CRISTO QUE CR NO MORRE

Autor: Tarcsio Jos Fernandes Lopes

Um cristo com mo amiga Que tem Deus no corao E que ama seu irmo, S quer paz, no quer intriga. Esse a Deus no castiga. Se o pecado no lhe acorre, Sua salvao ocorre; Ento ele grita forte: No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.

assim que eu quero ser, Para isso me preparo. Pecador eu me declaro Mesmo sendo sem querer. Mas trocando o prazer Que da tentao decorre Por um Deus que me socorre, Ir pro cu ser meu norte. No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.

O que eu quero viver, Pra morrer no tenho pressa. Minha vida recomea Quando Deus levar meu ser. Quando isso acontecer Todo mal de mim escorre, Porque Deus a mim socorre. E se Deus meu consorte, No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.

Todo dia agradeo A meu Deus por minha vida, Que em mim foi concebida Sem nenhum mau adereo. Eu no sei se eu mereo Ter a vida que me acorre. Se a mereo, que me jorre Abundante esta sorte. No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.

Repensando meus conceitos, Caibo bem neste meu mundo. Meus deveres no confundo Com quaisquer dos meus direitos. Expurgando meus defeitos Em meu ser o bem percorre E meu ntimo assim discorre: Se a f me d suporte, No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.

Nesta estrofe derradeira Eu revelo um segredo: De morrer, eu tenho medo, Foi assim a vida inteira. Sei que a vida passageira Mas no quero que ela torre. Sei que a morte sempre ocorre, Mas morrer no meu forte. No se achegue, dona morte, Pois cristo que cr no morre.