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1 DOLCE MORUMBI

D O LC E M O R U M B I E D 43 F E V E R E I R O 2008

2008. O NÚMERO 1. O ANO DO RATO.


Bem-vindo a 2008, um ano repleto de simbologias. Analisado pela ótica da numerologia,
DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira é um período de reinício, de novos planos, ciclo marcado pelo numeral 1, síntese da
PUBLISHER Denise Gonçalves – denise@editorasupernova.com.br soma de seus algarismos. Para os orientais – mais de dois bilhões de pessoas no mundo
DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – vania@editorasupernova.com.br – 2008 é o Ano do Rato, que promete abençoar àqueles que forem atrás dos seus
REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb 47.074 sonhos com muita dedicação e um afinco digno dos obstinados.
editorial@editorasupernova.com.br Para os brasileiros é também um ano de eleição, trazendo trabalho extra para aqueles
PRODUÇÃO Roseli Gonçalves que quiserem mais do que surfar a onda da prosperidade pessoal predestinada pelos
pauta@editorasupernova.com.br
horóscopos orientais – há de se arrumar tempo também para estudar o perfil dos
ARTE Alessandra Meira – arte@editorasupernova.com.br
candidatos que levarão nossos votos e definirão nosso destino de paulistanos pelos
CAPA Vladimir Fernandes
próximos quatro anos. Ainda não se sabe ao certo quem serão eles, mas é pouco provável
ATENDIMENTO Paula Mozart
atendimento@editorasupernova.com.br que apareça num horizonte tão próximo um nome diferente dos que já têm sido
DEPARTAMENTO COMERCIAL especulados, então é só começar a pesquisar desde já o histórico de cada um deles. Mais
Alice Cristina Gonçalves do que boas intenções, é preciso que o líder de hoje tenha uma sabedoria lapidada não
comercial@editorasupernova.com.br
apenas na experiência e no estudo, mas também que ele consiga refletir uma atitude
DEPARTAMENTO FINANCEIRO
Márcia Maria Gonçalves – administracao@editorasupernova.com.br pautada pela serenidade de saber que está fazendo o que é certo – o que normalmente
ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – jpn.adv@aasp.org.br conflita com o que é fácil. Esse certo “saber ancestral”, essa virtude tão dificilmente
JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370 conceitualizada, é muito mais perceptível na cultura oriental do que na ocidental,
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO e talvez venha daí o fascínio que as filosofias orientais têm exercido sobre o mundo
Claudia Castellan, Floriano Serra, Leandro Linhares, Lívio Giosa, ocidental. Vem do Taoísmo, filosofia-religião atribuída ao mestre chinês Lao-Tsé, um
Paulo Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli
Gonçalves (revisão), Samir Baptista (fotos, exceto as indicadas), dos mais belos e simples conceitos de virtude (conforme o Tao Te King, de Alba Pavese):
Silvia Utsch e Thais Narkevitz “Quando a virtude se perde, aparece a benevolência; quando se perde a benevolência,
IMPRESSÃO CLY aparece a justiça; quando a justiça se perde, aparecem os dogmas e o moralismo; os
DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para maili ng VIP dogmas e o moralismo são a casca da fidelidade e da lealdade e o começo da confusão”.
TRÁFEGO Ronaldo Ferreira Ou seja, onde há a virtude absoluta, não há necessidade de benevolência, nem de
REPRESENTANTES COMERCIAIS justiça, nem de dogmas e nem de moralismo. Os políticos brasileiros, porém, preferiram
Ana Paula Freitas, Carla S. Araujo e Fátima Lopes
beber mais da fonte de Nicolau Maquiavel e seu conceito de “virtú”, imortalizando a
TIRAGEM: 15 mil exemplares
máxima que apregoa que os fins justificam os meios.
Em paralelo à corrida eleitoral, há também a oportunidade que todos temos, a
REVISTA DOLCE MORUMBI é uma publicação da
Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas cada dia, de fazermos algo melhor. De superarmos a nós mesmos. Até porque essa
opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar é praticamente uma lei universal – o que não evolui, inevitavelmente se deteriora
produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta
publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel e, conseqüentemente, se autodestrói. Embalados por essa inspiração que cada início
timbrado, da diretoria da Supernova.
de ano traz, fomos buscar entre os moradores do Morumbi verdadeiros exemplos de
CARTAS PARA A REDAÇÃO automotivação, aquela energia indescritível que mostra toda a sua força nos momentos
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B
CEP 05640-004 – São Paulo – SP
de adversidade. Para eles não houve obstáculo que os impedisse de, usando uma
expressão contemporânea, “fazer valer a pena” cada dia da vida, não importando o
atendimento@editorasupernova.com.br
Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612 tamanho do obstáculo. Suas histórias estão narradas nesta primeira edição do ano,
este 2008 que será tão belo quanto cada um de nós quiser que ele seja. Para começá-
DOLCE APÓIA: lo bem, recorremos novamente à literalmente boa e velha filosofia de Lao-Tsé: “uma
longa viagem começa com um único passo”.

Bom ano pra você. Aproveite cada dia.

Denise Gonçalves
www.reciclamorumbi.com.br www.escoladopovo.org denise@editorasupernova.com.br
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20
10
16
capa Ultrapassando limites

de 1 a 10 Marcelo Mahtuk

18 agenda

20


moda Como vestir o homem moderno?, por Claudia Castellan

22 tecnologia Tecnologia verde, por Leandro Linhares

24

test drive New Civic, Líder de mercado, por Renato Corrêa

24 26

bem-casado Chocolate e chá chinês

28
lar, dolce lar Socorro: Estamos em obra!!!, por Silvia Utsch

30


especial O Morumbi, quem diria, começou com D. João VI

34

vida profissional Lealdade ou capacidade?, por Lívio Giosa

30

36


em foco

40 cidadania Começa mais um ano eleitoral, por Rosa Richter

42 pensata Conviver em sociedade, por Paulo Amaral



44
comunidade O poder do voluntariado

46
49
especial educação

destaques dolce

58 final feliz Você sabe que dia é hoje?, por Floriano Serra

gente capa

Ultrapassando
limites
A descobertA do outro
pegou a chave do carro jogada num
Liana Muller Borges ama a vida. E canto e foi embora. No embate, três
muito. Em 1987, morava com seus seqüestradores foram mortos.
cinco filhos quando sua casa, próxi-
Em vez de se mudar de casa, como
ma ao Clube Paineiras do Morumby,
Não há medo nem confusão muitos amigos aconselharam, Liana
foi invadida por cinco assaltantes
voltou para a favela, a mesma do
na vida dos personagens que mascarados. Depois de quatro ho-
seu cativeiro, e bateu à porta dos
Dolce foi ouvir para falar ras, os bandidos a levaram refém
moradores, que abriam confusos e
para um barraco minúsculo na fa-
sobre superação. vela do Jardim Panorama. Por uma
assustados. Com muita insistência,
Três diferentes histórias, cada conseguiu realizar reuniões com a
fresta na parede de madeira da
comunidade até detectar sua maior
uma motivada por um desafio pequena casa, Liana podia visuali-
necessidade, que na época era uma
particular – a vitória sobre zar uma grande montanha de lixo,
creche para as mães deixarem as
onde várias crianças brincavam. Es-
a violência, um problema tarrecida com a cena, pensava em
crianças enquanto trabalhavam.
de saúde e a instabilidade como seria possível seres humanos A Revista Dolce ouviu a psicóloga
financeira nos servem como vivendo de forma tão precária, bem Rosely Jorge, que revela que a volta
exemplo e nos inspiram a ali, a pouco mais de um quilômetro ao cotidiano está ligada à auto-ima-
de sua casa. Como ela nunca tinha gem saudável e aos recursos inter-
transformar o mundo, mesmo nos que a pessoa construiu para si
reparado em seus vizinhos? Não
com pequenas ações, que, sentia medo por sua situação, mas no enfrentamento das situações da
geralmente, começam dentro sim uma grande perplexidade e o vida, dando até um novo sentido e
de nós mesmos. desabrochar da consciência sobre direção a sua existência.
um mundo que ela até sabia existir,
A pessoa esperançosa não Ainda em 87, surge a União dos Mo-
mas com o qual não tinha o me- radores da Favela do Jardim Panora-
olha para o tamanho do nor contato. Naquele momento, só ma. Desta iniciativa nasceu a creche
seu problema, e sim para o pensava numa maneira de ajudar “Recanto da Alegria I” feita com a
tamanho de sua esperança, aquela comunidade. participação da comunidade, in-
buscando superar cada Envolvida por seus pensamentos, clusive de um dos seqüestradores,
obstáculo que aparece foi surpreendida pelo barulho muito João – que na época do seqüestro
próximo de helicópteros. A polícia era menor e fugiu da Febem. Liana
no caminho. não sabia quem ele era por causa
chegou para resgatá-la, trocando tiros
por Francilene Oliveira com os seqüestradores. Atordoada da máscara usada no assalto, mas
fotoS Vladimir Fernandes pelo som das hélices e dos disparos, quando lhe contaram, foi ao seu

