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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

MARCELO VEIGA

PARADIGMAS
PÓS INTERNET

VOLUME 1

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

PARADIGMAS PÓS-INTERNET
VOLUME 1

Por Marcelo Veiga


Fundador da Rede
WWW.BIGBRASIL.TV

WWW.BIGBRASIL.TV Página 2
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Marcelo Veiga, é fundador da rede WWW.BIGBRASIL.TV com mais


de trinta TVs Online funcionando desde 2004, com nomes de
domínios temáticos que geram milhões de visitantes vindos dos sites
de busca da net, produtor de TVs Online e programas de TV para o
Brasil e exterior.

Trabalhou na rede Globo, é cineasta, ator e produtor de TV, músico,


compositor, e está lançando o livro ―QUANTO VALE A BIGBRASIL.TV –
Muito mais que um business plan‖, contando a história do surgimento
e crescimento da rede WWW.BIGBRASIL.TV.

Internauta antenado e plugado desde o início da internet, foi matéria


da Revista Exame, Tela Viva Magazine, jornais entre outras,
entrevistado por programas de TV e tem sempre opniões e previsões
ousadas a respeito deste meio de comunicação, como prova o
sucesso de seu empreendimento.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

WWW.BIGBRASIL.TV
WWW.BIGPLANET.TV
WWW.NORDESTE.TV
WWW.PERNAMBUCO.TV
WWW.PARAIBA.TV
WWW.RIOGRANDEDONORTE.TV
WWW.CEARA.TV
WWW.MARANHAO.TV
WWW.ALAGOAS.TV
WWW.ARACAJU.TV
WWW.PIAUI.TV
WWW.BIGBAHIA.TV
WWW.JURIDICA.TV
WWW.VIDEOCLASSIFICADOS.TV
WWW.MELHORIDADE.TV
WWW.TERCEIRAIDADE.TV
WWW.GOSPELNEWS.TV
WWW.IGREJABATISTA.TV
WWW.PRESBITERIANA.TV
WWW.CONGREGACIONAL.TV
WWW.FUTEBOLCLUBE.TV
WWW.SPORTRECIFE.TV
WWW.TIMBU.TV
WWW.NAUTICO.TV
WWW.CAMPINENSE.TV
WWW.RAPOSA.TV
WWW.TREZE.TV
WWW.NORDESTE.FM
WWW.BAHIA.FM
WWW.PERNAMBUCO.FM
WWW.PARAIBA.FM
WWW.RADIOBIBLIA.FM

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

INTRODUÇÃO
A iniciativa do livro surgiu da necessidade de passar informações
atualizadas, mas que mudam rápido hoje em dia, para minha equipe de
trabalho e clientes em potencial.

Desde a criação da Rede WWW.BIGBRASIL.TV, eu pessoalmente, sou


inscrito em uma série de RSSs e Alertas de notícias online dirigidas por
temas que são hoje o meu negócio: ―TV ONLINE, WEB TV, IPTV,
PUBLICIDADE ONLINE‖. Todo dia recebo quilos de informações sobre
tendências do setor, muitíssimas das quais, tem influênciado diretamente
minhas decisões e estratégias profissionais, empreendedoras e de
investimentos.

No começo, eu salvava estas


resportagens diárias em pastas, e
quando debatia o assunto ou fazia
alguma explanação em palestras,
puxava uma delas, projetava,
imprimia, enviava por email,
enfim.

São tantos assuntos


importantes que criei como uso
primário para atualização de meu
time de trabalho, o que chamo de
um ―FASTBOOK‖, uma espécie de livro rápido atualizado continuamente, a
ponto de não dar tempo de publicar, que é reeditado muitas vezes online
pelo próprio autor, de forma dinâmica, já no modelo pronto para ser
impresso em forma de livro para quem assim o desejar. Impressiona mais,
fica mais organizado e agradável de ler. O sucesso tem sido tanto que já se
tornou uma coleção.

É uma espécie de Livro Vivo. Palavra Viva é a que Deus insipirou na


Biblia e que nos restaura, salva e dá vida eterna, mas o Livro Vivo, é um
livro de edição atualização permanente online.

Ou seja, as notícias e matérias vão sendo acrescentadas e


comentadas gradativamente para consulta permanente. É só ver a data da
Edição para saber quão atualizada está, afinal tres a seis meses em
internet, as vezes dias ou semanas, podem significar um vida inteira de
uma empresa online. E já sou um ativo online comercial a cinco anos, por
isso penso já poder falar com testemunho de caso.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Com vocês no mínimo, mais uma opinião para informar, incomodar


ou apenas registrar história.

Este ―FASTBOOK‖ é um compêndio de notícias pertinentes a temas


que chegam anunciando mudanças, prevendo estatísticas, ditando regras,
todas avassaladoras em um mundo que se transforma em progressão
geométrica fazendo céticos se convercerem do final dos tempos.

Mas enquanto este final não chega, é preciso mutar-se em harmônia


com o conjunto, sob pena de expulsão da banda do tempo, cujas
consequências podem ser fatais como já tem sido para tantos negócios,
empreendimentos e empresas tidas como sólidas por tantos anos.

Marcelo Veiga

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

PREFÁCIO
O bonde está passando e a realidade é de que muita gente dita
informada, vai ficando para trás na onda de acontecimentos desse
novo tempo chamado ―Internet‖.

Está ficando difícil conversar com excluídos e desinteressados


digitals sobre trabalho, cultura e quase qualquer outro assunto. E por
excluído digital entenda-se qualquer um que não vive na internet de
banda larga rápida com um bom computador.

Digo isto porque não basta ter uma conexão para emails, olhar
as noticias, entrar em redes sociais e falar no MSN.

A distância entre conexões lentas e rápidas faz toda a diferença


entre TV Online e aquela caixa de TV na sala com controle remoto
que só vê novela, jogo de futebol, e programa de auditório, faz toda
diferença entre downloads instantaneos de qualquer coisa e conceitos
de direitos autorais do século XIX, entre computação nas nuvens e
até impressoras 3D, são assuntos que fica tão dificil conversar, como
um Einstein querer falar com um analfabeto. Há de se convir, que
existem limitações.

Por isso, melhor do que querer convencer pessoas de


tendências, limito-me a colecionar e informar notícias de fatos
tecnológicos sobre estas mudanças que por si só já são testemunhos
da história.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

INDEX
O paradigma Pós-Internet Pag. 10
Publicidade on-line deve superar anúncios na TV Pag. 12
A mídia e o entretenimento serão ainda mais digitais Pag. 15
Programas da TV paga, grátis na web Pag. 16
Anúncio só para quem tem algum interesse Pag. 17
Aparelho leva a internet para a TV Pag. 20
Portais sugerem novos formatos e métricas para alavancar
publicidade em vídeo online Pag. 22
Internet em 2020 [4]: propriedade intelectual Pag. 23
Inovação aprendendo com… pirataria? Pag. 28
Pirataria: a guerra, os lados e os dados Pag. 31
A parceria estúdio-pirataria Pag. 34
Pirataria: chegou pra ficar Pag. 36
FOX Networks lança rede de publicidade online Pag. 39
TV com acesso à internet levanta debate sobre convergência Pag. 40
TV pela internet venceu a TV interativa Pag. 43
Tempos difíceis levam espectadores da TV para a Web? Pag. 44
Internauta rechaça pedido de ministro e diz preferir web à TV Pag. 45
Tecnologia 5G leva web a 60 Mpbs no RJ Pag. 46
Empresa compra 2% do Facebook por US$ 200 milhões Pag. 47
Expansão da internet assusta radiodifusores Pag. 48
Brasileiro prefere web à TV, diz pesquisa Pag. 50
Web TVs devem gerar US$ 3bilhões nos EUA Pag. 52
Inter e Grêmio: TV é na web Pag. 53
Grêmio e Inter travam duelam na TV e internet Pag. 54
Mercado Editorial: das páginas aos vídeos na web Pag. 56
Demita o Diretor de Marketing Pag. 58
Time Warner e Comcast planejam mais TV na Internet Pag. 60
A exemplo de Obama, presidente Lula terá um blog Pag. 61
Investimento no mercado digital entra em debate Pag. 62
Você ainda acredita no Ibope? Pag. 63
Internet vai ultrapassar televisão Pag. 66
Novo Flash transmitirá conteúdo online direto para TV Pag. 67

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70% anunciantes europeus investindo mais online Pag. 68


9,8 milhões de brasileiros veem TV pela web de casa Pag. 69
Disney compra 30% do Hulu.TV Pag. 70
Paulo Coelho declara apoio ao The Pirate Bay Pag. 71
Vitória aposta em programa na TV para aproximar torcedor Pag. 73
Ciberposseiros e o roubo de domínios na internet Pag. 75
Eleições pelo computador Pag. 76
Futebol por controle remoto Pag. 81
Internet mais divertida que TV para 81% dos brasileiros Pag. 83
TV cada vez mais ofuscada pela Internet Pag. 85
O adeus aos jornais Pag. 86
Jornais impressos dos EUA perto da "queda livre" Pag. 94
Web supera televisão na cobertura da morte de Michael Jackson Pag. 96
UOL lança campanha para sensibilizar anunciantes sobre
publicidade online Pag. 98
Publicidade online brasileira cresce 23,6% em janeiro de 2009 Pag. 100
Publicidade online brasileira vai faturar R$ 1 bi em 2009, diz IAB Pag. 101
Web é a mídia que mais cresceu em publicidade em 2008 Pag. 102

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

O PARADIGMA PÓS-INTERNET
Volume I

O que dizem as previsões?


Qual são as tendências?
O que vai acontecer?

Para os iniciados é mais facil compreender, hackers,


netmaníacos, jovens de todas as idades conectados e
antenados profissionais de todas as áreas.

Estes não apenas compreendem como inovam, criam, fazem


parte e são os responsáveis por estas mudanças. Otimistas por
natureza, em vez de lutar contra a maré aproveitam seu
embalo para alçar voos muito mais altos.

Se voce não faz parte desta turma, corre o grande risco de


estar com a vida ou a mente obsoleta, ultrapassada, estagnada
e fora da sua época. Atenção, muita atençao.

O risco é com a turma empoleirada morrendo de medo de


perder seus empregos, em suas posições de executivos ou de
donos de empresas, líderes de mercado da era pré-internet que
não querem mexer no time que estava ganhando durante tanto
tempo, mas que agora estão sendo massacrados pelos novos
tempos. Jornais quebrando, redes de TV perdendo audiência,
índices de ibope despencando, download de músicas quebrando
industrias fonográficas, movimentos pró-liberdade cultural e fim
de direitos autorais, apenas para citar alguns.

Essa turma tem tido uma grande dificuldade em entender o que


esta acontecendo e só não ficam totalmente para trás em
relação aos adolecentes mais conectados, apenas porque
tiveram o referencial do passado que os mais jovens não, e que
por acaso, não sentem a menor falta, mas este referêncial que
poderia ser adaptado, atualizado e utilizado como experiência
dinâmica da vida para ganhar terreno competição de mercado,
estagou e esta travando seus negócios.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

E o agravante é que quanto mais acham difícil e tentam


ignorar, mas distantes vão ficando da compreensão da
mudança que já vivem, e que a cada dia ganha velocidade
deixando-os cada vez mais para trás. Quando abrirem os olhos
com certeza será tarde.

O que eu faria se fosse um deles? Hum, lá pro final do livro vou


pensar se respondo, ou me chamem para uma palestra. O que
sei hoje, poderá ser bem diferente amanha. Coisas da
velocidade da luz dos dias de hoje.

O livro é uma compilação de matérias relevantes recentíssimas


ao tema, que não podem passar despercebidas de quem quer
entender os caminhos presentes e futuros das mídias
impressas, de rádio, tv, eletrônicas e de comunicção em geral.

São muitos os executivos de empresas que parecem estar


boiando a deriva nesta correnteza caudalosa da era pos-
internet achando que seus empregos irão durar para sempre.

A lista de matérias elencadas vão confirmar tendências e


apontar outras.

Minhas considerações nem tão profundas deixo para melhor


explorá-las exaustivamente no livro editado em paralelo,
―QUANTO VALE A BIGBRASIL.TV- Muito mais que um business
plan‖, onde conto como estou vivo e saudável em cinco anos de
TVs Online e bandas largas.

TENDÊNCIAS

Podemos resumir que o que vem por ai é literalmente


uma nova sociedade. Haja vista as baixas perpectivas para
esperança de um planeta salvo entre tanta gente e tanto lixo,
uma nova sociedade talvez seja um caminho provavel de
concientização geral forçada ou pacífica.

Estou certo que vai doer para muitos porque já esta


doendo. Se não for nos milhares de irmãos famintos
esplalhados por toda a terra, já esta sendo nas numerosas
industrias que estão quebrando por conta da mudança do
paradigma pré-internet ainda instalado.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Mas voltando aos fatos, constatamos nas manchetes


online pinçadas nos últimos curtos seis meses ou menos, que:

A TV Online está acabando com a ex-onipresença da


Caixa de TV analógica na sala de estar e dos oligopólios de
comunicação.

A TV Online é a campeã de todas as mídias, ocupando


todos os espaços de jornais, revistas e radios analógicas,
digitais e até mesmo online. Jornais, revistas e rádio estão
passando vídeos e formando equipes de programação de TV.

Há espaço para todos neste negócio, e a cegueira dos ex-


monopólios televisivos não os permite ver que bastava seguir a
tendência da programação que o internauta quer ver e replicá-
los online gratuitamente. Segmentar e diversificar com ousadia.
TV para todas as tribos.

O fim do direito autoral quebrou a industria fonográfica, e


está quebrando a de TV e vai conseguir e jogos de futebol não
terão mais exclusividade de transmissão, ouçam (25/06/2009),
ninguém ousa sequer falar nisso, mas a razão é simplézima: Se
eu pago a publicidade porque eu anunciante iria me opor a
multiplicação, replicação, cópia, restransmissão ou download de
minha marca junto as imagens.

Já disse para pastores na rede de TV Gospelnews, a


palavra de Deus que sai de suas bocas não lhes pertence mas a
Deus que não cobra direitos autorais nem por tê-los criado.
Porque reter sinais dos jogos, novela ou qualquer coisa. Abram
suas mentes obtusas, conversem mais com seus filhos e
sobrinhos que naturalmente vão aprender e entender mais
sobre os dias em que vivem.

Poucos são os times de futebol que estão tendo visão.


São donos de suas imagens, não precisam pedir autorização
para veiculá-las. Vendam-nas mas exclusividade é uma
incoerência. Suas estruturas de conselhos e assembléias onde
quem manda diz que não entende bem, estão perdendo os
melhores terrenos virtuais da Web. E não venham falar em
ciberposseiros roubando nomes de domínios porque as torcidas
de futebol já fazem WEBTV muito melhor que voces. Aprendam
com eles não com os executivos de marketing compromissados

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

com salários para pagar seus contas. Torcida tem coração, dá


vida.

Os jornais quebraram, São Francisco na California perdeu


seis, é a primeira megalópole mundial sem um jornal impresso
sequer, a Gazeta Mercantil faliu e por ai vai. Mas perceberam
que muito sobrevivem. Quais? Os que viraram TV. Percebem a
força do vídeo online. Imagem fala mais que texto ou áudio.
Todos juntos melhor ainda. Todos se complementam mas não
vingam isolados um dos outros nestes dias.

Publicidade online está se estruturando, aprendendo,


vendo que nem só de métrica se fazem previsões. Tem passado
a vergonha de perceber que métricas são pesquisas por
amostragem incompatíveis com a realidade e que são e sempre
foram manipuladas, e que não merecem crédito.

Perceber que alguem esta em voga e que patrociná-lo vai


me dar visibilidade é uma percepção que não está em números.
Inventar um Google não se descobre por estatísticas. E por ai
vai.

TV Digital foi um tiro político pela culatra e internet é pra


ver em qualquer tela, quanto mais na da caixa de TV se é maior
que um celular.

Toda opinião vinda de donos de jornais falidos, TVs


abertas ou pagas é pura mentira para encobrir seus temores de
que vão quebrar. Sáo avestruzes enfiando a cara no buraco
para não verem o caminhão do futuro atropelando suas
estruturas, velhas, pesadas, caras e obsoletas.

Marcelo Veiga

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Publicidade on-line deve superar


anúncios na TV
Até 2012, a publicidade on-line deve superar os anúncios da TV, indica
estudo.
A publicidade pela internet já representa atualmente 10% dos gastos totais dos
anunciantes com propaganda em todo o mundo. No ano passado, o crescimento
dos anúncios na web foi de 11,8%, contra um decréscimo de 4% nas mídias
tradicionais, segundo dados da IDC.
A expansão da publicidade na internet é tão avassaladora que a empresa de
pesquisa estima que está deverá superar a TV em anúncios até 2012. Neste ano, a
web deve faturar US$ 106 milhões com publicidade, um aumento entre 15% e 20%
na comparação com o ano passado. Já o mercado de anúncios em vídeo tende a
evoluir 50% ao ano nos próximos quatro anos e atingir cifra de US$ 3,8 bilhões,
contra US$ 500 milhões em 2007.

Segundo Alexandre Campos, consultor da IDC Brasil, nesse contexto, as redes


sociais surgem como um grande potencial para as empresas aumentarem as
receitas com publicidade. O analista observa que a massa de conteúdo gerado pelo
usuário não para de crescer e que 90% das informações serão não-estruturadas, ou
seja, posts em blogs, vídeos no YouTube e comentários em redes sociais. "Todas
essas informações impactam as empresas. Por isso, elas têm de trabalhar para
classificar e gerenciar essas informações e utilizá-las para definir publicos-alvo e
direcionar a publicidade", observa Campos, que participou do nesta quarta-feira,
18, do Web Expo Forum, evento promovido pelas revistas TI INSIDE, TELETIME E
TELA VIVA, que acontece até esta quinta-feira, 19, no Centro de Convenções Frei
Caneca, em São Paulo.

O analista frisa ainda que a web 2.0 e a colaboração aumentam a produtividade das
empresas, que têm um grande potencial de migrar as aplicações corporativas para
redes socias. "Conhecer o cliente e estreitar a relação com ele é fundamental para
as empresas melhorarem o atendimento e aumentar as vendas", afirma Campos
22/06/2009 - 08:11:43

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Noticia do Blue Bus - 22/06/09

A mídia e o entretenimento serão


ainda mais digitais
09:24 A mídia e o entretenimento devem se tornar ainda mais digitais nos
próximos 5 anos. Quem garante é a Pricewaterhouse Coopers, que
comandou a 2a palestra do dia aqui em Cannes. Levantamento realizado em 48 países,
inclusive o Brasil, mostrou que os problemas econômicos, a mudança no
comportamento dos consumidores e o surgimentos de novos modelos de negócio
baseados na publicidade online devem acelerar a migraçao dos investimentos das
empresas em publicidade e entretenimento para o universo digital. Essas mudanças
favorecem a fragmentaçao do mercado e estimulam o surgimento de novos modelos de
negócio, fundamentados em personalizaçao, uso cruzado de canais e plataformas e
também inovaçao. 22/06 Blue Bus em Cannes

Isso significa que em 2013 os investimentos digitais representarao 31% do total - em


2008, eles somam 21%. A PWC estima que os gastos em mídia e entretenimento
devem aumentar em média 2,7% ao ano nos próximos 5 anos. No entanto, este
crescimento nao será homogêneo. A partir de 2011, quando a recuperaçao econômica
deve ocorrer, na visao da consultoria, o avanço acontecerá em taxas de 5,9% ao ano.
Nos anos de recessao, provedores de acesso a internet, veículos online e de TV paga
devem continuar apresentando bom desempenho. Depois, todos os setores voltam a
crescer, embora sem alcançar o mesmo patamar de antes. "A mudança foi estrutural,
os gastos com publicidade, por exemplo, nao voltarao ao mesmo nível de antes da
crise", afirmou Marcel Fenez, que apresentou o estudo aqui no Palais. 22/06

No Brasil, a situaçao será semelhante, acredita Fenez. Dados apresentados durante a


palestra mostram que os investimentos em mídia e entretenimento entre 2009 e 2010
devem cair 0,1% apesar do incremento no PIB do país. Por outro lado, entre 2011 e
2013 a tendência é de aumento nos gastos em mídia e entretenimento de 7,9%,
percentual superior aos 7,7% de crescimento do PIB. Todas do Marinho no Blue Bus.
Noticias de Cannes no Blue Bus. 22/06 Blue Bus em Cannes

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CULTURA & LAZER, segunda-feira, 22 de junho de 2009, 07:00

Programas da TV paga grátis


na web
Ângela Correa, Do Diário do Grande ABC

Quem está em atraso com algumas das


principais séries da TV paga e não tem
paciência - ou uma conexão de internet
razoável - para baixar episódios, ficará feliz
com a novidade no site da Fox. A partir de
agora, quem acessar o
www.mundofox.com.br terá à disposição,
gratuitamente, cerca de 800 horas de
programação referente aos canais da
rede, como o próprio Fox, FX, Nat Geo,
Nat Geo & Eu, Canal Speed e Bemsimples.

O usuário pode selecionar e assistir a qualquer hora programas como Uma Família da
Pesada, My Name is Earl, Prison Break, 24 Horas e Os Simpons, entre outros, além de
corridas normalmente exibidas no Speed. Da programação local, é possível acompanhar
o policial 9MM, ambientado em São Paulo.

O site roda em versão beta e nas próximas semanas o conteúdo deve se expandir ainda
mais. Não é preciso se cadastrar para acompanhar os vídeos.

O único ponto negativo é que as atrações não serão tão frescas: a janela entre a
exibição nos Estados Unidos e a disponibilização no site pode variar de um a cinco
meses. Vale mais para quem está razoavelmente desatualizado. A boa notícia é para
quem abomina a dublagem da Fox (que exibe 24 Horas e Prison Break): o conteúdo
produzido fora do Brasil tem legendas em português.

O portal tem recursos que permitem aos usuários incluir os vídeos em redes sociais
como Facebook, MySpace e Twitter para dividir com os amigos.

O sistema também se ajusta automaticamente à velocidade da conexão do


telespectador. É possível, ainda, adaptar a iluminação do monitor do computador para
melhorar a imagem.

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Anúncio só para quem tem


algum interesse
Links patrocinados aparecem apenas para quem buscar
palavras que sejam relacionadas ao produto em questão

segunda-feira, 22 de junho de 2009 15:57

por Lucas Pretti, de O Estado de S. Paulo

Nunca foi tão fácil encontrar os consumidores exatos de um produto. Nunca foi
possível medir resultados de forma tão imediata. Nunca foi tão barato criar um
anúncio. A lista de "nuncas" poderia ter vários parágrafos e ilustra a areia movediça
que os links patrocinados lançaram sobre o mercado publicitário tradicional.

O principal serviço de links patrocinados - e que faz o Google ser a maior empresa
do mundo, com patrimônio de mais de US$ 150 bilhões - é a dupla
AdWords/AdSense. São aqueles links que aparecem do lado direito da página de
busca do Google (que chega a 81% dos internautas, segundo a NetApplications).
Pelo AdWords, é possível anunciar ali e em milhões de sites com conteúdo
relacionado ao anúncio. Gasta-se relativamente pouco, já que só se paga por
anúncio clicado, e não pelo número de vezes que é exibido.

A revolução dos links patrocinados é usar mecanismos de busca para dotar o


anúncio de inteligência. Ele só aparece para palavras-chave relacionadas ao
conteúdo. Se alguém tem uma sapataria, pode anunciar só para quem busca
"reforma de sapato". É o sonho dos publicitários: atingir exatamente quem quer ver
o anúncio.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Se tudo é muito simples, gerenciar a campanha online não é tão fácil assim, tanto
pelo investimento a ser feito como pelo tempo gasto no acompanhamento e na
"otimização" dos anúncios. Os únicos pré-requisitos são ter uma conta no Google e
R$ 20 de assinatura. O resto é habilidade de entender o mecanismo de leilão.

