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SER ÁRBITRO DE FUTEBOL

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JOSÉ RODRIGUES
NÚCLEO DE ÁRBITROS
FIGUEIRA DA FOZ

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JULHO 2009

j.a.s.rodrigues@sapo.pt

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 Ser árbitro
O gosto pelo futebol é vivido pela prática ao longo de uma carreira que
começa bem cedo, num qualquer campo onde a bola possa saltar, que é
onde os miúdos aprendem as técnicas e também as regras do jogo, por
mais rudimentares que sejam.
Alguns escolhem a carreira futebolística a tempo inteiro. A maioria segue
por diferentes caminhos. Para estes, no entanto, o gosto pelo futebol não
morre.

Não sendo jogador profissional, é sempre possível ficar ligado ao futebol,

quer seja nos escalões amadores, quer pela opção por uma carreira de
treinador, pelo dirigismo, ou ainda pela dedicação à arbitragem.

E bem se pode falar em dedicação, no caso dos árbitros. Começam por

frequentar cursos que lhes dão direito a apitar jogos dos escalões jovens.
Depois vão subindo nas divisões distritais, até aos campeonatos nacionais.
Se a carreira for particularmente bem sucedida, o árbitro pode integrar a
elite, que é atingir a primeira categoria, e eventualmente, tornar-se parte do
núcleo restrito dos que chegam a árbitro internacional.

É uma actividade de grande responsabilidade, e, em termos gerais, com

baixas compensações financeiras e sociais.
Devido às exigências de todos os agentes desportivos sobre as prestações
das equipas de arbitragem, está a ser iniciada em Portugal a
profissionalização dos que pertencem à primeira categoria. Uma forma de
dotar os árbitros dos melhores meios conhecidos, para que possam
desempenhar da melhor maneira a sua actividade.

Formação dos Árbitros

Os árbitros que atingem a primeira categoria são qualificados para enfrentar
os grandes palcos, os grandes jogos, os momentos importantes.
Contudo, as suas competências têm de ser continuamente aperfeiçoadas,
tal como fazem os grandes jogadores.
Os árbitros que querem chegar longe, sabem que precisam de treino físico e
técnico, e de estar a par das últimas directivas dadas, bem como das
recentes decisões do International Board, que é quem tem a última palavra
na interpretação das leis do jogo.

Percurso Formativo de Árbitros

Um jovem que queira ser árbitro inicia-se pela categoria de Estagiário, a que
ascende após um curso e na qual permanece um ano até subir à 2ª
categoria (distrital/regional). A partir daqui, se quiser subir à 1ª categoria
(distrital/regional) terá de ter aprovação nas provas de acesso.
A passagem para os quadros nacionais requer um mínimo de dois anos de
permanência na 1ª categoria distrital/regional.

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 2

Ao atingir o 3ª escalão nacional, o árbitro passa a ser promovido em função
do relatório dos observadores. Na 2ª categoria a passagem para o escalão
mais elevado requer, além de relatórios positivos dos observadores, a
realização de testes físicos e escritos.
Se tudo correr bem, alcança a primeira categoria, onde vai ter direito a
dirigir jogos com as equipas profissionais. E pode chegar a árbitro
internacional, no âmbito das provas da UEFA ou mesmo da FIFA.

Níveis Técnicos de Carreira

Há três níveis nacionais de arbitragem (1ª, 2ª e 3ª categoria) e três níveis
nos escalões distritais/regionais, (1ª e 2ª categorias e Estagiário).

Arbitragem Explicada
Os árbitros têm indicações rigorosas para combater o jogo violento, ao qual
vão dar especial atenção e punir adequadamente. Também os simuladores
vão merecer um cuidado atento.
O combate ao jogo violento e a procura de uma maior uniformização de
critérios nas decisões são os principais objectivos dos árbitros para a época
2008/09. Procurar acabar com os puxões e empurrões nos lances de
pontapé de canto ou livres para dentro da área são alguns dos objectivos,
de forma a dar maior fluidez ao jogo.
Outro objectivo dos árbitros será combater as perdas de tempo, no sentido
de aumentar o tempo útil de jogo e melhorar os espectáculos, para que se
tornem mais interessantes. Sempre a pensar no público.