10 dolce morumbi
liana na escadaria
feita pelo artista
estevão da conceição,
em Paraisópolis

encontro. João pediu desculpas


e disse que não teve coragem de
contar-lhe antes.
Junto com várias mães, a então
arquiteta-paisagista passou a tra-
balhar na creche que inicialmente
atendia 20 crianças, mas o local
precisava de grandes transforma-
ções. Não havia cozinha – comida
e lanches eram preparados na casa
de Liana – nem banheiro separado
para os adultos e crianças. De-
pois que ela conseguiu fazer as
reformas necessárias através da
construtora JHS, com o auxílio do
empresário Roberto Auriemo, foi
possível a realização do convênio
municipal, na gestão da então
prefeita Luiza Erundina. A creche
passou a receber não apenas ver-
ba, mas uma equipe técnica para
capacitar o corpo profissional.
Liana tentou conciliar a tarefa de
mãe e a profissão de paisagista com
esta nova missão de vida. Vivia por “O melhor presente que
essa comunidade e para resolver os
seus problemas. Lembra que, quan- poderia receber é perceber
do jovem, em Porto Alegre, onde
nasceu, ainda adolescente criou a que fiz a diferença na vida
“Campanha da Ovelha” para doar lã
a uma comunidade pobre na Ilha
de alguém”. (Liana)
do Marinheiro. Através de familiares
e dos amigos de seu pai, conseguiu
lotar um navio de ovelhas e enviá-

dolce morumbi 11
gente capa

“Agradeço a Deus pela vida e estou cheio


de projetos para o futuro. Não me permito
deixar de ser feliz.” (Alberto)
las para a ilha. Assim como naquela mou-se em algo maior com a criação Naquela mesma tarde, haviam acabado
época, nada a fazia recuar, abandonou de uma cooperativa de entidades so- de deixar o hospital, onde Alberto ficara
a atividade de paisagista para se dedi- ciais. A Cooperapic, única cooperativa internado em coma por seis dias.
car integralmente a esse projeto social de educação no país, busca educar e Eles se conheceram em um encontro
de educação. Não havia barreira, nem formar as mais de 70 cooperadas, que de amigos em comum. Na mesma noi-
mesmo quando um de seus filhos foi atendem 58 mil crianças de várias regi- te, Verônica pensou: “Eu quero ele para
assaltado por um grupo de meninos ões, incluindo Capão Redondo, Jardim mim!”. Ao chegar em casa empacotou
que era orientado por ela. Ângela, Parelheiros e Embu das Artes. todos os recadinhos e penduricalhos
Não foi fácil lidar com a violência, mas Superar barreiras é uma meta na vida recebidos do noivo, e ficou esperando,
Liana Borges não sentia raiva, pois con- de Liana. Sua maior alegria é poder ansiosa, a hora de telefonar e terminar
sidera as ações de violência que sofreu fazer a diferença na vida das pessoas. o relacionamento de cinco anos. Três
resultado de vidas sem oportunidade. As Aliás, tem uma, em especial que é um meses depois se casou com Alberto e
pessoas que a agrediram também foram presente caído dos céus, Luana, de 10 foram para o México.
agredidas pelo tipo de vida que tiveram. anos. A menina mora com a avó na fa- Passados trezes anos, Alberto gosta
vela, mas três vezes por semana dorme de acordar às seis da manhã para ir ao
A creche cresceu. Hoje existem três nú- no apartamento de Liana. Ela a leva
cleos diferentes, no Jardim Panorama, Ceasa comprar frutas. Ele é um homem
logo cedo para aulas na escola Siwa alto, de 1,96 m, inteligente, perspicaz e
Real Parque e Vila Dalva. Muitas crianças Ballet, e depois para a Cia. das A’Artes
que passaram pelas creches tiveram seu que dá valor às palavras pronunciando-
para complementar sua formação, pois as metodicamente. Amante de vinhos,
futuro modificado e entre eles, estão está sendo preparada para o Bolshoi
educadoras e pedagogas, administrado- trazia uma mala da bebida, fora a de
Ballet. Luana é considerada da família, roupas, toda vez que viajava. Mas uma
res, pequenos empresários, mecânicos, inclusive acompanha Liana em férias
padeiros, professores de atividades cir- ponte aérea em 2004, de Barcelona
e viagens. A menina convive em dois para Ibiza, marcou outro período em
censes, e também jovens que estão sen- mundos distintos, mas é muito equili-
do preparados para integrar o quadro sua vida. Alberto passou mal e, após ser
brada. Tanto adora a carne do restau- levado ao hospital, descobriu ser porta-
de profissionais no Cirque du Soleil. rante Barbacoa quanto se enche de dor de hepatite C, decorrente de uma
Em 1995, Liana promoveu a criação da alegria ao voltar para a casa da avó. transfusão de sangue feita vinte anos
Associação Criança Brasil, desvinculan- antes por motivo de broncopneumo-
do a área educacional da área social da nia dupla. Após a descoberta, foi obri-
União dos Moradores do Jardim Panora- o cAsAl Fênix gado a fazer inúmeras mudanças em
ma. É então formado o primeiro conse- sua rotina, principalmente relacionadas
Alberto Fernandes e Verônica Coto pas-
lho de empresários, parceiros de vários à alimentação, que passou a ser à base
seavam abraçados pelas ruas de Veneza
projetos que passaram a acontecer na de legumes, frutas e saladas.
quando ouviram uma melodia de MPB
comunidade, buscando atender crian-
vinda de dentro de um pequeno bar, Em decorrência da doença, 10% do fíga-
ças de outras faixas etárias e capacitar
em frente a um canal. O ambiente esta- do de Alberto estão comprometidos e
jovens adolescentes. O presidente deste
va todo iluminado à luz de velas e pre- ele não processa mais a proteína animal,
conselho, Sr. Manoel Felix Cintra, presi-
enchido pela voz de Marisa Monte: “Um que se ingerida, transforma-se em amô-
dente da BM&F, continua até hoje como
dia eu vou estar à toa e você vai estar nia prejudicando o funcionamento cere-
líder de um grupo dedicado a realizar
na mira...”. Verônica olhou para Alberto bral. A encefalopatia hepática o “tira do
projetos educacionais na entidade.
e disse: “Vamos tomar um vinho italia- ar” por alguns dias, quando geralmente
O aumento da responsabilidade e inter- no?”. Beberam duas jarras, celebrando ele perde a memória e muitas vezes tem
câmbio com outras entidades transfor- um pacto: “Vamos viver e ser felizes”. que ser internado na UTI. Alberto está na

12 dolce morumbi
Verônica, Alberto
e Arthuro: uma
muralha de proteção

dolce morumbi 13
gente capa

foto: Samir baptiSta


“Aprendi que se hoje
é um dia ruim, amanhã
será um dia melhor.
Se hoje não acontece
nada, amanhã pode
acontecer tudo, pois o
mundo é grande e está
cheio de oportunidades.”
(Paulo)
Paulo e Fernanda se ergueram depois de uma crise financeira

expectativa de um transplante de fígado Mas Alberto está cheio de planos para sair daqui nós vamos nos ver, não é?”.
ou que surja algum remédio eficiente e o futuro e só se fortalece, principalmen- Assim que Verônica chegou, desabafou
sem grandes efeitos colaterais. Enquanto te, com o apoio de Verônica e do filho rindo: “Levei uma cantada hoje”.
isso recebe medicação e faz exames re- Arthuro, de sete anos, que acompanha A parceria entre o casal cria uma muralha
gularmente no Hospital Albert Einstein. o caso. No final de 2005, Arthuro en- de proteção, e eles vivem intensamente
saiou todos os dias, cheio de expectati-
Além da alimentação, outros hábitos o tempo presente. Não sentem autopie-
va, para se apresentar ao pai na peça da
mudaram. Alberto diminuiu bastante dade. Dizem apenas, “vamos viver e ser
escola, mas no dia da apresentação, Al-
a carga horária de trabalho, as viagens, felizes”. Apesar dos obstáculos, cultuam
berto estava hospitalizado. Ao finalizar
evita dirigir e não se prende mais ao apenas o lado gostoso da vida.
a peça, Arthuro pediu que Verônica o
vinho – a qualquer momento pode
levasse ao hospital. Ao chegar ao Eins-
ter uma ausência. Mudou também o
tein falou para Alberto: “não é porque A Arte de se reFAzer
círculo de amizades. Alberto encara a
você não pôde ir à minha apresentação
situação com um certo humor e bas- Paulo Roberto Ferreira trabalhou por 22
que não vai ver o que eu fiz para você”.
tante naturalidade, apesar de perceber anos em uma empresa de revestimen-
E fez a mesma apresentação para o pai.
que algumas pessoas evitam pegar em to cerâmico. Entrou com 18 e saiu aos
sua mão e mandam desinfetar talheres Outras situações curiosas acontece- 40. Em 1999, a empresa planejava abrir
e copos depois de ele usar. (A psicólo- ram com Alberto. Num hospital, após mercados em outros países, e Paulo foi
ga Rosely Jorge diz que numa situação ter saído de um coma induzido, ainda transferido para a Argentina, com pla-
traumática os amigos e a família, princi- em observação, viu a enfermeira, uma nos para ficar por quatro anos ocupan-
palmente, criam expectativas em rela- morena muito bonita, caminhar em sua do o cargo de superintendente para o
ção às escolhas da pessoa e não supor- direção, pegar em seu braço e pergun- Mercosul. Mas a crise da Argentina veio
tam a própria angústia vivida ao longo tar sem a menor cerimônia, e cheia de a galope, e a empresa fechou as portas
do processo de cura). charme, dentro da UTI: “Quando você no país.
14 dolce morumbi
Em menos de um ano, Fernanda e Paulo voltaram para o
Brasil, mas a cadeira de gerente não estava mais disponível.
Paulo perdeu o emprego depois de 22 anos dedicados à
empresa. A tristeza deu lugar à preocupação – “E agora?”.
Por alguns meses, o casal e suas duas filhas Manuela e Olí-
via ficaram em Florianópolis, na casa da mãe de Paulo. Foi
um período para pôr ordem no pensamento e começar a
busca por novas oportunidades. Paulo enviou currículos
para o país inteiro e não teve nenhum retorno. Até que,
após cinco meses, conseguiu uma colocação como diretor
comercial de uma empresa de pastilhas de porcelana.
Novamente instalados em São Paulo, Fernanda passou a
contribuir na renda da casa, primeiro trabalhando com
cartões personalizados, depois na empresa de telecomu-
nicações de um amigo. Porém, após quatro anos, o chão
novamente se abriu. Nas férias de julho de 2004, Fernanda
recebeu uma ligação de Paulo dizendo que fora desligado
da empresa. E agora, tudo de novo? Novamente mandar
currículos e não receber respostas?
Não. Paulo resolveu virar a mesa e arriscar, abrindo sua
própria empresa, especializada em consultoria e gestão de
negócios na área em que ele fizera carreira. Pouco tempo
depois, conquistaram a gestão comercial de uma empresa
de revestimentos, abrindo uma rede de dezenas de repre-
sentantes em todo o país.
O casal permaneceu sempre unido, não apenas nos mo-
mentos de prosperidade, mas também nos momentos de
dificuldade. Aprenderam que a vida tem altos e baixos e
que é preciso saber lidar com o dinheiro. Hoje, Paulo consi-
dera ótimo seu desligamento das duas empresas, pois saiu
da zona de conforto e aumentou sua determinação e auto-
confiança em um mundo cheio de oportunidades.
Em casos como o de Paulo, a psicóloga Rosely Jorge obser-
va que a superação está diretamente ligada a uma imagem
própria adequada e saudável, pois é mais difícil uma pessoa
que tem a auto-imagem negativa superar seus traumas.
Nos três casos, estes moradores do Morumbi perceberam
que eram muito mais fortes do que pensavam, e que existe
dentro deles uma força incrível, levando-os a seguirem em
frente até ultrapassar todas as barreiras e superar os limites.
dolce morumbi 15
gente entrevista