É preciso também se acostumar a uma nova terminologia: CTR, CPC, impressões,


rede de conteúdo, grupos de anúncios (veja glossário). E a uma nova lógica. Não
funciona como banner, que o anunciante larga no site para só depois medir o
retorno. É tudo imediato. Com decisões tomadas de hora em hora. Não é à toa que
o publicitário Ricardo Vaz Monteiro publicou o livro A Arte da Guerra para ensinar a
gerenciar o AdWords (veja ao lado).

"Links patrocinados são sempre bons. Mas há casos em que são mais ou menos
indicados", diz o presidente da agência Click, Abel Reis. "É matador quando o
objetivo é vender produtos na hora pela internet, mas não é tão relevante quando
queremos agir sobre a imagem e presença da marca (branding)."

Com os links patrocinados, no mínimo você chega em quem quer o seu produto.
Interessa?

GLOSSÁRIO

CTR - "Click-through rate" é a medida de sucesso de uma campanha. Chega-se


ao CTR dividindo o número de vezes que um anúncio foi clicado pelas vezes em que
ele foi exibido. Cada termo tem seu CTR, que muda a cada clique.

CPC - Ou "custo por clique" é o valor pago por cada vez que um usuário acessa o
link. O anunciante pode definir o máximo que quer pagar por um clique e competir
no leilão ou deixar livre para o Google definir o melhor valor.

Impressão - É a exibição do anúncio. Cada vez que ele aparece na tela de um


usuário é contada uma impressão.

Rede de conteúdo - São os sites que dão espaço para exibição de anúncios. Dar
lances para anúncios na rede de conteúdo significa disputar espaço nesses sites e
não na página de busca.

OUTROS LINKS

Links patrocinados são o cerne da briga entre as gigantes da internet. Afinal, é ali
neles que está o dinheiro que circula pela rede. E não foi por outro motivo que os
principais concorrentes do Google quase viraram um só em 2008.

Yahoo - O serviço do Yahoo é bem parecido com o do Google, com segmentação


de propagandas por região, testes de anúncios, relatórios detalhados, etc. A
diferença é que as ofertas aparecem nas buscas do Yahoo. Endereço:
searchmarketing.yahoo.com.

Microsoft - O mesmo vale para anúncios exibidos no Bing, o novo serviço de


buscas da Microsoft, com um diferencial: além dos links patrocinados, dá para
anunciar em produtos específicos, como o MSN e o Office Online. Endereço:
advertising.microsoft.com/brasil

ENTENDA

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AdWords x Adsense

São dois lados da mesma moeda, dois serviços diferentes, mas complementares.
Os anúncios comprados via AdWords são exibidos, além da busca do Google, em
sites usuários do AdSense.

AdWords

É o serviço de leilão de palavras-chave. O anunciante aposta que sua oferta é boa


para pessoas que buscam determinados termos ou expressões. O valor disposto a
ser pago por clique, a relevância do anúncio e algumas outras variáveis (veja na
próxima página) determinam a posição no ranking quando o termo for buscado ou
identificado em sites com AdSense.

AdSense

É o serviço de distribuição de anúncios do Google em sites e blogs, que divide com


os donos dos sites o valor pago pelo anunciante por clique. As ofertas exibidas na
página são relacionadas ao conteúdo. Cada clique gera dinheiro para o dono do
site. A receita vem do AdWords.

Não pense que são apenas os sites de e-commerce ou de serviços online como,
por exemplo, os de contadores que fazem declaração de imposto de renda, que
fazem sucesso usando o Google AdWords. Entre adeptos do serviço há de pequenos
empresários a exemplos curiosos.

Um deles é o do ex-jogador de basquete e hoje palestrante Oscar Schmidt. Ele


promove justamente suas palestras por meio do Google - e faz ele mesmo as
campanhas, sem contratar ninguém para gerenciá-las.

Se você der sorte, ao digitar palavras como "motivação", "oscar basquete" ou


alguma relacionada, verá o link patrocinado do ex-jogador.

O Google, claro, tem interesse em ter clientes vip como Oscar entre os
beneficiários do AdWords, e dá uma ajudinha no gerenciamento das palavras-
chave. "Vira e mexe o Oscar liga para a gente para perguntar alguma coisa ou dizer
que não está conseguindo fazer algo na interface nova do site", afirma o gerente de
Google AdWords Brasil, Michel Sciama.

Oscar reconhece a eficácia da tecnologia do site, mas também reclama. "Sai caro,
mas vale a pena.

Ainda assim, é mais barato do que anunciar em outra mídia e tem resultado
melhor abrangendo o Brasil inteiro", diz. Ele diz também que o principal público
dele não é o internauta comum, que dificilmente contratariam uma palestra
clicando num link na internet. Mas os clientes potenciais estariam também no
Google. "Hoje em dia todas as empresas de RH que me contratam procuram algo
em uma busca ou trombam com o link em algum lugar na internet. Assim consigo
fechar tudo sozinho". (Filipe Serrano)

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Aparelho leva a internet para a TV


Por Roberto de Jesus Oliveira
26 de maio de 2009

Desenvolvido no Brasil, o dispositivo iBlogTV é uma opção para quem


deseja ter acesso à internet sem sair do sofá

A tela mais apreciada pelo brasileiro agora pode compartilhar uma outra
atração que também conquista usuários no país: a internet. Desenvolvido
no Brasil, o dispositivo iBlogTV conecta o aparelho de televisão à rede
mundial de computadores, permitindo que os usuários acessem e-mails,
sites e uma infinidade de serviços
na tela da TV, sem sair do conforto
do sofá.

O aparelho, de tamanho compacto,


pode ser ligado em TVs de plasma
ou LCD (aparelhos que têm entrada
de vídeo no padrão VGA/RGB) e
conta com uma interface simples
para que o usuário escolha o que
deseja acessar. O melhor da internet fica disponível na tela: serviços
bancários, redes sociais, programas de bate-papo, comércio eletrônico,
sites de busca, vídeos etc.

Para interagir com as opções da tela, o usuário conta com um teclado sem
fio que tem um touchpad integrado — recurso que substitui o mouse, como
nos notebooks. Outros dispositivos — como aparelhos de MP3, caixas de
som, microfone e webcam para conversas online no MSN ou no Skype —
também podem ser ligados ao equipamento. Mesmo compacto, o box tem
quatro portas USB, uma porta para cabo de rede, além de conectores de
áudio e vídeo. A conexão com a internet também pode ser feita sem fio,
com um adaptador Wi-Fi que acompanha o produto.

Para Roberto Bloj, um dos criadores do iBlogTV, o equipamento atende a


uma tendência do momento, que é a migração da internet para a TV. De
fato, com os avanços da TV digital e sua interatividade, da banda larga e
dos ‗‗media centers‘‘ (computadores que reúnem todos os recursos de
entretenimento do lar), o televisor da sala tende a não ser mais o mesmo.
Vale lembrar que muitas das TVs de LCD aceitam o sinal RGB do
computador. Assim, o PC pode ser facilmente ligado na TV – como faz o
iBlogTV.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

O diferencial do iBlogTV está em seu formato compacto e no software


intuitivo próprio para o uso no televisor, o Mosaico. Pelo fato de possuir
apenas esse sistema, o equipamento, mesmo conectado à internet, não fica
sujeito a vírus ou outras ameaças da rede. O consumo de energia também é
menor do que nos computadores ou menor até mesmo do que o de uma
lâmpada de 20W.

A desvantagem é o fato de o aparelho não funcionar com TVs comuns de


tubo, que não têm entrada de imagem VGA e ainda são maioria nos lares.
Com um preço razoavelmente acessível (R$ 799), o iBlogTV se torna uma
opção atraente para quem já tem ou vai comprar uma TV LCD e queira
elevar ao máximo sua utilidade ao explorar o conteúdo da internet, como os
sites de vídeo que também sinalizam para a tendência da televisão em sua
convergência com a web.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Portais sugerem novos formatos e métricas


para alavancar publicidade em vídeo online
Terça-feira, 14 de Abril de 2009, 16h21
Para oferecer vídeos gratuitamente aos usuários com base no modelo de
publicidade e fazer deste negócio uma atividade lucrativa é preciso que o mercado
crie novos formatos e métricas. Essa é a opinião dos representantes dos portais
UOL, Terra e MSN, que participaram na manhã desta terça-feira, 14, do Congresso
TV 2.0, promovido pela Converge Comunicações em São Paulo.

Segundo Pedro Rolla, diretor de mídia do Terra para América Latina, para que a
Internet conquiste um fatia maior do bolo publicitário com base na oferta de vídeos
é preciso diversificar o formato. "Em um futuro próximo, a publicidade no vídeo
deve ir além dos cinco ou 30 segundos. Surgirão novas categorias como patrocínio
de grandes eventos. Faltam também para o mercado publicitário dados de mercado
mais consistentes, reports mais profissionais", observa.

Andrea Fornes, produtora executiva do MSN, concorda que os veículos precisam


criar novos formatos e o mercado como um todo ainda precisa amadurecer. Ela
adianta que a Microsoft deve lançar novos modelos nos próximos dois meses. "Um
serviço nosso bastante utilizado hoje é o compatilhamento de vídeos por usuários
do Messenger. Os anunciantes têm se interessado bastante pelo patrocínio destes
vídeos, com um selo que fica no player durante toda a exibição. Já tenho espaço
para este tipo de publicidade vendido até o final do meu ano fiscal, em junho".

Para Enor Paiano, diretor de publicidade do UOL, os veículos também precisam


desenvolver métricas semelhantes às dos outros meios para que anunciantes e
agências possam fazer a comparação. "Temos que aproximar as métricas do
mercado publicitário, usando as que eles estão acostumados. A Internet demora
para ganhar share porque a publicidade é uma indústria extremamente bem
resolvida no Brasil e ninguém quer mexer em time que está ganhando", diz.

Paiano contou que a reformulação pela qual a TV UOL passou no ano passado,
tornando-se a TV UOL 2.0 e adotando a tecnologia flash, chamou mais atenção do
mercado publicitário. "O projeto não foi lançado em setembro do ano passado, não
foi um bom momento por causa da crise, mas esperamos em um médio prazo
aumentar as receitas publicitárias", finaliza. Ana Carolina Barbosa

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

15.01.09

internet em 2020 [4]:


propriedade intelectual
Tags:2020, futuro, internet, pirataria, propriedade intelectual, tendências - srlm às
00:22

relatório do pew internet project [PIP] sobre o futuro da rede, publicado no fim
do ano passado, chegou a seis conclusões. para tal, mais de mil especialistas,
teóricos e práticos das tecnologias e vida na rede foram consultados. este blog está
comentando os achados do projeto e tentando imaginar o cenário equivalente no
brasil. o primeiro da nossa série foi sobre MOBILIDADE, o segundo sobre
PRIVACIDADE e TRANSPARÊNCIA e o terceiro sobre o futuro das INTERFACES.

hoje, vamos falar sobre propriedade intelectual. o PIP prevê que... Those working
to enforce intellectual property law and copyright protection will remain in a
continuing arms race, with the crackers who will find ways to copy and share
content without payment… na próxima década continuará a disputa entre os donos
de copyright e defensores de propriedade intelectual, de um lado, e crackers [e/ou
piratas] do outro; a cada nova barreira contra disseminação de conteúdo imposta
pelos primeiros, os segundos desenvolverào contra-medidas capazes de
desbloquear o "material" e disseminá-lo sem pagamento de direitos, na rede.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

em suma, o PIP prevê que o estado de coisas da rede continuará como hoje. eu
acho que não. escrevi muitas coisas, no passado recente, sobre a "pirataria", ou
sobre o conflito entre o passado e o presente dos modelos de negócio de conteúdo
e sua distribuição. vamos dar uma olhada nos últimos quatro textos.

em 05.08.08, saiu pirataria: chegou pra ficar: lá, comentamos que… agora é
oficial: a pirataria chegou pra ficar. estudo que acaba de ser publicado pela MCPS-
PRS [aliança inglesa que representa os donos do copyright de mais de 10 milhões
de títulos musicais] e bigChampagne [de medição de audiência online] mostra
que, mesmo quando o preço de um bem digital chega perto de zero [caso do último
álbum do radiohead, cujo preço podia ser escolhido pelo usuário], a vasta maioria
das cópias que circula na rede vem de sites piratas.

dizendo de novo: mesmo quando o


preço de um bem digital é ZERO,
boa parte de sua distribuição é feita
de forma não autorizada pelo
proprietário. isso significa, entre
várias outras coisas, que as
plataformas de distribuição de
conteúdo da indústria estão fora de
sintonia com os mecanismos de
busca, acesso e consumo do público, mesmo que ambos estejam na rede. mas de
que adianta seu preço ser zero e seu material não aparecer na busca do limewire
ou vuze?

em 12.08.08, saiu a parceria estúdio-pirataria, onde se dava conta que…


estúdios japoneses de anime [mercado de US$20B por lá] estão testando youTube
e outros sites de compartilhamento de conteúdo como forma de ampliar sua
interação com espectadores e usuários. kadokawa, a galera que faz haruhi
suzumiya, está gastando US$1M para descobrir como é possível [se é que é] fazer
um mashup de suas operações comerciais com o material gerado por fãs na
internet.

ou seja: será que dá pra diminuir o conflito com meus


próprios consumidores e tratá-los como parte da minha [ou
da nossa!] ecologia de valor? principalmente quando eles
podem estar fazendo coisas que eu nunca 1] pensei; 2]
saberia fazer nem 3] distribuir na velocidade e custo que eles
fazem?… para trazer os fãs pra "dentro" de casa, tenho que mudar mais do que
minha disponibilidade de encontrá-los no meio do caminho entre produção,
distribuição, combinação, redistribuição e consumo: tenho que oferecer uma

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

plataforma segura, do ponto de vista de propriedade intelectual e sua gestão, que


não exponha fãs e colaboradores bem intencionados ao risco de, de repente,
estarem sendo processados por infringir direitos [se o "dono" da coisa não gostar
da minha "arte", por exemplo].

pra isso, naquele mesmo texto, se comentava que o… problema de


compartilhamento e recombinação tem solução trivial. é só usar o modelo de
proteção e autorização definido pelo creative commons, que permite ao autor
estabelecer o nível de proteção que deseja para seu trabalho. quanto mais gente
publicar seu material usando um mecanismo transparente como o de creative
commons, mais coisas poderão ser feitas de forma inovadora, na rede, sem que
seja necessário licenciar todo o material de base primeiro. e permitindo o
compartilhamento de receita [se houver] depois.

ou seja: existe uma proposta prática e fácil de ser aplicada para tratar
conhecimento não como ponto de chegada ou produto final, mas como ponto de
partida e parte de um processo, para sempre inacabado. mas muito pouco tem sido
feito, pela indústria, para discutir o assunto nestas bases. e menos ainda para
disponibilizar [excetuando os indies, que não são "a" indústria] conteúdo desta
maneira.

em 16.10.08, saiu… pirataria: a guerra, os


lados e os dados, onde se expunha o muito
duvidoso valor dos dados usados mundialmente no
combate à pirataria. de acordo com o texto de
outubro neste blog… a indústria [lá nos eua] diz,
há anos [décadas!], que o número de empregos
perdidos nos setores afetados por pirataria de
áudio e vídeo é um mitológico "750.000". julian
sanchez descobriu a fonte: trata-se de um chute, radical, feito em -imagine!-
1986 pelo secretário de comércio do governo reagan, malcom baldridge, e
publicado pelo christian science monitor. segundo balridge, o impacto de
pirataria em toda a indústria americana [na época] seria… "anywhere from
130,000 to 750,000 [jobs]". e isso era de bolsas louis vuitton falsificadas até
vídeos copiados sem autorização. o número foi pro limite e referem-se a ele, agora,
como se fosse a quantidade de postos de trabalho afetados pela pirataria sobre a
indústria de mídia.

aqui no brasil, não ficamos atrás na manipulação de dados ou na citação de


números sem qualquer credibilidade. no mesmo texto… [segundo o conselho
nacional de combate à pirataria]… o país perde, por ano, com pirataria, R$30B em
arrecadação de impostos [e de acordo com o depoimento de um dos deputados que

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apóiam o fórum nacional contra a pirataria]… "só no ano passado o prejuízo foi
de 700 bilhões de reais, quase um terço do PIB do Brasil"… um terço do PIB
em pirataria? e com uma carga tributária de quase 40%, o imposto perdido não
teria sido quase R$300B?…

o artigo de 16.10.08 concluia que… claro que precisamos formalizar muitos dos
nossos mercados. mas porque será que na finlândia, um dos países mais educados
do planeta, a pirataria de software é de 25%? e porque será que lá mesmo,
apesar de apenas 15% das pessoas reconhecer que copia música da internet, 85%
do tráfego de saída das universidades corresponde a P2P?… será que isso
tem a ver com os modelos [atuais] de negócio de software e música? aqui, agora,
precisamos de uma discussão inteligente [e usando dados reais, confiáveis] sobre o
que formalizar, pra que formalizar, pra atender que interesses, quando, e se isso é
ou não o melhor para fazer agora. é preciso até entender, de perto, qual a função
da pirataria no mercado. além de termos que lembrar, a todos os envolvidos,
que em tempos onde as tecnologias de suporte estão mudando muito radical e
velozmente, como é o caso dos setores da indústria "de mídia" agora "protegidos"
pelo pro-ip americano [e só lá, por enquanto], congelar o passado em legislação e
ação federal é suicídio puro. de postos de trabalho, de receitas e impostos, no
futuro.

resumindo e olhando pra previsão do PIP, sobre a continuada guerra entre quem
tem copyright e quer ser remunerado por ele e quem está na rede, em banda larga,
e tem acesso a tudo, num click: não se trata do fim da propriedade intelectual e
ponto final. se este fosse o caso, não haveria uma outra guerra, a de patentes, no
ar. só em 2008, a IBM registrou 4.186 patentes nos EUA, recorde da
companhia em todos os tempos e mais de tres vezes o registro da microsoft. no
total, foram concedidas quase 160 mil patentes nos EUA em 2008.

a "pirataria" a que todos, inclusive o PIP, se referem com frequência é de música,


vídeo e software. e ela existe, em boa parte, hoje, porque seu modelo de negócios
ainda está em boa parte baseado no suporte físico para entrega do conteúdo ao
comprador. e tal suporte físico foi, literalmente, evaporado. quem entendeu isso
não está sendo pirateado… veja o caso de google. tudo o que vem de lá é software
como serviço, na rede. mesmo que você instale alguma coisa, como gmail no seu
celular, só traz a interface, pois as funcionalidades por trás dela estão na rede.

esta quarta previsão do PIP, caso se confirme, é preocupante. vai significar que,
daqui a doze anos, ainda teremos uma boa parte das coisas que deveriam estar na
rede circulando por aí sobre suportes físicos falidos. aliás, tem coisa que, mesmo já
estando na rede, hoje, não deveria durar muito, como venda de música como
"arquivo". música e vídeo [e software] tem que passar a ter um tratamento

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

negocial similar à assinatura de um serviço, temporário ou permanente, ao invés de


serem distribuídas como arquivos que podem se perder no seu drive, celular ou
onde forem armazenadas. uma vez assinadas, o provedor cuidaria para que o
conteúdo pudesse ser usado a seu bel prazer, de acordo com direitos que você
adquiriu.

mas isso pode levar tempo. e aí nós chegamos ao último dos quatro artigos
recentes que o blog publicou sobre o tema, em 12.11.08: inovação aprendendo
com… pirataria? o texto começava dizendo que… pode ser, pode ser. quase
certamente sim. recentemente, neste blog, tratamos dos números da pirataria
no mundo [e no brasil], e vez por outra temos falado de luta entre o lado de lá [do
modelo fechado de propriedade intelectual] e o lado de cá [dos modelos flexíveis,
ou abertos, de copyright]. desta vez vamos falar do mesmo assunto de uma forma,
digamos, mais radical: o que pirataria tem a ensinar pra inovação?… visto por
um outro ângulo, lutamos contra os piratas ou aprendemos com eles?

este texto trata de uma conferência de matt mason, autor de the pirate’s
dilemma, livro em que ele… tells the story of how youth culture drives innovation
and is changing the way the world works. It offers understanding and insight for a
time when piracy is just another business model, the remix is our most powerful
marketing tool and anyone with a computer is capable of reaching more people
than a multi-national corporation… ou seja, onde se historia como uma cultura
jovem e de jovens muda os processos de inovação e por onde se muda os modelos
de negócio do mundo… e onde se propõe a idéia de que pirataria é só mais
um modelo de negócios, onde remix é um dos mais poderosos instrumentos de
marketing e onde qualquer um com um computador [nota: computador, hoje, é o
mesmo que computador ligado à rede] é uma multinacional.

o resumo da conversa de mason, que eu sugiro fortemente que você vá ler [tá
resumida e comentada em sete parágrafos, no blog], é simples e radical:
pirataria é só mais um modelo de negócios, com suas próprias noções de
mercado, cliente, ecologia de valor e todo o resto. pirataria sempre existiu e
existirá sempre. e combatê-la -em áudio, vídeo, software- tem a ver com a
melhora da sua oferta, e não com a perseguição aos piratas, especialmente quando
eles estão vendendo a mesma coisa que você vende, com a mesma qualidade, por
1/10 ou 1/20 do preço. ou distribuindo de graça. o resto é conversa. e tomara que,
neste ponto, o PIP tenha errado muito e todo mundo se mude mesmo pra rede,
inclusive -e principalmente- do ponto de vista dos modelos de negócio.

12.11.08

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

inovação aprendendo com…


pirataria?
Tags:inovação, matt mason, pirataria, ronaldo lemos - srlm às 06:00

pode ser, pode ser. quase certamente sim. recentemente, neste blog, tratamos
dos números da pirataria no mundo [e no brasil], e vez por outra temos falado de
luta entre o lado de lá [do modelo fechado de propriedade intelectual] e o lado de
cá [dos modelos flexíveis, ou abertos, de copyright]. desta vez vamos falar do
mesmo assunto de uma forma, digamos, mais radical: o que pirataria tem a
ensinar pra inovação?… visto por um outro ângulo, lutamos contra os piratas
ou aprendemos com eles?

este texto trata de uma conferência de matt mason, autor


de the pirate’s dilemma, livro em que ele… tells the story
of how youth culture drives innovation and is changing the
way the world works. It offers understanding and insight for a
time when piracy is just another business model, the remix is
our most powerful marketing tool and anyone with a
computer is capable of reaching more people than a multi-
national corporation… ou seja, onde se historia como uma
cultura jovem e de jovens muda os processos de inovação e
por onde se muda os modelos de negócio do mundo… e onde
se propõe a idéia de que pirataria é só mais um modelo
de negócios, onde remix é um dos mais poderosos
instrumentos de marketing e onde qualquer um com um computador [nota:
computador, hoje, é o mesmo que computador ligado à rede] é uma
multinacional.

dito isto, tomara que a APCM não peça à justiça pra tirar este post do ar…
certamente não estamos tratando, aqui, de apologia do crime organizado. e muito
menos do crime, puro e simples. a associação anti-pirataria cinema e música
revelou, recentemente, ter retirado do ar, apenas em 2008, 45 mil links [via
remixtures...] e se orgulha muito disso. só que, se a gente acreditar nas teses de
mason [e de quase todos os usuários da internet, talvez] a APCM pode estar dando
um monte de tiros nos pés de seus associados e representados. ou, por outro
lado, está simplesmente adiando a morte de um modelo de negócios, para mídia,
que está… morto. enterrado, talvez.

sem mais delongas, o que mason disse na poptech2008? [o inglês dele tem
tradução livre minha, logo após. veja os sete mandamentos... abaixo].

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1. If you want to beat pirates, copy them. If pirates are adding values to your
customers, it’s an example of market failure. Look at it as an opportunity to learn
and do better. quer derrotar a pirataria? copie os piratas. os piratas [jogos
"originais" para PS2 a R$10, com nota e garantia!] estão adicionando valor à
clientela, num clássico exemplo de falha no mercado; aprenda com os piratas e
faça melhor.