Composição da Equipa de Arbitragem

O árbitro de futebol é a figura central no que respeita à aplicação das leis do
jogo. Compete-lhe assegurar o controlo do jogo, recorrendo à colaboração
dos árbitros assistentes e do quarto árbitro quando exista.
As suas decisões, se foram sobre factos relacionados com o jogo, não têm
apelo. O árbitro só pode revogar uma decisão que verifica ser incorrecta ou
por aviso do árbitro assistente, desde que o jogo não tenho sido reatado ou
terminado.
Aos árbitros assistentes compete indicar ao árbitro: quando a bola sai
completamente do terreno; a que equipa pertence o lançamento lateral; os
foras de jogo e se observou algum comportamento condenável que tenha
ocorrido fora do campo de visão do árbitro. Também nas grandes
penalidades devem observar se o guarda-redes se move para a frente antes
da bola ter sido chutada e se a bola ultrapassou totalmente e em forma
regulamentar a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra.

Equipamento do Arbitro

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 3

A equipa de arbitragem veste normalmente todo de preto mas, em caso de
coincidência de cores com as equipas, dispõe de camisolas alternativas, em
amarelo, vermelho, verde ou outras cores.

O árbitro calça botas apropriadas para correr no relvado ( as botas devem

ser o mais discretas possível, não devem ter cores florescentes, aconselha-
se que sejam pretas); usa dois cartões, um amarelo e outro vermelho nos
quais assinala, com uma caneta de acetato, as principais ocorrências do
jogo, ou usa um pequeno bloco de apontamentos. Tem nas mãos um apito,
às vezes dois, um relógio/cronómetro, às vezes dois. Junto ao ombro
esquerdo tem um aparelho que recebe o som “bip” dos árbitros assistentes
(não obrigatório). A partir da época 2007/08 toda a equipa, incluindo o
quarto árbitro, pode dialogar entre si, através do sistema áudio a que só
eles têm acesso.

Fases do Trabalho do Árbitro

(Para Árbitros 1ª Divisão).No dia do jogo (imaginemos que é às 16 horas) a
equipa de arbitragem, incluindo o quarto árbitro, encontra-se para o
pequeno-almoço às 10 horas, a que se segue a reunião preparatória do
encontro, que demora em média 45 minutos.
Pelas 12.30 é a hora do almoço, seguindo-se a deslocação (num carro com
motorista, estamos a falar de árbitros da elite principal “1ª Divisão”) para o
estádio, onde chegam por norma duas horas antes do início do jogo. Toda a
equipa de arbitragem dá, 1h.30 antes do jogo, uma volta pelo campo para
verificar as condições de jogo e segurança. Uma hora antes do apito inicial,
há a reunião de segurança, com o árbitro, delegado da Liga, responsáveis
pelo estádio, chefe da equipa de assistentes de segurança, bombeiros e
chefe da força policial destacada.

Terminada a reunião, o árbitro volta a reunir-se com a restante equipa de

arbitragem e saem meia hora antes do jogo para o aquecimento, que
demora em média 15 minutos. De regresso à cabina, o equipamento de
treino é trocado pelo que vai ser utilizado no jogo. 10 minutos antes do
início do encontro as três equipas reúnem-se no túnel de acesso ao relvado,
onde entram juntas. O jogo pode começar.
No entanto, para o árbitro o trabalho não terminou. Uma hora depois do
apito final envia o relatório do jogo por fax para a Liga. Segue-se a viagem
de regresso a casa. E o trabalho no dia seguinte.

Situações Comuns de Arbitragem

As infracções mais comuns são as que resultam do contacto em falta. O
árbitro, no entanto, tem que estar atento à tentação de jogar a bola com a
mão; aos fora de jogo; conduta incorrecta, etc.
Um jogo pode ser marcado por múltiplas atitudes irregulares. Mas muitas
vezes são os próprios jogadores que interpretam positivamente as regras,

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 4

evitam situações que não estão conformes com as leis do jogo e
transformam o espectáculo em algo vistoso e em que pouca intervenção é
requerida ao árbitro.

Como ser árbitro?

A Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com as Associações de
Futebol de todo o país, promove cursos de candidato a árbitro para todos os
interessados.
Inscreva-se na Associação de Futebol, Conselho de Arbitragem ou Núcleo de
Árbitros da sua área de residência.

Curiosidades

Tabela de Comparticipações de Jogos da

AFCoimbra

Ajudas de Custo
(por filiado)

1 JOGO ATÉ 50 KMS ---------------------------------------------- 7.50 €

51 A 149 KMS -------------------------------------------------------- 9.00 €
MAIS DE 150 KMS ------------------------------------------------- 11.00 €
DOIS JOGOS NO MESMO DIA ----------(2 x 7.00 €)------- 14.00 €

Transporte – em automóvel próprio

PREÇO POR KM
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
0,25 €

JOGOS EM QUALQUER ESCALÃO DENTRO DO MESMO CONCELHO KMS

FIXOS PARA CÁLCULO DE ESCALÃO
---------------------------------------------------------------------------------- 20 KMS

(Na situação de mais do que um jogo, o transporte será pago ao

árbitro nomeado para o último.)