de 1 a 10 MArcelO MAHTuk
1
Marcelo Mahtuk trabalha no setor Por quais atributos a região do MoruMbi é uMa das que
Mais cresce eM são Paulo?
imobiliário desde os 15 anos, inicialmente
Para os incorporadores há boa oferta de terrenos e,
de modo informal. À procura de um conseqüentemente, de lançamentos imobiliários regulares,
trabalho mais estável, passou em um custo competitivo do m² e conhecimento da velocidade de
concurso público para atuar no Banestado, vendas. Para os moradores, o bairro oferece infra-estrutura
que facilita o dia-a-dia.
em Santos. Mas após um mês, desistiu

2
do emprego e veio para São Paulo correr eM sua oPinião, o que esse cresciMento acarreta?
atrás do que realmente queria: a área Tanto problemas de infra-estrutura, cuja responsa-
bilidade é do poder público, como a “mobilização”
imobiliária. Hoje, diretor da Manager do bairro, pois os moradores se envolvem com os proble-
Administração de Condomínios, Mahtuk mas da região visando melhorar sua qualidade de vida e
nos revela a situação imobiliária do bairro. exigindo melhorias.

3
que tiPos de “segMentos” o setor iMobiliário atrai Para
nossa região?
O segmento familiar com foco em casais com filhos
pequenos até a adolescência. A construção dos imóveis
se aproxima ao máximo dessa necessidade, mas as cons-
trutoras e os incorporadores evitam concentrar em um
único perfil ao planejar o condomínio.

4
Você identifica alguMa relação entre o cresciMento do
setor iMobiliário e a taxa de eMPrego aqui na região?
Segundo estimativas do Secovi-SP, o crescimento
do mercado imobiliário deve ser de 15% a 20% este ano
proporcionando a geração de empregos de “base” e, de
forma indireta, o surgimento de comerciantes e profis-
sionais liberais.

5
os eMPreendiMentos coMerciais são “a bola da
Vez” no MoruMbi ou os residenciais ainda são
Prioridade Para as construtoras?
A característica do bairro é residencial, mas, atualmente,
necessita de lançamentos de edifícios comerciais para
atender a negócios ou empresas com interesse focado
no bairro, tais como escritórios, restaurantes, comércios
etc. Há também muitos moradores que mantêm seu ne-
gócio por perto.

16 dolce morumbi
6
as noVas construções na região têM leVado eM
consideração uM Mundo Mais sustentáVel? coMo
isso Pode ser obserVado?
Os incorporadores estão conscientes de sua respon-
sabilidade e investem em tecnologia e produtos vol-
tados para:
· uso racional da água – utilização de caixas de descargas
com consumo abaixo de seis litros, aproveitamento de
água da chuva, uso de torneiras econômicas.
· energia – utilização de equipamentos de baixo consu-
mo, uso de energia solar, sensores de presença.
· resíduos – promovem espaço para separação de lixo
orgânico do material reciclável, uso de madeiras, brita e
areias certificadas.
· Ambientes – minimizam a movimentação de terra para
a construção, preocupação na manutenção das árvores
nativas do terreno e com o paisagismo.

7
quais as exPectatiVas Para o setor iMobiliário local
eM 2008?
O setor cresce significativamente graças aos incen-
tivos do governo, maior flexibilidade de prazo, redução
de juros e abertura de capital das incorporadoras.

8
coMo tornar os condoMínios da região cada Vez Mais
seguros?
É necessário que os condôminos se conscientizem
de que são os principais responsáveis pela sua segu-
rança e de seus vizinhos participando de assembléias,
elegendo gestores condominiais e buscando assessoria
profissional.

9
o que é Mais difícil de adMinistrar eM uM condoMínio?
O que não é administrável, o “ser humano”, ter que
encontrar saídas no labirinto do raciocínio e nas ne-
gociações de conflitos.

10
e o que é Mais Prazeroso neste trabalho?
conhecer e relacionar-se com pessoas.

dolce morumbi 17
agenda morumbi

CALEnDáRIO divulgue nesta seção:


envie e-mail para editorial@editorasupernova.com.br,

DO MORuMBI
com 40 dias de antecedência da data. Serão publicados os
eventos que acontecerem entre o dia 10 do mês de edição e
o dia 10 do mês seguinte.

6 de março LocaL: Teatro Alfa -- Rua Bento de Horário: 11h30


Curso “Paisagismo sustentável: Andrade Filho, 722 Mais inforMações: 3742- 0077
a ÉtiCa da estÉtiCa” Horário: quinta e sexta 21h,
Prof. Raul Cânovas domingo 18h e sábado 17h e 21h
LocaL: Fundação Maria Luisa e Oscar vaLor: sob consulta no site 20 e 21 de março
Americano, Av. Morumbi, 4077 www.teatroalfa.com.br ou pelo Comemoração da Festa de Purim
Horário: quintas das 11 às 13h, telefone 5693-4000 data de sorte do povo judeu, orga-
duração 15 aulas nizada pela Sinagoga do Morumbi.
MensaLidade: R$ 205 de 10 a 26 de março na quinta-feira (20) acontece um
auLa avuLsa: R$ 55 Cursos no shoPPing butantã desfile de fantasias infantis com
dia 10 Culinária – Modelagem em pizza e sorvete e na sexta-feira (21),
de 7 de março a 6 de abril pasta americana um jantar para toda a comunidade.
exPosição “arte da terra”, dia 11 Artesanato – Confecção de LocaL: Sinagoga do Morumbi – Rua
de bia dória - esCulturas Com madeira sabonete líquido hidratante Votuverava, 174, Jd Guedala
desCartada ou morta dia 12 Arrumação de armário ou inforMações: Tel.: 3031-4555
LocaL: Centro Cultural Apsen, na Casa da guarda-roupa feminino de forma
Fazenda do Morumbi, Av. Morumbi, 5594 racional
dia 13 Curso de artesanato 27 de março
Estac. com manobrista na Casa (R$ 10)
dia 19 Curso de artesanato, com Palestra
Horário: terça a sábado das 12 às 20h, e
tema ligado à Páscoa “o valor do amanhã”, ministrada Pelo
aos domingos das 12 às 18h
dia 20 Artesanato - Confecção de ProFessor dr. eduardo gianetti
Mais inforMações: 3739-5100
gargantilha em três fios LocaL: Fundação Visconde de Porto
visitação gratuita
dia 26 Curso de culinária Seguro, unidade I, Rua Floriano
LocaL: Shopping Butantã, Peixoto Santos, 55
de 9 de março a 27 de julho Av. Professor Francisco Morato,
(quinta a domingo) Horário: 20h
2718, estacionamento gratuito Mais inforMações: 3749-3255
esPetáCulo West side story Horário: das 14h30 às 17h30 gratuito
Ambientada em Manhattan nos anos coMo participar: Inscrições pelo
60, telefone 3723-3900
West Side Story conta a história de amor gratuito dia 30 de março
de Tony e Maria, que nascem em meio à ConCerto: quarteto
rivalidade de duas gangues de rua, dia 16 de março romanov – Cordas
retratando os conflitos de uma juven- ConCerto: reCital de niColau de LocaL: Fundação Maria Luisa e Oscar
tude que crescia embalada ao som do Figueiredo – Cravo Americano, Av. Morumbi, 4077
mambo, do rock e inspirada na rebeldia LocaL: Fundação Maria Luisa e Oscar Horário: 11h30
de James Dean. Americano, Av. Morumbi, 4077 Mais inforMações: 3742- 0077

Apoio cultural
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DE BEM COM A viDA moda

