na grande alcoólicas em veículos de massa
mídia Força da marca Smirnoff e Bacardi
Smirnoff, Bacardi e Orloff são as Movimentação e lançamentos
únicas marcas guarda-chuva do
mercado já com força de marca constantes em soft drinks
Possibilidade de explorar consumo
em outros momentos, além da noite
Planejamento de Propaganda
Décimo Passo:
O Consumidor
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De várias maneiras, as análise comparativas feitas até aqui já trouxeram
valiosas informações sobre o consumidor. Mas este é um ponto tão
importante em planejamento que merece um pouco mais de dedicação.
Cabe ao planejador no item O CONSUMIDOR definir claramente quem
ele é, como se comporta e como se relaciona com a marca. Os aliados
mais eficazes são as pesquisas qualitativas.
Então vamos por partes: Quem é o consumidor? É aquele grupo (ou
grupos) de consumidores mais significativos para a marca. Já vimos que,
por exemplo, uma empregada doméstica pode investir 70% do seu
salário para comprar o mesmíssimo perfume que uma executiva compra.
Só que a quantidade de empregadas domésticas dispostas a fazer o
mesmo é infinitamente menor do que o número de executivas dispostas
a adquirir o produto. Portanto, o consumidor que interessa na
comunicação do perfume são as executivas. As empregadas domésticas
constituem minoria, e consomem o produto para se identificar com o
“arquétipo” ou “matriz” de mulher poderosa. Em comunicação,
buscamos estimular as maiorias antes de mais nada, as minorias, no
entanto, de uma forma ou outra, sempre são impactadas.
Como o consumidor se comporta? Suponha que já saibamos que nossos
consumidores são mulheres que possuem filhos pequenos. Hora, existem
milhares de mulheres assim de norte a sul do Brasil com
comportamentos absolutamente diversos: temos a mulher que só se
dedica à casa, ao marido e aos filhos, temos a mulher que trabalha fora.
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Se a mãe for jovem, é totalmente diferente da mãe mais madura, coisa
comum de acontecer hoje em dia. Se a mulher vive em grandes centros
urbanos se comporta de maneira diversa da que vive em pequenas
cidades.
Produtos dedicados às mulheres tiveram, nos últimos anos, a delicada
tarefa de mudar a representação da mulher de dona de casa para uma
mulher múltipla, que se preocupa antes de mais nada com ela mesma,
sem que isso representasse egoísmo e sem que suas responsabilidades
com a família fossem desqualificadas.
Portanto, entender como o consumidor se comporta e por conseqüência,
quais são seus valores, é um importante passo para tentar inserir o
produto x ou o serviço y no seu universo. Cuidado: entender isso não
significa que uma marca deva necessariamente se utilizar criativamente
do tema, ou teríamos sempre comerciais iguais. O consumidor se
relaciona de maneiras diferentes com os produtos.
A cada ato de consumo, assume um arquétipo diferente. A teoria do
arquétipo ou matriz é bastante interessante. Um mesmo consumidor
pode consumir um carro esporte ultra-sofisticado ao mesmo tempo em
que faz um plano de previdência privada para proteger sua mulher e
seus quatro filhos. Um outro, também com quatro filhos, preferirá
comprar um carro para a família. O primeiro consumidor está movido, na
compra do carro, pelo arquétipo do poder (ele se sente mais bonito, mais
jovem, mais poderoso ao dirigir uma Ferrari) e pelo arquétipo do
Planejamento de Propaganda
ENTIDADES DE CLASSE
Fino MEIO ACADÊMICO
Alunos Química, Biologia,
Sindicato funcionários Farmácia, Geologia, Educação
ABINAM Física, Medicina e afins
Nos dias de hoje, não dá pra ser só dona de casa. Se a gente não está
trabalhando fora, está inventando alguma forma de ganhar um dinheiro
extra, pra ajudar o marido, comprar coisas para as crianças e para a gente
também. E de preferência, coisas que facilitem a vida da gente pra sobrar
mais tempo, né!
