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O MOVIMENTO DO SIGMA I
Por Tasso da Silveira

O movimento do Sigma não nasceu do desespero como os movimentos que


geraram o Estado Novo europeu sob os seus vários aspectos.
À entrada deste capitulo sobre a doutrina Integralista, sinto-me instintivamente
compelido a assentar essa afirmação. Mussolini, Dollfuss, Hitler, Carmona-
Salazar surgiram no trágico momento em que a Itália, Áustria, Alemanha e a
pátria lusa imergiam no abismo da desagregação final. Com todos os seus
gravíssimos problemas e todas as sinistras ameaças que sobre o seu destino
privaram, o Brasil do Pós-Guerra era ainda um país em que se respirava a
pulmões plenos. Isto porque, do ponto de vista econômico, a sua vitalidade é
surpreendente. E do ponto de vista humano, a sua mansuetude é infinita. Havia
os dramas vivos das populações sertanejas, abandonadas, ou pouco menos do
que isso, a sua própria miséria física, moral e intelectual. Havia o drama acerbo
das populações dos grandes centros de atividade, submetidas a um processo
lento de proletização geral. E havia o trabalho surdo de erosão de toda a vasta
realidade brasileira por parte de secretas e desagregadoras energias que,
misteriosamente, consumiam os resultados do nosso esforço construtor. Mas,
não obstante tudo isto, era sensível, no país inteiro, a pulsação das forças de
crescimento. Em vez de atirar-nos para a desesperança e o desalento, a
catástrofe mundial como que nos foi acordando, aos poucos, para a
consciência das nossas possibilidades formidáveis. Enquanto no Velho Mundo
os povos se debatiam em transes de agonia, com a Exposição do Centenário
da Independência, nós dávamos, como que por instinto, um balanço completo
a nossa capacidade de realização. E ensaiávamos um grande esforço de
cultura, que resultou no período presente de multíplice atividade da inteligência.
Não foi, pois, do desespero que nasceu o Movimento do Sigma. Foi de uma
condensação subitânea da nossa vontade de vencer. Tanto assim, que as suas
origens se confundem com as origens do movimento de renovação estética, de
tão profunda significação criadora, como mais tarde se verá, com que os
artistas e pensadores da geração a que pertenço abriram perspectivas
ilimitadas para o espírito do Brasil. Tanto assim, que foi da pena e dos lábios
de um poeta que partiu a palavra desfigurada a que o Brasil deverá sua
grandeza futura, e que hoje ressoa como um grito novo da América em face da
Realidade Universal.
Mas se o Brasil, apesar de tudo, crescia, e por essa forma se mostrava
exuberante de força, por que, para que, essa palavra de revolução, de
transformação, de integração? Porque havia um destino de povo a realizar-se,
destino que dados concretos, estatísticos, apresentavam como susceptível e
uma efetivação maravilhosa, e que vinha sendo, no entanto, retardado,
frustrado, negado, por obscuras contingências, extrínsecas a sua própria
essência superior.
Para que, num fundo impulso de animo heróico, nos libertássemos de peias
seculares ou recentes, que nos prendiam músculos e membros, e nos
afirmássemos perante o mundo como sentimos que podemos ser.

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