Como vestir
o homem moderno?
Silhueta mais fina e alongada, paletós mais curtos, colarinhos 130, 140 e 150, perfeitas para nosso clima
menores, gravatas mais finas, punhos mais estreitos... O que e próprias para uso o ano inteiro (caso
mudou na moda masculina? caiba no orçamento, opte por uma 180
Que atire uma pedra o homem que nunca teve dúvidas na no verão, mais leve e fresca). As fendas
hora de compor o visual, principalmente formal! Com tantas traseiras atuais são as gêmeas, mas não
opções de padrões para camisas, se preocupe se o seu tiver apenas um
um sem-fim de estampas de gra- corte traseiro, não está fora de moda.
vatas e ainda tecidos novos para os Para as camisas, o mais moderno é a volta
costumes, não é de estranhar que do botão forrado com o mesmo tecido.
num universo que até pouco mais Quanto mais fina a listra da camisa, mais
de uma década atrás era visto como social e mais chique. O tecido mais usa-
feminino, o importar-se com “o que do é a tricoline, 100% algodão, e quanto
combina com o que” deixe muitos maior o número de fios, mais macia e de
rapazes de mal com o espelho... qualidade; a tempo, o melhor algodão é o
Engana-se quem pensa que vestir de fio egípcio. Pode ser oxford, pinpoint,
o homem é mais fácil. Um simples oxfordine, escama de peixe, não importa
deslize na cor da meia, ou o uso o padrão, tenha uma de cada para todas
Camisas: quanto mais fina a listra da do relógio esportivo com seu belo as ocasiões. Se puder, opte pelas feitas sob
camisa, mais social, mais chique costume grafite na entrega do prêmio da medida. A dupla punho/colarinho precisa
empresa pode pôr tudo a perder! seguir uma proporção, ou seja, punho es-
Mas calma, regrinhas básicas irão tirar treito com colarinho idem e combinam
você do sufoco e tornarão suas compras com gravata e lapela fina.
um prazer inimaginável. Como me espe- Se preferir punho largo, então um colari-
cializei em atender executivos, vi como nho mais largo é o ideal.
bons ensinamentos facilitam a vida na Gravata, atualmente as de 7 cm fazem
frente do guarda-roupa! a cabeça dos mais modernos, mas vale
Acima de tudo, não se pode esquecer de lembrar que o colarinho será menor, en-
Gravata: sempre mais escura que a camisa
que todo guarda-roupa social é compos- tão, lapelas e punhos mais estreitos para
to de peças mais estruturadas e formais, não quebrar a harmonia. Se você é mais
além de visual impecável, cabelos em tradicional continue com as de 8 cm de
ordem, peças cuidadas, barba e bigode largura, estas não saem de moda nunca.
aparados, perfume suave... A ponta deve terminar na altura do furo
Então vamos às dicas: do cinto e sempre para fora da calça.
Acostume-se com o termo COSTUME. Lembre-se de que o tipo de colarinho
Terno, apenas se tiver colete. Os mais deve estar de acordo com o formato de
atuais são mais próximos do corpo – a seu rosto e, portanto, a largura da gra-
Carteira, cinto ou pasta social: sempre de couro modelagem slim fit é válida apenas se vata também! Nada mais desatualizado
Acima: Camisas, gravatas e
você estiver em forma. que usar camisa escura com costume e
acessórios Richards Se este não for o seu caso, tudo bem, mas es- gravata escuros, pois
queça os jaquetões e os muito largos, (lem- o visual lembra “look
bre-se de que a modelagem data uma roupa, Punhos com abotoaduras estão na moço malvado de no-
então, por mais novo que seja, continua com moda, mas deixe para usar no evento vela”. Portanto, jamais
cara de anos passados). em que você conseguiu aquele use a gravata mais
Quanto aos tecidos, prefira as lãs super 120, concorrido convite. Faça como os clara que a camisa.
ingleses, cocktail cuffs são pra noite,
20 dolce morumbi para a hora depois do cocktail.
foToS: divulgação

Mr. Kitsch

Para finalizar, carteira e pasta social


apenas de couro; o estilo do relógio
deve acompanhar o do traje e use o
que tem a ver com você, não com
seu chefe, siga o dress code da em-
presa e atualize-se, isso não quer di-
zer sair esbanjando, mas fazer com-
pras corretas, lembrando que roupa
é, sim, investimento, e que o seu
tipo físico é o item mais importante
na escolha de qualquer peça.
Saber combinar elementos para
um bom visual não é obrigação,
mas necessidade, nunca a boa apresentação esteve tão em alta, e conhecimento
pelos homens neste tema tem sido amplamente valorizado.
Regras básicas já são uma mão na roda na hora de se arrumar, e com elas e bom
gosto (que se aprende), tudo fica mais fácil.
Sucesso na próxima compra!

Onde encOntrar:
aramis – morumbi Shopping – Tel.: 5181-4668
calvin Klein – Shopping Jardim Sul – Tel.: 3743-6186
richards – Shopping Jardim Sul – Tel.: 3501-2237
Mr. Kitsch – Shopping Jardim Sul – 3507-0465

claudia castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing de moda,
professora universitária e do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda. Site www.claudiacastellan.com.br
e-mail: claudiall@ig.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.
dolce morumbi 21
DE BEM COM A VIDA tecnologia Por Leandro Linhares

Hoje em dia o termo “sustentável” está em moda, mas


sempre tive consciência ecológica, e algum tempo atrás
assisti ao documentário “Uma verdade inconveniente” de
Al Gore (An Inconvenient Truth, 2006) e fiquei abis-
mado com algumas informações contidas nele. Des-
de então sempre faço a minha parte para cooperar com
a “nossa casa”. Se você ainda não assistiu ao filme, não perca
tempo, assista! Acesse também o site http://climatecrisis.org, que tem mais
informações. É incrível como pequenas ações, em nosso dia-a-dia, podem co-
operar para vivermos em um mundo mais coletivo e sem abrir mão de utilizar tudo
que a tecnologia de ponta oferece. Pelo contrário, ela pode nos ajudar.
Não me refiro ao ato de fazer coleta seletiva de lixo, pois considero isso uma obri-
gação nossa, mas, por exemplo, pensando no quesito consumo de energia: sabia
que o monitor de seu computador (principalmente os mais antigos) é responsável por
70% do consumo de eletricidade do PC? Então, se for ficar um longo tempo sem utilizar, desligue!
Outra sugestão: alterar as definições do computador para se autodesligar após algum tempo de
ociosidade: nas opções de Energia do painel de controle - Sistema e Manutenção (no Windows Vista)
ou Desempenho e Manutenção (no Windows XP), você pode configurar o estado de espera quando
ele ficar inativo. Quer comprar uma TV nova lindona? Opte pela LCD, pois as de plasma consomem o
dobro de energia em relação às de tubo. Há quanto tempo você não faz uma revisão no ar-condicio-
nado de casa? Sabia que o filtro de ar sujo é o responsável pela maior parte do consumo de energia
dele? Evite colocar vários aparelhos na mesma tomada, pois os fios esquentam demais, fazendo o
consumo de energia aumentar; se for inevitável utilize uma régua com filtro ao invés do antigo “T”.
Por que não pagar suas contas pela internet? Sim, aquele papel que sai como comprovante do pa-
gamento no caixa eletrônico é um vilão, pois por trás dele estão: emissões poluentes, consumo de
energia, gás metano (criados durante o processo de fabricação) e, lógico, a principal matéria-prima:
árvores. Seu carro é movido a álcool? Parabéns! Sabia que o álcool é uma energia renovável? E ainda,
um carro movido a etanol (álcool) chega a emitir até 56% a menos de poluentes se comparado aos
modelos que utilizam gasolina. Nesse item o Brasil está muito bem, pois quase a totalidade de carros
vendidos aqui são flex (que utilizam álcool ou gasolina).
É simples, não é? Use sua imaginação e veja como, no seu dia-a-dia, você pode ajudar. Dessa forma podemos
aproveitar tudo que a tecnologia nos oferece, e nossas futuras gerações terão um planeta para viver.

Leandro Linhares é consultor de informática. e-mail: linharesleandro@hotmail.com - cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br