DAKO? É antigo, mas é dos melhores. Minha mãe tinha e disse pra eu
comprar porque durava muito. E isso é verdade, é muito resistente. O forno
também é muito bom, mesmo que o modelo não seja lindo. Tenho vontade
de trocar o meu mas queria um daqueles que alegram a cozinha, do tipo
Brastemp ou Continental. Só que são caros e aí fico pensando em comprar
um outro que também seja bonito.
Estratégia de Comunicação
Durabilidade Durabilidade
em fogões em eletrodomésticos
Popularidade Acessibilidade
Fogão para classes mais baixas Eletrodomésticos que eu sempre quis
Simplicidade Beleza
Não enfeita a cozinha Design para minha casa
Nos dias de hoje, não dá pra ser só dona de casa. Se a gente não está
trabalhando fora, está inventando alguma forma de ganhar um dinheiro
extra, pra ajudar o marido, comprar coisas para as crianças e para a gente
também. E de preferência, coisas que facilitem a vida da gente pra sobrar
mais tempo, né!
Eletrodoméstico é uma dessas coisas. É uma delícia sair pra pesquisar e
comprar. E hoje, tem tanta novidade que fica difícil escolher: geladeiras
que não precisam descongelar, lava-roupas inteligentes, fogões fáceis
de limpar... Mas se tem uma coisa de que não abro mão é da marca DAKO.
Conheço e confio. Os produtos são duráveis e de uns tempos para cá,
estão lindos... Agora tenho tudo DAKO. A cozinha ficou muito mais bonita,
tudo combinando: fogão, geladeira, máquina de lavar. Deu prazer me exibir
um pouco pras amigas. Minhas vizinhas também adoraram e já estão
querendo. Por isso sou fã de DAKO, parece até que eles adivinham o que
eu quero.
Posicionamento de Marca
Oceanic Cosméticos
“Percepção é realidade”.
Consideramos que a marca Oceanic não imprimiu esforços
suficientes em comunicação para gerar uma percepção atual.
Vamos então, falar de futuro.
Desenvolvimento Brindes Técnicos – JAN a Cartão Natal 2003 e Aniversário 2004 – OUT
OUT 03 03
Open House Clientes/Prospects – JAN a DEZ 03 Evento Dia do Engenheiro em Curitiba – DEZ
03
Planejamento de Propaganda
Últimos Conselhos
Planejamento de Propaganda
FUJA DAS ARMADILHAS DO PLANEJAMENTO!
* Cuidado para não falar demais sobre o que o ouvinte já sabe, e
melhor que você. Esse é um erro comum que agências de propaganda
cometem diante
de clientes com departamentos de marketing desenvolvidos. E que
profissionais
de marketing cometem diante de suas diretorias. Atenha-se às
informações necessárias para fundamentar suas recomendações.
* Lição de casa é lição de casa: o planejador tem que saber tudo a
respeito da empresa e de seus concorrentes, para poder escolher as
informações necessárias ao seu trabalho e discutir em condições de
igualdade com o cliente.
* Esteja pronto para defender com grande fundamentação todas
as decisões que você tomou ao elaborar o plano. Esteja pronto para
rebater um possível “não gostei” ou um “não entendi”.
* Pesquisa é um excelente instrumento de apoio ao processo de
planejamento, desde que bem executada. Tenha claro o que você quer
saber e determine um método que funcione, e não o contrário.
* Um plano de comunicação não é uma mera apresentação de
Planejamento de Propaganda
* Um plano de comunicação não é uma mera apresentação do
histórico
da empresa. A obrigação de quem planeja é conhecer o histórico e usar
somente
os elementos que fundamentem as tomadas de decisão.
* Fuja do excesso de pensamentos teóricos.
É preciso haver um equilíbrio entre teoria e recomendações
práticas.
* Mantenha sempre uma reserva de verba para aproveitar as
oportunidades que surgirem ao longo do tempo estimado para o
planejamento.
* Monte o plano de maneira que seja fácil consultá-lo depois de
pronto. Destaque as informações mais importantes. Um plano de
comunicação deve ser um instrumento do dia-a-dia, e não um livro na
estante.