2. Good business is the best art. Quoting Andy Warhol, Mason notes that the way
we rebel as a society has changed. The way we kill bad ideas is to change them.
Music industry: take note. negócios são uma forma de arte; arte é rebelião; as
novas formas de rebelião envolvem mudança, nos levam mudar o que não está
funcionando, porque os meios para tal estão [especialmente no caso de mídia] à
nossa disposição. de cada um e todo mundo, aqui e agora. inclusive dos big
businesses, mas eles estão perdendo tempo com o passado ao invés de construir o
futuro.

3. The art of storytelling is changing because of abundance. Today, it’s about letting
people be part of the conversation, and letting them tell stories themselves. a arte
de contar histórias mudou de uma vez por todas; hoje, por abundância de meios de
expressão, cada um está contando [mais de uma] as suas. o grande negócio, hoje,
é trazer as pessoas pra dentro da história, pra que elas nos agreguem a sua
história… e vice-versa.

4. Never let the legal department ruin a good remix without talking to marketing
first. When their legal teams kill YouTube video mash-ups of your product, they’re
doing you more harm than good. cuidado com os advogados; em caso de dúvida
sobre os seus, ligue para ronaldo lemos e pergunte o que ele acha. se seu
departamento legal está tirando coisas do ar no youTube, pode apostar que o tiro é
no seu pé. ah, sim: antes de ligar pro ronaldo, pergunte pros seus advogados se
eles ouviram falar de "performance"; você paga seus advogados por performance e
não por direito autoral. não se toca o CD ou DVD deles defendendo um caso
parecido com o seu no tribunal. eles têm que ir lá in vivo… raciocinar em tempo
real, falar bonito, ter deferência e paciência com suas excelências e coisa e tal.

5. Abundance is better than advertising. When Novartis started giving their


leukemia drug away to poor people in Thailand, they not only thwarted the pirates,
they got a rep as a socially responsible company — advertising they could never
have managed to afford. abundância é a melhor propaganda e muito melhor do que
propaganda pura, simples e antiga. ninguém diz isso abertamente, mas pirataria é,
há muito tempo, parte do modelo de negócio de varejo de todo tipo de software.
quer ver? pergunte a bill gates; windows e office piratas são os maiores adversários
de linux e open office…

WWW.BIGBRASIL.TV Página 29
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

6. Some good
experiences will
always be scarce.
Hollywood claims it’s
being ravaged by
pirates, but they’ve
had several
blockbuster summers.
The experience in the
theater is not the
same as on TV, and
people will still pay for
that difference if it’s
good enough. cinema
é muito melhor do que TV e cobra ingresso; cinema é performance, DVD pirata
pode ser cópia… mas qual é a maior tela que você pode ter, em casa, pra assistir
RAN, de kurosawa? a cena de cavalaria da foto acima precisa de uma tela de
milhares de polegadas pra dizer o que kurosawa queria transmitir… e pra vê-la,
como tal, vamos pagar um ingresso de cinema. tomara que a projeção seja muito
boa, senão quero meu dinheiro de volta.

7. In an economy based on abundance, your business model needs to be a virtuous


circle. “Heroes,” one of most pirated tv shows on web, now has revenue streams —
from itunes to publishing, to integrated ads, to t-shirts — that reinforce each other.
em economias baseadas em abundância, seu modelo de negócios tem que ser um
círculo virtuoso. entregue grátis aqui pra ganhar em performance ali, lance sua
música em guitar hero, faça comerciais, se vire. acabou o tempo de ganhar a vida
deitado em casa, como um nababo, ouvindo as moedinhas pingando no porquinho.
já viramm o modelo de micro-comerciais embutidos no CQC? sejamos criativos…

claro que nem tudo o que mason diz se aplica a tudo o que fazemos. mas uma boa
parte faz muito sentido e, entre estas, a que faz sentido mesmo é olhar ao redor e
ver quais dos nossos modelos de negócio estão sendo vaporizados porque estamos
falhando em um ponto muito simples: agregar valor aos consumidores e usuários,
entregando qualidade no ponto de venda ou na casa do camarada. lembrando que
a definição de qualidade é o que o cliente quer pelo preço que ele pode pagar. se
algum modelo de negócios entregar isso na nossa frente, bate o nosso.

bons tempos os do gramophone, hein? mas pra quem?…

WWW.BIGBRASIL.TV Página 30
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16.10.08

pirataria: a guerra, os lados e


os dados
Tags:economia, inovação, internet, legislação, mídia, pirataria - srlm às 06:00

o governo [defunto] do presidente bush acaba de transformar em lei a proposta


de proteção de propriedade intelectual -principalmente de música e filmes-
chamada pro-ip. a coisa foi apoiada pela recording industry association of america
[RIAA] e motion picture association of america [MPAA], além da u.s chamber of
commerce. segundo esta última, aliás, as "perdas" americanas com pirataria
chegam a US$250B por ano.

além de todos os problemas que o assunto levanta sempre que vem à tona, há um,
especialmente interessante, por trás da argumentação que levou o governo
americano a assinar a lei. e não é coisa menor. trata-se da veracidade dos dados,
históricos, usados por associações como RIAA e MPAA para defender um maior
combate à pirataria. segundo artigo publicado na arstechnica, as perdas de
emprego e renda por causa da pirataria são meros chutes, velhos e sem qualquer
sustentação. ou seja, a guerra contra a pirataria continua e as mentiras sobre o
tema… também.

a indústria [lá nos eua] diz, há anos [décadas!],


que o número de empregos perdidos nos setores
afetados por pirataria de áudio e vídeo é um
mitológico "750.000". julian sanchez descobriu a
fonte: trata-se de um chute, radical, feito em -
imagine!- 1986 pelo secretário de comércio do
governo reagan, malcom baldridge, e publicado
pelo christian science monitor. segundo balridge,
o impacto de pirataria em toda a indústria
americana [na época] seria… "anywhere from
130,000 to 750,000 [jobs]". e isso era de bolsas
louis vuitton falsificadas até vídeos copiados sem
autorização. o número foi pro limite e referem-se
a ele, agora, como se fosse a quantidade de
postos de trabalho afetados pela pirataria sobre a indústria de mídia.

aqui pra nós, será que alguém realmente pensa que quem só pode comprar uma
cópia de vuitton está no mesmo público de quem compra os originais? e será
que é razoável que alguém tenha a patente das letras LV? mas isso é uma outra,
muito longa conversa. tamos aqui, hoje, só pra dizer que os dados usados pelos

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apoiadores da nova legislação americana de proteção à propriedade intelectual são,


no mínimo, um chute radical e sem nenhuma sustentação no mercado. isso neste
blog. há quem diga que é mentira, pura e simples.

o "outro" número da discussão americana sobre pirataria são os fantásticos


US$250B de perdas para os negócios. depois de muuuita busca, arstechnica
descobriu a fonte: um artigo da forbes, em 1993, citado num debate do
congresso americano em 1995. lá atrás, dizia-se que a pirataria que entrava no
mercado americano era "um negócio mundial de cerca de US$200B", incluindo as
tais bolsas da louis vuitton. sem fontes adicionais, sem dados baseados em
apreensões e, de resto, nada que pudesse ser provado ou contestado de maneira
minimamente formal. e os US$250B [atuais, ajustados pela inflação ou coisa que o
valha], mesmo por tais contas, seria a estimativa da pirataria, ou ilegalidade, de
todo tipo e mundo afora, exportada para os estados unidos. acabou se tornando,
por repetição, a verdade sobre as perdas dos estúdios e gravadoras…

na guerra pra proteger propriedade intelectual vale absolutamente tudo. inclusive


assumir que o mundo não mudou. na indústria de mídia, o que protegia o material
das grandes casas de produção e distribuição era o custo, no passado, de gravar,
produzir e distribuir o material. no presente, os estúdios são caseiros e o custo do
suporte e distribuição se aproximam de zero. resultado? voltamos à era da
performance. seu "material" sai por aí, grátis, fazendo propaganda de você, a
"performance".

uma parte da indústria que outrora chamávamos "de mídia" ainda não entendeu o
recado. e continua na briga, por leis que não fazem nada mais do que adiar o
inevitável fim de um modelo de produção-cópia-distribuição de material criativo que
faliu desde que a digitalização e a internet mudaram o mundo. da mesma forma
que a prensa de gutenberg detonou o modelo de negócios dos monges copistas e
seus mosteiros. é só ler a história do texto e sua replicação entre 1450 e
1500 pra entender o que está acontecendo agora.

ainda não chegamos no nível de radicalismo legal que bush vai deixar, nos eua, pra
seus financiadores, mas pode não demorar a termos a mesma situação por aqui.
por que? porque os dados usados para preparar o cenário, aqui no brasil, são ainda
mais astronômicos do que nos eua, especialmente quando se leva em conta que a
economia de lá, com ou sem crise, é dez vezes maior que a nossa. segundo o
presidente do conselho nacional de combate à pirataria, "a pirataria provoca uma
redução de dois milhões de postos de trabalho no mercado formal". é
assustador. se nos estados unidos, o impacto [chutado] seria de 750.000
empregos, como é que aqui ronda os 2.000.000?… e ainda mais considerando que
eles têm uma vez e meia nossa população, e um mercado de trabalho que é

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

duas vezes o tamanho do nosso? segundo o mesmo conselho [noutro veículo]


cada emprego informal elimina seis empregos formais. se for isso mesmo, a coisa é
imbatível e impossível de erradicar: pense numa economia onde uma "forma" de
emprego é seis vezes mais produtiva do que a outra. o estado pode fazer a força
que quiser, mas não vai conseguir frear a primeira "forma"… ou vai?

pesquisa do instituto akatu mostra que 75% [isso mesmo, três quartos] dos
brasileiros compra produtos piratas… e sabe que
está comprando pirataria e tem boas razões pra
isso, incluindo uma noção bem precisa do que é
custo benefício do produto em si e uma ampla
desconfiança [quando o argumento contra a
pirataria é sonegação] sobre o destino dos
impostos que paga. sobre este assunto, aliás,
tenho ouvido de mais de um jurista que a
sociedade brasileira está no limiar de encontrar e usar justificativas filosóficas,
éticas e morais para sonegar impostos. e não vai ser quem está quase pensando
assim que vai dar ouvidos [de novo] ao conselho nacional de combate à pirataria,
a nos dizer que o país perde, por ano, com pirataria, R$30B em arrecadação de
impostos. junte tais "dados" com outros tão bons quanto, como o depoimento de
um dos deputados que apóiam o fórum nacional contra a pirataria, de que "só no
ano passado o prejuízo foi de 700 bilhões de reais, quase um terço do PIB
do Brasil", que aí é que não vai se conseguir montar uma argumentação sólida
contra pirataria, seja ela concreta, das tais bolsas louis vuitton ou relógios rolex da
feira do paraguai até música e software na internet.

este texto, claro, não é uma defesa aberta da pirataria e dos piratas de todos os
tipos. pirataria pode ser letal. basta lembrar que há remédios piratas no mercado,
cuja fórmula pouco tem a ver com a original… e cujas conseqüências podem ser
fatais. mas o fato é que o brasil tem sido muito, mas muito ingênuo quando o
negócio é copiar e imitar os outros, coisa que se faz
entre países desde o início dos tempos. a maioria dos
países emergentes [de qualquer época] só assina
tratados internacionais que regulam mercados ricos e
elaborados quando chega lá, quando se é rico e
elaborado. nós não. educados na boa escola do
imperador pedro II, que tirava uma onda de cidadão
do mundo, fingimo-nos de civilizados e assinamos
antes de chegar em qualquer lugar, garantindo um
status quo normalmente contra nossos interesses.

claro que precisamos formalizar muitos dos nossos mercados. mas porque será que
na finlândia, um dos países mais educados do planeta, a pirataria de software é

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

de 25%? e porque será que lá mesmo, apesar de apenas 15% das pessoas
reconhecer que copia música da internet, 85% do tráfego de saída das
universidades corresponde a P2P?… será que isso tem a ver com os modelos
[atuais] de negócio de software e música? aqui, agora, precisamos de uma
discussão inteligente [e usando dados reais, confiáveis] sobre o que formalizar, pra
que formalizar, pra atender que interesses, quando, e se isso é ou não o melhor
para fazer agora. é preciso até entender, de perto, qual a função da pirataria no
mercado. além de termos que lembrar, a todos os envolvidos, que em tempos
onde as tecnologias de suporte estão mudando muito radical e velozmente, como é
o caso dos setores da indústria "de mídia" agora "protegidos" pelo pro-ip americano
[e só lá, por enquanto], congelar o passado em legislação e ação federal é suicídio
puro. de postos de trabalho, de receitas e impostos, no futuro.

12.08.08

a parceria estúdio-pirataria
Tags:compartilhamento, creative commons, estúdios, japão, pirataria, youTube -
srlm às 12:00
estúdios japoneses de anime [mercado de US$20B por lá]
estão testando youTube e outros sites de compartilhamento
de conteúdo como forma de ampliar sua interação com
espectadores e usuários. kadokawa, a galera que faz
haruhi suzumiya, está gastando US$1M para descobrir
como é possível [se é que é] fazer um mashup de suas
operações comerciais com o material gerado por fãs na internet.

ao invés de "combater a pirataria", usando o "estilo azeredo" que se quer


implementar no brasil, kadokawa está separando o joio do trigo e promovendo os
vídeos [no youTube, a partir de seu material] que não ofendem o "espírito" da série
haruhi suzumyia e que podem [pois livres de material de outros donos de
copyright] ficar na rede sem problemas. a história está contada aqui, na
business week.

a coisa pode parecer trivial, mas não é. o lance é que qualquer um de nós pode
pegar material de muuuitas fontes e recombinar para criar um mashup; aí, com a
propriedade do material distribuída por um monte de pessoas e empresas, na
maioria dos casos será impossível conseguir autorização de todos para publicar o

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

resultado. via de regra, a coisa é publicada assim mesmo e alguém, depois, toma
as dores e tira o material do ar… e/ou processa o autor [se ele for encontrável].

este problema de compartilhamento e recombinação tem solução trivial. é só usar o


modelo de proteção e autorização definido pelo creative commons, que
permite ao autor estabelecer o nível de proteção que deseja para seu trabalho.
quanto mais gente publicar seu material usando um mecanismo transparente como
o de creative commons, mais coisas poderão ser feitas de forma inovadora, na
rede, sem que seja necessário licenciar todo o material de base primeiro. e
permitindo o compartilhamento de receita [se houver] depois. o congresso
brasileiro talvez devesse estar discutindo isso agora, ao mesmo tempo em que se
tenta aprovar legislação que vai [potencialmente] restringir muito o uso da web por
aqui.

voltando pro anime na rede, a kadokawa agora tem um canal no youTube e o


noticiário dá conta de que a receita de anúncios nos vídeos aprovados será
compartilhada por youTube, kadokawa e o
autor. o estúdio vai rodar o experimento por
mais alguns meses e outros estúdios japoneses,
segundo a business week, podem fazer coisas
semelhantes. muitos deles, por sinal, apontam
para sites de compartilhamento quando
potenciais importadores de seu material querem
ver vídeos legendados… coisa que eles não têm
mas que os fãs, voluntariamente e grátis,
fazem… e que no brasil da "lei azeredo" seria motivo pra vários anos de cadeia.

falando em brasil, compartilhamento, propriedade intelectual, fãs e coisas


interessantes, você já viu algum capítulo da "novela" mina & lisa, ainda mais
legendado em inglês? não perca tempo: procure por mina lisa 03 no youTube [não
posso botar o link aqui...].

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

05.08.08

pirataria: chegou pra ficar


Tags:copyright, download, música, p2p, pirataria, sharing, torrent - srlm às 00:26

agora é oficial: a pirataria chegou


pra ficar. estudo que acaba de ser
publicado pela MCPS-PRS
[aliança inglesa que representa os
donos do copyright de mais de 10
milhões de títulos musicais] e
bigChampagne [de medição de
audiência online] mostra que,
mesmo quando o preço de um
bem digital chega perto de zero
[caso do último álbum do radiohead, cujo preço podia ser escolhido pelo usuário], a
vasta maioria das cópias que circula na rede vem de sites piratas.

o caso de in rainbows, disco de radiohead que podia ser trazido de graça do site
da banda, é emblemático: mais de 100.000 cópias pirata circularam na rede, por
dia, durante o primeiro mês de disponibilidade do álbum [dando uns três milhões
de cópias piratas na rede]. apesar do número de downloads a partir do site oficial
não ter sido revelado [mas pode ter chegado a um milhão, 38% das quais
pagas], o estudo diz claramente que as cópias pirata [as que bigChampagne
achou... deve ter perdido muitas!] excederam em muito o tráfego do site da banda.

vamos imaginar que a pirataria seja de cinco a dez vezes o tráfego "normal". ou
entre 80 e 90% do que foi pago [ou trazido de graça do site da banda]. qual foi o
efeito disso nos resultados de radiohead? o álbum [legal] foi um sucesso, as turnês
lotaram, a pirataria "quase autorizada" do material da banda fez o projeto in
rainbows bombar, em todos os sentidos.

conclusão [de eric garland, um dos autores]? "…non-traditional venues are


stubbornly entrenched, incredibly popular and will never go away… It’s time to stop
swimming against the tide of what people want". em português? fontes
"alternativas" de música [e mídia] são populares, gozam de muita e boa marca e
reputação entre seus usuários e nunca desaparecerão. está na hora de parar de
remar contra a maré e ser contra o que as pessoas querem. a conversa completa
está aqui, no financial times.

segundo o estudo, os atuais donos de copyright precisam procurar novas


formas e lugares de geração de renda pra seu material, fazendo acordos com

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

sites como youTube e outros, ao invés de continuar processando sua própria


audiência. é bom lembrar que o estudo não foi feito por um grupo de adolescentes
que vara a noite nos torrents da vida, mas por uma associação da indústria de
copyright inglesa, justamente uma das que mais ganha com propriedade intelectual
[musical] no planeta. resta saber se a própria indústria vai se ouvir. é esperar pra
ver… aliás, ouvir.

16.05.08

pirataria de software caindo, no


brasil. deveria?
Tags:microsoft, pirataria, software economy - srlm às 12:14

nunca se vendeu tantos PCs legais no brasil. a indústria ―cinza‖, como eram
conhecidas as montadoras informais, que trabalhavam com placas e cpus
―importadas‖ do paraguai e software pirata vindo da internet [e copiado das
matrizes dos fabricantes] está reduzida à sua expressão mínima, resultado da
queda dos juros e de políticas federais que levaram, às lojas, PCs completos e
legais a menos de mil reais e em muitas prestações mensais. se o primeiro
semestre sinalizar o ano, a indústria venderá
perto de 12 milhões de PCs em 2008, um
crescimento de 17% em relação a 2007. números
chineses em pelo menos uma parte da economia
brasileira, sinal de que estamos mesmo, pela via
do próprio bolso, nos informatizando. legal.

ao mesmo tempo, a BSA [business software


alliance] entidade que reúne os grandes
fabricantes mundiais de software, dá conta de que
a pirataria de software está caindo por aqui,
cerca de cinco pontos percentuais nos últimos
dois anos. isso dá uma estimativa de 59% de software não licenciado rodando no
país, causando um prejuízo de US$1.61B aos seus donos. ao mesmo tempo, um
estudo comparativo entre o preço das licenças de software no brasil e nos eua
[onde a pirataria afeta 20% dos programas, menor taxa do planeta] mostra que os
brasileiros têm razões bastante objetivas para piratear software.

usando os preços de software da microsoft, no brasil e nos eua, em relação ao PIB


per capita, gustavo duarte mostra que uma suite de software de negócios, aqui,
custa quase vinte vezes mais do que nos estados unidos, enquanto a suite para
casa custa quinze vezes mais. pirataria vira, neste caso, aritmética pura. para as

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

diferenças de preços, as razões são muitas, da menor escala do mercado e maiores


custos de distribuição à fúria arrecadatória que caracteriza o fisco nacional. o
usuário, neste caso, deixa de ser contribuinte, em muitos casos por instinto de
sobrevivência: se o preço fosse razoável, a loja da esquina até que pensaria em
comprar software legal pra tudo o que faz. pela hora da morte, nem pensar. até
porque, como o lojista sabe, a fiscalização dificilmente vai chegar lá.

já passou da hora de se tentar diminuir a pirataria de software jogando a batata


quente na mão dos usuários. mesmo em países ricos e educados como a inglaterra,
estudos mostram que o público consumidor define o que acha o preço justo
para bens e serviços digitais… e tudo que foge da norma é objeto de muita
pirataria. o que significa que a indústria de software tem que começar a tratar
seriamente o problema da pirataria, por aqui, também a partir do ponto de vista -e
de custo, e bolso- da redução do valor das licenças e, depois, do modelo de
negócios.

e isso é pra já, enquanto ainda há licenças e receitas recorrentes a partir delas.
porque a indústria de software como licença está sendo rapidamente [ainda bem]
substituida pela de software sob demanda e como serviço… e esta mudança parece
ser inexorável. não está muito longe o dia em que o único software no seu e no
meu lado da internet vai ser um browser, dentro do qual vamos rodar tudo o que
queremos [veja, por exemplo, youOs]. até lá, e enquanto os custos não caírem
pra perto do poder aquisitivo real do público, as tentativas de acabar com a
pirataria vão ser muito menos eficazes do que seria uma revisão das bases de
negócio e custo do software para seus usuários… muitos dos quais, pelo menos por
enquanto, não têm a menor intenção de se tornar consumidores.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

FOX Networks lança rede de


publicidade online
23/06/09

A .FOX Networks, uma empresa da Fox International Channels (FIC) que oferece
uma rede de publicidade online, anunciou o lançamento da News.FOX. Trata-se de
uma rede de publicidade premium de canais de notícias online que atinge mais de
16 milhões de leitores. A relevante audiência a torna uma ferramenta
imprescindível na comunicação com um grupo qualificado de usuários na internet,
aproveitando a credibilidade do jornal online e o alcance das notícias locais. A nova
rede tem como foco atingir especialmente os tomadores de decisões do mercado
latino-americano e hispánico nos Estados Unidos.

Entre os veículos disponíveis no News.Fox, estão as versões online de jornais de


grande prestígio de diferentes países, como o The Wall Street Journal Americas; O
Globo, do Brasil; El Universal, do México; além das 42 edições online da
Organização Editorial Mexicana (OEM) e os 15 jornais do grupo PAL (Periódicos
Associados Latino-Americanos), entre eles: Clarin, da Argentina, El Universal, da
Venezuela; e La Tercera, do Chile.

―Desde o início de nossas operações, há quase dois anos, a .FOX Networks lançou
no mercado uma grande quantidade de produtos que oferecem aos nossos
anunciantes maneiras inovadoras e eficientes de atingir um amplo público online. O
News.Fox é um dos produtos que faltavam para completar a oferta e satisfazer as
necessidades de nossos clientes e parceiros‖, diz Hector Costa, vice-presidente
sênior e diretor do .FoxNetworks LATAM & US Hispanics. ―Graças a confiança dos
grandes veículos de comunicação na .FOX Networks, pudemos criar o News.Fox.
Agora, oferecemos aos anunciantes oportunidades únicas nos mercados latino-
americano, hispânico e dos Estados Unidos‖, complementa Costa.

