A GAZETA DO CAIRO
O jornal da colónia inglesa no Egipto
A Expedição de Oxford encontra
túmulo antigo
A equipa liderada por Sir William
Sall, que tem explorado alguns
terrenos no Vale dos Reis em Luxor
desde Outubro, fez uma descoberta
incrível. Foi encontrada a porta de
entrada do que parece ser um túmulo
de um faraó da 16ª dinastia.
- Quem sabe o que poderá estar lá
dentro? Isto pode ser a resposta que
tantos esperavam. – Exclamou Sir
William, com aquele olhar cheio de
paixão que todos reconhecemos
O local tem particular importância
para Sir William, porque dista apenas
1 Km do local onde fez a descoberta
que o tornou famoso. Em 1870
descobriu a estátua do olho de Horus. O
seu colega de escavação era o talentoso
Harry Flinders, que teve uma morte
trágica ao ser mordido por um
escorpião nesse mesmo dia.
A assistir Sir William nas
escavações de hoje, estavam a notável
arqueóloga Adriane Evans, e os jovens
Lucas Carlaw e Helen Smith
Os confrontos entre seitas
aumentam
A gazeta confirmou que os recentes
distúrbios públicos em Luxor, foram
organizados por um grupo de locais
que continua a perseguir quem
pertencer a uma seita de culto ao faraó
Rha.
Ontem de manhã aconteceu uma
tentativa de linchamento público a
uma mulher que se suspeitava
23 Abril 1894
pertencer a essa seita. Ela foi
perseguida e apedrejada e teve que ser
protegida pela policia. Mais tarde veio a
saber que foi um mal entendido.
Isso não evitou que a mulher tivesse
que ser assistida no hospital local.
Esta seita espera poder ressuscitar o
espírito deste faraó que governou o
Egipto e que foi assassinado por sua
mulher, a rainha Sakmet.
Contrabando aumente em Luxor
Outro fenómeno crescente é o
contrabando de antiguidades em
Luxor.
Os governantes egípcios estão a ver
este problema como o principal motivo
da insatisfação dos locais face aos
estrangeiros. Também o Museu do
Cairo tem revelado publicamente e por
varias vezes a sua preocupação por este
fenómeno.
- “Não podemos deixar que os legados
dos nossos antepassados seja vendidos
e contrabandeados por estrangeiros
que não percebem o real valor destas
peças. O que é do Egipto deve ficar no
Egipto” disse Sherazade Merouf a
actual directora do museu.
A Policia já tem pistas de quem pode
estar por trás este fenómeno, mas a boa
organização impede que o responsável
seja identificado.
É um circuito internacional, o que
levante fortes suspeitas aos europeus.
Alguns locais vêem os brancos como
ladrões do espólio egípcio e
profanadores dos túmulos sagrados.