22 dolce morumbi
23
DE BEM COM A VIDA test drive Por Renato Corrêa

Líder de Mercado
New CiviC

Líder absoluto de mercado, este Honda Graças à alta tecnologia de desenvolvi- de se usar esta opção, pois pode ser usa-
com linhas arrojadas e design inovador mento dos materiais empregados no mo- do também o câmbio automático normal
faz a diferença, pois oferece menor resis- tor, como o alumínio no bloco, cabeçote e sem precisar fazer mudanças, o que o tor-
tência aerodinâmica e maior conforto a cárter, chega-se a 192 cv de potência, o que na um veículo dócil e comportado.
seus ocupantes, com atenção também deixa o carro extremamente agradável em Para andar na cidade, por exemplo, é
aos do banco de trás pela existência de qualquer situação. bem mais cômodo manter a alavanca
assoalho plano, sem o costumeiro túnel. DaS piSTaS para a rua O modelo que na posição D, e deixar que a inteligên-
Em sua 8ª geração, tornou-se, ao longo de usamos foi o EXS com câmbio automático cia do câmbio automático desempe-
seus 35 anos, uma referência em inova- e opção para esportivo, na posição S com nhe o seu papel.
ção, tecnologia, qualidade e economia. 5 marchas e comando por intermédio de Mas, como tudo é cíclico, depois de dé-
ToTalmenTe Flex Equipado com motor alavancas na direção; sistema paddle shift, cadas de desenvolvimento dos câmbios
de 140 cv, o New Civic apresenta uma in- popularmente chamado de “câmbio bor- hidramáticos, semi-hidramáticos, automá-
teressante inovação que é um subtanque boleta”, que equipa os Fórmula 1 e uma ticos, surgiram os Triptronic, CVT, Proactive
de combustível (gasolina) para partida a série de veículos esportivos, como Ferrari, e outros que quase voltam no tempo, dan-
frio, localizado no pára-lama dianteiro di- Maserati, Porsche e vários outros. do trabalho ao motorista – desde que ele
reito, fora do compartimento do motor. Dirigir um carro com esse câmbio possibi- queira, é claro – com grande tecnologia.
O sistema sempre injeta uma pequena lita uma pilotagem mais esportiva e com
quantidade de gasolina para que o com- diferentes recursos, principalmente em renato Corrêa - rcorrea@aclnet.com.br
bustível do subtanque seja gradualmente estradas sinuosas e serras, oferecendo ao Paddle Shift: tecnologia de ponta ao alcance
consumido e não perca suas propriedades, motorista a oportunidade de mudança e das mãos
prejudicando o motor ao ser utilizado. utilização de marchas da maneira que lhe
Segurança O New Civic traz em todas convier. Porém, seu uso requer um pouco
as versões freios a disco nas quatro rodas, de treino até que o motorista se acostume
ABS (Anti-lock Braking System), que evita com as reações do câmbio. A posição das
o travamento das rodas, e EBD (Electronic mãos no volante deverá sempre ser cor-
Brake Distribution), sistema que distribui a reta, pois sem a qual corre-se o risco, evi-
fotos: divulgação
força de frenagem de maneira uniforme, dentemente, de não encontrar a borboleta
evitando desvios de trajetória em frena- quando necessário.
gens mais severas. Mas não há nenhuma
A Honda comercializa os modelos New Civic obrigação
EXS, XLS e o Civic Si.
CiviC S i A versão esportiva do Honda Civic
tem bancos esportivos tipo concha,
pedais de alumínio, aero-
fólio traseiro e sus-
pensão com
calibragem
esportiva.

24 dolce morumbi
25
DE BEM COM A VIDA GASTRONOMIA

BEM-CASADO

Chocolate Que tal saborear uma trufa de chocolate


chá chinês
A Mystère du Chocolat reúne este dois
com recheio de chá chinês? Estes dois in- ingredientes e prepara uma especialida-
gredientes representam raridade, beleza de de trufas de chá que podem ser en-
e requinte deixando todos os sentidos contradas em quatro sabores diferentes:
em alerta: os olhos descobrem, o paladar rosas, jasmim, baunilha e Earl Grey. Nesta
confirma e o aroma revela toda a riqueza Páscoa, você pode encontrá-las dentro
desse casamento. de meio ovo, em uma refinada opção de
O chocolate, apreciado em todo o mundo, chocolate meio amargo.
era considerado um produto nobre des- SERVIÇO:
tinado à elite até a Revolução Industrial, Mystère du Chocolat
que popularizou o produto. O chá chi- Local: Rua Regente Leon Kaniefsky, 512
nês, de flores, extraído não das folhinhas Jardim Guedala
da planta, mas de suas flores em botão; é Tel.: 3721-5394
tomado sem açúcar e ajuda a melhorar a Hor.: Seg a sab das 10 às 20h
recuperação de células estressadas. Preço da trufa de chá: R$ 20 (100 g)

26 DOLCE MORUMBI
27
de bem com a vida lar, dolce lar Por Silvia Utsch

Socorro:
eStamoS em obra!!!

Barulho, sujeira, atraso, orçamento estou- mar algo requer um olhar otimista para a • Conte sempre com a orientação de um
rado. Quando você ouve a palavra refor- vida. É importante você procurar enxer- arquiteto ou outro profissional da área, pois
ma, o primeiro impulso é sair correndo? gar aquilo que não lhe satisfaz, que inco- uma consultoria especializada faz a diferen-
Algumas pessoas acham que a possibili- moda, e tentar visualizar como o espaço ça. Mas fique atento, procure profissionais
dade de passar por uma obra está fora de pode ficar melhor. indicados por pessoas de confiança.
cogitação em suas vidas. No entanto, aqui Eu não vou enganar. Os tais barulhos, • Priorize materiais de qualidade.
estou eu como arquiteta disposta a con- sujeiras, atrasos, orçamentos estourados, • Pesquise preços e estabeleça prazos.
vencer você de que reformar a casa pode tudo isso tem grande chance de acon- • Cuidado com os modismos, o que é
ser, sim, uma experiência bacana. tecer. Mas, acompanhado de um tendência agora pode virar um clichê
É importante entender o signi- bom arquiteto e com alguns amanhã.
ficado da palavra reforma em cuidados, os riscos diminuem • Renove aquilo que já existe no imóvel,
toda a sua amplitude para bastante. E tenha certeza: pois isso evita desperdício de tempo e di-
dar o correto senso e esta- mesmo esses transtornos nheiro, e o resultado é muito charmoso.
belecer a dimensão do que podem ser para o bem. Fun- • Se você mora na obra, invente passeios
se quer obter após a obra cionam no mínimo como para escapar da sujeira.
concluída. O termo “re forma” um exercício construtivo para • Faça escolhas ecologicamente cons-
exprime duas idéias: primeiro o controle da ansiedade. De um cientes, como priorizar a iluminação
que já existe uma forma e depois que jeito ou de outro, quem reforma acaba se natural e, se possível, fazer o sistema de
se quer rever e reavaliar tal forma para reformando interiormente e, em conse- reuso da água.
formar novamente, tornar melhor e qüência disto, se conhecendo melhor.
mais aperfeiçoado o que já existe. Por- Uma reforma incorpora algumas reflexões, Muito importante também é
tanto, não hesite em discutir um projeto pois traz em si uma oportunidade para se uma pesquisa sobre tecnolo-
abrangente e completo, mesmo que a perguntar sobre aquilo que lhe deixa mais gia, desde os materiais que
execução venha a ser parcial. Isto feito, feliz; é um momento para refletir sobre o serão empregados na obra
você terá, no mínimo, uma visão com- que é importante em sua residência, quais até os equipamentos elétricos,
pleta e integrada de como ficará seu lar são os detalhes que farão do seu espaço mecânicos e hidráulicos. Isso
no futuro. Não economize nos sonhos, um local mais bonito e confortável. pode economizar tempo e
pois suas realizações serão, no máximo, Seguem algumas dicas para que o perío- dinheiro, além de tornar
do tamanho deles. do de reforma seja o melhor possível: sua residência um local
Em geral, os transtornos são passageiros atualizado, em dia com
e os benefícios, duradouros. Reformar é • Aproveite as obras de sua casa para po- as facilidades proporcio-
um jeito de tornar seu espaço mais fun- lir suas qualidades, para uma chacoalha- nadas pelas mara-
cional, mais agradável e mais parecido da na sua vida e rever aquilo que você vilhas eletrônicas. E
com você. A própria vontade de refor- preza e que despreza. mãos à obra!!!

28 dolce morumbi SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. e-mail: msutsch@ajato.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
ESPECIAL

Dom João
VI Príncipe
Regente,
colagem sobre
seda bordada,
23,5 x 16 cm
(autor não
identificado).
Acervo
Fundação Maria
Luisa e Oscar
Americano
O Morumbi,
quem diria, começou com
Dom João VI
Engraçado como os fatos da História
cruzam entre si. Pois não é que a expansão
territorial que Napoleão Bonaparte
desencadeou pela Europa, obrigando
o rei D. João VI a se refugiar no Brasil há
exatos 200 anos, de certa maneira ajudou a
criar o que é hoje o bairro do Morumbi?

Tudo começou assim...

POR Francilene Oliveira


ESPECIAL

gócios com a Inglaterra, não par-


ticipou do Bloqueio Continental.
Em agosto de 1807, com a paciên-
cia esgotada e insatisfeito com a
indecisão portuguesa, Napoleão
ordenou a invasão de Portugal.
Com as tropas francesas já em
solo português, a coroa saiu de
Lisboa para o Brasil de forma pre-
cipitada, no dia 27 de novembro
de 1807. Cerca de 15 mil pessoas
partiram para a colônia transfe-
rindo todo o quadro do apare-
lho estatal. Além de pessoas do
governo, vieram também nobres
Partida do Napoleão Bonaparte esteve à fren- deveriam fechar os portos para o
com seus familiares e criados, co-
Príncipe Regente te da França entre 1799 e 1815, comércio com a Inglaterra, debi-
merciantes ricos, juízes de tribu-
de Portugal para período no qual realizou uma sé- litando as exportações do país e
nais superiores, entre outros.
o Brasil. Gravura rie de batalhas com o objetivo de causando uma crise industrial.
em metal, conquistar novos territórios para Os 19 navios portugueses foram
39,5 x 53 cm seu país. Ele obteve grande su- A INDECISÃO DE escoltados por 17 navios da Mari-
Francesco cesso, graças, principalmente, ao PORTUGAL E A SAÍDA nha Inglesa carregados de móveis,
Bartolozzi
seu talento como estrategista. A DA FAMÍLIA REAL jóias, pratarias, roupas luxuosas
(1725-1815) PARA O BRASIL e obras de arte, transportando, à
Henri L’ Evêque
Inglaterra, porém, opunha-se ao
expansionismo francês e tornou- O governo português mantinha época, metade do dinheiro em cir-
(1769-1832).
se uma ameaça. Para enfraquecer relações privilegiadas com a In- culação no reino português.
Acervo Fundação
Maria Luisa e os ingleses, o Império Francês de- glaterra, sua principal parceira D. João VI precisava desenvolver a
Oscar Americano cretou o Bloqueio Continental em comercial, mas D. João VI estava colônia, por isso, ainda em janeiro
1806, no qual Napoleão determi- sendo pressionado por Napoleão de 1808, decretou a abertura dos
nou que todos os países europeus e, como não podia abdicar dos ne- portos às nações amigas e intro-