Manutenção de Equipamentos:

Domingo: ÁRBITRO
Á. ASSISTENTE
1ª DIVISÃO HONRA ------------------------------------- 13.00 €
---------------------------------------8.00 €
1ª DIVISÃO ------------------------------------------------ 11.00 €
---------------------------------------7.00 €

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 5

JOVENS + FEMININOS ---------------------------------- 7.00 €
----------------------------------------5.00 €
Sábado:
1ª DIVISÃO HONRA ------------------------------------- 18.00 €
------------------------------------- 13.00 €
1ª DIVISÃO ------------------------------------------------ 16.00 €
--------------------------------------12.00 €
JOVENS + FEMININOS --------------------------------- 12.00 €
--------------------------------------10.00 €
Subsídio de actuação:
Por jogo por filiado
------------------------------------------------------------------------------------------2.50 €

Prémios de jogo para os árbitros de Futebol da FPF

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL

ÁRBITRO
PROVAS ÁRBITRO
ASSISTENTE
Taça de Portugal (c/equipa da € 541,00 € 228,00
I Liga)
Taça de Portugal (c/equipa € 382,00 € 158,00
da II Liga)
II Divisão € 306,00 € 122,00
III Divisão € 199,00 € 94,00
Juniores A € 136,00 € 65,00
Juniores B e C € 88,00 € 48,00
Futebol Feminino € 88,00 € 48,00
Preço do Quilometro € 0,32
Refeições € 17,50
Perda de Salário € 30,00
Subsídio de Treino Mensal € 25,00

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 6

 Prémios de jogo para os árbitros de Futebol
Profissional

LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONAL

ASSISTENTE 4º
PROVAS ÁRBITRO
S ÁRBITRO
Liga Sagres (cada jogo) 1000,00 € 500,00 € 250,00 €
Liga Vitalis (cada jogo) 700,00 € 350,00 € 175,00 €
Perda Salarial (dia de 80,00 € 80,00 € 80,00 €
trabalho)
Subsídio de refeição 21,00 € 21,00 € 21,00 €
Subsídio por Quilometro 0,38 € 0,38 € 0,38 €
Subsídio de Treino Mensal 300,00 € 300,00 € 300,00 €

Prémios de jogo para os árbitros de Futebol

ÉLITE FIFA / UEFA

ASSISTENTE 4º
PROVAS ÁRBITRO
S ÁRBITRO
Jogos Internacionais 10.000,00 € 5.500,00 € 4.000,00 €
Perda Salarial (dia de 200,00 € 200,00 € 200,00 €
trabalho)
Subsídio de refeição ? ? ?

VALE A PENA SER ÁRBITRO DE FUTEBOL

INSCREVE-TE JÁ

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 7

 Condições de Admissão:

1 - Podem solicitar a inscrição para candidatos a Árbitros, os

indivíduos que obedeçam aos seguintes requisitos:

a) Sejam nacionais de um País comunitário ou beneficiem de estatuto

de dupla nacionalidade;
b) Os maiores de 14 anos, até à idade máxima de 31 anos;
c) Residam na área do Distrito de Coimbra;
d) Não sofram de incapacidade civil, interdição ou inabilitação;
e) Não tenham sido condenados, por sentença com trânsito em
julgado, por crime doloso com pena de prisão efectiva;
f) Não tenham sido penalizados disciplinarmente em qualquer outra
modalidade desportiva, com pena igual ou superior a noventa dias de
suspensão;
g) Não sejam portadores de doença ou defeito físico incompatível
com a prática da arbitragem;
h) Tenham o mínimo de 1,60 m de altura;
i) Tenham a habilitação literária mínima nacional ou equivalente.

2 - Pode o Conselho de Arbitragem admitir a título

excepcional, devidamente justificado, a inscrição de
candidatos:

a) Que tenham a idade máxima de trinta e cinco anos, no caso de

terem sido praticantes de futebol e que tenham disputado
campeonatos oficiais de seniores;

b) Que possuam pelo menos o quarto ano do ensino básico, mas

demonstrem ter cultura e desenvolvimento intelectual equivalente à
habilitação estabelecida na alínea i) do número anterior.

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 8

JOSÉ RODRIGUES (j.a.s.rodrigues@sapo.pt) Página 9
 Informações e
Inscrições
Conselho de Arbitragem

Associação de Futebol de
Coimbra
VÁRIAS DATAS
Rua Ferreira Borges, 155 – 2º -

3000-180 COIMBRA

www.afcoimbra.com

www.nafffoz.com

cons.arbitragem@afcoimbra.co Organização / Formação:

m
Conselho de Arbitragem da Associação
Futebol Coimbra