* Planejar é exercitar o cérebro. Aproveite para usar também o cérebro
de seus colegas de agência ou de empresa. Discuta idéias com outros,
ouça, junte tudo e depois faça sua triagem. Sozinho você tem menos
chance de ser brilhante.
Planejamento de Propaganda
BIBLIOGRAFIA
Corrêa, Roberto. Contato Imediato com Planejamento de
Propaganda. São Paulo, Global Editora:1990.
Ribeiro, Julio. Fazer Acontecer. São Paulo, Cultura Editores Associados:
1994.
Aaker, David. Brand Equity – Gerenciando o Valor da Marca. São
Paulo, Negócio Editora: 1998.
Steel, Jon. Verdades, Mentiras e Propaganda. São Paulo, Negócio
Editora: 2001.
Lupetti, Marcélia. Planejamento de Comunicação. São Paulo, Futura:
2000.
Ambrósio, Vicente. Plano de Marketing Passo a Passo. Rio de Janeiro,
Reichmann & Affonso Editores: 1999.
Marchesini, Fernando. Gerência de Marketing-Mix: Vendas. São
Paulo, Fundação Getúlio Vargas: 2000.
Pavani, Cláudia & Deutscher, José Arnaldo. Gerência de Marketing-
Planejamento de Propaganda
SITES
www.bluebus.com.br
www.mmonline.com.br
www.intermanagers.com.br
www.portalexame.com.br
www.ibope.com.br
www.lafis.com.br
OUTRAS FONTES
Comunicação interna, Grupo de Planejamento de São Paulo
Módulo Gerência de Comunicação, por Patricia de Sá, Fundação Getúlio
Vargas
Depoimento, Arlete Parrilha, profissional de planejamento, OpusMultipla
Cases cedidos, CaliaAssumpção Publicidade
Cases cedidos, Voros Comunicação
Informações cedidas, Centro de Informações Fischer América, TotalCom
Conspiração Estratégica, sistema de planejamento Fischer América,
Planejamento de Propaganda
Quem é Adriana Flores
É gaúcha, nascida em 10 de julho de 1972, e atua em comunicação desde os 18
anos. Graduou-se em Comunicação Social, habilitação em Publicidade e
Propaganda, na Universidade Federal de Santa Maria – RS – em 1993. Especializou-
se em Planejamento e Qualidade em Comunicação Social na PUC PR em 1995.
Concluiu MBA em Marketing no ISAE/Fundação Getúlio Vargas em 2000. Já no
primeiro ano de faculdade começou a redigir anúncios publicitários nas pequenas
agências de Santa Maria – RS. Em 1993, conquistou uma vaga para estágio no
Concurso Publicitário de Futuro, promovido pela agência porto-alegrense Martins &
Andrade. Formada e com um pequeno portifólio em mãos, mudou-se para Curitiba
– PR, começando a trabalhar na agência Núcleo Spácio (hoje G/PAC), onde de
redatora, em pouco tempo abriu e passou a responder pelo departamento de
planejamento. Mais tarde foi redatora novamente na já extinta Gemmini
Publicidade. Retornou à G/PAC em 1996 como profissional de atendimento.
Trabalhou como atendimento ainda nas agências Get e Fischer América Heads. Em
2002 assumiu a direção de planejamento da Voros Comunicação. Em 2003
assumiu a disciplina de planejamento de propaganda nas Faculdades Integradas
Curitiba.
Entre os clientes com quem trabalhou estão: Cimento Itambé, Tafisa do Brasil,
Kenwood do Brasil, Centro Europeu Profissões e Idiomas, Matte Leão, Sebrae PR,
Hipermercado Big, Paraná Banco, Colégio Anglo Bittar, Universidade Tuiuti do
Paraná, Grupo Positivo, Volvo Serviços Financeiros, Fiat Florença, Oceanic
Cosméticos, Vita Sorriso Ortodontia, Intercontrol Películas, Wall Street Institute e
Rede Paranaense de Comunicação, para quem coordenou o projeto Paraná