LINHA DO TEMPO

1808
TERRAS DO ABERTURA CHEGADA IMPRESSÃO BANCO DO CORREIOS
MORUMBI DOS PORTOS DA COROA RÉGIA BRASIL (22 de novembro)
D. João VI doa a John (28 de janeiro) (8 de março) (13 de maio) (12 de outubro) O serviço postal
Rudge terras para A Carta Régia A Família Real Foi criada com o IMPRENSA O Brasil passou a ter ganha novo impulso
plantação de chá permitia aos aliados desembarca no objetivo de imprimir (10 de setembro) um sistema financeiro de desenvolvimento
preto. O local viria de Portugal comerciar Rio de Janeiro. os atos normativos Foi impresso o com a criação do com a instituição
a ser o que hoje é o diretamente e administrativos primeiro jornal do Banco do Brasil, um do 1º Regulamento
bairro do Morumbi. com o Brasil, fato oficiais do governo. Brasil, chamado passo importante Postal do Brasil.
importante para o Gazeta do Rio de para um país onde
desenvolvimento da Janeiro. As notícias o comércio era feito
economia, o livre- começam a ser essencialmente à
comércio. produzidas no país. base de troca.
duziu a liberdade de comércio,
estimulando o comércio exterior
e interno da colônia. Em abril,
suspendeu o alvará que proibia a
criação de indústrias no Brasil.

E O MORUMBI?
Uma das vertentes mais disse-
minadas da História revela que
junto com a frota portuguesa de
D. João VI veio o inglês John Rud- O inglês Rudge formou grandes empresa contratou o arquiteto Leque comemorativo
ge, especialista no cultivo de chá. vinhedos de Isabel e Catawba Gregori Warchavchick (1896- da chegada da
O rei português gostava muito na década de 1830. 1972) para restaurar as ruínas da Família Real
da bebida, por isso doou terras Nascido em Gloucestershire, In- portuguesa no Rio
Casa Grande e da capela, tam-
de Janeiro.
da área atualmente conhecida glaterra, em 1792, John Rudge bém feita em taipa de pilão. A
Papel pintado e
como Morumbi para John iniciar desembarcou com a Família Real região tornou-se um dos metros marfim, 32 x 60,5 cm.
uma plantação. A propriedade, e dedicou-se ao comércio. Casou- quadrados mais caros da cidade, China, Século XIX.
construída pelo regente Padre se com Maria Amália Maxwell em dando origem ao elegante bair- Acervo Fundação
Antonio Feijó em taipa de pilão e 1831 e faleceu em 1861. Foi sepul- ro do Morumbi. Maria Luisa e Oscar
com feições coloniais, foi inaugu- tado no cemitério dos ingleses, o A última restauração durou qua- Americano
rada em 1813 e hoje todos a co- mais antigo cemitério de protes- tro anos, aconteceu na década
nhecem como Casa da Fazenda tantes do país, permitido após a de 1990 e foi assumida pela Aca-
do Morumbi. chegada de Dom João VI. Depois demia Brasileira de Arte, Cultura e
A fazenda de chá se tornou de John Rudge, outras famílias tra- História (ABACH), com a ajuda de
próspera. Posteriormente, John dicionais, como Muller e Trasmon- incentivos fiscais.
Rudge plantou, também, videi- tano, habitaram a Casa. No final de 2005 a Casa e a capela
ras para produzir vinho, pois D. Nas décadas de 1940 e 1950, a foram tombadas pelo Conpresp
João cancelou um alvará que Companhia Imobiliária Morum- (Conselho Municipal de Preser-
proibia manufaturas na colônia. by dividiu os lotes da fazenda. A vação do Patrimônio Histórico)
pela importância histórica das
construções.

DÉCADA DÉCADA DÉCADA

1813 1830 1950 1978 1990 2008


CONSTRUÇÃO CULTIVO O MORUMBI ÚLTIMOS RESGATE 200 ANOS
DA CASA DA DE UVA ainda era um MORADORES A Casa da DEPOIS
FAZENDA O comerciante John grande matagal Fazenda foi O Morumbi é um
O casal Francisco
Foi construída pelo Rudge passou a com algumas e Maria José de restaurada bairro elegante e
padre Antônio Feijó. plantar também em ruas, mas raras Carvalho viveram lá pela ABACH. um dos que mais
suas terras um grande residências, pois a por quatro anos. cresce em São
vinhedo. região ainda estava Paulo.
sendo loteada.
A Casa da Fazenda
foi cenário do filme
SINHÁ MOÇA
de Tom Payne.
cotidiano vida profissional Por Lívio Giosa

Lealdade ou
Capacidade?
Num ambiente altamente competitivo, as empresas buscam, a cada
momento, diferenciarem-se dos seus concorrentes, agregando valor
aos seus produtos ou serviços, com vantagens competitivas.
Em relação aos seus negócios e no foco potencial desta diferenciação,
a “estratégia do oceano azul” vem se sobressaindo enquanto modelo
de gestão junto às companhias que querem inovar e se posicionar
em nichos específicos de mercado, e, com isso, se distinguirem nas
suas bases de operação.
Como, então, as organizações se situam?
É mais do que conhecido que são as pessoas que fazem a diferença
nas empresas.
Que, assim, buscam as competências em todas as suas atividades,
para se sobressaírem e atingirem os resultados esperados.
Os talentos, são, então, chamados à frente, percebidos, identificados
e com ações de retenção, para agirem e atuarem na direção das me-
tas propostas.
Estes profissionais, freqüentemente avaliados, podem ser os propul-
sores dos novos valores na empresa.
Mas por qual ângulo são analisados?
Para algumas companhias, além, evidentemente, do conhecimento,
ter profissionais leais a elas significa o fator que mais pesa na sua
estruturação de carreira, na possibilidade de atingir postos de rele-
vância e efetivar um processo de comprometimento contínuo e de
longo prazo com os seus valores, princípios e missão.
Outras empresas, no entanto, pressionam os profissionais para a
utilização de sua capacidade máxima de liderança e de ação no
trabalho, muitas vezes levando-os ao limite de “transpiração” e es-
forço às práticas diárias. Nestas organizações, o que vale é a busca
de resultados imediatos e conquistar nichos de mercado no me-
nor prazo possível.
O importante aqui é perceber qual é o modelo de atuação da com-
panhia em que o profissional está envolvido e agir segundo suas
competências, envolvimento e comprometimento com as políticas
internas da organização.
No entanto, para a empresa, o seu interesse é um só: escolher e atrair
profissionais leais e capacitados, no limite da sua disposição.
E você, como se enquadra?

Lívio Giosa é vice-presidente da advB associação dos dirigentes de vendas e Marketing do Brasil;
coordenador Geral do ires – instituto advB de responsabilidade social; coordenador Geral do pnBe
– pensamento nacional das Bases empresariais e sócio-diretor da G,lM – assessoria empresarial
34 dolce morumbi
35
EM FOCO

Comemorando
as vitórias
A festa de confraternização da Única, em 17 de dezembro, no
restaurante Bananeira, celebrou as conquistas de 2007. Uma
novidade apresentada no evento foi o novo portal da empresa, um
espaço dinâmico e interativo. O evento contou com a presença de seus
principais clientes, executivos de seguradoras e da ONG “Vivendo
com Arte”, através do coral de mesmo nome constituído por crianças
da comunidade de Paraisópolis. A Única é patrocinadora deste
projeto, que proporciona inclusão social.
Única Seguros – Tel.: 3771-4294
www.unicaseguros.com.br

fotos: divulgação

36 dolce morumbi
que venha
o próximo!
O restaurante Era Uma
Vez Um Chalezinho...
aqueceu seus fogões na
primeira edição de seu
festival de camarões
realizado entre 18 de
janeiro e 19 de fevereiro.
O restaurateur Ricky Marcellini
preparou um menu com pratos
exclusivos, deliciosos e criativos. Uma overdose de
camarão no melhor estilo.

Era Uma Vez Um Chalezinho...


Rua Itapimirum, 11 – Aberto todos os dias, a partir das 18h
Tel: 3501-9322 – www.chalezinho.com.br

rituais de beleza
O recém-inaugurado Espaço do Bem Estar é o mais novo local de atividades
físicas e nutrição celular do Morumbi, além de oferecer serviços como yoga,
massagem ayurvédica, drenagem linfática, spa, dia de noiva etc. e ministrar
cursos de dança do ventre. O melhor de tudo
é que funciona como um ponto de encontro
entre amigas. Cedo, as alunas se exercitam e
tomam um saudável café-de-manhã e à noite,
shake como jantar. A coordenadora do Espaço,
professora Gislene Alves, planeja ainda a
criação de um local para eventos com a oferta de
coquetel, mesas, cadeiras, cozinha e decoração.
Espaço do Bem Estar
Rua Dr. José Maria Whitaker, 335
Tel.: 3744-0490 / 3743-1345

dolce morumbi 37
EM FOCO

Cooperação
soCial
A Atos Origin entregou à
Comunidade Peinha R$ 40
mil, valor arrecadado através
de doações efetuadas desde 2005, ano em que a empresa
assinou um Termo de Cooperação com a subprefeitura de
Campo Limpo para a realização de melhorias urbanas. A
doação será aplicada na construção de uma praça de esportes
e lazer. Na formalização da doação, estiveram presentes
representantes da Comunidade da Peinha, da subprefeitura
de Campo Limpo, da Associação Panamby e das áreas
internas da Atos Origin.