A .Fox Networks atende anunciantes fora dos Estados Unidos, por meio de seus
escritórios em toda a América Latina (México; Brasil - São Paulo; Buenos Aires,
Argentina; Santiago, Chile; Caracas, Venezuela; Bogotá, Colômbia; e Guatemala).
Para os anunciantes hispánicos nos Estados Unidos e pan-regional, a divisão conta
com os escritórios de Miami e Nova York. Está presente também em Londres, Paris,
Madri, Hamburgo, Milão, Roma e Istambul (Europa); e Japão (Tóquio) e Cingapura.
Além disto, a FIC possui equipes de vendas na maior parte destas cidades, bem
como em Lisboa, Sofia, Amsterdã, Copenhagen, Moscou, Hong Kong, Nova Delhi,
Mumbai, Bangalore, Calcutá, Seul, Pequim, Xangai, Taipei, Dubai e Sidney.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Quinta, 19 de fevereiro de 2009, 10h22 Atualizada às 10h56

TV com acesso à internet levanta


debate sobre convergência
Matt Richtell

Você teria dificuldades para encontrar uma


tela hoje que não tivesse acesso à
internet. Não é só o PC e o telefone - o
conteúdo online aparece em elevadores, na
traseira de táxis e no assento do avião.
Algumas empresas até tentaram (embora
sem sucesso) colocar uma tela com internet
na porta de geladeiras.

Então como foi que a internet escapou


amplamente à maior tela da maioria de
nossas vidas - a TV? Um debate, talvez surpreendente, que se intensifica está
colocando esta e outras perguntas. Será que as televisões devem ter acesso à
internet? E não apenas às finas fatias da web habilitadas por alguns serviços,
mas toda a sua confusão cacofônica e desregulada? E se elas devem, como
fazer isso?

Agora pequenos e grandes fabricantes de chips estão encorajando uma nova


geração de TVs com capacidade integral de navegação, como um computador
pessoal. Em outubro, a Intel lançou seu próprio chip de TV, e muitos outros
desenvolvedores e fabricantes de semicondutores estão fazendo o mesmo,
dizem analistas do setor.

Mas talvez o mais surpreendente não seja o tempo que esteja levando para que
a internet chegue à TV, mas que, de certa forma, esse ritmo lento seja
proposital. Fabricantes de televisão simplesmente não parecem querer fazer
isso.

"A posição da Sony é que os consumidores não querem uma experiência


semelhante à da internet em suas TVs, e que não estamos de fato focados em
trazer qualquer outra coisa além de vídeos ou widgets de internet aos nossos
aparelhos no momento," disse Greg Belloni, porta-voz da Sony. Widget é um
termo do setor para canais estreitos de programas de internet, como o
YouTube.

Idem a Sharp Electronics. "Não acredito que os consumidores estejam prontos


para acessar todo o conteúdo da internet na TV," disse Bob Scaglione, vice-
presidente sênior de marketing da Sharp Electronics Marketing Co. da América.

Ele acrescentou: "por enquanto, é mais importante fornecer o conteúdo que os


consumidores querem na TV e deixá-los navegar no PC."

Alguns analistas do setor dizem que o argumento dos fabricantes de TV é


válido, pois muitos consumidores associam suas televisões a comunicações de

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

uma via só, que ingerem enquanto relaxam no sofá. Navegar na internet,
dentro desse raciocínio, é uma atividade mais imersiva e ativa.

Analistas e executivos do setor dizem que os fabricantes de TV têm outras


razões para afirmar que os consumidores não querem usar a internet de seus
sofás. Primeiro, as margens de lucro do setor de TV já estão apertadas ao
máximo. Por isso, acrescentar o custo da tecnologia de navegação - que poderia
chegar a US$ 100 - é uma barreira potencial.

Além disso, a realidade de abrir a televisão para a internet poderia


possivelmente permitir a entrada de vírus e outras ameaças exteriores. Os
consumidores se acostumaram à "tela azul da morte" no PC, mas imagine se
isso acontecesse durante o horário nobre ou o Super Bowl.

"As pessoas têm pouca tolerância a vírus e panes nas TVs," disse Eric Kim, vice-
presidente sênior do Digital Home Group da Intel. "Se a TV de alguém tem uma
pane, ela é empacotada e levada de volta à loja."

O chip da Intel, chamado Intel Media Processor CE 3100, permite a navegação


integral pela internet. Mas ele foi adotado por apenas alguns fabricantes de
televisão, e de modo limitado. Os fabricantes parecem preferir manter seus
consumidores em um jardim cercado de muros com conteúdo selecionado.

A Samsung, por exemplo, planeja vender nessa primavera americana TVs que
fornecem acesso a canais de notícias, previsões do tempo e finanças do Yahoo.
As TVs Aquos da Sharp possuem widgets que fornecem informações sobre
tráfego, tempo e finanças, acesso diário a tiras de quadrinhos, e alguns
programas de esportes e entretenimento na web da NBC. A Sony oferece
widgets similares em algumas de suas TVs.

Para alguns fabricantes de TV, a própria Intel é parte do problema, disse


Richard Doherty, analista do setor da Envisioneering, uma firma de pesquisa do
mercado de eletrônicos. Doherty disse que os fabricantes de TV estão
preocupados com a possibilidade da Intel vir a dominar o mercado de chips.

"Mesmo as empresas que estão trabalhando com a Intel me disseram que não
querem apenas a solução de um fornecedor, se possível," Doherty disse. Ele
acrescentou que a entrada da Intel no mercado acelerou o desenvolvimento de
chips de TV centrados na internet entre as concorrentes Broadcom, Texas
Instruments, ST Micro, Free- scale e NXP.

Doherty disse que os fabricantes de TV também correm o risco de perder


controle do processo se não pensarem em uma solução logo. Outros
concorrentes incluem fabricantes de conversores usados por companhias de TV
a cabo que, segundo Doherty, podem solucionar alguns problemas persistentes.

Por exemplo, ele disse que esse acesso à internet poderia ocorrer através dos
servidores das companhias de TV a cabo, permitindo que as mesmas
rastreassem vírus, acrescentassem controles de conteúdo, e prevenissem
alguns aspectos gerais menos desejáveis do acesso integral à internet.

Outra possibilidade é que algum concorrente totalmente novo surja - alguém


como Gordon Campbell. Campbell, 64, foi o primeiro chefe de marketing
corporativo da Intel. Ele posteriormente desenvolveu semicondutores e desde
então realiza um trabalho pioneiro com chips para iPods e vídeogames 3D. Para
ele, a chance de fabricar chips de navegação para televisões é "a maior
oportunidade de todas."

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Sua atual companhia, Personal Web Systems, está pronta para lançar neste
trimestre seu primeiro produto, um adaptador de US$ 150 que será ligado a
televisores para permitir acesso total à internet. Campbell diz que sua
companhia está compactando a tecnologia de um adaptador de TV em um
semicondutor do tamanho de um selo, que traria embutido acesso integral à
internet para televisores de mercados mais desenvolvidos.

Ele acredita que o preço de venda aos fabricantes poderia ser reduzido para
US$ 100. Ele também acredita que os fabricantes de TV não estão sendo
honestos quando dizem que os consumidores não desejam acesso integral à
internet.

"Isso é bobagem," ele disse. "Essa geração não quer ficar com as mãos atadas
atrás das costas. Ela quer a mesma experiência do PC, e os widgets não fazem
isso."

Segundo analistas do setor, os fabricantes de chips - seja Campbell, Intel ou


outros - precisam da cooperação dos fabricantes de TV. Até certo ponto,
Campbell disse, isso é verdade, mas ele acredita que os consumidores irão
acabar comprando conversores para ter internet, forçando os fabricantes de TV
a embutir os chips ou perder negócio.

"O teste final será quando a tecnologia chegar ao mercado e os consumidores


decidirem," ele disse. "Não gostaria de estar do lado do widget quando isso
acontecer."

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

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TV pela internet venceu a TV


interativa, diz cientista
Por Daniela Braun editora executiva do IDG Now!

Publicada em 09 de junho de 2009 às 07h05

São Paulo - Brasil deveria ter apostado


em modelo de negócios e em
desenvolvimento industrial para a TV
Digital, diz Silvio Meira, do C.E.S.A.R..

O Brasil definiu no primeiro semestre de 2009 as


especificações para a interatividade na TV Digital, mas as primeiras
aplicações, na prática, estão prometidas para meados de 2010.

Na avaliação do cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas


Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), Silvio Meira, entretanto, TV
interativa foi ultrapassada pelo acesso á programação de TV na
internet.

No lugar de concentrar-se em padrões tecnológicos, a TV Digital


brasileira deveria ter apostado em modelo de negócios e em
desenvolvimento industrial, avalia Meira.

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Tempos difíceis levam


espectadores da TV para a Web?
Por Eric Auchard - 13/01/2009 - 13:03

LONDRES (Reuters) - Na primeira recessão mundial da era da Internet, os


consumidores preocupados com gastos estão demonstrando que já não têm apetite
inesgotável por todos os novos aparelhos ou serviços de mídia. Muitos usuários
estão tentando eliminar serviços sobrepostos que ofereçam o mesmo velho
entretenimento em um pacote diferente ou para um aparelho diferente.

Com iPods, TVs digitais, gravadores de vídeo, computadores multimídia e conexões


de banda larga disponíveis em muitos domicílios, os consumidores que estão
estudando suas opções agora encontram uma série de substitutos online efetivos
para a TV aberta, via cabo ou via satélite.

Será que 2009 será o ano que começaremos seriamente a perguntar "o que está
passando na Internet?" em lugar de "o que está passando na televisão"? Um estudo
divulgado esta semana pela consultoria Deloitte, sobre os hábitos de consumo de
mídia, sugere que isso pode ser verdade. A pesquisa, concluída em outubro e
envolvendo consumidores de entre 14 e 75 anos, constatou que uma maioria dos
consumidores já considera que seus computadores pessoais oferecem melhor
entretenimento do que os televisores.

Os dados são parte de um estudo em cinco países que envolveu quase 9 mil
consumidores e encontrou uma mudança nas preferências por entretenimento da
TV para a mídia online. No Brasil, os consumidores entrevistados passaram 19,3
horas online para fins pessoais ante 9,8 horas assistindo TV.Nos Estados Unidos, a
chamada "geração do milênio", formada por consumidores de entre 14 e 19 anos
criados inteiramente durante a era da Internet, afirma que computadores oferecem
mais entretenimento do que a TV.

Cerca de metade dos norte-americanos da geração baby boom (os nascidos entre
1946 e 1964) concordam que os computadores oferecem mais. E 42 por cento das
pessoas da chamada "geração da leitura", com 62 anos ou mais de idade,
consideram que os computadores oferecem tanto entretenimento quanto a TV.

Nos EUA, a geração do milênio passa em média 18,8 horas por semana online,
quase duas vezes mais do que o tempo que dedicam a assistir TV. De fato, assistir
à TV na Web é um comportamento que vai ser contido até que os consumidores
possam escolher quando e em que aparelho querem ver um programa específico.

Autoridades regulatórias podem fazer mais para ajudar a quebrar o empacotamento


de mídia em favor de preços à la carte que permitam que os consumidores
assistam ao que quiserem ver além de liberarem a programação para a Web.Não se
trata de alta definição em uma tela grande, mas de ver ou ouvir o que se quer a
um preço difícil de bater.

WWW.BIGBRASIL.TV Página 44
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http://www.tvcanal13.com.br/noticias/internauta-rechaca-pedido-de-ministro-e-diz-preferir-
web-a-tv-64004.asp

Internauta rechaça pedido de


ministro e diz preferir web à TV
"Essa juventude tem que parar de ficar só pendurada na internet. Tem que
voltar a assistir TV e ouvir rádio." Posta à prova, a declaração feita pelo
ministro Hélio Costa (Comunicação) foi reprovada pelos internautas. Em
enquete realizada pela Folha Online entre 20 de maio e 3 de junho, 4.293
dos 5.284 votantes (81%) disseram não sentir vontade de trocar
computador por televisor.

O discurso nostálgico de Costa, 69, foi feito no dia 19 de março, na


cerimônia de abertura do 25º Congresso Brasileiro da Radiodifusão, em
Brasília. O congresso é organizado pela Abert (Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão). Pré-candidato ao governo de Minas Gerais
pelo PMDB, Costa começou sua carreira como radialista. Também foi
jornalista da TV Globo.

Em 2008, o diretor de engenharia da emissora carioca, Fernando


Bittencourt, resumiu a dificuldade dos conglomerados de mídia em se
adaptar às novas tecnologias: "Éramos felizes e não sabíamos", disse, em
um congresso de TV digital. "Há dez, 15 anos (...) a única forma de ver
televisão era pelo ar", explicou.

Nos EUA, grupos de mídia também tentam embarcar no bonde do conteúdo


on-line alguns, com sucesso. É o caso do site Hulu (www.hulu.com), que
tem à frente a News Corp. (dona da Fox) e a NBC Universal e reúne séries,
vídeos e filmes vários em alta resolução para o público norte-americano.
Contrário às previsões iniciais, provenientes do Vale do Silício, de que seria
um desastre épico, o Hulu desponta como uma forte ameaça à hegemonia
do YouTube.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=1714

Tecnologia 5G leva web a


60 Mpbs no RJ
02/06/2009 15:08:23
Por Fernando Souza Filho

O sonho de navegar na internet com uma largura de banda de 60 Mbps já é


possível nos bairros da Gávea e da Lagoa, no Rio de Janeiro. A NET ampliou a área
de cobertura do NET Virtua 5G, a 5ª geração de seu serviço de banda larga que
garante ultravelocidades de acesso à rede, para toda a cidade do Rio de Janeiro.
Agora, todos os assinantes dos pacotes NET Combo HD Max poderão navegar na
internet com velocidades de 20 ou 60 Mbps, velocidade mais rápida disponível na
capital carioca.

A velocidade de 60 MB, antes disponível apenas para o bairro do Leblon, teve sua
área de cobertura ampliada para os bairros da Gávea e Lagoa. Para os demais
bairros cariocas, os assinantes NET Combo HD Max contam com velocidade de 20
Mega sem custo adicional algum.

Além de trazer muito mais velocidade, NET Virtua 5G torna possível também a
primeira experiência integrada de vídeo em alta definição, entregue
simultaneamente na tela da TV e do computador por meio da rede de cabos da
NET.

Os clientes NET Combo HD Max, que já possuem o serviço de transmissão e


gravação digital em alta definição na TV, também terão acesso a um portal de
vídeos na internet, no qual poderão assistir parte da programação da NET a
qualquer hora, com qualidade jamais vista em vídeos online.

NET Virtua 5G é a nova geração de ultra banda larga, que permite acesso à internet
por meio da tecnologia Docsis 3.0 e das modernas redes de cabo. Com ela é
possível disponibilizar velocidades acima de 60 Mega para usuários residenciais e
mercado de pequenas e médias empresas.

Os canais de transmissão de dados são modulados por meio de equipamentos que


ficam na central de operações da NET (CMTS Cisco UBR 10012). Na casa do cliente
é instalado um novo Cable Modem (CISCO DPC3000), capaz de operar em
velocidades de até 300 Mbps.

WWW.BIGBRASIL.TV Página 46
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/05/26/empresa-russa-compra-1-96-
do-facebook-por-us-200-milhoes-756038694.asp

Plantão | Publicada em 26/05/2009 às 16h04m


Reuters

Empresa russa compra 1,96% do


Facebook por US$ 200 milhões
NOVA YORK - O Facebook recebeu um investimento de US$ 200 milhões
de uma empresa russa em troca de apenas 1,96% de suas ações
preferenciais, o levou o valor da rede social a US$ 10 bilhões. A Digital Sky
Technologies ainda pretende comprar pelo menos US$ 100 milhões em
ações ordinárias do site.

Nos últimos meses o Facebook tem conversado com diversos grupos


interessados em investir na empresa, disse o CEO Mark Zuckerberg durante
uma entrevista coletiva. Em 2007 a Microsoft investiu US$ 240 milhões no
site.

A Digital Sky, fundada por Yuri Milner e Gregory Finger, tem experiência
comprovada na administração de empresas de internet na Rússia e Europa
do Leste, e uma "compreensão profunda e avançada" da tecnologia de
redes sociais, disse Zuckerberg.

Fundada em 2005, a Digital Sky levantou e investiu mais de US$ 1 bilhão


em 30 companhias, de acordo com o website da firma. Milner, que estudou
na Wharton Business School e foi CEO do portal russo mail.ru, disse que a
Digital Sky espera levar para o Facebook a sua experiência em fazer
dinheiro com outras empresas de internet.

O Facebook, que hoje tem mais de 200 milhões de membros, usará os US$
200 milhões como um seguro para garantir um crescimento confortável,
segundo Zuckerberg. Ele reiterou que o site está no caminho correto para
garantir um aumento de receita de 70% em 2009, comparado a 2008, e
que a empresa terá um caixa positivo a partir do ano que vem.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://www.telaviva.com.br/News.asp?ID=132028&Chapeu=

Expansão da internet
assusta radiodifusores
Quinta-feira, 21 de Maio de 2009, 20h50

Desde a abertura do 25º Congresso Nacional de Radiodifusão, na última terça-feira,


19, o assunto mais persistente nos debates tem sido o avanço da Internet e seu
potencial predatório da radiodifusão. Nesta quarta-feira, 21, uma das últimas
reuniões realizadas no encontro promovido pela Abert revelou que o tamanho do
temor dos radiodifusores de que as novas mídias invadam seu espaço no mercado.
A oficina inicialmente prevista para discutir o PL 29/2007, que cria novas regras
para a TV por assinatura e para o audiovisual, e seus impactos na radiodifusão,
transformou-se em um fórum de queixas de diversos representantes de emissoras,
que se mostraram assustados com a rapidez com que a internet tem ocupado
espaços de divulgação de conteúdos.

"Tem uma tempestade em curso e já começou a pingar. Vem ai uma tempestade


de tecnologia e pessoas mais ansiosas e apressadas já pensam: 'Vou vender minha
rádio', 'Vou vender minha TV', 'Não vou migrar pra TV digital porque a banda larga
vai acabar comigo'. Não dá para a gente desistir e pensar que vamos nos molhar e
já perdemos", afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais das
Organizações Globo e consultor da Abert, Evandro Guimarães, tentando acalmar os
ânimos dos participantes. Mas mesmo com a intervenção do executivo, diversos
representantes de emissoras, principalmente retransmissoras do Nordeste, não se
contiveram e apresentaram aos deputados Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE) e
Júlio Semeghini (PSDB/SP) suas preocupações. "Essa tempestade já chegou para
as empresas menores", queixou-se uma representante de retransmissora.

Inevitável

Em suas apresentações, Lustosa e Semeghini, a seu modo, falaram da


inevitabilidade do avanço da Internet e defenderam a urgência de uma reforma na
regulação na oferta de conteúdo, que pode ser atendida pelo PL 29 em parte.
Lustosa incentivou os radiodifusores a apoiar a reforma, argumentando que a
manutenção das regras em vigor não impedirá o avanço da internet. "O novo
campo de jogo é de grandes incertezas. E a tendência é ficar parado onde está
porque pode não estar bom, mas ao menos se sabe como está. O problema de um
futuro de incertezas é que, muitas vezes, ele nos prende a uma realidade de
inconveniências. É preciso aceitar que a internet é uma realidade inexorável",
avaliou o deputado.

Semeghini também criticou a postura de empresas que defendem a manutenção


das regras atuais, sem qualquer revisão. "As pessoas dizem: 'Ah, Júlio, enquanto
não passar o projeto (PL 29) é bom porque o setor de radiodifusão está protegido'.
Eu penso absolutamente o contrário", afirmou o parlamentar. "A gente tem que
imaginar a chegada de um mundo novo muito mais rápido do que vocês estão
imaginando", complementou, apontado para o crescimento dos acessos de internet,

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

inclusive móvel.

Defesa

Esse nervosismo dos radiodifusores garantiu, ao menos, a defesa da Abert de que a


veiculação de conteúdo na internet sofra algum tipo de regulação, bandeira
levantada inclusive pelo presidente da associação, Daniel Slaviero, em seu discurso
de abertura do congresso. O conselheiro de relações institucionais da Abert e da
ANJ, Fábio Andrade, que mediou a discussão, incluiu a necessidade de um controle
de conteúdo na web como um dos itens que o setor não abre mão na negociação
sobre o PL 29. "A concorrência de um serviço totalmente desregulado como é a
rede internacional de computadores pode ser predatória tanto para a televisão paga
quanto para a TV aberta", argumentou.

Evandro Guimarães reforçou a intenção da Abert de entrar na briga para preservar


a radiodifusão e criticou sutilmente o setor de telecomunicações, que classificou
como de "capital intensivo e poder, às vezes, excessivo". "Tem que morrer
atirando, se é que vamos morrer. Atirando, talvez a gente descubra que não é a
gente que vai morrer", declarou o consultor da Abert.

PL 29

Exagerado ou não, os apelos das empresas presentes demonstraram que a idéia de


regulamentar a oferta de conteúdo na Internet tem potencial para ser a nova
grande polêmica no setor. A janela para que isso ocorra já está aberta no PL 29. O
novo substitutivo, apresentado pelo relator Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB) na
Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) inclui a veiculação de conteúdos
audiovisuais pagos na web na lista de ofertas afetadas pelas regras do projeto. E,
por enquanto, o futuro relator na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática (CCTCI) da Câmara, deputado Paulo Henrique Lustosa, não pretende
retirar esse item do texto.

Lustosa disse que tentará enquadrar quais ofertas via internet devem seguir a nova
lei, caso aprovada, mas demonstrou preocupação com o tema. "Eu acho que
qualquer tentativa de restringir a Internet vai gerar uma reação muito forte contra
o projeto", afirmou. Como o assunto já vinha sendo negociado com os relatores
anteriores, o deputado tem esperança de que é possível costurar um acordo para
uma regulação mínima. Mas, segundo ele, a prioridade é que a tramitação continue
avançando e que o texto possa ser colocado em votação ainda neste ano, com ou
sem uma definição sobre a venda de conteúdos pela internet. Mariana Mazza

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Brasileiro prefere web à TV,


diz pesquisa
http://info.abril.com.br/noticias/internet/brasileiro-prefere-web-a-tv-diz-
pesquisa-18052009-24.shl

Segunda-feira, 18 de maio de 2009 - 14h05

SÃO PAULO – O Brasil foi o único país, dentre os participantes da pesquisa ―O


Futuro da Mídia‖, da Deloitte/ Harrison Group, em que assistir à televisão não é a
fonte de entretenimento favorita.

Para a maioria dos brasileiros (55%), o passatempo predileto está em assistir a


filmes em casa - que não passam na TV. Em segundo lugar no ranking de
passatempo nacional, vem a internet para uso pessoal e social, com a preferência
de 53% dos entrevistados.

Cada entrevistado assinalou os itens, em ordem, sobre qual veículo mais fornece
diversão a sua família e sua casa. Os resultados foram apurados em outubro de
2008, junto a outras quatro nações.

Os índices nacionais são bem dessemelhantes a Alemanha, Estados Unidos,


Inglaterra e Japão. Assistir à televisão no quarteto listado está acima dos 65% da
prioridade de distração de todos os usuários. No território do Brasil, apenas 46%
dos consumidores pensam que a TV é um meio essencial de entretenimento,
ocupando a terceira maior fonte.

O país do divertimento online

Nenhum outro povo considera a internet tão divertida quanto o brasileiro, sugere a
pesquisa. Americanos (38%), ingleses (34%), japoneses (31%) e alemães (29%)
pensam que a rede de computadores não passa de uma fonte terciária de diversão
– na Alemanha e no Japão é apenas o quinto meio mais citado.

Dentre os dez itens referidos, o que o brasileiro menos diz se divertir é o de ler
jornais, seja eles impressos ou online. Com apenas 12% da escolha, o número é
cerca da metade de Japão (25%) e Alemanha (24%). Na Inglaterra, por sua vez, o
índice de leitores de jornais é de 15%, e nos Estados Unidos, a marca chega aos
17% da escolha da população.

Marcante é que o brasileiro, ainda com a menor participação nos jornais, é um dos
que mais se entretém com revistas impressas e online, segundo a pesquisa: 16%
dos entrevistados mencionaram tais publicações, superando Estados Unidos (12%)
e Inglaterra (15%). Os alemães (18%) e os japoneses (17%), entretanto, possuem
maior incidência na área.

