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Unidade Temática “Comunicação, Educação e Tecnologia” - Profa. Dra. Alexandra Bujokas de Siqueira
Recursos:
1. Filme publicitário do sabão em pó OMO, disponível na página da comunidade “Licenciaturas UFTM”:
http://licenciaturasuftm.ning.com/video/mito-na-propaganda-de-sabao-em
2. Texto “Saponáceos e detergentes”, trecho do livro “Mitologias”, de Roland Barthes, disponível na página Licenciaturas
UFTM na plataforma Scribd:
http://www.scribd.com/doc/17721279/BARTHESsaponaceosedetergentes
Em certa medida, a análise de como cordamos sobre o significado de uma diana, por duas razões principais.
as mensagens midiáticas funcionam re- certa ação do personagem, da plausibili- Em primeiro lugar, a análise dos textos
flete nossa experiência com os meios de dade ou realismo da história, do modo midiáticos envolve a análise das suas es-
comunicação. Um dos prazeres de ir ao como as decisões foram tomadas no en- truturas. Desfazer a estrutura implica em
cinema ou assistir um programa de tele- redo ou de algum outro elemento da his- ter uma teoria daquela estrutura, um mo-
visão é conversar sobre o filme ou pro- tória ou programa. Ao agir desse modo, delo através do qual as convenções fun-
grama com os amigos ou a família podemos muito bem estar sendo influen- cionam em conjunto para produzir
depois. Nós sentimos prazer em discutir ciados pelos críticos, que são pessoas significado. (...) .Entre essas teorias estão
sobre diferentes elementos – a história, o pagas para interpretar e julgar textos mi- a semiótica, as noções de gênero, narra-
desempenho dos atores, os diálogos, os diáticos. tiva e discurso. Juntas, essas teorias pro-
movimentos de câmera e os efeitos es- Claro que como estudantes de mídia duzem um ‘kit de ferramentas’ que podem
peciais. E nós emitimos julgamentos, nós também interpretamos e julgamos. ser usadas para analisar textos midiáti-
claro. Na verdade, quando conversamos Entretanto, a análise textual nos estudos cos. (...).
sobre o assunto, muitas vezes nós dis- de mídia é bem diferente da crítica coti- Em segundo lugar, o modo pelo qual o
6. Observe a reconstrução dos principais frames da propaganda na próxima página e tente identifi-
car os significados subjacentes a cada um deles
7. Por fim, identifique os tipos de sons presentes na propaganda e tente imaginar porque são esses
sons que estão presentes.
Análise crítica da propaganda de sabão em pó
FRAME 1 FRAME 2 FRAME 3
ONDE
FRAME 19 FRAME 20
ESTÁ O
MITO?
Qual é a relação entre o sabão e os significados subjacentes ao filme? Como é construída essa relação?
Há alguma semelhança entre o discurso da propaganda do Omo com o discurso da propaganda criticada por Barthes?
Como nossa mente relaciona linguagem e significado: a resposta da semiótica
MODELO 1 MODELO 2
Já o modelo mais aprimorado parte
do pressuposto de que o que ca-
E R E R
racteriza a audiência é a “apropria-
M M ção”. Nesse sentido, o emissor
codifica uma idéia dentro dos limi-
tes da linguagem que ele está
vazia de significado
códigos e sub-códigos
códigos e sub-códigos
O modelo básico da comunicação (pes- usando e emite a mensagem (que
soal e midiatizada) compara a troca de se torna um código vazio de signifi-
mensagens ao transporte de um pacote cado). Ao entrar em contato com a
mensagem, o receptor a decodifica,
pelo correio: o pacote que alguém em-
isso é, volta a preenchê-la com sig-
brulha e envia chega seguro e inalte- nificado, relacionando a linguagem
rado ao destinatário, que sabe e o conteúdo subjacente ao seu
exatamente o que fazer com o conteúdo próprio repertório. Desse processo
que recebeu. complexo e sinuoso é que nasce a
interpretação.