Cinema para todos


O Centro Cultural Espaço Jovem, de Paraisópolis, inaugura
sua sala de cinema no dia 1º de março, a partir das 10h. O
primeiro filme a ser exibido será “Que filme tu vai fazer?”,
de Denoy de Oliveira. O conselheiro do Conselho Nacional
de Juventude, Valério Benfica, abordará o tema “integração
cultural”. A equipe de coordenação da sala garante que
novos filmes serão exibidos gratuitamente todos os domingos.

festa CarnavalesCa
A Academia Brasileira de Arte, Cultura e História
(ABACH) participou do carnaval 2008 na escola Nenê de
Vila Matilde, que homenageou o maior folclorista brasileiro,
Luís da Câmara Cascudo, co-fundador da ABACH. Os
membros da Academia, em trajes solenes e com a bandeira
da instituição, desfilaram em uma ala específica.

sua Casa inteligente


Uma casa totalmente automatizada, que pode ser controlada
a distância pelo morador, está em exposição na nova loja
Fort House. A exposição “Casa Inteligente” revela como a
automação residencial traz comodidade aos moradores, que
interagem com os ambientes, abrindo e fechando cortinas,
janelas ou portas, ligando a lareira ou o ar-condicionado,
ligando ou desligando eletrodomésticos e preparando a
banheira com água na quantidade e temperatura certa.
Na exposição, o público pode conhecer diversas opções de
automação existentes no mercado.
Fort House – Av. Giovanni Gronchi, 2983
Tel: 3772-6513 – Seg a sex das 9h30 às 17h
Estacionamento – www.forthouse.com.br

38 dolce morumbi
fotos: divulgação

férias na Kainágua
Os herdeiros da “equipe Dolce” participaram do curso
de férias da Kainágua realizado em dezembro e janeiro.
Existente há 14 anos, o curso oferece aulas de natação,
atividades lúdicas na quadra e iniciação esportiva. Todas
as sextas-feiras, a equipe da academia realiza passeios
com a criançada para parques como Wet’n Wild e O
Mundo da Xuxa.
Kainágua – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 515
Seg a sex, das 6 às 22h – Tel.: 3743-8188

dolce morumbi 39
cotidiano cidadania Por Rosa Richter

Começa mais um ano


Caros leitores,
Como todos sabem, este é um ano político, e mais do que vendagem por meio da divulgação exagerada de fatos, crimes
nunca precisamos nos preparar para escolhermos aqueles que e tantos acontecimentos de cunho apelativo.
irão nos representar por longos quatro anos. Somente a título de curiosidade e para que entendam como
Quero aproveitar a ocasião e abordar algumas questões que surgiu essa forma de jornalismo, o termo vem de uma época
irão ajudá-lo a ponderar os discursos durante as campanhas e nos EUA onde a guerra para a vendagem do jornal ultrapassa-
esclarecer melhor as intenções de cada candidato. va os limites até mesmo do direito de ir e vir. Segundo o site
Antes disso, é preciso esclarecer que tão importante quanto www.buracodaimprensa.com.br, “os proprietários dos jornais
analisar a idoneidade dos canais de comunicação que nos for- New York World e New York Journal disputavam o mercado de
necem as informações que servirão de base para formarmos forma tão acirrada que chegavam ao ponto de contratarem
nossas opiniões, é entender as estratégias utilizadas por políti- gângsteres para explodirem os caminhões de distribuição do
cos, assessores e profissionais de comunicação para conquistar rival. Enfim, em 1890, logo após a invenção da máquina para
nossos votos com suas idéias e propostas. impressão em quatro cores, a aquisição dessa máquina garan-
Existem artifícios comunicacionais utilizados para atingir a tiu ao New York Journal significativa liderança em relação ao
grande massa da população e nem sempre esses trazem em seu concorrente com a presença forte da sátira política tor-
sua intenção os princípios da ética e moral necessários e im- nando os desenhos e cartoons de humor populares. Em 1894
prescindíveis aos cumprimentos das necessidades para uma um novo personagem entra na história – o desenhista Richard
administração pública honesta e eficaz. Felton Outcault, que teve o seu trabalho publicado pelo con-
Para que saibamos diferenciar o que é uma comunicação corrente New York World. Devido à grande repercussão do seu
construtiva daquela geradora de conflitos, intrigas e que não trabalho ele foi contratado pelo jornal e conquistou o público
esclarecem em nada e muitas vezes ocultam os verdadeiros com o desenho de um garoto que ‘falava’ não na forma de ba-
preceitos do interlocutor, volto ao passado para contar par- lões como os quadrinhos convencionais, mas em textos colo-
te da história do jornalismo que, apesar de iniciado nos EUA, cados em sua camisola larga e comprida. No início, em preto
chegou ao Brasil com uma roupagem diferente, mas que nos e branco, depois a camisola mudava de cor – do marrom claro
afetou e afeta até os dias de hoje. ao azul, tons desbotados, pouco definidos. Insatisfeito com os
O termo Imprensa Marrom identifica os meios de comunica- resultados estéticos da impressão coube ao responsável pelo
ção considerados sensacionalistas, que buscam audiência e controle das cores na máquina impressora do World, tentar

40 dolce morumbi
eleitoral
uma cor amarela bem viva na camisola do menino. Foi um su-
cesso! O personagem Mickey Dugan virou o ‘yellow kid’ (garo-
to amarelo), a grande bandeira do jornal que passou então a
simbolizar ainda mais os extremos a que chegavam esses dois

bio ritmo
grandes jornais da época em sua guerra da circulação. Essa cor
tornou-se emblemática no jornalismo entre esses dois veícu-
los e em sua obsessão de vender jornal e fazer dinheiro, inclusi-
ve pela ferocidade com que brigaram pelo desenho. O garoto
virou até personagem de show da Broadway”.
Ainda de acordo com o site, a tradução do amarelo, nos EUA,
para o marrom, no Brasil, é uma história engraçada. “A muta-
ção cromática deu-se no Diário da Noite do Rio, então sob a
liderança de Alberto Dines. Ao receber informações na reda-
ção de que um jovem cineasta cometeu suicídio por estar
sendo chantageado por uma daquelas revistas de escândalo
(que viviam de extorquir dinheiro de pessoas fotografadas em
bailes de carnaval e outros lugares), Dines resolveu colocar o
fato como manchete. Então, escreveu algo como ‘imprensa
amarela leva cineasta ao suicídio’. Entrou na sala em que era
desenhada a primeira página, quando o chefe de reportagem,
Calazans Fernandes, protestou: ‘Na minha terra amarelo é cor
bonita. Põe marrom, é cor de m...’. ‘Foi uma das decisões mais
rápidas que já tomei’, explica Dines. ‘Tirei amarelo e coloquei
marrom – com a vantagem de ter uma letra a menos. E o as-
sunto virou cruzada. Fui ameaçado de morte, tive de andar
com guarda-costas durante algumas semanas. Mas fechamos
as revistas (sensacionalistas), com a ajuda decisiva de Carlos La-
cerda, governador da Guanabara. Ele gostava muito do nosso
tablóide e conhecia a história da yelow press americana”.
A imprensa pode ser considerada uma arma de poder, já que
ela é a principal ferramenta para formação de opinião. A comu-
nicação feita sem considerar a ética não leva em consideração o
efeito “bola de neve” que suas palavras podem gerar no futuro.
Para construirmos as bases de um país que sabe o que quer
e como vai chegar lá é preciso que essa ferramenta poderosa
chamada imprensa esteja provida de profissionais dispostos a
contribuir para a disseminação de informações construtivas
que acrescentem cultura e verdade. Somente dessa forma,
em conjunto com uma boa formação acadêmica e social, é
possível formar cidadãos capazes de distinguir o bom do ruim
e multiplicadores de idéias e ações que irão gerar um circulo
virtuoso para o crescimento do país.
rosa richter é pedagoga; presidente do conseg Portal do morumbi; presidente da associação
cultural e de cidadania do Panamby; presidente da amo Jardim Sul; conselheira e diretora de
várias entidades na área de desenvolvimento social. e-mail: rosarichter@gmail.com. cartas para
esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
dolce morumbi 41
cotidiano pensata Por Paulo Roberto Amaral

CONVIVER EM SOCIEDADE
As leis estabelecem parâmetros que leitor, a refletir sobre as decisões que então um convite: que tal pensar duas
conciliam os direitos individuais e as tomamos no nosso dia-a-dia. Até que vezes antes de reagir ao motorista do
necessidades coletivas, são normas pré- ponto o bom senso tem prevalecido carro ao lado, que num descuido qual-
estabelecidas passíveis de punição para nas nossas decisões e atitudes? Até que quer nos deu uma fechada? Por que
quem não cumpri-las. É dever de cada ponto deixamos que fatores externos pisar no acelerador só porque o carro
cidadão conhecer e ao lado deu indicação
obedecer às leis. No de seta? Será que é
caso de litígio entre mesmo difícil ceder a
partes, cabe a um re- opção de passagem
presentante indicado para o carro que sai
por meio constitucio- do estacionamento
nal pela própria so- adiante? E na relação
ciedade dar solução à com os nossos vizi-
pendência. Mas para nhos, estamos sendo
o pleno convívio so- tolerantes o suficiente
cial não dependemos para evitar atritos? Esta-
apenas das leis, há mos sendo educados e
ainda um conjunto de respeitando as neces-
códigos de conduta sidades coletivas? Não
que não estão defini- tenho intenção, nem
dos em qualquer carti- a pretensão, de ditar
lha ou livro de normas. e estabelecer regras
Nesses casos, para so- de convivência. Longe
lucionar os litígios só disso... Proponho, ape-
existe a regra do bom nas, aqui deste espaço,
senso e quase sempre alguns minutos diários
da boa educação. E é de reflexão, como fiz
neste ponto que eu agora, em nome da
quero aprofundar nossa conversa. Onde interfiram no nosso comportamento e harmonia social, do meu próprio bem-
está escrito que no embarque e desem- na quebra dos nossos códigos de con- estar e daqueles que me cercam. Espero
barque de passageiros é preciso esperar duta? Agir com frieza nos pequenos ter amanhã a mesma maturidade para
os que estão dentro saírem? Não é lei, obstáculos do nosso convívio diário é voltar a refletir sobre minhas atitudes em
é lógica. É questão de bom senso. É ci- uma tarefa difícil que depende de cons- nome da paz no convívio social.
vilidade. Por isso queria convidá-lo, caro tante exercício, não é mesmo? Faço Obrigado. Boa noite e boa sorte.