Comentários
 O conteúdo da TV brasileira é realmente muito pobre e voltado para
um publico formado ha 20 ou 25 anos atras. A velha fórmula novela-
telejornal-novela, nao atrai mais o público jovem. A dinamicidade da
Internet é muito mais atraente e capaz de surpreender do que

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qualquer capitulo final de novela (que ocorre a cada 8 meses) :-)


enviado por: Glauber Costa em 18/05/2009 - 17:50

 De que jeito... Alguém ja parou para ver a programação de tv aberta


no Brasil? Está mais do que evidente a preferencia do brasileiro por
internet... Do que adianta ter Tv digital no brasil, se o conteúdo
continua pobre?
enviado por: em 18/05/2009 - 17:33

 Concordo com o Samuel. A TV aberta contem muito material de baixo


nível e nos entregam o que querem, mantendo-nos "escravos" de seu
conteúdo. To fora ! E a TV por assinatura é um assalto e também não
é grande coisa. É uma pena, a nossa internet ser tããão
lenta(comparado aos paises sitados).
enviado por: Thiago Augusto em 18/05/2009 - 16:22

 Com a qualidade da TV Brasileira isso não chega a ser surpresa, o


nível é muito baixo, não costumo assistir TV, me informo
principalmente pela Internet, só assim pra tem um conteúdo
descente seja para entretenimento ou fonte de noticias.
enviado por: Samuel Oliveira em 18/05/2009 - 15:08

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http://www.adnews.com.br/destaque.php?id=88258

São Paulo 15/05/2009 - 01:31

Web TVs devem gerar US$


3bilhões nos EUA
14/05/09

Um novo estudo do Instituto de pesquisas In-Stat mostra que em 5 anos 24


milhões de lares americanos conectados à Internet, através de banda larga
estarão assistindo conteúdos da Web em televisores.

O resultado, de acordo com a empresa é que o faturamento gerado pelos


televisores conectados em 2013 deverá chegar a US$ 3 bilhões. A pesquisa,
denominada "Web-to-TV Video Changes Everything" afirma que mais de
40% dos adultos com mais de 35 anos já assistem a vídeos baixados da
Internet ao menos uma vez ao mês.

―Assim que os televisores conectados se tornarem mais disponíveis, a


adoção em massa deverá ocorrer rapidamente‖ afirma Keith Nissen,
analista do Instituto. ―A nossa pesquisa mostra que os consumidores estão
ávidos por dispositivos que possibilitem a conexão de seus televisores à
Internet‖.

Os televisores que já possuem a capacidade de conexão, sem dispositivos


auxiliares estão, sem dúvida alguma, facilitando essa tarefa. De acordo com
a CEA, Consumer Electronics Association, que congrega os principais
fabricantes norte-americanos de eletrônicos, 14,5 milhões de consumidores
irão comprar um televisor com acesso à Internet no próximo ano.

Outro estudo, desta vez da Parks Associates, indica que em 2009, 57


milhões de produtos conectados, incluindo televisores, Blu-ray players e
consoles de video game serão vendidos nos EUA neste ano.

Fonte: Cepro

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Inter e Grêmio: TV é na web


08/05/2009 15:04 - Gláucia Civa

Inter e Grêmio apostam na web para renovar e impulsionar seus canais de


comunicação.

O clube tricolor já possui a Grêmio TV na web há dois anos, somando 20 programas


que rendem uma média de 20 mil acessos diários, chegando a 50 mil quando há
transmissões ao vivo de jogos. Mensalmente, são cerca de 350 mil usuários únicos,
com média de 8 minutos por acesso.

Já os colorados colocarão sua programação online no ar dentro de duas semanas,


iniciando com nove programas.

Para estruturar as TVs na web, ambos os times contrataram a mesma empresa,


que viabiliza a transmissão em um sistema de gerenciamento web lançado em
2006.

―Até agora, utilizávamos a web com o portal internacional.com.br, além de


transmitir vídeos na página utilizando links do YouTube‖, contou Rogério Amaral,
jornalista do clube porto-alegrense que falou do tema durante o F5 da Agadi,
realizado nesta quinta-feira, 07, em Porto Alegre. ―Com esta parceria iremos
profissionalizar esta comunicação, nos aproximando ainda mais do torcedor‖,
completou.

O âncora da Grêmio TV, Haroldo Santos, também esteve presente ao evento. ―Na
web, temos agilidade para oferecer programas diversos e segmentados. Temos
conteúdo para as mulheres da torcida tricolor, para o público adolescente, para
nossos patrocinadores, além de entrevistas com jogadores, perfis e coberturas de
jogos e eventos, entre outros‖, comentou ele.

Ainda segundo Santos, a meta é, em breve, passar todo o conteúdo da Grêmio TV


para o link de rádio presente no portal.

Já Amaral ressalta que, além de ampliar o contato com o público, a entrada do


Inter na televisão via web irá também contribuir para a memória do clube. ―Na
Internet, os programas transformam-se em um memorial virtual, uma vez que
ficarão armazenados, proporcionando que os interessados voltem a acessá-los
futuramente, sempre que quiserem‖, destacou ele.

Links relacionados
- Grêmio TV
- Internacional

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Eco
nomia&newsID=a2508594.xml

Tecnologi a | 13/05/2009 | 08h45mi n

Grêmio e Inter travam novo duelo


com seus canais de TV e internet
Juntas, as duas TVs web são assistidas por 350 mil usuários únicos por
mês

Vanessa Nunes | vanessa.nunes@zerohora.com.br

Este é um Gre-Nal um tanto diferente. Ocorre em gramados virtuais, mas não se


trata de nenhuma partida de videogame. O novo duelo entre Grêmio e Inter é por
meio de seus canais próprios de TV. Ambos podem ser sintonizados apenas na
internet. São TVs web, e só não transmitem as partidas ao vivo dos dois times para
os computadores de todo o mundo por causa dos contratos de direito de imagens
firmados pelos clubes.

Tamanho é o prestígio da internet que o Inter cancelou o seu programa semanal


em um canal de TV aberta e, hoje, a TV Inter só existe na web. Com reformulação
prevista para estrear até o fim do mês, haverá 10 canais disponíveis em
www.tvinter.tv, entre eles uma rádio online.

Há dois anos no ar, a Grêmio TV conta com 20 canais em sua grade de


programação em www.gremiotv.net. Juntas, as duas TVs web são assistidas por
350 mil usuários únicos por mês. Quando uma delas faz transmissão ao vivo,
consegue obter de 20 mil a 25 mil acessos únicos. Mas não se engane:

— São TVs na web tendenciosas. Feitas para os torcedores — admite Rogério


Amaral, coordenador da TV Inter.

Por isso, nada de internautas na Grêmio TV. São "gremionautas", segundo termo
usado por Haroldo Santos, coordenador do projeto tricolor.

Só que nem tudo é rivalidade: a mesma empresa responde pela tecnologia usada
nos dois projetos, a gaúcha Hotmedia, especializada em áudio e vídeo digital. Em
palestra no F5, evento da Associação Gaúcha das Agências Digitais (Agadi), na
semana passada, em Porto Alegre, Carlos Nunes, diretor da empresa, destacou as
vantagens de se partir para uma TV online: o espectador não só escolhe o que quer
ver e quando, como também passa a ter controle do conteúdo, define como se
relacionar com ele.

— Não é mais uma questão geográfica. Pode-se ver o pré-jogo do Grêmio ou Inter
em qualquer lugar do mundo, e numa multiplicidade de dispositivos — destaca.

Isso vai ao encontro de uma tendência. Roberto Tietzmann, professor de


comunicação da PUCRS, lembra que as pessoas têm cada vez mais segmentados os
seus interesses. E na web essa segmentação pode ser levada ao extremo.

Daí a aceitação de programações exclusivas para gremistas ou colorados. Sem falar


que conteúdo audiovisual é sucesso garantido na rede. No Brasil, mais da metade
dos internautas residenciais assiste a vídeos online: foram 14,6 milhões de pessoas
(57,44% do total) em março passado, segundo o Ibope/NetRatings.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Para Tietzmann, o computador está substituindo não a TV, mas a antena da TV, a
maneira de entrar em contato com o conteúdo audiovisual, seja para assisti-lo no
monitor do micro, seja para ligar o PC no televisor da sala. Além disso, há uma
maior difusão dos vídeos na web em razão da simplificação das ferramentas de
produção de vídeo.

— Dependendo do celular que a pessoa tiver, poderá transmitir (imagens) ao vivo a


partir de lugares onde há 3G (banda larga via celular) — diz o professor da PUCRS.

TV Inter

Onde sintonizar: www.tvinter.tv

Programação: Com a reformulação do site até o final do mês, serão 10 canais,


incluindo a Rádio Inter. Vídeos hoje publicados no YouTube migrarão para o site da
TV Inter. Exibe um programa semanal e transmissões ao vivo em jogos no Beira-
Rio (há uma programação pré-jogo. Quando a bola rola, por questões de direito de
imagem, só são mostradas imagens da torcida e uma narração da partida).

Grêmio TV

Onde sintonizar: www.gremiotv.net

Programação: São 20 canais, com destaque para o Conversa Tricolor, pré-jogo de


partidas realizadas no Olímpico. Há desde programas diários, como o Grêmio News,
e outros periódicos, como o Tricontando e o Grêmio Teen (com foco,
respectivamente, nas mulheres e nos jovens tricolores). Além disso, o site mantém
canais de rádio, onde podem ser ouvidas as narrações de jogos.

Como ver

> O internauta precisa acessar o site do time para conferir a programação ao vivo.
Também é possível ver vídeos antigos sob demanda, em uma espécie de videoteca.
Não é preciso baixá-los no computador. A transmissão ocorre via streaming
(tecnologia em que o conteúdo é exibido na tela à medida que é carregado). >É
preciso ter uma conexão de banda larga (pelo menos 256 Kbps). Quem não utiliza
o navegador Internet Explorer possivelmente terá de baixar alguns plugins
(extensões) para conseguir assistir às imagens, que estão no formato WMV (sigla
de Windows Media Video).

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Mercado Editorial: das


páginas aos vídeos na web
12/05/09
http://www.adnews.com.br/artigos.php?id=88082

Até bem pouco tempo atrás, quando disponibilizar um site na internet ainda era um
diferencial, o mercado editorial limitava-se a migrar para a internet o conteúdo
publicado nas revistas e jornais. Só que hoje, esta atividade tornou-se obrigação e
o diferencial está em quem oferece ao seu usuário ferramentas que promovam uma
experiência cada vez mais interessante.

Com o boom dos vídeos online, os grandes veículos e até mesmo os meios mais
especializados de mídia impressa estão descobrindo um canal promissor e se
adaptam a esta tendência, iniciando a produção de conteúdos interativos, buscando
gerar notícias, entrevistas e matérias de forma diferenciada. O que vejo é um novo
aproveitamento da web, o acompanhamento dos recursos que antes eram
considerados tendências e hoje se tornam realidade. A iniciativa é resultado de um
fato: o comportamento do público, que começa a mostrar maior interesse pela
interatividade online.

A aderência dos internautas aos vídeos online é tão crescente que a demanda de
anunciantes dispostos em investir neste tipo de mídia tem aumentado cada vez
mais, o que incentiva a entrada de quem ainda não tem sua TV Online. Um
investimento gera o outro, as oportunidades na web se complementam pelo
interesse de todos – internauta, veículo de comunicação e anunciante.

Mesmo que a crise econômica mundial, por hora, desanime algumas expectativas,
as pesquisas são unânimes em apontar o crescimento da audiência e dos
investimentos. De acordo com um levantamento feito pelo comScore, nos Estados
Unidos, somente no mês de novembro de 2008, a audiência dos vídeos online
cresceu 34% e a empresa de pesquisa eMarketer prevê um acréscimo de 45% nos
gastos para produção de vídeo para web, ainda este ano.

No que diz respeito à tecnologia em publicação e gerenciamento de vídeos, o


cenário também é motivador. Através de soluções especializadas em vídeo, hoje é
possível subir um arquivo em minutos após gravar uma entrevista. Simples como
postar informações escritas na web. Um upload com uma breve descrição e pronto!
A matéria já está no ar com o frescor típico da internet.

Na verdade, este é o grande diferencial dos vídeos online: a rapidez da


informação. O internauta está mais preocupado com o conteúdo do vídeo e a
agilidade da informação. E Cabe ao editorial trazer para o público notícias
detalhadas.

Comportamento do leitor, recursos em tecnologia, investimentos dos anunciantes,


interatividade e inovação. Os motivos para o mercado editorial apostar nos vídeos
online são muitos. Eles não só abriram novas portas, como também criaram mais
oportunidades de visibilidade para conteúdos antigos ou para os que ainda nem

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

foram lançados. Basta que um usuário se interesse para que algo seja
compartilhado a milhares de internautas e torne-se um sucesso repentino, tanto
que o marketing viral neste tipo de mídia vem ganhando ainda mais atratividade. O
caminho foi invertido, se anteriormente iam parar na internet somente os vídeos
que já eram sucesso na TV e no cinema, hoje é cada vez mais comum um vídeo
―bombar‖ na web para depois se tornar um sucesso fora do mundo virtual.

Há quem dizia (e ainda diz) que com o tempo a internet acabaria com os jornais e
revistas. Felizmente para o mercado editorial, pelo menos por enquanto, as teorias
não passaram de especulação, os leitores ainda se interessam pelos impressos
tanto quanto os anunciantes. Apesar das infinitas possibilidades de funções
interativas e do baixo custo de produção, a internet não substitui a comodidade e a
praticidade de ler uma mídia impressa. A rede veio para complementar os serviços
prestados pelos veículos e também serve como uma ferramenta de marketing de
grande potencial para fortalecer suas marcas e fidelizar os leitores.
Por Paula Miranda, Coordenadora de Projetos da Take 5, empresa especializada
em comunicação corporativa.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://www.mundodomarketing.com.br/8,9730,-demita-o-diretor-de-marketing-
.htm

“Demita o Diretor de Marketing”


Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing
bruno@mundodomarketing.com.br

Roberto Justus está fazendo escola. Agora é


Walter Longo, seu consultor no programa O
Aprendiz, mentor de Estratégia e Inovação do
Grupo Newcomm e Vice-Presidente da Young &
Rubicam no Brasil que propõe a demissão de
profissionais. Mas Longo não é tão implacável
quanto Justos. Ele propõe que o diretor de
Marketing vire um diretor de nexo, tamanha é
a falta de conexão entre as estratégias e ações
de Marketing das empresas hoje em dia.
A falta de nexo é explicada pelo momento que
o mundo está vivendo. ―Estamos entrando
num período conhecido como Tesarac‖, aponta
Walter Longo em entrevista ao Mundo do Marketing. Segundo o
especialista, estamos num período da história em que ocorrem mudanças
sociais e econômicas, transformando o mundo numa sociedade caótica e
desorganizada até que a sociedade encontre uma nova ordem que a
recomponha. ―É uma revolução igual a Revolução Industrial. O volume de
mudanças brutal que está acontecendo em todos os setores gera uma
dificuldade de saber para onde as pessoas vão‖, complementa.
O que antes eram certezas agora são dúvidas. ―Quando você não tem noção
muito clara de onde você vai, fica mais difícil ter um nexo‖, analisa. Outras
razões explicam a falta de nexo. Há uma explosão de novas mídias. Com
isso, a capacidade de perder nexo é maior também. O Marketing extrapolou
o Marketing. ―Hoje tem muitas pessoas diferentes numa empresa fazendo
marketing. A área financeira faz relação com o investidor, o RH faz relação
com o público interno, a área de produção faz pesquisa, design e o
Marketing acaba fazendo só publicidade‖, explica.
Razões da falta de nexo no Marketing
A falta de nexo vem também da mudança que o avanço da mídia digital
proporcional. Mudou a forma de relacionamento entre as empresas e o
consumidor. De acordo com Walter Longo (foto), que acaba de lançar o livro
―O Marketing na era do nexo‖ (BestSeller) ao lado de Zé Luiz Tavares, há
uma dificuldade de planejar porque tudo muda muito, a toda hora. ―O
profissional perde muito o lado estratégico e parte para o tático, mas ele
pode ser estratégico sendo tático e tático sendo estratégico. Sem isso o
nexo perde muito da sua força‖, adiciona.
Nesta Era de Tesarac impera o Marketing do medo. Os profissionais de
Marketing estão com medo de tomar decisões. Deixa que o concorrente faça
antes e depois decide o que vai fazer. ―Muita gente está tomando decisão

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

não por ter certeza, mas para não ficar para trás. Empresas de propaganda
estão criando braços digitais não porque acreditam no negócio interativo,
mas sim porque se não fizerem o cliente vai para outro lugar‖, ressalta
Walter Longo.
Dificuldades e caminhos
O que dificulta a tomada de decisão correta e com nexo é que o próprio
processo decisório está errado. ― As decisões são tomadas por dedução, por
generalização, por repetição ou por intuição. Dependendo do tipo de decisão
que se toma, coloca-se a empresa em risco‖, diz. ―Há centenas de
formas para uma empresa se comunicar. E a empresa fala uma coisa na
propaganda, fala outra no ponto-de-venda e esses esforços acabam sendo
anulados e gera uma marca sem energia‖, completa Longo.
Por isso Walter Longo acredita que o diretor de Marketing deveria se
transformar num diretor de nexo. ―Ele deveria ser o grande orquestrador de
todas as ações. Ele deve ser o defensor, o evangelista da marca desde o
jornalzinho do chão de fábrica, que deve estar em consonância com a
missão e os valores da empresa‖, assegura. E aqui não entra só a
criatividade, embora seja muito importante. ―O que necessita é um
ambiente propício a criatividade, um clima organizacional que admita erro
e, num momento de crise, certas pessoas não ousam por medo de errar.
Uma coisa importante é que o nexo não limita a criatividade. Nexo é ter
pertinência e coerência‖, conclui.
Mundo do Marketing: Publicado em 28/05/2009

WWW.BIGBRASIL.TV Página 59
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Time Warner e Comcast planejam


colocar mais TV na Internet
Plantão | Publicada em 24/06/2009 às 19h07m
Reuters NOVA YORK - A Time Warner Inc. e a Comcast Corp. se uniram para testar
maneiras de permitir que as pessoas assistam a mais programas de TV na Internet,
ao mesmo tempo assegurando que continuem a pagar seus serviços tradicionais de
TV a cabo ou satélite.
A parceria entre as duas grandes empresas de mídia ressalta a pressão que a
indústria de TV vem sofrendo para proteger sua receita, mas também satisfazer os
consumidores que querem assistir a seu drama ou comédia favorito no lugar e hora
em que preferem.
A Time Warner e a Comcast estão apostando num esquema com o qual,
basicamente, os espectadores poderão assistir a qualquer programa, em qualquer
momento, no aparelho que quiserem, quer seja televisor, computador ou telefone
celular.
A única exigência é que eles terão primeiro que comprovar que são clientes da TV a
cabo ou via satélite, pagando uma assinatura mensal.
As ações das duas empresas subiram mais de 1 por cento.
A Time Warner e a Comcast vão iniciar em julho um teste nacional, técnico e
estratégico, do novo sistema.
Cerca de 5.000 assinantes que vão participar do teste poderão acessar episódios
inteiros de programas das redes TNT e TBS, da Time Warner, como "The Closer" e
"My Boys", na Comcast.net, horas apenas depois de eles irem ao ar na televisão.
O executivo-chefe da Time Warner, Jeff Bewkes, disse que vem discutindo
iniciativas semelhantes com "praticamente todas as empresas de satélite, telefone
e outras empresas a cabo". Por sua vez, o executivo-chefe da Comcast, Brian
Roberts, disse prever que outras redes se unam ao esquema, oferecendo seus
próprios programas de sucesso.
"É um pouco como o iTunes, mas melhor, porque não é preciso pagar a mais",
disse Bewkes.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Bewkes não fez segredo de seu desejo de levar a televisão para o que chama de
"TV em Todo Lugar", uma frase que resume uma abordagem que consiste em exigir
que os espectadores comprovem que pagam por um serviço de TV, para que
possam assistir a programas na Web. A Comcast chama a abordagem de "On
Demand Online" (a pedidos online).
Seja qual for o nome, conseguir que o público continue a pagar pelo serviço de TV é
essencial para operadoras de cabo como a Comcast. É quase tão essencial para
redes de TV a cabo como TBS, que recebem taxas de operadoras de cabo que
transmitem seus programas.
O receio no setor é que, se deixar de proteger seus programas do mundo aberto e
gratuito da Internet, a indústria de televisão possa sofrer a mesma devastação que
os setores de música e mídia impressa.

sexta-feira, 17 de abril de 2009, 18:45 | Online

A exemplo de Obama,
presidente Lula terá um blog
Ideia faz parte de projeto piloto de criação de Núcleo de Relacionamento
Digital para uso de novas mídias

O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A exemplo do que vem ocorrendo na gestão do americano


Barack Obama, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhará um blog e
terá sua gestão divulgada por ferramentas interativas da internet. A ideia
faz parte de um projeto piloto, já em estudo no Palácio do Planalto, de
criação de um Núcleo de Relacionamento Digital, cujo objetivo é usar novas
mídias, como blogs, Twitter e até sites de relacionamento.

Parte do projeto em estudo já tem um nome provisório: Blog do Planalto.


Resultado de um pedido direto do presidente em dezembro de 2008, em
razão de seu interesse pelo papel da internet na eleição presidencial
americana e, depois, na própria administração de Obama, que chegou a
usar a rede para defender sua proposta orçamentária em um "bate-papo"
com mais de 60 mil internautas.

Em conversas reservadas, auxiliares de Lula já dizem que o novo site será


"igual ao da Casa Branca". A ideia é dar um caráter menos sisudo às
notícias do Executivo, contando até "curiosidades" da administração pública.
"Será uma coisa mais ágil: sai o terno e gravata e entra a bermuda e a
sandália", resumiu um ministro. Às vésperas do ano eleitoral de 2010, o
blog reforçará a estratégia de comunicação digital do Planalto a partir do
segundo semestre, quando também haverá a reformulação dos portais do
governo.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Investimento no mercado
digital entra em debate
http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2009/05/05/37101/investimento_no
_mercado_digital_ent.html

Evento que acontece hoje em Uberlândia vai abordar uso da tecnologia


Manuella Garcia
Repórter
Jornal Correio de Uberlândia
Atualizada: 05/05/2009 - 11h23min

O mundo está cada vez mais digital. Uma pesquisa do Ibope/NetRatings


aponta que o número de usuários residenciais de internet no Brasil, por
exemplo, aumentou 56,7% em um ano e chegou a 22 milhões de
internautas em 2008. Porém, muitas pessoas ainda não vislumbram o
mundo cibernético como uma boa estratégia de comunicação para divulgar
produtos e serviços.

Empresários de Uberlândia e região, publicitários, anunciantes,


investidores e quaisquer interessados na área digital têm hoje a
oportunidade de conhecer melhor o mundo digital e as possibilidades de
negócio que ele oferece, durante o 1º Encontro de Comunicação Digital
de Minas, o Agora. Os organizadores do evento esperam reunir cerca de
450 pessoas no Center Convention.

De acordo com o Ibope, a mídia digital no Brasil fatura hoje cerca de R$


1,6 bilhão e a tendência é de maior crescimento. Paulo Júnior, diretor da
Fórmula P Interactive, empresa que realiza o evento, explicou que ainda há
certa resistência em investir no mercado digital, inclusive em Uberlândia.

―O empresário muitas vezes não sabe da importância do investimento na


internet, que pode ser muito menor em termos de valores e dar mais
resultados.‖ Ele acrescentou que a internet não acaba com as outras
mídias, pois o público que compra pela rede é diferente, apesar de se
tratar do mesmo produto. ―São pessoas mais exigentes, que pesquisam
mais‖, disse o diretor.

