Tas Steffenello Ghisleni APPADURAI, Arjun. La vida social de las cosas. Perspectiva cultural de las mercancias. Mxico D.

C: Grijalbo. APPADURAI, ARJUN. A Vida Social das Coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Rio de Janeiro: EDUFF, 2008.

Reponde de uma forma ou de outra as acusaes graves feitas ao consumo e ao consumismo, alm da clssica atribuio de fetichismo dos objetos. Autores como Bourdieu, Mary Douglas, Marshall Sahlins, Colin Campbell, Daniel Miller e outros demonstraram exatamente o contrrio, sem carem na tentao de destiturem o sentido e a importncia das formas de sociabilidade tradicionais criadas a partir da famlia, da produo e do trabalho. Baseados em pesquisas empricas, eles mostraram que o consumo est na base da formao do gosto, da distino, sem o que no se poderia falar de individualismo e de estratgias de reproduo de muitos grupos e identidades sociais no mundo moderno. Assim, alm de produzir vnculos sociais, o consumo tambm gera formas particulares de solidariedade, confiana e sociabilidade fundamentais para a vida social. Devemos prestar ateno no modo como os objetos so determinantes na vida diria, de forma que no podemos mais negar que os objetos sejam tambm possuidores de uma vida social. Segundo Appadurai as coisas, assim como as pessoas, possuem uma biografia cultural e social. A biografia apropriada para coisas especficas, enquanto passam por mos, contextos e usos diferentes, acumulando, assim, uma biografia especfica ou um conjunto de biografias (APPADURAI, 2008, p. 52). Appadurai diz que objetos circulam em diversos regimes de valor, tais regimes, portanto, acontecem em diferentes circunstncias no tempo e no espao, ou seja, as coisas ao circularem em ambientes culturais e histricos especficos acabam por acumular os elementos simblicos e histricos dessa circulao. A partir daquilo que Appadurai chamou de rotas e desvios, podemos pensar que o fluxo das coisas, em qualquer situao, sempre um acordo oscilante entre rotas socialmente reguladas e desvios motivados.