Paulo roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de televisão, onde edita o Jornal sptV 2ª edição. e-mail editorial@editorasupernova.com.br
42 dolce morumbi
43
cotidiano comunidade

Semeando
VoluntárioS
fotos: divulgação

Em 2008, ano em que o mundo alunos para o Centro Educa-


comemora 60 anos da Declaração cional Magali do Nascimen-
Universal dos Direitos Humanos, to, onde desenvolve ativida-
o Morumbi também tem o que des físicas e lúdicas com as
comemorar, pois a cidadania está crianças. João se sente grato
sendo incentivada dentro das es- em poder ajudar e fazer a di-
colas da região. ferença na vida das pessoas.
O Colégio Guilherme Dumont Villares, há 17 anos, desenvolve Muitos alunos continuam
o projeto de Protagonismo Juvenil Voluntário. Após as aulas como voluntários mesmo
regulares, mais de 200 alunos da sétima série (oitavo ano) do após concluírem o Ensino
Ensino Fundamental até o terceiro ano do Ensino Médio dei- Médio, além de levar suas
xam os muros do Colégio, semanalmente ou quinzenalmente, experiências para faculdades
e vão atuar como voluntários em hospitais, instituições de assis- e locais de trabalho. Outro
tência à criança e ao adolescente e centros de apoio à velhice. ganho é o desenvolvimento
Os alunos podem participar de mais de um projeto, mas são do autoconhecimento e o
incentivados a participarem de apenas um para formarem vín- acréscimo da auto-estima. O
culos mais intensos. Colégio reduziu também a
A abrangência do trabalho é muito ampla e a população be- incidência de problemas disciplinares e conflitos interpessoais.
neficiada é expressiva, pois soma uma gama de crianças e ado- A diretora do Colégio, Eliana Baptista Aun, considera o balanço
lescentes da pediatria da Santa Casa da Misericórdia e mais oito desses anos todos como positivo, pois os adolescentes são le-
instituições assistenciais, que atendem em média 600 pessoas. vados para o lugar de atores de sua própria história. “Eles cami-
Um leque de atividades é realizado, dentre elas oficinas de arte, nham para novas descobertas, aprendem a ouvir, a argumentar,
contadores de histórias, reforço escolar, atividades de recreação a buscar novas maneiras de agir e de conviver com a diferença,
infantil, aulas de informática, esportes, produção de detergentes e isto tudo garante a eles a certeza de que seus sonhos podem ser
desinfetantes para as instituições, reabilitação para idosos etc. perseguidos e o mundo pode ser melhor”, sentencia.
O projeto é implementado pelo Núcleo de Educação para os EntidadEs parcEiras do projEto dE voluntariado
Direitos Humanos - EDH, instalado dentro da Escola, composto • Irmandade da Santa Casa da Misericórdia • Serviço Social Per-
por um Conselho Consultivo formado por 22 educadores volun- severança – creche Modelo IV • Instituição de Amparo à Crian-
tários comprometidos com a supervisão, acompanhamento e ça e ao Adolescente “Asas Brancas” • Projeto Arrastão • Amigos
operacionalização das ações sociais de voluntariado juvenil. do bem • Associação Cristã de Casais “Vila Acalanto” • Cepim
O aluno João Vitor Nomura, 16 anos, está no terceiro colegial e – “Casa dos Velhinhos” – Taboão da Serra • Cáritas Pastoral Santa
envolvido com o projeto de voluntariado desde pequeno. Todas Suzana • Centro Educacional “Magali do Nascimento” – Prefei-
as terças-feiras à tarde, depois das aulas, ele vai junto com outros tura Municipal de Cotia

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final feliz Por Floriano Serra

VOCÊ SABE QUE DIA É HOJE?


o todo, por maior que seja, constitui-se de
partes, algumas realmente grandes, outras di-
minutas, mas todas necessárias para a compo-
sição global. o amor também é constituído
de componentes de grande peso e signifi-
cado, mas, ao mesmo tempo, de pequenos
atos e gestos, quase triviais.
a lembrança — e conseqüente comemora-
ção — de algumas datas consideradas impor-
tantes pelo parceiro (atenção: neste artigo, esta
ilustração thais Narkevitz

palavra deve ser entendida no masculino e no


feminino) é uma dessas pequenas grandes coi-
sas que ajudam a solidificar o amor e mantê-
lo em clima de festa. Certamente não se pode
generalizar: cada parceiro ou cada casal tem
suas datas especiais e muito específicas. o que
pode ser relevante para uns pode nada signifi-
car para outros. Cada caso é diferente do outro
porque está intimamente associado a momen-
tos e significados muito pessoais. que, por isso mesmo, motivará seus persona- contrar o presente “ideal” e, em segundo lugar,
Contudo, algumas datas são universalmente gens a ihe dar continuidade. a “personalidade” do presente.
importantes, e o esquecimento de uma delas a lembrança e a homenagem do Dia dos Na-
pode resultar numa semana inteira de res- morados têm o valor da confirmação de que Por “sacrifício ou esforço” entenda-se o tempo
sentimentos. exemplos: o dia do aniversário o sentimento inicial ainda existe. a maioria dos dedicado ou gasto na procura do presente.
(dele ou dela), o dia em que se conheceram parceiros sonha – e alguns até tentam – em ser Com certeza, seu parceiro ficará sadicamente
ou casaram, o Dia dos Namorados. são datas o eterno namorado do outro. o esquecimento muito mais feliz se souber que você passou um
“sagradas”; e não adianta o outro parceiro argu- de qualquer uma dessas datas tem um efeito dia inteiro procurando por ‘‘aquilo” que você
mentar que tudo faz parte de uma estratégia proporcionalmente inverso, e muitas vezes queria dar-lhe. Na ordem inversa, será imper-
de marketing da sociedade de consumo. Claro pode ocasionar mágoa e abalar o relaciona- doável saber que você comprou o presente
que também é isso, mas há outros valores e sig- mento afetivo. as pequenas coisas também de última hora, ou, pior ainda, que encarregou
nificados envolvidos que não fazem parte dos causam grandes estragos... Não podemos es- alguém de escolhê-lo e comprá-lo...
objetivos meramente comerciais. quecer que o imenso titanic foi afundado pela Por ‘personalidade’’entende-se o fato de o parceiro
talvez você nunca tenha pensado nisso ou ponta de um iceberg. procurar por um presente que“tenha a cara”do ou-
até ache um exagero, mas a lembrança – e Não há como negar que a propaganda explo- tro:‘Quando vi aquela roupa na vitrine, vi você den-
a conseqüente celebração – da data do ani- ra comercialmente esses sentimentos. Páginas tro dela! É a sua cara!”, ou então:“Procurei até achar a
versário do parceiro é, para ele, mais do que inteiras de jornais e revistas, outdoors, jingles e cor (ou o modelo) que sei que você adora...”.
um teste de memória. trata-se do reconhe- comerciais de tv encarregam-se de criar a ex- se você está achando esse assunto irrelevante
cimento da sua existência. afinal, foi a partir pectativa da homenagem, bem como de fazer ou até banal, cuidado. Mesmo que você não
do seu nascimento que se tornou possível a com que ninguém esqueça as datas. atribua importância a essas coisas, leve em
existência do casal. outras dicas: muito mais importante do que conta o que elas podem representar para o
É como se, ao abraçar, beijar, presentear o saber se o outro parceiro tem boa memória e parceiro. Numa relação afetiva pra valer, é im-
parceiro aniversariante, o outro estivesse boa conta-corrente, é a constatação de que o portante não desqualificar os valores e senti-
exclamando: “veja, estou feliz porque nesse dia em questão está gravado no seu coração. mentos do outro, mesmo que não concorde
dia você nasceu, passou a existir; e hoje eu Por isso, não basta apenas lembrar – afinal, com eles. afinal, o importante é fazê-lo feliz
tenho você comigo!”. agendas existem para isso. também não é im- nesse dia, não é?
o dia em que um casal junta as escovas – pelo portante o custo financeiro do presente: para Pense nisto e não busque lógica nos caminhos
casamento ou não – representa a primeira pá- uma boa parte dos parceiros, rosas e jóias têm da emoção.
gina de um romance de amor... real! se essa o mesmo valor. Pelo menos para grande parte a propósito, você lembra qual a próxima data
data é lembrada e festejada, significa que o ro- das mulheres, o que conta, na ordem decres- importante para seu parceiro – ou para o casal
mance se constitui numa feliz história de amor cente, é “o sacrifício e o esforço” feitos para en- – a ser comemorada?

FLORIANO SERRA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (ed. Gente, esgotado). e-mail: florianoserra@somma4.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.

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