Para Camila Lagares, analista de comunicação da CTBC, o número de


empresas que investem nesta mídia ainda é baixo, sendo a maioria
grandes negócios. Segundo ela, os empresários estão começando
enxergar que a internet não é somente mais uma peça publicitária, mas
uma estratégia poderosa no sentido de atingir os interesses do cliente de
forma mais rápida.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

―Quando a pessoa não conhece muito bem, tende a pensar que aquilo não é
importante. O rádio e a televisão surgiram há muito tempo, enquanto a
internet ainda não é vista como um meio de comunicação‖, disse.

Camila Lagares afirma que entre as vantagens de utilizar a mídia digital é


a possibilidade de medir em tempo real o resultado obtido a partir de uma
divulgação. ―Isso nos coloca muito à frente de outros meios, pois
possibilita que avaliemos caminhos exatos a seguir para obter lucro.‖

Uso na comunicação é discutido desde os anos 60

A inclusão tecnológica não é um tema recente. Segundo a publicitária


Daniela Carvalho Monteiro Ferreira, especialista em marketing e mestre
em multimeios, o assunto é discutido desde 1960. A diferença é que hoje há
uma utilização massiva das novas tecnologias e as mudanças nas
formas de interação estão mais evidentes.

Para sobreviver neste mercado, o profissional em comunicação deve,


segundo orienta a publicitária, se adaptar às novas tecnologias, que já
estão incorporadas na sociedade. ―O meio é a mensagem. Por isso, o perfil
do profissional é que ele tem que ir além da técnica, porque nesse meio
nada é efetivo, tudo é passageiro.‖

Daniela Carvalho, que também é doutoranda em artes visuais, acrescenta


que os principais meios tecnológicos hoje são celular, cujo acesso é mais
abrangente, e a internet, que tem maior peso em conteúdo multimídia.
Para ela, eventos como o Agora servem para desmistificar muitas
premissas criadas por pessoas que ainda resistem ao crescimento
tecnológico.
―A tecnologia penetrou na sociedade, está inserida e não tem mais volta. A
solução é conhecer e se adaptar. As pessoas já conseguem escolher qual a
sequência de conteúdo ela quer ter acesso. A tendência para o futuro é a
interligação de todos os meios de comunicação, TV, rádios e jornais‖,
afirmou.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=10485

Você ainda acredita no


Ibope?
Publicado em 02/05/2009 pelo(a) wiki repórter Viamão Hoje, viamao-RS

Com a chegada da TV digital


móvel, os horários nobres
deixam de existir ou serão
criados outros. - Foto: WEB
Divulgação
Pense bem, quem assiste a
enfadonha programação da TV,
principalmente nos finais de
semana, pobres ou ricos? Ora,
quem pode tem TV por assinatura
e quem pode mesmo não perde tempo de sua vida na frente de uma TV. Ou
seja, sexta-feira e finais de semana o pessoal vai viajar ou jantar fora.

Para a classe mais pobre, resta ligar a TV e assistir o que? Fantástico,


Pânico, Domingo Espetacular, Silvio Santos... Claro que a "Dona Maria",
aquela senhora de 60 anos, adora o Silvio (Santos) e não gosta de ver
crimes e mais crimes que passam nas outras emissoras, e a molecada não
abre mão das gostosas do Pânico na TV (com razão).

Tem algumas pessoas, aparentemente um pouco acima da média, que


ainda assistem ao Fantástico e ao Domingo Espetacular. Mas já está
enchendo o saco. Eu não aturo mais a mistureba de assuntos. De 10 pautas
sobra, às vezes, uma e a grande maioria é só tristeza para terminar o fim-
de-semana. Assaltos, mortes, corrupção etc. Eles chegam a dizer que o
Fantástico é uma revista eletrônica. Se fosse, poderíamos pular as coisas
que não queremos. Revista eletrônica só na internet.

Esclarecido isso, porque vemos então tantos comerciais de automóveis de


50 ou 80 mil reais nestes horários? Propagandas de bancos, clínicas e
muitas coisas que 90% de quem assiste (ou alega que assiste), nunca vai
comprar. Os comerciais deveriam ser orientados para o público pobre, ou
seja, lojas e supermercados que vendem coisas que as pessoas podem
comprar. Um exemplo é as casas Bahia que de tanto vender barato acabou
que esta fechando... Em Viamão, as duas fecharam.

Outra coisa que o Ibope não considera é que Programação de TV é igual a

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

religião. O que tem de pessoas que freqüentam uma determinada religião


mais sangrenta, mas que, quando se pergunta qual religião seguem, dizem
"Ah, sou católico claro!". Como se fosse feio seguir a religião tal. Todas são
iguais, só muda a conta-corrente no banco. Assim, tem pessoas que
assistem ao Pânico na TV com o volume bem baixo "para os vizinhos não
saberem". Daí quando chega o Ibope (eu em 48 anos nunca vi, e até
provem o contrário, é mais uma lenda urbana bancada pelas grandes redes
de TV), a pessoa diz que assiste a "Grobo".

Acho que as empresas devam ter seus próprios pesquisadores. É caro, eu


sei, mas quem sabe se isso não é um novo bom negócio, ou seja,
aproveitando o grande número de pessoas desempregadas, porque não
criar empresas de pesquisas que venderiam seus resultados ou fariam
pesquisas pontuais? Ainda mais agora com a mobilidade da TV Digital, o
que fará terminar de vez com os tais horários nobres globais. Existirão sim
os horários nobres, mas serão dois, os de TV no domicilio e TV móvel.

Me arrisco a dizer alguns horários bons para a TV móvel: das 07:00 às


08:00 (pessoal que trabalha no comércio, geralmente mais pobre e
portanto, os comerciais deverão ser populares); das 09:00 às 10:00
(bancários, comerciais mais elaborados porque são pessoas aparentemente
mais bem informadas); das 12:00 às 13:00 (horário de almoço para a
grande maioria, comerciais voltados a alimentação, como restaurantes,
lancherias etc), e por aí vai.

Talvez à noite, as TVs passem os melhores programas entre as 20:00 e


23:00 horas, já que quem compra realmente os produtos anunciados,
trabalha no outro. Acredito ainda que as pessoas poderão ter programas
como uma espécie de profile obrigatório na sua TV, exatamente como no
Orkut.

Assim, para receber a programação digital, as pessoas teriam que informar


que coisas as interessam. Por exemplo, a mulher programa para receber
somente anúncios de jóias, viagens, roupas íntimas etc. enquanto os
homens, horários de jogos, roupas masculinas, automóveis etc. Muitas
vezes, passam dezenas de comerciais que não nos interessam e, desta
forma, poderíamos aproveitar os mesmos com alguma utilidade. E isso é
bem fácil de implementar com a TV Digital.

Também é bom lembrar que a maioria das empresas de ônibus municipais


ou intermunicipais em breve terão aparelhos de TV para seus passageiros,
assim, mesmo que o cidadão nao tenha a sua TV, poderá ver a Ana Maria
Braga quando a diarista estiver indo para a casa da patroa!

Silvio Monteiro

Fonte
Texto transcrito de http://www.viamaohoje.com.br/voce-ainda-acredita-
no-ibope

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Internet vai ultrapassar


televisão
13-04-2009 12:19:00

No ano que vem, o consumo de internet ultrapassará a televisão. O


prognóstico é da Microsoft.
Os portugueses passam cerca de um terço do seu tempo ‗agarrados‘ à
internet, tendência que ultrapassará em breve o consumo de televisão, revela um
estudo da Microsoft agora publicado.Segundo o estudo, existem em Portugal mais de
4 milhões de utilizadores de Internet que passam 34% do seu tempo online, mais do
que o tempo passado a ler material impresso, a ver filmes ou a jogar videojogos. A
Microsoft adianta que a nível europeu, os portugueses são também dos que mais
utilizam a internet para comunicar através de aplicações de mensagens instantâneas.
Segundo o ‗gigante‘ de software, prevê-se aliás que o consumo de Internet
ultrapasse a TV tradicional em Junho de 2010: 2,5 dias por mês passados na Internet
versus 2 dias passados a ver TV tradicional, o que significa uma mudança na forma
de consumo e não um decréscimo de utilização da televisão ou do computador.
Para além disso, a internet parece assumir-se cada vez mais como
plataforma privilegiada de conteúdos multimedia, a par com a televisão. ―Um em
cada sete jovens entre os 18 e os 24 anos não vê quaisquer programa em directo na
TV, enquanto 42% dos jovens adultos vê regularmente TV online, através de um PC‖,
refere o documento, que acrescenta: ―Actualmente, o vídeo online foi estabelecido
como a aplicação online mais popular de entretenimento audiovisual, com mais de 1
em cada 4 (28%) europeus e mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo a
visualizar vídeos de curta ou longa duração na Internet‖.
Curiosamente, o meio através do qual se acede à internet tenderá a ser,
cada vez menos, o computador, substituído pelos telemóveis e pelas consolas de
jogos, mas também – e principalmente – pela própria televisão, através de sistemas
IPTV (como o Meo, por exemplo).
―Prevemos que no futuro, o software da Microsoft e de outros fabricantes,
faculte experiências de entretenimento ligado e integrado. Através da tecnologia é já
possível que as pessoas possam ver na TV conteúdo baseado na Web, configurem
remotamente o DVR para gravar um programa de TV, através de um PC ligado à
Web, ou sincronizar programas de TV gravados para o telemóvel.‖, afirma Nuno
Duarte, director-geral da Microsoft Portugal.
Paralelamente, as plataformas móveis assumirão definitivamente um papel
central na relação das pessoas com o mundo da informação e entretenimento. ―A
Internet 3D tornar-se-á uma realidade, permitindo aos consumidores experimentar
virtualmente uma estância de férias antes de a marcar, no PC ou no telemóvel. E os
telemóveis inteligentes serão opções predominantes e acessíveis em termos
económicos‖, prevê a Microsoft.
Segundo a empresa, o grande desafio dos próximos anos será a
sincronização e comunicação entre as diferentes plataformas – redes sociais,
computador, televisão, telemóvel – que permitam a partilha e actualização
automática de dados entre eles, evitando a obrigatoriedade de ter que transferir, por
exemplo, fotografias ou músicas do telemóvel para o pc, ou deste para a televisão.

O estudo foi realizado pela Microsoft a nível europeu e analisa o comportamento das
pessoas online e debate as tendências do futuro.
Mário Lino

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Nova versão do Flash transmitirá


conteúdo online direto para TV
Por IDG News Service/EUA

Publicada em 20 de abril de 2009 às 10h58

Nova York - Adobe anuncia plataforma de Digital


Home para que fornecedores de conteúdo ofereçam
suporte ao novo Flash ainda neste ano.

A Adobe anunciou nesta segunda-feira (20/04) o novo Flash, uma versão do


programa com tecnologia multimídia que permitirá que os usuários rodem
programação de entretenimento da internet diretamente em suas TVs.

A companhia também assinou várias parcerias para a plataforma que será


chamada Adobe Flash Platform for the Digital Home. Com ela, empresas
como Broadcom, Comcast, Disney Interactive Media Group, Intel, Netflix e
The New York Times Company oferecerão seus produtos com suporte ao
software no segundo semestre do ano.

Segundo Ben Bajarin, analista da Creative Strategies, a notícia é importante


porque torna o Flash a primeira tecnologia que permite provedores de
entretenimento transmitir conteúdo diretamente em televisores.
Atualmente, o modo de assistir tais conteúdos multimídia no televisor é pelo
uso de uma set-top box ou instalando o PC na televisão.

O especialista lembrou que a Microsoft também possui uma tecnologia de


transmissão multimídia chamada Silverlight, que compete com o Flash. Mas
a companhia ainda está longe de lançar uma versão que possa transmitir
conteúdo da web na TV.

―A estratégia da Adobe em Digital Home vem de uma perspectiva diferente


de seus concorrentes. Em vez de fornecer um PC com um sistema
operacional mais compatível com multimídia, a Adobe quer oferecer uma
plataforma de software que leve o conteúdo direto da internet para o
televisor‖, apontou Bajarin.

Elizabeth Montalbano, editora do IDG News Service, dos EUA

Noticia do Blue Bus - 23/04/09

WWW.BIGBRASIL.TV Página 67
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

70% dos anunciantes


europeus investindo mais
na publicidade online
12:56 Uma pesquisa realizada pela European
Interactive Advertising Association indica que
70% dos anunciantes vao aumentar seus
investimentos na publicidade online em 2009. E
as verbas estao migrando da midia tradicional.
46% dos anunciantes disseram que estao tirando
das revistas, 37% da TV e 32% dos jornais.
Ainda segundo a pesquisa 47% dos participantes
declararam que a midia online desempenha
papel cada vez mais importante na estrategia de
publicidade - acima dos 38% que responderam
dessa maneira no ano passado. A noticia é da
Brand Republic. 23/04 Blue Bus

WWW.BIGBRASIL.TV Página 68
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://www.adnews.com.br/internet.php?id=87541

9,8 milhões de brasileiros veem


TV pela web de casa
30/04/09

"Internautas-espectadores" é a definição da classe que vem chamando


atenção na web brasileira. O conteúdo da TV, anteriormente preso à ela,
migra cada vez mais para a internet e impulsiona o crescimento da
quantidade de adeptos no Brasil.

Pesquisa divulgada pelo Ibope Nielsen Online confirma que em março deste
ano os portais brasileiros que transmitem vídeos oficialmente pela web
atraíram 9,8 milhões de internautas residenciais. O número equivale a
39,5% dos internautas brasileiros que acessam a rede em casa, diz o
Instituto.

A audiência de TV online em março aumentou 17% em relação a fevereiro


deste ano. O crescimento é também constatato quando a comparação é
relativa aos últimos 12 meses. Em março de 2008, o país tinha 8,6 milhões
de internautas-espectadores, ou seja, um aumento de 12% na audiência. A
indormação foi confirmada pelo analista de internet do Ibope, José
Calazans.

De acordo com pesquisa realizada pela Deloitte, os brasileiros gastam 3


vezes mais tempo na web do que em frente à TV.

Com infomações do IDG Now! Redação Adnews

WWW.BIGBRASIL.TV Página 69
O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://idgnow.uol.com.br/mercado/2009/04/30/disney-compra-30-do-hulu/

IDG Now! » Mercado » Fusões e Aquisições

Disney compra 30% do Hulu


Por Redação do IDG Now!

Publicada em 30 de abril de 2009 às 12h26

São Paulo - Empresa incluirá episódios


completos de programas da rede ABC no
site de vídeos.
A Walt Disney fechou um acordo para comprar cerca de 30% do site
de vídeos Hulu, e incluirá episódios completos de programas da rede
ABC na TV online, informou o Wall Street Journal nesta quinta-feira
(30/04).

A Disney se une à NBC Universal, da General Electric, e News Corp,


parceiros na criação do Hulu, e deve investir capital semelhante a
eles neste acordo. Foram investidos cerca de 100 milhões de dólares
para iniciar a joint venture em 2007, segundo as fontes do jornal.

A empresa de investimentos Providence Equity Partners continuará a


ter parte no negócio, e os funcionários da TV online permanecerão na
empresa

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Paulo Coelho declara apoio


ao The Pirate Bay
Publicada em 15/04/2009 às 14h09m
O Globo

RIO - Desconstruindo o discurso dos que acusam


os usuários de redes p2p de prejudicar o
trabalho de artistas em geral, o escritor Paulo
Coelho anunciou nesta quarta-feira seu apoio à
causa do site The Pirate Bay, que está sendo
julgado na Suécia por facilitar a violação de
copyright . Segundo o TorrentFreak, Coelho se
ofereceu até mesmo para viajar à Suécia para
demonstrar seu apoio ao site. O resultado do
julgamento do Pirate Bay deve ser divulgado
nesta semana.
- Eu apoio o site abertamente. Até mesmo me
voluntariei a viajar à Suécia para discutir o caso dos conteúdos abertos,
mas nunca recebi uma resposta - disse o brasileiro.
Paulo Coelho é o mais bem-sucedido escritor brasileiro, tendo vendido
milhões de livros em todo o mundo. Só o seu maior sucesso, "O
Alquimista", vendeu 65 milhões de cópias pelo planeta.
Mantendo a ideologia libertária de quando escrevia músicas com Raul
Seixas, Coelho é também um ávido internauta. Além de um blog pessoal , o
escritor tem um site batizado de " Pirate Coelho ", no qual ele oferece
versões gratuitas de todos os seus livros para download, em diversas
línguas.
O Mago considera que o compartilhamento de arquivos na internet é
positivo e serve como forma de promoção para os artistas.
- Eu acredito que quando um leitor tem acesso a alguns capítulos ele pode
decidir por comprar o livro mais tarde - argumenta ao autor, que afirma que
a disponibilização de seus livros na internet aumentou a venda no "mundo
real".

Paulo Coelho defende ainda que a troca é parte


da natureza humana e não deve ser impedida
por leis.
- Desde o início dos tempos os seres humanos
têm a necessidade de compartilhar - desde
comida até a arte. A troca é parte da condição
humana. Uma pessoa que não troca não é apenas egoísta, mas amarga e
solitária - continua Coelho.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Em seu blog "Pirate Coelho", ele publicou um texto em que propõe uma
forma diferente de se ver os piratas. Segundo ele, "o conceito do pirata
como um ladrão selvagem e sem sentimentos, que se mantém até hoje, foi
criada pelo governo britânico como forma de propaganda". Muitas pessoas,
no entanto, resgatavam piratas de navios naufragados. Por quê?
Segundo Coelho, porque os piratas foram os primeiros a se rebelar contra
as condições desumanas nos navios mercantes e da Marinha Britânica, em
que capitães tiranos transformavam a vida da tripulação em um verdadeiro
inferno.
"Eles até mesmo abrigavam escravos africanos fugidos e viviam com eles
como iguais. Os piratas demonstraram de forma clara, e subversiva, que os
navios não precisavam ser comandados de forma brutal e opressiva como
ocorria na marinha mercante e no serviço militar britânico".
Jack Sparrow certamente concordaria com isso.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

ESPORTE |24.06.2009 - 07H09

Vitória aposta em programa


na TV para aproximar o
torcedor do clube
Cecílio Angelico | Redação CORREIO

O torcedor rubro-negro está com moral. Pelo menos uma vez por semana, ele pode
acompanhar o que acontece no clube diretamente do sofá de sua casa, na telinha
da TV. É o programa Vitória na TV, transmitido às segundas-feiras, na televisão
aberta pela TV Salvador (canal 28), às 21h30 e para assinantes da NET no canal
36.

O programa, na sua 52ª edição, esta semana, é uma produção independente que
tem como objetivo ir além da cobertura diária do futebol. Com 30 minutos,
apresenta entre os seus quadros o Entrevista do Leão, que teve recentemente o
eterno ídolo André Catimba. Também rola um espaço dedicado ao torcedor, que
pode expressar sua opinião e mandar o seu recado ao time.

Outro ponto abordado na produção é o lado institucional do clube. ―Queremos


mostrar ao torcedor a gestão transparente que acontece no clube hoje‖, enfatiza. O
programa surgiu de forma inusitada. Em 2007, a empresa produziu um vídeo de
oito minutos sobre a trilha do Vitória que tinha sido rebaixado e tentava voltar à
elite do Campeonato Brasileiro.

―Veiculamos o clipe em outro programa nosso, o Rota 07. Fizemos para


homenagear o Vitória, que é um clube querido‖, afirma. O material agradou à
diretoria que resolveu apostar em um projeto para a televisão.

Além de informar ao torcedor, o programa funciona como uma ferramenta para


divulgar os produtos do clube, como o programa Sou Mais Vitória entre os
principais clubes do país, o Leão é o único a possuir o seu espaço na telinha.
Segue, assim, os passos dos europeus Barcelona e o Manchester United.

TECNOLOGIA - O Vitória na TV é apenas um primeiro passo na integração do


clube com as mídias digitais. Pelo menos é isto que afirma Ricardo Azevedo, diretor

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

de marketing do clube. ―Temos um projeto maior para criar a nossa Web TV a fim
de ampliar o conteúdo que é veiculado hoje no Vitória na TV‖, explica.

Esta prática de divulgar conteúdo em vídeo pela internet já é amplamente utilizada


por clubes do Sul e Sudeste. Grêmio, São Paulo, Flamengo, Santos e Internacional
já aderiram à novíssima mídia. E o Vitória pretende entrar de vez nesse patamar de
evolução tecnológica. ―Estamos investindo em relacionamento na rede, com os
blogs e o twitter‖, disse Azevedo.

(Reportagem publicada na edição de 23/06/2009 do jornal CORREIO)

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Ciberposseiros e o problema do
roubo de domínios na internet
Publicada em 07/04/2009 às 11h07m
Nelson Vasconcellos

Há um tempão que não comentamos aqui sobre o cybersquatting, ou seja,


a prática de um cidadão registrar, na web, domínios de pessoas ou marcas
famosas, para lucrar com isso depois. Um exemplo hipotético: um gaiato
registrar "oglobo.com.br" e tentar vender esse endereço aqui para o jornal.
Seria algo assim como cibergrilagem, praticada por ciberposseiros... Não é
ético, mas tem gente que vive disso, porque a lei facilita.

Em 2000, por exemplo, a Madonna teve que brigar na Justiça para obter os
direitos sobre o domínio <www.madonna.com> - que, aliás, estava
hospedando um site pornô. Muito feio.

Na última década, milhares de casos semelhantes foram julgados em todo o


mundo, e outros tantos estão em discussão, já que esses registros
indevidos prejudicam detentores de marcas registradas ou, mesmo, de
pessoas físicas. Lembremos que direito no mundo digital, por sinal, é um
ótimo nicho de mercado para advogados.

Certo é que o número de queixas a respeito de cybersquatting bateu


recorde ano passado. A Agência Internacional de Propriedade Intelectual
(Wipo) registrou 2.329 casos - 8% mais que em 2007.

Hoje, quem está na mira dos ciberposseiros são empresas de biotecnologia


e farmacêuticas, com 9,9% dos casos, seguidas por bancos e instituições
financeiras, com 9,4% dos registros.

E não vai parar por aí. Segundo um informe disponível do site da Wipo,
estão para surgir novas confusões desse tipo pois, ainda este ano, serão
oferecidos novos tipos de domínios. E cada pessoa, ou empresa, tem que
cercar seu nome (ou sua marca) pelos sete lados. Trabalhão.

Exemplo? Digamos que, de uma hora para outra, ganhe renome mundial
um jogador de nome estranho. Preik, por exemplo. Se ele não for esperto,

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

rapidamente alguém registrará <preik.com>, <preik. com.br>, <preik.net>


etc.

Segundo o advogado Dirceu Santa Rosa, especialista em casos envolvendo


Tecnologia da Informação, o Brasil não está preparado para atender a esses
casos. O país não conta com legislação específica para a resolução do
problema, diz Santa Rosa, que faz parte do escritório Veirano Advogados.

- A Justiça acaba sendo lenta para esses casos e, muitas vezes, a pessoa ou
a empresa prefere comprar o domínio diretamente do cybersquatter a lutar
judicialmente por ele. Essa conduta acaba por incentivar novos registros
condenáveis, já que existe uma recompensa financeira para a pessoa de
má-fé - afirma Santa Rosa.

O advogado também lembra que, nos EUA, na Europa e em alguns países


da América Latina, existem câmaras específicas que defendem os
empreendedores dos posseiros mal intencionados, permitindo o
cancelamento ou a transferência do domínio em litígio. Em certos casos,
pode até ser estabelecida uma indenização por endereço registrado.

Por falar nisso, a VeriSign está divulgando seu dossiê sobre a indústria de
domínios na internet. A empresa é a feliz responsável pelo registro de
endereços do tipo ".com" ou ".net" em todo o mundo. Administra nada
menos que 90,4 milhões de domínios (com 50 bilhões de consultas diárias
ao seu sistema).

Segundo a VeriSign, 2008 fechou com um total de 177 milhões de nomes


de domínios registrados no chamado primeiro nível (".com", ".net", ".org"
etc). Somente no ano passado, chegaram à internet 24 milhões de novos
domínios - isso dá, na média, uns cem mil por dia útil.

Pelos números da VeriSign, a base total de endereços brasileiros usando


pontocom ou pontonet chegou a 528 mil no fim de 2008. No total, são 2,13
milhões de registros no Brasil. É um aumento de 22% em relação a 2007.
Só para comparar: em 2008, o crescimento no número de registros na
China (".cn") foi de 51%.

O que significa tanto número? Ora: as fronteiras do mundo digital estão se


alargando. Sem descanso.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2005/p_072.html

Eleições pelo computador


Votar pela internet e também controlar
os políticos são os próximos passos da
cidadania digital

Roberta Abreu Lima

Mike Segar/Reuters

A biblioteca pública de Nova York (acima), que


será digitalizada pelo Google, e a eleição
eletrônica em Portugal (abaixo): mais acesso à
informação e à participação
Nicolas Asfouri/AFP

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Em 2004, os cidadãos de Miraflores, na região metropolitana de Lima, no


Peru, elegeram os representantes locais pela web. Os eleitores faziam um
registro na prefeitura e recebiam um endereço eletrônico e uma senha,
que permitia votar uma única vez. Quem tinha computador pôde votar de
casa. Quem não tinha podia usar cabines instaladas em ruas, parques e
outros espaços públicos. A experiência deu certo e foi repetida em outra
eleição neste ano. "Aumentamos em 70% a participação dos eleitores",
relata o prefeito de Miraflores, Fernando Andrade Carmona. A cidade não
foi pioneira por acaso. É 100% wireless. Oferece acesso gratuito à internet
sem fio a seus 90 000 habitantes. Além de votarem on-line, os
miraflorinos têm à disposição uma série de serviços. Podem, por exemplo,
solicitar documentos de identidade pela internet ou assistir ao vivo a
concertos musicais e casamentos.

Miraflores é um bom exemplo, mas não o único, de como as novas


tecnologias podem ampliar o acesso da população à cidadania. A Estônia,
minúscula ex-república soviética do Báltico, criou leis que permitem a
votação on-line em 2002 e pretende usar o sistema oficialmente nas
eleições municipais deste ano da capital do país, Tallinn. Para votar, o
eleitor precisa de um cartão de identificação eletrônico – no caso de
Tallinn, o mesmo que é empregado no transporte público. O eleitor
confirma o voto com uma assinatura digital inscrita no chip do cartão. Se
alguém votar mais de uma vez, apenas o último voto é computado.

O uso da internet para a realização de eleições desperta interesse na


Europa há algum tempo. Em setembro de 2000, a Comissão Européia
lançou o projeto CyberVote, que desenvolveu sistemas de votação pela
web via computadores e terminais móveis (celulares e PDAs).
Realizaram-se testes na Alemanha, na França e na Suécia. Os eleitores
foram identificados por um login e um código eletrônico ou por um
smart card (cartão inteligente). Acredita-se que a internet abra a

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

possibilidade de plebiscitos e referendos mais freqüentes, ampliando a


participação direta da população na tomada de decisões. Uma
vantagem potencial é ensejar o aumento do comparecimento eleitoral,
já que o voto não é obrigatório em muitos países. O sistema também
facilitaria o processo para portadores de deficiências, idosos e
enfermos. Os resultados foram considerados encorajadores.
Eleitores de Miraflores, no Peru, usam notebooks numa cidade
inteiramente wireless: o sistema permite votações pela internet
e acesso à rede de qualquer lugar

O Brasil, que desde a década de 90 possui um sistema de votação


eletrônica, não está alheio a essas pesquisas. No ano passado, um projeto
batizado de Eleição Eletrônica do Futuro foi testado em Florianópolis.
Trata-se de um possível embrião do que seria a votação pela internet no
país. A identidade do eleitor seria conferida pelo uso de cartões
inteligentes – que substituiriam o título eleitoral – e de leitores de
impressões digitais. O processo dispensaria o trabalho dos mesários e
permitiria que uma pessoa votasse em qualquer seção eleitoral – ou de
casa, pela internet. "Basta que os computadores domésticos possuam
esses equipamentos, cujo custo vem caindo", diz o ex-presidente do
Tribunal Regional Eleitoral Carlos Prudêncio, um dos responsáveis pelo
projeto. Um protótipo foi apresentado neste ano em um encontro de TREs
de todo o país. Pretende-se organizar testes nas eleições de 2006. Apesar
do proclamado sucesso de alguns projetos, a possibilidade de fraude na
votação on-line é real. Um risco é o voto sob coação. Ainda não há
sistemas à prova de vírus ou ataques de hackers. O mais provável é que,
em um primeiro momento, o voto pela internet surja como uma opção, e
não como único instrumento de participação eleitoral. Além disso, há um
longo caminho a percorrer até que populações inteiras estejam
conectadas.

Votações pela internet não são a única forma de democracia digital. A


disseminação da rede já impulsiona a cidadania de outras maneiras – seja
por um acesso mais transparente aos números da administração pública,
seja pelo fenômeno dos blogs, que na China se tornaram uma saída para
driblar o controle da informação pelo governo comunista. O trabalho de
um blog intitulado "Rede de Sobrevivência da Opinião Pública Chinesa", do

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

jornalista Li Xinde, já levou corruptos à cadeia. Ciente desse risco, a


ditadura chinesa já bloqueou sites dissidentes e criou outros, de
glorificação do regime.

Ao democratizar o acesso ao conhecimento, a web se torna aliada na luta


pela igualdade social. "A televisão foi um fenômeno que levou informações
a populações carentes que de outra forma nunca teriam acesso a elas. O
potencial da internet é ainda maior", afirma Ana Cristina Hofmann,
representante no Brasil da força-tarefa da Organização das Nações Unidas
para tecnologias de comunicação. O motivo é simples. Na internet,
diferentemente da televisão, o usuário não é um espectador passivo. Pode
procurar a informação que deseja e difundir suas opiniões. Ana Cristina
conta que um estudo feito em um cibercafé gratuito da Favela da Rocinha,
no Rio de Janeiro, mostrou que a grande maioria dos sites visitados é de
ciências – como o da revista National Geographic ou o do canal de TV
Discovery – e de pesquisa escolar. "A população carente está usando a
internet para buscar cultura", conclui.

O melhor exemplo da democratização do acesso à informação é a


digitalização de acervos do mundo inteiro. Já é possível ler na tela do
computador milhares de livros de bibliotecas como a Nacional da França
ou a do Congresso dos Estados Unidos, duas das maiores do mundo. Essa
expansão vinha sendo lenta – na Universidade de Oxford, três pessoas
conseguem passar para o computador 200 livros por mês. Até que o mais
conhecido dos sites de busca da internet, o Google, anunciou em
dezembro passado uma parceria com cinco grandes bibliotecas, quatro
americanas – a Pública de Nova York e as das universidades de Michigan,
Stanford e Harvard – e uma inglesa, a de Oxford. Todo o acervo dessas
cinco instituições será digitalizado e liberado para consulta pública. Isso
significa 60 milhões de volumes. Um único computador levaria 3 000 anos
para escanear todo esse conteúdo, sem contar o tempo para transformar
a imagem em um texto indexado e consultável. "Depois disso, o livro vira
informação igual àquela que o Google já trata", diz Susan Wojcicki,
gerente de produto do Google. Teoricamente, pode-se chegar ainda neste
século a uma biblioteca quase infinita, com todos os livros já publicados
disponíveis na internet. Nesse dia, um texto do argentino Jorge Luis
Borges, A Biblioteca de Babel, escrito há mais de meio século, ganhará
ares de profecia: "Quando se proclamou que a Biblioteca abarcava todos
os livros, a primeira impressão foi de extravagante felicidade. Todos os
homens se sentiram senhores de um tesouro intacto e secreto".

nternet

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Futebol por controle


remoto
Qualquer internauta pode ser técnico
do time francês WFC

Jean-Pierre Mauger

Frederic Gauquelin e seu time: quem manda é o torcedor

Em época de Copa do Mundo, costuma-se dizer que todos os 160 milhões


de brasileiros se transformam em técnicos de futebol. Mas quem toma as
decisões sobre os rumos da seleção é o técnico Carlos Alberto Parreira. Na
França, uma experiência única está colocando em campo a vontade
expressa dos torcedores, que definem, pela internet, a escalação e a
estratégia de um time. Calma, ainda não se trata da seleção francesa, mas
de um time da periferia da cidade de Caen, o Web Football Club. Os
resultados mostram que os torcedores sabem o que estão fazendo. O WFC
começou na modesta quinta divisão do distrito de Calvados, saltou para a
segunda e lá terminou a última temporada em primeiro lugar.

A idéia de criar o WFC veio de um professor de educação física pragmático e


com apurado senso de observação. Frederic Gauquelin, 32 anos, percebeu o
interesse crescente dos internautas por jogos que simulavam partidas de
futebol. Se eles já organizavam times virtuais, por que não poderiam
orientar jogadores de verdade? "À beira do gramado, eu me encarrego de
repassar as instruções que recebo por computador. O princípio interativo é
muito similar", disse Gauquelin a VEJA. Qualquer um pode ser treinador do
WFC, basta se inscrever no site do clube. Os internautas podem assistir aos
vídeos dos treinos e jogos, além de terem à disposição uma vasta e
minuciosa estatística. Os atuais 8.400 treinadores – entre os quais o carioca
Victor Felício, de 23 anos, que tem dado as diretrizes mais eficazes entre
aquelas oferecidas pelos treze brasileiros inscritos – podem recomendar

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

abdominais para um atleta com excesso de peso ou indicar quem vai bater
um pênalti. Vale a vontade da maioria.

Oscar Cabral
Ainda é cedo para dizer se a novidade proposta
pelo time de Caen conseguirá se incorporar ao
futuro do futebol. Os internautas precisam
passar pelo teste a que os técnicos
convencionais já são submetidos: obter vitórias
no campo. Até aqui, eles estão se saindo bem.
Mas há algumas dificuldades em comandar um
time a distância. É quase inviável, por exemplo,
avaliar o aspecto psicológico, fator primordial O carioca Victor Felício:
no desempenho dos atletas. Na véspera de um um dos 8 400 técnicos
jogo importante, o jogador-chave no esquema
tático do WFC levou um fora da namorada. Durante a partida, o infeliz não
viu a cor da bola. O time perdeu feio. Ninguém reclamou do técnico.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://www.clicrbs.com.br/especial/jsp/default.jspx?uf=2&l
ocal=18&espid=117&action=noticias&id=2460926

Internet é mais divertida que a


TV para 81% dos brasileiros
Estudo indica web como fonte de entretenimento em
ascensão no País

O brasileiro passa três vezes mais tempo na internet do que vendo TV. São,
em média, 32,5 horas semanais conectado contra 9,8 horas em frente à TV,
segundo o estudo O Futuro da Mídia, da empresa de auditoria Deloitte. A
web é a segunda atividade de lazer preferida pelos brasileiros, com 53%,
logo atrás de ver filmes em casa (55%). Assistir à programação das
emissoras de TV aparece em terceiro lugar (46%), seguido por ouvir música
(36%) e ir ao cinema (30%). Além disso, dois terços dos que veem TV ao
mesmo tempo navegam na internet, leem e-mails e acessam sites.

O estudo indicou que 81% consideram o computador uma ferramenta de


entretenimento mais importante do que a TV. Os recursos de edição
multimídia contribuem diretamente para a preferência pelo computador, já
que 83% dos entrevistados disseram que criam seu próprio conteúdo de
entretenimento, como vídeos, fotos e músicas.

O uso da internet poderia ser ainda maior se não fossem os altos preços
cobrados pelo acesso à web no país, que impedem que o volume de
conexões acompanhe o crescimento do número de computadores nos lares
brasileiros, constatou um estudo feito pelo Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Com isso, ano a ano cresce no país o número de PCs sem conexão com a
rede mundial. Em 2008, a diferença entre casas com computador e
residências com acesso à rede dobrou de 4% para 8%. Os PCs estão
presentes em 28% dos domicílios, mas apenas 20% dispõem de algum tipo
de conexão com a web. Isso significa que 4 milhões de lares brasileiros têm
hoje computador, mas desconectados da internet. Entre os entrevistados,
54% citaram o preço como razão para não contratar algum tipo de conexão.

– A barreira continua a ser o custo elevado – afirmou Alexandre Barbosa,


coordenador do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da
Comunicação (Cetic.br), que desenvolveu a pesquisa.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Sem poder pagar uma assinatura mensal de internet, o brasileiro utiliza


cada vez mais as lan houses, ou pontos públicos de acesso à web, onde
encontra preços mais baixos pela conexão. Entre os entrevistados, 47%
afirmaram utilizar uma lan para se conectar, índice superior aos 43% que
acessaram a internet de casa em 2008.

– Há lans que cobram R$ 1 por hora – diz Barbosa.

O estudo também mostrou queda nas conexões feitas a partir do trabalho,


de 26%, em 2005, para 22%, em 2008, o que pode tanto ser um sinal do
aumento das conexões domésticas quanto de restrições impostas pelas
empresas ao acesso de funcionários. Os centros públicos gratuitos de
internet, ou telecentros, criados por iniciativas governamentais, respondem
por apenas 3% dos acessos.

– As lan houses são um meio bastante efetivo para a inclusão digital. Mas
os telecentros têm uma missão especial, ligada à educação – diz Augusto
Gadelha, secretário de política de informática do Ministério de Ciência e
Tecnologia.

Grande maioria dos brasileiros já prefere se divertir na internet e deixar a


TV de lado
Foto: Reprodução, Wisdom for Women

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TV cada vez mais ofuscada


pela Internet
http://tek.sapo.pt/noticias/internet/tv_cada_vez_mais_ofuscada_pela_inter
net_986562.html

Durante dois dias, especialistas de diversos meios de comunicação


norte-americanos reuniram-se em Los Angeles para debater o "Futuro da
Televisão", tema que deu nome à conferência.
No final do encontro, concluiu-se que o rápido desenvolvimento da
Internet e das ferramentas disponibilizadas online são um catalizador para a
mudança dos hábitos dos consumidores. Em causa está o facto de, cada vez
mais, a oferta na rede conseguir igualar e muitas vezes superar, o que as
estações de televisão podem oferecer.
Actualmente, a maioria das séries de televisão com mais sucesso
estão disponíveis na Internet, por vezes épocas inteiras, o que faz com que
os utilizadores mais próximos das tecnologias acabem por dedicar mais
tempo a visualizá-las online do que na televisão, no horário fixo em que são
transmitidas e num meio a partir do qual não podem interagir com outros
utilizadores.
De entre os dados apresentados na conferência, destaca-se o facto
de, actualmente, 82 por cento dos internautas norte-americanos verem
vídeos na Internet e de a taxa de visualizações de séries de TV online ser a
que mais tem vindo a aumentar.
Em oposição, no último ano, o consumo semanal de televisão entre
os norte-americanos tem vindo a baixar e a tendência deve continuar. Isto
porque, os principais fabricantes de televisores alteraram o paradigma de
produção e passaram a convergir serviços nos equipamentos "tradicionais".
A ligação do equipamento de TV à Internet, a possibilidade de assistir a
programas em diversos dispositivos e os próximos desenvolvimentos
tecnológicos estarão na base da mudança.
O futuro será ainda marcado pela colocação dos críticos de
televisão em segundo plano. Segundo os especialistas presentes no evento,
as redes sociais e fóruns tendem a ter cada vez mais peso nas opiniões e
decisões dos utilizadores. As sugestões de programas vindas de amigos ou
contactos das plataformas sociais serão, de dia para dia, mais valorizadas
enquanto a opinião daqueles que, até aqui, eram os "entendidos" passará a
ser menos relevante.

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http://blog.estadao.com.br/blog/cr
uz/?title=clay_shirky_e_o_adeus_aos_jornais&more=1&c=1&tb=1&pb=1

14.03.09

O adeus aos jornais


Clay Shirky e o adeus aos jornais
por Renato Cruz, Seção: Internet,
Jornalismo 18:47:00.

Há algumas semanas, um amigo


me mandou um convite no
Facebook para participar da causa
"Don't let newspapers die" (Não
deixe os jornais morrerem). Eu
não aceitei o convite, e expliquei
para ele que achava que era
melhor deixar morrer. O apego ao
papel pode aprofundar ainda mais
a crise enfrentada pelos jornais.

Clay Shirky (foto), autor do livro Here Comes Everybody, publicou em seu
blog o texto "Newspapers and thinking the unthinkable" (Jornais e pensando
o impensável). Ele explica que toda a lógica do negócio do jornal impresso
era baseada na dificuldade de publicação e nos ganhos de escala que as
empresas conseguiam ao atingir uma grande audiência. Com a internet,
essas condições se foram. Shirky enumera as alternativas imaginadas pelos
jornais para a internet - cobrança de assinaturas, micropagamentos e até a
formação de um cartel - e conclui:

"E a discussão continua, com as pessoas comprometidas com a salvação


dos jornais querendo saber: 'Se o modelo antigo está quebrado, o que
funcionará no seu lugar?' A resposta é: Nada. Nada vai funcionar. Não
existe um modelo geral para os jornais que substitua o que a internet
quebrou. Com os fundamentos econômicos antigos destruídos, formas
organizacionais criadas para a produção industrial precisam ser substituídas
por estruturas otimizadas para os dados digitais. Faz cada vez menos
sentido falar de uma indústria de publicação, porque o principal problema
que a publicação resolve - a dificuldade, complexidade e custo incríveis para
tornar alguma coisa disponível ao público - deixou de ser um problema."

No ano passado, entrevistei Shirky, durante um evento em New Haven, nos


Estados Unidos, em que ele já alertava que as empresas de jornalismo
deveriam deixar de pensar em si mesma como fabricantes de papel pintado.
No texto em seu blog, ele aponta para a questão essencial, que é como
salvar o jornalismo, mesmo com o fim dos jornais. Ele acerta ao dizer que
será uma atividade em que amadores irão ocupar um espaço crescente,

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mas é um pouco romântico ao afirmar que o jornalismo sempre foi uma


atividade subsidiado, e ver esperança no jornalismo baseado em
patrocínios, bolsas e doações, no lugar de faturamento.

25 comentários

Comentários:

Comentário de: Ana Brambilla [Visitante] ·


http://www.anabrambilla.com

14.03.09 @ 23:20
Concordo contigo, Renato. A "saida" apontada pelo Shirky aos jornais -
micropagamento, assinaturas e cartéis - é algo já testado e já refutado pela
sociedade digital.
Será que o moço "descolado" e "polêmico" - porque ele parece estar mais
preocupado em passar essa imagem do que dizer coisas construtivas - está
desatualizado?
Só fiquei com uma dúvida: o que o pessoal do Estadão acha da tua opinião
sobre deixar que o papel morra? ;-)
Bom teu post. Abração!

Comentário de: Renato Cruz [Membro] · www.renatocruz.com

15.03.09 @ 03:14
Oi Ana. O Shirky fala exatamente que essas saídas não são saídas. Que não
existe saída. Acho construtivo ele falar isso.

Comentário de: Ricardo Nespoli [Visitante]

15.03.09 @ 09:52
Bla Bla Bla. Papo antecipado. Pauta de gaveta. O impresso vai assim com as
tábuas de argila persa acabaram um dia.

Comentário de: leitor perplexo. [Visitante]

15.03.09 @ 10:05
Interessante questão, aliás estou duplamente perplexo, pelo fim da
comunicação impressa e pela pouca discussão que a postagem suscitou.
O que muda na comunicação e na sociedade o fim desse tipo de controle?

Comentário de: Julio Alvarez [Visitante]

15.03.09 @ 10:07

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Na minha opinião, a saída para os jornais é semelhante a saída para


músicos que não vendem mais CDs: deixar de obter receita com mídia
física, e procurar alternativas para ganhar como provedores de conteúdo.

Comentário de: Márcio Camargo [Visitante] ·


http://www.marciocamargo.com.br

15.03.09 @ 10:14
Na verdade não é apenas a forma de transmitir a notícia que mudou, agora
o leitor tem a oportunidade de discordar e comentar a notícia, esse atributo
nunca estará disponíveis nos jornais impressos e fará toda a diferença na
escolha do seu site preferido de notícias. Além é claro, do ecologicamente
correto fim do uso exagerado do papel.

Comentário de: esdras [Visitante]

15.03.09 @ 10:15
ola!
todos os novos meios e modelos de comunicação vem para incrementar o
que ja existe, e ja saem da plataforma com publico selecionado e formado
para o seu uso/consumo.
ref: cobrança de assinaturas, no mundo digital, somente temos acesso
assinando um provedor.
ou seja em tudo somos refem de algo ou de alguem.
nada se compara vc no domingo lendo um bom jornal, é algo precioso com
mais conteudo, e isso com certeza impacta na nossa formação social.
abs,

Comentário de: Richard [Visitante]

15.03.09 @ 10:28
Sem contar que, com a internet você passa a ter muito mais opções - pode
ler os jonais do exterior direto na fonte e contar com os blogueiros para
contar as verdades que alguns jornalistas ainda tentam manipular...

Comentário de: Vladimir Herzog ( in memoriam) [Visitante]

15.03.09 @ 11:28
Sinceramente, meu maior desejo é que os jornais não morram.
Eles devem continuar, como cadáveres insepultos, consumindo mais e mais
as fortunas acumuladas por oligarcas que sempre usaram o monopolio
criado pela dificuldade de publicação como arma, derrubando governos,
elegendo presidentes ou apoiando ditaduras sanguinárias, a custa de
mentir, não por suas próprias bocas e penas, mas usando a boca de
"jornalistas" de alguel para a mentira e a difamação com que pautam suas
vidas.
Boa Morte,jornalões! Boas dívidas, "empresários"da mentira, da
manipulação dos fatos e da História...Os espíritos dos que morreram nas
masmorras das ditaduras e das ditabrandas criadas e apoiadas por vocês,

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os estarão esperando na outra vida ( que existe mesmo, voces vão ver!)...
Que o Hades lhes seja agradável e que Caronte consiga ampliar sua frota
para transportá-los com o conforto que voces, nobres donos de jornais e
editores-chefe sabujos e sem coluna vertebral, merecem...

Comentário de: José Vasconcellos Dias Jr. [Visitante] ·


http://josevasconcellos.wordpress.com

15.03.09 @ 12:20
Desculpem, mas LUCIEN SFEIZ já dizia isso e com bastante procedência
desde a década de 70. Acho que esse certo "Clay" deveria saber disso... Só
para não "pagar mico"!

Comentário de: Pedro Reis [Visitante] ·


http://www.farolcomunitario.com.br

15.03.09 @ 15:30
A pulverização me parece inevitável. Do que poderiam viver hoje e daqui
para frente os grandes jornais? Provedores de conteúdo com remuneração
via google ou assemelhados.... Talvez com essa fórmula não consigam
manter grandes estruturas, salários e quetais. Um blogueiro bem informado
e com uma certa cultura, consegue colocar notícias no mundo inteiro a
partir de uma sala de 10 m². Porém precisa dedicar muitas horas do seu dia
para manter tudo isso funcionando. Uma alternativa talvez fosse centenas
de micro-redações ocupadas de produzir conteúdos específicos que se
juntariam a um grande portal.... Por enquanto é pagar para ver. Observe-se
porém que o estadao.com.br, já possui um grande leque de notícia gratuita,
tanta, que nem dá para perceber que uma parte é paga e só pode ser
acessada pelo assinante. Vale também para G1, Folha. O caminho é híbrido.
Vamos ver como andam os fatos. No fim, mesmo que só pela internet é
preciso pagar água, energia, a infra-estrutura natural para manter qualquer
coisa funcionando. Abraço

Comentário de: François, o carioca [Visitante]

15.03.09 @ 16:45
Morrerão, mas antes disso, muitos estragos ainda farão por este mundo a
fora!!!!!Ressuscitarão como grandes plataformas nas internets da vida, para
fazer tudo como antes no quartel de Abrantes!!!!!

Comentário de: Leonardo [Visitante]

15.03.09 @ 19:43
Eu assinaria as versões eletrônicas de revistas e jornais. Assinaria,
inclusive, o Estadão.
A assinatura exclusiva da versão eletrônica já deveria estar disponível.

Comentário de: Luiz Seman [Visitante]

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15.03.09 @ 20:36
Concordo com as colocações do Julio, do Vasconcellos e do François. Creio
que continuarão sendo geradores de conteúdo (já o são no papel, serão no
monitor dos micros). Creio tbém que o caminho para o impresso serão
pulverizações localizadas, em formato tablóide (gasta menos papel, que
representa entre 40% e 60% do custo). Impresso ou na web, vai continuar
na mesma: quem manda no escriba manda no fato. No papel ou no
monitor, o jornalismo (opinativo ou não) pode até passar do colo pro
laptop, de CLT para PJ, mas quem paga o salário e o papel continuará a
mandar na pauta, e pelas pobreza do material humano... Não falta jornal,
falta é jornalista. Ou seja, cocô, moscas e Abrantes em nós!!!

Comentário de: Alex [Visitante]

15.03.09 @ 22:29
Infelizmente nao existe alternativa para os Jornais.
Os Jornalistas foram os princiapais culpados pq comecaram a pautar o que
decobriam nos blogs, eles, os jornalistas, deram credibilidade aos blogs.
Isso foi quase uma eutanasia profissional. haha

Um exemplo de blog que e referencia para os Jornalistas que cobrem a


China e o seguinte:
http://www.zonaeuropa.com/weblog.htm

Comentário de: Hélio [Visitante]

16.03.09 @ 01:29
Existe algo que o jornalismo na internet ainda não resolveu, até onde eu
sei: pouca gente tem paciência para ler uma longa reportagem num site.
Experimente publicar uma matéria de fôlego (uma grande reportagem que
seja também uma reportagem grande). Acrescente várias fotos de
excelente qualidade, gráficos, ilustrações, etc. etc. Duvido que tenha muita
audiência e que o resultado saia com qualidade satisfatória.
Então, parece-me que sobrou isso para o futuro do jornal em papel: tornar-
se uma revista diária, cobrindo poucos assuntos, mas com profundidade.
Devem desistir de cobrir (mal) todos os assuntos, como fazem hoje. Mas
isso é só um achismo, porque certeza mesmo, ninguem tem.

Comentário de: Dirceu Pio [Visitante]

16.03.09 @ 19:02
Papel é meio. Tem suas características especialíssimas--flexibilidade de uso,
aspecto documental, credibilidade intrínseca--mas é um meio como tantos
outros. Não são aceitáveis os argumentos de que o papel, de modo
irrecorrível, perdeu a competição para os meios eletrônicos. O papel vai
sobreviver até o ponto em que inventarem um outro meio que preserve
suas características. O problema está em que no Brasil o papel não
conseguiu achar o seu espaço e continua encavalado no mesmo espaço da

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TV e da Internet. É dramático o fato de os editores do papel no Brasil ainda


não terem compreendido que o "hard news" é a praia do meio eletrônico em
geral, inclusive da TV. O espaço do papel é a tendência da notícia e da
análise da tendência da notícias. TV, por exemplo, tem um sistema de
produção que continua bastante pesado. A produção para o papel é mais
flexível e leve. Por isso mesmo, ele deveria iniciar a sua cobertura a partir
do ponto onde os meios eletrônicos tiveram de parar pelos seus limites de
tempo. O pessoal de Navarra tem uma frase, já antiga, para apontar o
espaço que os jornais deveriam preencher: "A TV desperta o apetite do
leitor e os jornais teriam por obrigação saciá-lo". Vão morrer ? Se
continuarem nessa toada não escapa um.

Comentário de: José Cabral - BAL [Visitante]

18.03.09 @ 19:57
É isso aí Renato. Um outro fator de queda importante para a imprensa da
celulose é que, como a internet, pelo menos por enquanto, é um território
livre, sem fronteiras, partidos ou vínculos, o favorecimento de jornalistas
marrons vendendo matérias pagas para favorecer os jã favorecidos, vai,
finalmente, desaparecer. Ufa!

Comentário de: Marcos [Visitante]

19.03.09 @ 07:39
Minha opinião é que o jornal impresso vai virar nicho no futuro, somente
para entusiastas igual aos LPs de hoje. Tive uma experiência em ler o
Estadão digital por algum tempo e confesso que me adaptei muito bem ao
formato. Não sou do tipo de ler todas as reportagens na íntegra, foco
apenas nas de meu interesse, sem contar que muitas das notícias já foram
disponibilizadas on-line em diversos sites antecipadamente. Minha
impressão é que muito pouca gente le um jornal quase por completo.
Muitas vezes falta tempo para isto, e interesse é claro. Por outro lado, é
inegável que o conteúdo disponibilizado por um jornal impresso ou
eletrônico ainda é superior a muita informação encontrada na web. Acho
que se os jornais explorarem a Marca que tem e focar na credibilidade,
imparcialidade e rapidez das informações, poderão encontrar meios
rentáveis de continuidade de suas operações.

Comentário de: Jonas Paulo Negreiros [Visitante] ·


http://sbtvd.anadigi.zip.net

19.03.09 @ 12:41
Lembrei-me do "Jornal Falado Tupi" e de Corifeu de Azevedo Marques,
pioneiro dos anos 50 do século passado em Rádio Jornalismo.

Há muito tempo também, era comum a expressão "Imprensa Escrita,


Falada e Televisada".

Os jornais também podem responder "Adeus" a C. Shirky...

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Comentário de: Haroldo Kennedy [Visitante] ·


http://photopoetryprose.ning.com/

19.03.09 @ 16:01
Se os jornais acabarem, onde meu cachorrinho irá urinar?

Comentário de: mario lacerda de s junior [Visitante] ·


http://ig.com.br

20.03.09 @ 07:32
Os jornais na sua grande maioria tem um compromisso com a verdade ele
estando on line pode vir a ser alterado ou mesmo modificado deixando de
ter uma veracidade e o que foi postato de uma forma de manha pode estar
de outra atarde entao estando no papel qualquer coisa que venha a ser
falada de uma pessoa , ou de um determinado fato tem que estar
corretamento justo e afirmado para isto !
Acho que o de papel nao vai acabar tao cedo

Comentário de: Jonas Paulo Negreiros [Visitante] ·


http://sbtvd.anadigi.zip.net

20.03.09 @ 14:35
Interessantes os comentários do Sr. Lacerda Jr.

Um jornal é uma fonte de historiografia; uma vez impresso torna-se um


documento público.

A internet é rápida, mas volátil. Ela fura as barreiras da censura, mas pode
facilitar a disseminação de falsas notícias.

Para ler um jornal impresso, basta saber ler.

Antes, na tela do computador, havia a barra de rolagem vertical. Com o


novo formato "panorâmcio" de alguns sites, agora é preciso usar também a
barra de rolagem horizontal.

É como se fosse necessário usar uma bitola à frente dos olhos para ler um
jornal impresso convencional.

Um jornal convencional pode ser lido em uma cadeira de balanço ou num


banco do metrô.

Já existe alguma barra de rolagem que acompanha o movimento dos olhos


do leitor?
O jornal de papel dispensa esse dispositivo...

Outro problema diz respeito à tecnologia. Os meios de gravação de dados


(magnéticos e ópticos) obsoletam-se muito rapidamente. Os meios de
propagação (redes), idem.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

A TI - tecnologia da informação padece de obsolescência programada.


Computadores "envelhecem" muito rapidamente.
Logo, para acessar velhos documentos digitalizados, podem faltar
dispositivos tecnológicos de busca e leitura dos mesmos.

Os escritórios e as redações de jornais (eletrônicos ou tradicionais)


abandoram o uso do papel?

Enquanto o "e-paper" não tornar-se uma realidade democrática,


literalmente palpável, duvido que o jornal tradicional vá desaparecer.

Comentário de: Sergio [Visitante] · http://www.grell.com.br

20.03.09 @ 16:36
Para mim, papel ou monitor, tanto faz; o que importa é o conteúdo. A
forma como dizem alguns-quando for necessária uma matéria mais extensa
-
só dependerá de uma diagramação mais adequada. A forma, enfim, é o
mais fácil. Os anunciantes estarão presentes em qualquer meio, fazendo o
mecenato destas matérias, afinal eles vão aonde o público está. (jornalistas
odeiam saber que dependem dos publicitários para existirem).
Como disse alguém aí acima, as escritas em barro persas, também
deixaram de existir. O conteúdo não. Cabeças custam caro. O meio ? Que
importa ?

Comentário de: Jonas Paulo Negreiros [Visitante] ·


http://sbtvd.anadigi.zip.net

21.03.09 @ 06:27
Oi, Sérgio!

Muito legal a sua página.

Você citou a escrita cuneiforme dos persas.

Saiba como é incrível a semelhança entre essa escrita e a visão da


superfície de um CD visto por um microscópio.

Mas os CDs vão durar tanto como as tábuas de argila?

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/03/16/industria+de+jornais+impressos+dos+
eua+perto+de+uma+queda+livre+estudo+4831912.html

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

Indústria de jornais impressos


dos EUA está perto de uma
"queda livre", diz estudo
16/03/2009 - 17:03 - AFP

A indústria dos jornais impressos nos Estados Unidos está


atravessando uma fase perigosa, a pior desde que começou a ser
feito um estudo sobre o assunto há seis anos.

O Projeto para a Excelência em Jornalismo do Centro de Investigações Pew


informa em seu relatório 2009 que o estado dos principais meios é
"sombrio".

No entanto, "ainda não subscrevemos a teoria de que é iminente a morte


dessa indústria", uma vez que "durante todo 2008 continuou sendo
rentável".

"Mas a profunda recessão já ameaça os jornais mais débeis", advertiram. A


pergunta agora é, segundo os autores, se "os jornais podem encontrar a
forma de converter sua crescente audiência on-line em receita suficiente
para sustentar a indústria antes que a crise se aprofunde ainda mais".

O informe Pew assinala que no ano passado convergiram dois


acontecimentos que "encurtaram o tempo que restava ao jornalismo para
reinventar seu modelo de negócios e assegurar seu futuro financeiro".

"Em primeiro lugar, a migração para a internet se acelerou


substancialmente em 2008 (...), mas a receita com publicidade se manteve
e nos jornais, foi reduzida. Em segundo lugar, a recessão golpeou o
mercado da publicidade e desviou a atenção de novas fontes".

"O resultado", prossegue o estudo, "é uma indústria diminuída, com menos
tempo e recursos para financiar a transição".

"Por outra parte, a noção de que o jornalismo tradicional está à beira da


extinção é exagerada", assinala. "A morte dos diários não é iminente,
apesar das notícias de quebras e até de alguns fechamentos".

"Até jornais cujas empresas estão em bancarrota são rentáveis, embora as


receitas caíram 14% ano passado e 23% em dois anos". Além disso, "a
indústria perdeu 10% dos trabalhos realizados em suas redações, ano
passado (...) Para 2009, terá desaparecido um quarto desses em relação
aos que existiam em 2001".

Embora alguns diários americanos estejam abandonando a imprensa para

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

voltar-se para a internet, "a mutação para 100% digital não parece que vá
se ampliar logo".

As revistas ou semanários também enfrentam um futuro nada promissor.


"Menos de um quarto dos americanos adultos dizem que leram uma revista
de qualquer tipo no dia anterior, atrás de um terço em 1994", destacou o
informe.

Também estão com problemas os noticiários locais de televisão: "na


televisão, as equipes de notícias são muito pequenas para cobrir
adequadamente suas comunidades, e estão sendo objeto de poupança".

No entanto, há uma luz na televisão a cabo, com seus "ratings"


aumentando em média 38% em 2008 e os lucros, 33%.

Receba esta notícia no celular

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/06/26/web-supera-redes-de-televisao-na-
cobertura-da-morte-de-michael-jackson-756529838.asp

NOVAS MÍDIAS
Web supera redes de televisão na
cobertura da morte de Michael Jackson
Plantão | Publicada em 26/06/2009 às 12h58m
O Globo
RIO - Com a morte do pop
star Michael Jackson, o site
de celebridades "TMZ" deu a
mais poderosa demonstração
até agora de sua habilidade
de movimentar o noticiário de
entretenimento. A página
especializada em fofocas mais
uma vez deixou as emissoras
de TV e outras mídias
tradicionais para trás. As
informações são do jornal
"Los Angeles Times".
Logo após o meio-dia de quinta-feira (horário de Los Angeles), paramédicos
atenderam a um chamado de emergência na mansão de Jackson em
Holmby Hills. Menos de uma hora depois, o "TMZ" - mesmo site que revelou
o ataque de ira antissemita de Mel Gibson em sua prisão por dirigir
embriagado em 2006, mas que também costuma mostrar fotos "impróprias"
de celebridades - anunciou que o astro havia tido uma parada cardíaca. Às
14h44, saiu à frente dos sites rivais informando o mundo de sua morte, que
ocorreu às 14h26.
Em um dia já agitado pelo falecimento da estrela de TV dos anos 70 Farrah
Fawcett, a morte de Jackson colocou o "TMZ" em estado de sobrecarga.
Apesar do espírito de tabloide, o site, que pertence e é operado por uma
divisão da gigante Time Warner, e seu programa de TV aparentemente

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

deixaram seus rivais consternados. A prova seria que vários meios de


comunicação ao redor do mundo deram o crédito da notícia ao "Los Angeles
Times", que anunciou o falecimento do cantor em seu website só às 14h51.
Por volta das 16h, uma multidão estava concentrada do lado de fora do
Centro Médico da UCLA, e tanto celebridades como fãs mandaram tantas
mensagens lamentando a morte do astro no Twitter que o serviço ficou
indisponível temporariamente.
Enquanto isso, a CNN ainda estava dependendo de "relatos" de outras
mídias e informando aos telespectadores que não havia conseguido verificar
sozinha a informação. Somente quando legistas confirmaram a morte de
Jackson foi que a CNN divulgou o fato para o público, às 16h25.
A ironia é que a CNN, assim como o "TMZ", é propriedade da Time Warner.
Mas a Fox News e a MSNBC também se esforçaram para conseguir fontes.
Se a falta de crédito irritou Harvey Levin, editor executivo do "TMZ", ele não
admitiu. Ao "Los Angeles Times", o jornalista afirmou:
- Isso é típico. Não importa o que os outros digam, as pessoas sabem que
demos a história em primeira mão. É assim que os concorrentes lidam com
isso. Nossa credibilidade não é uma questão.
Ele continuou:
- Hoje fiz cem ligações, e todo mundo fez cem ligações. Cobrimos a cidade
inteira. Estávamos recebendo ligações de todo canto do mundo,
perguntando "Vocês têm certeza?". Essa é uma pergunta muito esquisita.
Não teríamos publicado se não fosse verdade.
Sobre sua cobertura a respeito de Jackson, a CNN declarou: "Dada a
natureza da história, preferimos ser cautelosos", disse Nigel Pritchard, um
porta-voz da CNN, que se recusou a dar detalhes.
No Twitter, o volume de mensagens relacionadas a Michael Jackson - que
chegou a 5.000 por minuto em seu pico - foi tão grande que alguns
usuários afirmaram ter tido problemas em acessar o serviço.
O cofundador do Twitter Biz Stone reconheceu o problema. "Vimos uma
duplicação instantânea de tweets por segundo no momento em que a
história apareceu", disse Stone por e-mail ao "Los Angeles Times". "Esta
notícia em particular sobre a morte de um ícone global deste porte é o
maior salto em tweets por segundo desde as eleições presidenciais
americanas".

http://idgnow.uol.com.br/internet/ideia20/archive/2009/06/26/uol-lana-campanha-
para-sensibilizar-anunciantes-sobre-publicidade-online/

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

26 de Junho de 2009

UOL lança campanha para sensibilizar


anunciantes sobre publicidade online
"A Internet merece ser vista com mais atenção." Este é o mote de uma
campanha que o portal UOL lança na próxima segunda-feira (29/6) para
sensibilizar agências de publicidade e potenciais anunciantes sobre o
potencial da internet como mídia.

A iniciativa envolve a distribuição de um material com dados e gráficos


sobre o crescimento e a penetração da Internet no Brasil. O conteúdo será
encartado em jornais de grande circulação e veículos especializados em
publicidade, bem como divulgado em campanhas online e por meio do site
www.amidiaquemaiscresce.com.br. O site apresenta todas as peças da
campanha, além de informações sobre formatos de publicidade online e
como anunciar na internet.

"A ideia é dar mais fundamentos a agências e anunciantes para que, no


momento de direcionar as verbas para publicidade, olhem com mais carinho
para a internet", explica Marcelo Epstejn, diretor geral do UOL.

Na avaliação do executivo, embora a internet seja um meio de comunicação


amadurecido no Brasil e ofereça uma segmentação superior a qualquer
outra mídia, sua participação na verba publicitária brasileira - 3,1% em
2008 segundo o Projeto Inter-Meios - ainda é baixa em relação a países
como a Inglaterra, onde a web recebeu 11% dos investimentos em
publicidade, ultrapassando a TV por assinatura e a TV aberta.

A campanha questiona a 15ª posição do Brasil entre os mercados que mais


anunciam na internet, quando o País possui a 7ª maior audiência de
internet do mundo e se classifica na mesma posição entre os que mais

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

investem em publicidade globalmente, no geral.

"A internet brasileira está consolidada. A campanha mostra que brasileiro


tem muito interesse na internet", disse Epstein.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/03/31/publicidade-online-brasileira-cresce-
4-4-em-janeiro-de-2009/

Publicidade online brasileira


cresce 23,6% em janeiro de 2009
Por Redação do IDG Now! Publicada em 31 de março de 2009 às
12h16

São Paulo - Segundo Projeto Inter-Meios, faturamento do setor


chegou a R$ 55,27 milhões. No geral, publicidade teve crescimento
de 2,1%.

O faturamento da publicidade na internet em janeiro deste ano foi de


55,27 milhões de reais, um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo
período do ano anterior, segundo dados do Projeto Inter-Meios.
Com isso, a participação do meio online chega a 4,4% do mercado
publicitário brasileiro. No total, o mercado publicitário brasileiro faturou
1,256 bilhão de reais, aumento de 2,1% em relação ao faturamento
registrado em janeiro do ano passado.
Por outro lado, a mídia impressa não teve um bom começo de ano, segundo
o Inter-Meios. O faturamento das revistas despencou 8,4%, de 81,3
milhões de reais em janeiro de 2008 para 74,45 milhões de reais em janeiro
deste ano. A participação desse segmento caiu de 6,6% para 5,9%.
Já os jornais tiveram queda de 5,7% na receita, que caiu dos 223,93
milhões de reais no primeiro mês do ano passado para 211,13 milhões em
janeiro deste ano. Com o resultado, a participação desse setor na
publicidade brasileira baixou de 18,2% para 16,8%.
O tipo de mídia que teve o maior crescimento foi o cinema, cujo
faturamento saltou de 2,06 milhões de reais no ano passado para 4,8
milhões de reais no primeiro mês de 2009, um aumento de 132% no
período. Ainda assim, a participação desse setor na publicidade nacional é
ínfima e representa apenas 0,4% de todo o mercado.
Os meios ―rádio‖ e ―guias e listas‖ tiveram perdas pouco significativas
e mantiveram suas participações de mercado: 5% e 1,4%,
respectivamente.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/03/16/publicidade-online-
brasileira-deve-faturar-r-1-bi-em-2009-diz-iab/

Publicidade online brasileira deve


faturar R$ 1 bi em 2009, diz IAB
Por Daniela Braun, editora executiva do IDG Now!

Publicada em 16 de março de 2009 às 10h49

São Paulo - Segundo a instituição, setor online deve


fechar o ano com participação de 4,2% do total dos
gastos com publicidade no País.

O Internet Advertising Bureau (IAB) Brasil afirmou nesta segunda-feira


(16/03) que, em 2009, a mídia online brasileira deverá receber
investimentos de 1 bilhão de reais e representar uma participação de 4,2%
do total dos gastos com publicidade no País. As estimativas foram feitas
com base em dados do projeto Inter-meios e também com informações
fornecidas por associados do IAB.

No ano passado, a participação da internet no bolo publicitário foi de 3,5%


somando um volume investido de 760 milhões. Os números incluem dados
do comércio eletrônico e links patrocinados - neste último caso, sem
contemplar os dados do Google, que possui a maior participação nesse
mercado, mas não divulga seus dados.

A métrica usada pelo IAB é diferente da metodologia do Ibope, cuja


pesquisa divulgada na semana passada apontou que a mídia online
brasileira faturou 1,6 bilhão de reais em 2008. Os dados do projeto Inter-
Meios retratam o faturamento efetivamente gerado com publicidade online
por parte dos 46 veículos associados ao IAB Brasil. Já o Ibope Monitor leva
em conta todo o potencial de faturamento do setor com publicidade online
previsto pelos principais portais da internet brasileira, com base na 'tabela
cheia', sem contemplar os descontos resultantes de negociações praticadas
no mercado.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

O IAB Brasil tem 95 associados, que somam mais de 98% do mercado


publicitário online do País, segundo o presidente da instituição, Guilherme
Ribenboim.

Internautas
De acordo com a medição do Ibope Nielsen Online, o número de internautas
residenciais foi de 24,5 milhões e, até o fim do ano, o IAB estima que o país
tenha 28 milhões de internautas residenciais ativos. Esse crescimento é de
20% em relação ao ano passado.

No total, o IAB estima que o País termine o ano com 68,5 milhões de
internautas (residenciais e corporativos). Só no quarto trimestre de 2008,
62,3 milhões de pessoas acessaram a rede. Segundo Ribemboim, a
participação da classe C continua aumentando e deve chegar a 45% em
2009. No ano passado, ela era de 39% e, em 2007, de 33%.

Em relação a conexões de banda larga, o IAB prevê que 2009 termine com
87% dos internautas residenciais conectados em alta velocidade. Em
dezembro de 2008, este porcentual era de 83%, de acordo com dados
fornecidos pelo Barômetro Cisca da Banda Larga.

Web é a mídia que mais cresceu no


setor de publicidade em 2008
Por Redação do IDG Now!

Publicada em 19 de fevereiro de 2009 às 11h04

Atualizada em 12 de março de 2009 às 16h01


E-mail Imprima Comente Erros? del.icio.us Digg a a a

São Paulo - Publicidade online registrou crescimento de 44,1% em


relação a 2007, à frente de TV e rádio, diz Instituto Inter-Meios.

A publicidade online brasileira registrou faturamento de 759,3 milhões de


reais em 2008, alta de 44,1% em relação a 2007 - que totalizou 526,7
milhões de reais, informou o Projeto Inter-Meios nesta quinta-feira (19/02).

No período, a internet foi o meio que mais cresceu no setor, que em 2008
faturou 21,4 bilhões de reais. A participação da web, neste total, fica em
3,54%, 0,77 pontos percentuais a mais que os 2,77% de fatia em 2007,
quando a área somou 19 bilhões de reais.

No 4º trimestre de 2008, o faturamento na web foi de 239,8 milhões de


reais, alta de 38% em comparação com os 173,7 milhões de reais
registrados no mesmo período de 2007.

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O PARADIGMA PÓS - INTERNET 1ª EDIÇÃO

No segundo semestre do ano passado, a publicidade na internet também


cresceu em relação a 2007. O faturamento totalizou 438,2 milhões de reais,
36,4% que o total de 321,2 milhões de reais do primeiro semestre.

A mídia que mais faturou com publicidade em 2008 foi a TV - 12,6 bilhões
de reais, crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. Em seguida,
vem o jornal, com 3,4 bilhões de reais, 9,6% a mais que em 2007.

As revistas faturaram 1,8 bilhão de reais, crescimento de 12,5% em


comparação com 2007, enquanto o rádio cresceu 17,6%, para 902,4
milhões de reais. A TV por assinatura vem em seguida, com 802,7 milhões
de reais - aumento de 25,5% no período.

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